Querido Finnick,

Desde a primeira carta que te escrevi, que a ansiedade por te voltar a escrever é muita. Não quero perder a oportunidade de continuar a falar contigo; mesmo que seja deste jeito. E sobretudo, não quero perder a oportunidade de te continuar a amar. A cada palavra que escrevo, é uma chama que eu continuo a deixar queimar no meu peito. Uma chama verdadeira, única, pura, deste nosso amor.

Claro que continua a doer, saber que não estas aqui. E cada dia é uma nova batalha, pelo nosso filho, e por ti que nunca gostaste de me ver a sofrer. Pois todos os dias tenho que procurar motivos que me levem a levantar da cama, a enfrentar a vida. Admito, Finnick, que tem sido difícil. Mas eu aprendi contigo que a felicidade não se conquista sem uma árdua luta. Mas Finnick, o que fazer quando a felicidade já se fora embora há tanto tempo? O que posso fazer quando essa felicidade era a força que eu procurava para seguir em frente? …

Ontem, o Peeta veio ficar aqui em casa. A Katniss enviou-o para garantir que eu estava bem e como já era tarde e o vento lá fora era muito, ele acabou por adormecer no sofá. De certo modo, ver os seus loiros cabelos, foi apaziguador. E não vejo a hora do nosso filhote nascer. Quero muito segura-lo e afagar-lhe os cabelos que, com certeza, serão igualmente perfeitos como os do pai. Preciso, muito, ter motivos para continuar a viver…

Meu Finnick, as saudades permanecem.

Com amor,

Annie