O legista retirou o pano de cima do corpo do cadáver e revelou o terrível estado. O tenente Cunnings se aproximou e começou a escrever algo num tipo de diário. O detetive Mason se aproximou do outro por curiosidade.

— O que o senhor tanto escreve aí tenente?

— Eu sempre escrevo o que vejo nas vítimas dos casos que eu pego. Por exemplo pelas manchas roseas no pescoço dela isso só mostra que antes de ser morta ela foi abusada e o agressor pôs as mãos sobre o pescoço dela. Depois que matou ele a esfaqueou nesta região da artéria que vai ao cérebro e o sangramento foi evidente.

— Como sabe descrever um crime sem ao menos estar no local do crime?

— Meu caro Mason eu tenho mais de vinte anos na polícia de Londres e estou acostumado a lidar com casos dos mais diversos. Alguns curiosos, outros absurdos, enfim isso eu sei fazer muito bem — respondeu o tenete pegando o relatório legista.

Retiraram a mortalha para verem o cadáver por completo da prostituta. Estava em péssimo estado. Parecia mais um pedaço de carne de gado depois do abate. Eram muitos furos feitos por uma arma pontiaguda.

Liam anotou tudo e com uma máquina fotográfica retirou as fotos. Pouco depois eles saíram para tomar outro rumo.

— Para onde vamos agora?

— Ir para o local onde o corpo dela foi encontrado. Depois passaremos nos lugares em que frequentava para coletarmos informações — disse Carl dirigindo o seu veículo — A propósito você já ouviu falar sobre um homem chamado Jack o Estripador?

— Nunca.

— Há mais ou menos uma década prostitutas foram encontradas mortas pelas ruas de Whitechapel e as características eram as mesmas: morte por estripação. Também teve o caso do pai que estuprou a própria filha depois a filha o esquartejou como vingança. Existem casos e mais casos rapaz.

— Eu vou aprender muita coisa com o senhor tenente — falou o homem.

Enquanto isso na Scotland Yard uma mulher ruiva, cabelos ondulados compridos, branquinha de olhos claros, vestia uma roupa social. Apesar de não ser comum nessa época ela era uma detetive que foi contratada para investigar o caso das prostitutas.

— Prazer comissário, eu me chamo Natasha Christie. Sou detetive.