A Filha De Poseidon - Forever And Always escrita por Abbs


Capítulo 23
A little help




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Capítulo 21. – A little help.

Olhei para Jully, tentando me controlar. Era óbvio que ela sabia, afinal, quando ela não sabia de alguma coisa? Porém não precisava contar, ainda mais se levarmos em consideração a atual situação.

– O que? – gritou Percy.

Meu irmão estava com o rosto vermelho, os punhos trincados e olhava para Nico como se quisesse matá-lo. Já Nico... Bom, ele olhava para o chão, o rosto pálido de sempre estava três vezes mais branco. Acho que ele nem respirava.

– Percy, eu... – tentei falar, mas não sabia o que dizer.

– Você o que?

– Desculpe, eu...

– Desculpar, Alicia? Você só tem dezesseis anos, merda.

– Mas, Percy...

– Mas o que? Você sabe cuidar de uma criança, Alicia? Sabe, ao menos, cuidar de si mesma?

– Eu não tenho culpa disso! Você acha que eu queria ser mãe aos dezesseis anos? Acha que eu queria uma filha, agora? Com tudo acontecendo?

– Mas teve! Já ouviu falar de camisinha, por acaso?

– Droga, Percy! Você tinha que estragar tudo.

– Eu estraguei tudo? Eu, Alicia? Tem certeza disso?

– Percy, calma, ok? Isso não vai fazer bem para o bebê. – disse Annabeth.

Meu irmão olhou para ela e fechou os olhos com força, balançando a cabeça com raiva e saiu, indo para o lugar onde eu estava com Nico antes.

– Dê um tempo a ele. – disse Annie, sorrindo para mim – Percy vai adorar ter um sobrinho.

– Na verdade, é uma menina. – sussurrei, tocando minha barriga.

– Nico? – Annabeth o chamou e eu segui seu olhar.

Ele ainda estava parado, mais branco do que nunca.

– Nico, eu... – quando falei, ele levantou os olhos e me olhou.

– Você... Está... Grávida?

Assenti e mordi os lábios, esperando sua reação.

– Eu... Eu...

– Acho que ele vai desmaiar. – comentou Drake.

– Nico, vem. – o chamei – Vamos dar uma volta.

Ele engoliu em seco e assentiu. Dei a mão para ele e saímos do galpão. Não foi preciso caminhar muito para chegar a uma pequena cafeteria. O lugar estava meio vazio e eu e Nico nos sentamos em uma das últimas cadeiras.

– Quando você ia me contar? – ele perguntou.

– Quando isso tudo acabasse.

– E se você perdesse o bebê?

– Eu não vou perdê-la.

– Alicia, crianças são frágeis.

– Sério, Nico?

– Não me venha com ironias. O assunto é sério. Você poderia ter morrido, poderia ter perdido.

– Mas eu não perdi, droga! Eu não fiz isso sozinha Nico, eu não queria ter uma filha na atual situação, ainda mais nessa idade. Mas eu não vou desistir dela.

Praticamente gritei e saí correndo para fora do café, enquanto as lágrimas escorriam por meu rosto. Eu estava com raiva, não de estar grávida, mas do modo que todos me tratavam. Eu amava minha menina, não desistiria dela por nada, nem que eu ficasse sem irmãos, amigos ou namorado.

Ela era minha.

Parei na borda de um píer e olhei o mar. Deixando as lágrimas escorrerem. Senti alguém me abraçando por trás, não precisei nem virar para saber quem era, porém não o olhei. Ele afundou o rosto em meu pescoço.

– Desculpe.

Funguei e sequei as lágrimas.

– Eu sou um idiota. Eu estraguei tudo. Sinto muito.

Suspirei.

– Eu te amo, Alie. Vou amar esse bebê também, mas tudo isso me pegou de surpresa. Estamos no meio de uma guerra.

– Eu sei disso, Nico. Eu sei, mas eu não posso fazer nada para mudar.

– Você tem que me prometer que não irá lutar.

– Nico...

Senti ele tocando minha barriga e fechei os olhos. Como sonhei com esse momento.

– Eu não suportaria te perder. Nenhum de vocês.

Virei-me, segurando seu rosto com as duas mãos.

– Você não vai me perder, nem a nossa Bianca.

– Bianca? – ele perguntou, seus olhos brilhando.

– Sim. Bianca. Você gostou?

– Eu amei, Alie. – ele me abraçou – Obrigada.

– De nada. – ri.

Ele sorriu e se abaixou, sem desviar os olhos dos meus, levantou minha blusa e beijou a barriga não mais tão plana quanto antes e depositou um beijo ali.

– Minha Bianca.

☁ ☁ ☁

– Nós entramos, pegamos os objetos e demos o fora. – disse Percy – Se algo der errado, assoviem. Nos encontramos daqui a meia hora aqui mesmo.

Ele não olhou para mim em momento algum. Assim que eu e Nico voltamos, eu soube que Victória havia brigado com ele pelo modo que me tratou, mas ele continuava a fingir que eu não existo.

De qualquer jeito, apesar de todos os protestos, eu havia ido junto ao Monte Ótris para roubar os itens roubados. Iriamos nos separar em dupla, então não foi nem preciso afirmar que eu iria junto com Nico.

Não havia muitos monstros durante nosso percurso até onde era a cela de Jully, mas ao passar por aquela sala encontramos uma harpia.

– Ei, feiosa.

A chamei, em seguida ela desapareceu em pó. Resultado de Nico atrás dela com sua espada de ferro estígio.

– Vamos. – segurou minha mão e me puxou para a outra sala.

Assim que chegamos lá, Nico ficou imóvel e se colocou de modo protetor em minha frente.

– E chegaram que nós esperávamos. – respirei fundo ouvindo a voz de Urano.

– Nico, tire ela daqui! – gritou Percy.

Foi então que eu os vi. Todos eles estavam atrás de Urano, todos cercados por monstros e desarmados.

– Eu não tentaria isso se fosse você, senhor di Ângelo... – advertiu Urano.

Nico apertou minha mão com força e eu mordi os lábios, pensando em algo para nos ajudar. Notei que Urano estava apenas concentrado em Nico, então conjurei vários soldados mortos, mandando-os soltar os meus amigos.

– Parem! – rugiu Urano.

Eles fizeram o que ele disse e senti alguém colocar uma lâmina em meu pescoço.

– Ou ela morre. – revirei os olhos ouvindo a voz de Ofíon.

– Oi Sorriso. – resmunguei e soltei a mão de Nico, passando meu anel para ele.

– Poderia jurar que você estaria no fundo do Oceano essa hora. – resmungou Percy.

Nico foi para o lado de Percy e passou o anel para ele. Segundo mais tarde, meu irmão já estava armado e posicionado ao lado de Nico.

– Eu te desafio, Urano. – disse Percy.

– E eu te desafio, Ofíon. – falou Nico.

Ambos sorriram e Ofíon praticamente me jogou no chão e foi quando eu vi. O Raio Mestre de Zeus, praticamente ao lado do Tridente de Poseidon e do Elmo das Trevas de Hades. E foi quando eu soube o que fazer.

Corri até lá, conjurando o máximo de soldados que eu podia. Ajoelhei-me ao lado dos itens e dei uma última olhada para eles. Nico estava no chão e Percy havia acabado de ser jogado no ar.

Peguei o Raio Mestre e fechei os olhos, concentrando-me em fazer com que aquilo funcionasse, rezando para que meu pai e Hades viessem nos ajudar.


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