Apenas Uma Noite... escrita por Lisa Mellark


Capítulo 13
Capítulo 11 - Ouvindo atrás da porta


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, desculpa por demorar um pouco, é que só terminei o capitulo agora, tava presa em uma leitura(sangue quente.
O capitulo não ficou tão bom, peço desculpas, estava novamente com aquele bloqueio criativo.
Desculpem os erros e boa leitura.



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Pov Katniss



Olho e vejo alguém emergir é o Finnick, ele acumula um pouco de ar e desaparece na penumbra do mar, esperamos por alguns segundos que pareciam horas e és que surge das águas do mar Peeta e Finnick carregando, não acredito eles trazem... Haymitch.


– Haymitch! – digo surpresa e olho pra Annie.

– Sim - ela respondeu – Finn e eu voltávamos da caminhada e vimos uma onda nem tão forte assim derrubando ele – Annie me explica desabando na areia – Então Finn correu e entrou na água, só que ele já havia sumido da nossa vista então Finn mergulhou eu entrei em pânico e gritei – diz ela começando a chorar.

– Calma Annie – digo – Eles já estão aqui – nesse momento eles jogam Haymitch na areia. Haymitch se vira na areia tossindo e cuspindo água.

– É melhor chamar uma ambulância – diz Finnick.

– Vocês precisam de atendimento médico – diz Peeta recuperando o fôlego.

– Eu estou bem – diz Finnick ainda ofegante.

– E o Haymitch – pergunto.

– Acho que ele também esta bem – diz Finnick – Vou ligar para Cinna, ele vai cuidar do Haymitch – ele diz e vai ate suas coisas que estão jogadas na areia.


Do momento que ouvimos o Grito de Annie ate quando Peeta e Finnick retiraram Haymitch da água não se passaram mais que três minutos, porém eu estou quase congelada com tudo que aconteceu, Annie gritando, Haymitch se afogando, Finnick e Peeta tentando salva-lo, Peeta desaparecendo nas águas essa com certeza foi a pior parte ele desaparecendo nas águas.

Vou em direção a Peeta que me olha incrédulo com toda situação então pego uma das mantas que levamos para as rochas, peguei as pressas quando corremos motivados pelos gritos de Annie, passo em seus ombros e levanto o olhar é quando vejo dois rapazes um deles com um celular filmando tudo, Finnick também viu e quando ele fez menção de correr para pegar o celular os repazes correram.


– Droga – diz Finnick – Esqueci que estamos em uma cidade turística – é verdade cidade turística sempre tem alguém em alguma área indesejada.

– Talvez o vídeo não dê para reconhecer ninguém – diz Annie.

– É o que eu espero – fala Finnick.


Logo chega Cinna com um médico, num carro dirigido por Flavius, o médico examina Haymitch ainda na areia e diz que não houve nada grave então Cinna e Flavius colocam- no num carro e o levam-no de volta para o hotel. Olhamos uns para os outros e vamos arrumar as coisas para irmos embora.



*****


Já é manhã, passamos a noite Peeta, Finnick, Cinna e eu revezando nos cuidados com o Haymitch. Cressida chega para chama-lo e fica chocada quando contamos o que aconteceu.


– E agora – fala Cressida – não podemos perder um dia de gravação, sabe quanto isso custa Peeta – ela diz olhando para ele – o resto do elenco ta chegando hoje, vai atrasar tudo.

– Eu sei – ele responde – mas o que podemos fazer como vamos gravar sem um diretor.

– Quem disse que não temos diretor – Haymitch aparece cambaleando no corredor do hotel.

– Haymitch! – exclama Peeta – Volta pra o quarto o médico já ta chegando.

– Médico – diz ele sem entender.

– Você não lembra? – digo – Você quase se afogou ontem à noite, Peeta e Finnick te salvaram.

– Qual é docinho, eu bebo e você que tem alucinações – diz ele zombando.

– É sério Haymitch – diz Finnicke seriamente.

– Oh, deve ser por isso que respirar dói tanto – diz ele voltando pra o quarto.

– Bem eu espero que você esteja bem de verdade, só que mesmo assim não podemos perder um dia – diz Cressida.



*****



O médico o examinou novamente e disse que ele precisa de repouso absoluto, porém ele disse que iria gravar assim mesmo. A cada “gravando” que ele dizia era seguido de uma jorrada de vômito e tonturas. Não tinha a menor condição até que todos nós somos pegos de surpresa com a atitude de Peeta.


– Chega! – vocifera ele – Cressida leve-o para o quarto agora e chame o médico novamente – diz Peeta com uma expressão e atitude de liderança que poucas vezes eu vi.

– Como assim - protesta Haymitch – tenho um filme para dirigir.

– A partir de agora você tem um codiretor – todos olham pra Peeta sem entender – Isso mesmo que vocês ouviram o codiretor assume ate que você possa assumir seu lugar, não se preocupem, ele ainda esta no comando – Peeta fala olhando pra toda equipe.

– Mas Peeta nós não temos um codiretor – diz Cressida enquanto todos ficam calados inclusive eu, melhor principalmente eu, afinal não faço parte direta de nada disso.

– Finn – diz Peeta – Você aceita ser codiretor dessa bomba prestes a estourar? – diz ele e todos olham para o Finnick.

– O que! Eu? Não, eu não posso – diz Finnick assustado.

– Pode sim, você conhece esse roteiro e sua essência melhor que muitos aqui.

– É verdade – alguém finalmente fala é a Annie – Ele me ajudou a encontrar a “Amber” que Haymitch queria.

– E nós já conversamos tanto sobre esse roteiro e as personagens dele, Finn , eu preciso de você – diz Peeta mais calmo – Nós precisamos.

– Ele tem razão – diz Haymitch – Se tem que ter um codiretor eu prefiro que seja você, eu sei que estarão em boa mãos.

– Eu não sei daqui a dois meses começam minhas filmagens, você sabe disso Peeta – diz Finnick.

– Claro que sei, estou no elenco também lembra? Por isso não devemos perder tempo.

– Tá bom, eu aceito, mas vou logo avisando eu sou um diretor caro – fala com sorriso.

– Codiretor – corrige Haymitch – E seu pagamento será feito mediante resultados.



Pov Peeta



Não acredito que tomei essa decisão, final o que eu poderia fazer, também faço parte de tudo isso tanto quanto Haymitch ou qualquer outro aqui. Finn é uma maravilhosa surpresa, estamos no cronograma e agora é só tocar o barco.


– Cressida já ta tudo preparado para as gravações noturnas? – pergunta Finn.

– Claro, é só começar – diz ela.

– Nem reparei que é final de tarde – digo olhando o relógio – tenho alguma coisa pra gravar hoje Finn.

– Deixe-me ver – ele olha uma lista de ordem das gravações – As suas são depois da meia noite é melhor você voltar para o hotel e descansar um pouco.

– Que ótimo, o Sean já deve ter chegado – digo sentindo uma ansiedade gostosa – Você sabe da Katniss? Eu não a vi hoje durante todo dia.

– Ela ta fazendo um favor pra mim e Cressida, desde cedo ta providenciando as locações para filmagens internas, falei com Haymitch, vamos esticar por mais alguns dias e fazer tudo aqui em Carmel – diz ele olhando pra mim esperando minha reação.

– Ótimo – digo sorrindo – Vejo que fizemos uma ótima aquisição ao contrata-lo.

– E eu estou muito feliz depois do dia de hoje é uma oportunidade impar – diz ele emocionado – Obrigado pela confiança Peeta – ele diz e me da um tapa no ombro.

– Você merece – digo.


Chego ao hotel e procuro saber se Sean chegou quando olho para entrada do hall e vejo um ser pequeno correndo em minha direção gritando meu nome.


– Peetaaaa – ele abraça minhas pernas – Cadê minha mãe.

– Sua mãe ta trabalhando – digo e pego ele nos braços – Mas eu estou aqui.

– Cato não vamos ficar no mesmo quarto – olho na recepção e vejo Clove discutindo com Cato.

– Só que não tem mais quarto – ele fala exasperado – Você vai fazer o que? Vai fica no quarto com a Katniss e o Sean?

– Não você fica com o Peeta – ela diz – Ele deve estar sozinho no quarto.

– Ninguém vai ficar no meu quarto – digo indo em sua direção – Katniss e eu estamos em quartos integrados, você quer fiquemos os quatro juntos? Katniss, Sean, Cato e eu.

– Tá – ela olha sem ter certeza do que vai fazer – Tudo bem mais você dorme no chão.

– Obrigado Peeta – diz ele – ela que pensa que eu vou ficar no chão – ele fala baixinho em meu ouvido, eu sorriu e sigo para meu quarto levando Sean e suas coisas.


Chegamos ao quarto e eu peço comida para ele, enquanto ele toma banho e coloca o pijama ao sair do banho ele se alimenta e abre à boca em sinal de muito sono, então eu o arrumo em minha cama mesmo para que ele possa descansar.


– Peeta você fica aqui comigo? – ele pedi enquanto eu coloco o coberto sobre ele.

– Claro, eu não ia deixar você sozinho nem em sonho.

– Minha mãe ta demorando – ele fala com um olhar triste.

– Não fique triste ela ta resolvendo umas coisas e já já ela ta chegando – digo passando a mão em seus cabelos – quando você dormir que acordar ela vai ta bem aqui com você.

– Eu sinto falta dela.

– Eu sei – digo.

– Tio Cato disse que vai me ensinar a surfar amanhã.

– Sean, eu posso te fazer uma pergunta? – digo meio sem jeito.

– Sim – ele assente.

– Porque você não me chama de Tio? – digo temendo a resposta de um garoto de quatro anos – Você chama meus irmãos, Cato e até Haymitch de tio menos eu... Por quê?

– Hum, não sei, eu só não chamo – essa resposta me deixa desolado, o Sean não me tem nem como tio, olho e vejo que ele quer dizer mais alguma coisa.

– Só isso mesmo ou tem mais alguma coisa – digo olhando em seus olhos – Pode falar Sean, você sabe que pode confiar em mim, seja o que for eu não vou ficar chateado e guardo segredo se você quiser – digo segurando suas mãos pequeninas.

– É que quando eu olho pra você... É que... É que eu queria que meu pai fosse como você – meu coração dispara, acho que parei de respirar – eu não queria que você fosse meu tio, eu queria que você fosse meu pai – ele fala e baixa a cabeça com vergonha, enquanto eu estou realmente emocionado com o que acabei de ouvir.

– Sean... – uma lágrima rola em meu rosto – Tudo que eu queria era que você fosse meu filho – digo com a voz falhando – Nada seria mais honroso pra mim que ter você como filho e se você quiser e sua mãe permitir nada me deixaria mais feliz que ouvir você me chamando de pai.

– Sério – ele olha pra mim surpreso – você vai pedir a ela – ele diz com o olhar marejado.

– Sim é sério, tudo que eu mais quero é poder te chamar de meu filho e ouvir você me chamando de pai.



Pov Katniss



Eu estou acabada, andei o dia inteiro olhando casas, galerias de arte e outros tipos de locações, participando de negociação de preços e coisas desse tipo. Sean já deve ter chegado vou logo para meu quarto ver se ele ta lá. Entro em meu quarto e a porta que interliga meu quarto com o de Peeta esta um pouco aberta vou ate lá e ouço vozes, me aproximo com cautela e ouço a voz de Sean e Peeta fico atrás da porta pensando em fazer uma surpresa quando ouço a conversa deles.


– Peeta você fica aqui comigo? – ele pediu enquanto Peeta coloca o coberto sobre ele.

– Claro, eu não ia deixar você sozinho nem em sonho – Ele é muito atencioso com meu filho.

– Minha mãe ta demorando – ouço Sean meio que reclamando.

– Não fique triste ela ta resolvendo umas coisas e já já ela ta chegando – Peeta fala passando a mão em seus cabelos – quando você dormir que acordar ela vai ta bem aqui com você.

– Eu sinto falta dela – um aperto toma conta do meu coração, mas não consigo me revelar e continuo escutando.

– Eu sei – diz Peeta

– Tio Cato disse que vai me ensinar a surfar amanhã – Ah Cato eu te mato se você levar meu filho praquele mar depois de ontem.

– Sean, eu posso te fazer uma pergunta? – diz Peeta e chama minha atenção.

– Sim – ele assente.

– Porque você não me chama de Tio? – porque será que Peeta perguntou isso – Você chama meus irmãos, Cato e até Haymitch de tio menos eu... Por quê? – É verdade agora que me dei conta Sean não chama Peeta de tio, porque será?

– Hum, não sei, eu só não chamo – essa resposta é bem a cara do Sean.

– Só isso mesmo ou tem mais alguma coisa – Peeta pergunta com carinho – Pode falar Sean, você sabe que pode confiar em mim, seja o que for eu não vou ficar chateado e guardo segredo se você quiser.

– É que quando eu olho pra você... É que... É que eu queria que meu pai fosse como você – minhas pernas tremem o que o Sean disse é absurdo – eu não queria que você fosse meu tio, eu queria que você fosse meu pai – como pude ser tão egoísta em privar meu filho da convivência de um pai e agora ele ta querendo que seu pai seja igual ao Peeta.

– Sean... – parece que Peeta está emocionado – Tudo que eu queria era que você fosse meu filho – minha mente gira, acho que vou cair – Nada seria mais honroso pra mim que ter você como filho e se você quiser e sua mãe permitir nada me deixaria mais feliz que ouvir você me chamando de pai – Peeta ama meu filho como se fosse seu.

– Sério você vai pedir a ela – o que eu faço, o que vou fazer com essa novidade.

– Sim é sério, tudo que eu mais quero é poder te chamar de meu filho e ouvir você me chamando de pai – nãooo, não pode ser o que devo fazer.


Diante de tudo que eu ouvi eu não consigo entrar no quarto de Peeta saiu com o mesmo silêncio que entre e saiu pelo hotel tentando colocar em ordem toda a informação que acabei de receber. Estou andando sem destino e escuto uma voz conhecida... Clove.

Vou até lá e vejo que a porta assim como em meu quarto também esta entre aberta, antes de chamar por Clove ouço:


– Eu não sou Peeta e você não é Katniss, por favor, não compare – essa é a voz de Cato.

– Eu não estou comparando – é a Clove mesmo.

– Então não me diga que tem medo que eu faça o mesmo que Peeta fez isso foi ha muito tempo – será que estam falando de Peeta ter ficado com alguém no passado? – Porque assim você me dá o direito de pensar que você também pode fazer igual à Katniss – O que! Como assim? O que foi que eu fiz?

– Jamais eu me vingaria de uma traição com outra – não acredito que eles estão julgando minhas atitudes e as de Peeta.

– E eu não seria tão tolo quanto Peeta e mesmo assim correr atrás de você – é isso que ele acha que Peeta é um tolo, será que todos acham isso, que eu fiz Peeta de tolo.


Não fico pra ouvir o final da conversa, saiu correndo com todo meu passado pesando em meus ombros e pensando o quanto egoísta eu sou. Peeta me fez sofrer, mas só agora vejo a dimensão de minhas atitudes em relação à Peeta, ele me traiu sim, porém eu tive um filho, o mesmo que ele agora quer que o chame de pai, sinceramente eu não mereço Peeta Mellark.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Deixem seus reviews se gostaram ou não.
Obrigada por lerem.bjs
P.S. quero indicar caso alguém esteja interessado em conhecer uma fic que retrata os jogos vorazes aos olhos de Peeta Mellark ela é muito boa.
(fanfiction.com.br/historia/313300/Jogos_Vorazes_por_Peeta_Mellark)