Já era quase cinco horas da tarde e Júlio começava a se preocupar com o suposto desaparecimento do seu colega. Wayne não era de se ausentar do grupo. Era muito arriscado. Levantou-se e foi chamar os três jovens que estavam descansando. 

Mosquitos e outros insetos perturbavam Jenny que lia um livro. A moça se assustou quando o The Killer quase adentrou tenda a dentro. Ele pediu para que saísse. Além dela saíram também os outros dois.

— Puxa vida o que aconteceu gente. Acordei atordoado — reclamou David ainda sonolento.

— Aconteceu alguma coisa Júlio? — perguntou Jonathan.

— Faz quase uma hora que Wayne saiu e não voltou. Adivinhem quem foi junto? Pois é. O coitadinho do mister Doug. Aquele canalha fez alguma coisa com o meu amigo. Agora além da criatura eu vou caçá-lo e decapitá-lo — ele começou a se armar com a escopeta e com mais uma pistola. Entregou duas armas, uma para David e outra para Jonathan. Todos estavam devidamente armados.

Logo em seguida o homem pediu para David o acompanhasse e que os irmãos ficassem no acampamento. Então os dois saíram a procura de Wayne.

— Bastardo maldito. Eu juro que darei um tiro bem no meio da testa dele. Vamos logo garoto!

— Calma seu Júlio. Eu preciso filmar direitinho para o documentário. Vai com calma — dizia David, mas em vão. O velho caubói estava obcecado em pegar aquele homem e matá-lo definitivamente.

Em algum momento David estava tão ocupado ajeitando o zoom da câmera que se perdeu do velho caçador. O moço ficou com medo, não sabia pra onde ir. Estava completamente perdido.

Enquanto isso Jonathan se lembrava que havia colocado seu celular no interior do veículo. Não era o fim do mundo, no entanto poderia fazer uma grande diferença ter um celular nesse momento.

— Eu não sei, mas tenho uma mau pressentimento que poderemos nos confrontar com a criatura a qualquer momento.

— Irmão eu estou com tanto medo. — disse ela abraçando o irmão.

Júlio viu que estava só e achou melhor assim. Viu uma sombra passando entre as árvores e logo disparou na direção com sua escopeta. O estrondo ecoou na floresta assustando as poucas pessoas que ali estavam.

— Puta merda eu estou sozinho. Vou me cagar de medo — David começou a andar pra trás enquanto segurava a sua câmera. Virou-se ao perceber que alguém estava à sua retaguarda. Não deu nem tempo...

— Olá garoto — Doug pôs suas mãos com muita violência sobre o pescoço do jovem. Usou tanta força que o levantou por alguns centímetros. O garoto ainda queria pegar a arma na sua cintura, mas não conseguia, pois suas mãos estavam desesperadas tentando salvar o pescoço das garras do maníaco. Ouve-se um "creck", seu pescoço foi quebrado. O rapaz morreu imediatamente.

— Espero que seja um bom diretor de cinema no quinto dos infernos. Agora é só pegar aquele velho do caralho e acabar com aqueles dois de uma vez por todas. E eu nem to precisando me transformar — ele andou sorrateiramente na floresta.

Júlio The Killer não conseguia encontrar David em meio a uma densa floresta. Toda a região ficava ainda mais fechada quando anoitecia e isso começava a acontecer. O caçador ficou sempre apontando sua arma querendo achar uma suposta criatura ou humano para acertar. 

Doug ficou atrás de uma árvore há cinco metros de distância do fazendeiro. Retirou seu canivete ainda manchado de sangue do bolso da camisa e esperaria até o momento certo para eliminar de vez uma ameaça. Será que o assassino vai conseguir se livrar tão facilmente de Júlio?

Continua...