No capítulo anterior...

— O que realmente houve naquela noite? — perguntou Jennifer.

— O massacre. Simplesmente numa parte da rodovia, na parte dos milharais de uma fazenda vizinha daqui, algo muito estranho aconteceu. O motorista parou quando sentiu que havia atropelado algo. Ele desceu pra ver e viu um tipo de animal morto debaixo do veículo. Ele pediu para que nós saíssemos do veículo, pois além do animal, outra coisa estava presa aos pneus do carro. Era uma perna humana que estava junta do animal morto. Ficamos, de início, curiosos tentando ligar para a polícia, só que depois... — Joana suspirou — alguns dos colegas foram ao milharal talvez pra fazer xixi ou algo assim, mas não voltaram. Ficamos preocupados, tentamos procurar, mas a medida que procurávamos o massacre acontecia. Eu cheguei ao ponto de escutar um som semelhante de um porco. Corri até o ônibus, mas vi o braço do motorista arrancado lá perto do assento. Cheguei a conclusão de que o monstro estava ali. Enfiei-me por debaixo do ônibus e fiquei esperando. Dois minutos depois consegui ver as pernas do monstro, eram cabeludas, com unhas enormes e um odor insuportável além do típico som que ele fazia. O sangue escorria por onde eu estava, mas não me mexia. Foi a cena dos horrores. Um verdadeiro pesadelo...

* * *

— Meu Deus, então foi algo terrível que atacou vocês naquela noite — falou Jennifer arrepiada — E apenas você que conseguiu sobreviver?

— Sim — assentiu Joana — A polícia e a perícia local encontrou cerca de cinco cadáveres mutilados e com os órgãos arrancados. Sobrevivi por pouco.

— Realmente deve ter sido muito difícil para você ter escapado das garras da criatura misteriosa — falou Jonathan.

David segurava a câmera filmadora pegando o melhor ângulo possível daquela entrevista.

— Passei semanas sendo consolada emocionalmente pela minha filha que mora numa outra cidade próxima. Foi um verdadeiro terror para mim. Nem imaginam o quanto. Por isso eu deixarei um conselho de alguém que sentiu na pele. Por favor, saiam daqui antes que escureça. Se quiserem suas vidas, então vão embora. É só.

Os três estudantes saíram da casa da mulher e ficaram na rua conversando sobre a entrevista. Tentaram achar uma maneira de verem a tal criatura pessoalmente. David gostou da ideia, seguido de perto por Jonathan. No entanto Jennifer não gostou nem um pouco da ideia. Seria arriscado demais e também não sabiam como encontrar a criatura.

— Ainda continuo achando que é arriscado demais fazer isso. Como faremos um absurdo desse gente? — perguntou a garota no banco do carona enquanto seu irmão, Jonathan, dirigia o veículo até a pousada na estrada.

— Acalme-se Jennifer. Eu acho que tenho uma ideia genial pela frente — respondeu David.

— Maninha eu sei o que estou fazendo. Seria um sucesso pegar esta criatura que nem ao menos sabemos se é desse mundo.

— Jonathan, lá vem você e suas besteiras de UFOS. Realmente irmão, caia na real. Não somos especialistas em caçar animais quanto mais de extraterrestres, se existisse lógico.

Eles chegaram na pousada por volta das onze horas da manhã. Jennifer e Jonathan escolheram um quarto para os dois, enquanto que David ficou sozinho noutro.

***

Há quilômetros de distância dali dentro da floresta de Oldville, um caçador fazia a sua rotina de caça diariamente. Ele estava tentando pegar uma raposa da região com sua espingarda. No entanto alguma coisa o observava escondida entre as árvores densas. O que será?