“Parem, vocês não podem me prender aqui!” gritava a voz infantil assustada “Não me deixem aqui! Vocês não devem fazer isso com esses jovens”

“Isso não é você quem decide!” um dos quartos do castelo se fecha com um forte bater da porta que ecoa por todo o lugar.

– O que foi isso? - Ho da um pulo devido ao susto que levara – Tem alguém ai? - pergunta virando em direção ao início do corredor – Yong eu não to achando isso engraçado… Pode parando com essa brincadeira! - ninguém o responde – Ling? - no fim do corredor Ho vista algo que parecia muito com sua amiga e decide ir atrás – Me espera! Ling!

– Mais rápido… Eu encontrei a saída! - diz a garota caminhando na frente a uma certa distancia.

– O que? A saída? - questiona aliviado – Mas espera.. E o Yong? - pergunta ao se lembrar do amigo.

– Não se preocupe, ele já está a salvo… - a garota para, percebendo que dissera algo precipitado.

– A salvo? - questiona Ho – O que quer dizer com “a salvo?” - o jovem para seus passos e aguarda uma resposta – Responda!

A garota gargalha, como se tivesse visto ou ouvido algo muito engraçado – Parece que não consegui te enganar jovenzinho - a voz fica mais grave e a garota se vira – Porém acho que não seria necessário te enganar.

– Que… Quem é você? - Ho recua alguns passos – O que você fez com meus amigos?

– Seus amigos? - pergunta – Ainda nada, mas a hora deles chegará - da alguns passos em direção ao garoto – E você não deveria se preocupar com eles… Você é o único a saber de nossa existência.

Ho recua pouco a pouco no mesmo momento em que a “garota” se aproximava dele – Na… Não se aproxime! Porfavor… - com um movimento de mão a “garota” faz com que as taboas do piso se levantem fazendo Ho cair – Ling... Yong! - pede ajuda – Por favor! - no final sua voz sai como um sussurro já de desistência, acreditando que tudo já estava acabado.

Ling havia explorado todo o quarto que havia entrado mais cedo, no local não havia nada de mais, apenas algumas aranhas e suas teias como em todo o resto do castelo, algumas beliches, algumas com lenções e outras completamente vazias, um tapete - possivelmente tricotado a mão - com alguns rasgos e as janelas - como todas as outras - cobertas com pedaços de madeira as tapando – Que lugar mais tedioso - exclama a jovem fechando a porta atrás de si – Ho? - ela avista o amigo sentado no chão – O que está fazendo ai? Cadê o Yong?

– Ling? É você mesmo? - pergunta esperançoso.

– Claro que sim idiota, quem mais poderia ser? - diz.

– Fa… Fantasma! - ele aponta na direção em que estava a falsa Ling.

– Do que está falando? Não tem nada ali - o jovem olha pro loca e percebe que a garota estava certa – Anda logo, temos que encontrar o Yong - diz o ajudando a levantar – E é melhor você pararem de tentar me assustar. Isso não vai dar certo!