Genso No Sekai Kara No Ojo escrita por UnicórnioDaNeve
Notas iniciais do capítulo
Valeu pelas "manifestações" que vocês fizeram, fiquei muito feliz em ver que alguém está lendo essa fic :P
Continuem junto comigo!
Aqui está o capítulo de hoje, espero que gostem!!!
A rainha e a princesa passaram a maior parte da tarde seguinte, na carruagem, a mansão Phantomhive era longe de sua casa. Mesmo sendo isolada do centro de Londres, a mansão aparentava ser aconchegante, além de moderna. Digna de um nobre.
Grace, ao subir os degraus que davam ao portão da imensa mansão, se deparou com um homem. Estava acorrentado e latia sem parar. A jovem ignorou-o, como se aquela cena já fizesse parte de seu dia-a-dia.
Ao abrir o portão, um homem elegante e cordial lhe recebeu:
- Pois não?
- Olá, sou a princesa Grace Mackenzie. O conde Phantomhive está?
- Sim! Entre, chamarei meu bocchan.
A dama atravessou calmamente a sala de estar e sentou-se no sofá. Observou cada detalhe com curiosidade, era tudo muito bonito, porém um tanto antigo. O lorde não demorou a chegar, ele era um adolescente muito formal. A coisa que mais chamou a atenção da princesa foi um tapa-olho cobrindo o olho direito do garoto.
- Seja bem vinda, lady Mackenzie! –Ciel disse, exibindo um sorriso fechado- Já conheceu a mansão?
- Minha mãe me trouxe um dia desses para conhecê-la...
- Entendo. Sebastian, ajude-a com as malas!
- Yes, my lord! –O mordomo fez uma reverência e levantou as malas da garota.
A princesa subiu a escadaria sendo acompanhada pelo mordomo, que segurava suas malas. Grace não parava de pensar no significado daquele tapa-olho. O menino poderia ser... Cego?
Abriu a porta do quarto e deixou suas malas no canto do quarto. Eles iriam viajar no dia seguinte, para o Canadá, aonde a guerra deveria ser menos intensa.
"Não sei..." Pensou a nobre. "Se será fácil conviver com esse povo estranho."
- Lady Mackenzie? –Ciel disse, olhando pela fresta da porta- Posso entrar?
- Sim... Que tal se você me chamar apenas de Grace?
- Por quê?
- Vamos morar juntos por um tempo, por isso, quero que sejamos... Amigos?
- Como queiras, princesa Grace, aliás, vim te chamar para o jantar!
- Sim, claro, já desço!
Grace fez um coque com seu cabelo e desceu a escada, mantendo sua postura de princesa. Sentou-se e olhou em volta, apenas Ciel se sentara para o jantar. Estava tudo muito quieto e Sebastian, o mordomo, encontrava-se de pé, ao lado do seu jovem mestre.
"Esse tal mordomo não come?" Pensou a menina, atenta. Sebastian virou-se para a princesa e sorriu, como se houvesse lido os pensamentos da garota. A jovem se assustou e decidiu-se em tirar todas suas dúvidas com o conde Phantomhive, após o jantar.
Mais um longo tempo de silêncio prosseguiu, na mansão. Então, o lorde terminou seu jantar e, enquanto limpava seus lábios com o guardanapo, um cheiro de queimado invadiu a sala, logo seguido por objetos sendo quebrados. Os jovens se assustaram. A guerra teria começado?
- Se me dão licença, tenho assuntos a resolver. –O mordomo disse, irritado.
Sebastian se retirou, aflito. A nobre ficou calada, apenas prestando atenção na conversa que se seguiu, entre o mordomo e alguém não antes visto pela garota. Ciel e Grace se olhavam, como se tentassem descobrir algo sobre o parceiro. Ambos se estranhavam, mas não demonstravam isso, guardavam as curiosidades no fundo de suas almas, como um segredo eterno.
Enfim, passados cinco minutos, o mordomo voltou, com um sorriso estampado em seu rosto:
- Bocchan, sinto em informar que não teremos sobremesa hoje.
- Bard queimou tudo, outra vez? E a Meirin derrubou os pratos? –Ciel olhou para a cozinha com desprezo.
- Quem são essas pessoas? –Meteu-se a princesa- Conde Phantomhive... Você tem outros empregados?
- São todos inúteis, você não os verá, lady Grace... –Ciel respondeu.
- Bom, Ciel-kun, eu preciso tirar umas dúvidas, venha cá! –Disse a princesa, indo novamente ao sofá, da sala de estar.
- Sebastian pode... –Ciel começou, sendo cortado pela dama.
- Ele fica!
O conde não ousou contrariar a garota, por ela ser filha da rainha, ele sabia as consequências de tal ato. Ele tinha quase certeza de que Grace era uma garota fútil e mimada, mas... As coisas poderiam mudar.
- Princesa, há algo que a incomode?
- Não, apenas queria conhecê-lo melhor!
- Prossiga...
- Certo... Você é cego?
- Que pergunta absurda! Não, não sou cego.
- Então, para que o tapa-olho?
- Não posso dizer, é confidencial... Quem sabe um dia a senhorita possa saber?
- E quanto à bengala?
- Já lhe disse que não sou cego! A bengala é apenas um enfeite para manter minha imagem!
- Desculpe... Você tem família?
- Eu? Apenas uma noiva... –Ele disse, abaixando a voz.
- Estou sendo inconveniente, não é? Sinto muito.
- Continue, não se preocupe comigo.
- Já que insiste... Você e Sebastian têm uma forte ligação, por quê?
- Ora, ele é apenas meu fiel mordomo, nada mais!
- Sei... Antes que eu me esqueça, quem era aquele homem, acorrentado, do lado de fora da mansão?
- Pluto! Nosso animal de estimação.
- Estranho... Bom, acho que não há mais o que conversar. Boa noite.
- Boa noite...
A dama foi para o seu quarto, mas sentiu certo desconforto em relação ao conde. Aquele garoto estava escondendo respostas muito importantes... Grace deitou-se em sua cama e afundou a cabeça no travesseiro.
"O que se passa na cabeça daquele garoto?" Perguntou-se, Grace. "Ele acha que eu sou uma idiota?".
Passou mais alguns instantes questionando o conde, até que teve uma ideia, algo que poderia ser brilhante, mas, por outro lado, era muito arriscado... O plano poderia dar certo?
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Nos vemos no próximo capítulo, não é?