Adriana parou o carro bem em frente ao centro e desceu. Como ela tinha a chave, era possível a ela ter acesso ao local. Acendeu as luzes do corredor do térreo e subiu a escada que dava ao primeiro andar. Antes, porém, pensou ter visto algo correndo no corredor, mas não deu muita importância. Pegou o seu cartão de acesso e abriu o depósito de inseticidas. Começou a retirar os frascos até se deparar com uma aranha atrás do vidro. Ela levou um susto e se jogou pra trás.

– Droga - murmurou.

A aranha tinha cerca de 10 cm, igual a que matou Otávio. Vagarosamente retirou os frascos de inseticida de dentro do armário, pelo menos uns cinco, e os colocou numa cesta de plástico. Foi até o laboratório e pegou um acendedor; voltou ao armário e matou a aranha, queimando-a.

...

As pessoas corriam apavoradas, pois algo ruim estava acontecendo. Um turista tirava fotos da estátua do Padre Cícero quando teve uma grande surpresa.

– Mas que diabos...

A estátua ficou com uma outra cor, cinza; pois estava tomada por aranhas. Eram milhares delas. Uma praga de aranhas geneticamente modificadas pela mutação da sua progenitora.

Uma rede de TV local filmava tudo. Uma repórter cobria a matéria.

– É impressionante o que está havendo. Várias aranhas se tornaram praga urbana. Olhem o que está acontecendo com estátua. Segundo informações, os bombeiros decidiram ajudar o controle de pesticidas da cidade...