Naruto apenas concordou, e a seguiu sorrindo feito bobo, e pensando:

                  “Ah Hinata... Você ainda é tão difícil de entender... Mas não se preocupe, eu adoro desafios, pequeno anjo.”

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            “Dra. Haruno Sakura, sua presença está sendo requisitada na recepção.” Anunciava uma fina voz no alto - falante do hospital de Konoha.

            Sakura suspirou. O dia já estava corrido, agora que conseguira uma folga nos atendimentos, estavam chamando por ela. Será que seria alguma missão? Ela olhou em volta do seu consultório. Era uma sala um tanto ampla, com as paredes em branco. Em um dos cantos havia uma mesa para exame de pacientes, com um armário ao lado. Em outro canto, a mesa de Sakura, com porta canetas, e vários papéis. Algumas pinturas decoravam a parece, mas o que mais chamava a atenção naquela sala era um mural de fotografias rosa com fotos de seus pais, fotos de Sakura e suas amigas, uma foto sua com o time Yamato (Ela, Sai e Naruto). Mas a mais importante de todas elas era a fotografia de quando se tornara genin. Ela um pouco desgastada, mas podia se ver claramente Kakashi aparentemente sorridente, apesar da máscara e Sakura igualmente sorrindo. Naruto estava visivelmente zangado olhando para Sasuke. Lindo... Indecifrável... Maravilhoso... Sombrio.

            Ela se levantou de sua cadeira. Abriu a porta, passou por ela e fechou – a logo em seguida. Uma plaquinha estava fixada na parte de cima da porta onde se lia:

“Dra. Haruna Sakura

Clínica Geral e Cirurgiã Chefe”

            Ela foi caminhando por alguns corredores igualmente pintados de branco. Sakura, além de ir a campo na guerra, fez parte da grande equipe médica que tomou conta dos feridos de batalha. Como consequência disso, acabou se especializando em cirurgias e problemas em geral, no fim, sendo contratada pelo hospital de Konoha e servindo tanto de doutora como ninja médica. Apesar de serem em menor número, Sakura ainda era chamada para algumas missões, por sua grande experiência em campo.

Ela finalmente chegou a recepção, encontrando uma certa jovem de longos cabelos loiros e uma franja excessivamente grande tampando seu olho direito conversando com a recepcionista, que por sinal parecia querer mandar a garota bem longe.

            - Ino? – Sakura olhou – a curiosa, se aproximando da amiga.

            - Nossa Testuda, você demorou! – Ino falava, apoiada no balcão.

            - Eu também acho. Ela já me contou toda a história de vida dela. – A recepcionista falava apontando para Ino, que revirou os olhos.

            - Espera aí! Ino, quer dizer que foi você que mandou a Kira me chamar pelo auto – falante do hospital? – Sakura falou incrédula, apontando para a recepcionista que concordava com a cabeça e olhava - a como se quisesse dizer: “Vai entender né...”. – Me diga, o que custava ter ido direto ao meu consultório?

            - Ah deixa de ser chata Sakura! Esticar as pernas de vez em quando é bom né. Você anda muito enfurnada naquela sala. – Ino falava entregando a pasta com os papéis que pegara no escritório de Tsunade. – Pronto, entrega feita. Ah, encontrei a Hinata e a TenTen lá no prédio. A Hinata tava toda quebrada. Era arranhão de um lado, hematoma de outro...

            - Não adianta, ela não toma jeito! Depois falo com ela. Mas por acaso você sabe o que aconteceu? – Sakura agora também se apoiava no balcão.

            - Nem perguntei. Estava com tanta pressa de ter entregar isso. Mas confesso que eu tive muita sorte te encontrar aqui ainda.

            - Ué, por quê? – Sakura mostrou – se confusa.

            - Caramba! Você não se lembra de que dia é hoje? – Ino parecia irritada e surpresa ao mesmo tempo.

            - Sei lá. Segunda, 28 de Janeiro? – Sakura estava desinteressa, mas confusa.

            - Ei garotas. Vocês sabem que isso não é uma cafeteria, e sim um hospital né. – A recepcionista agora advertia as garotas e apontava para umas cinco pessoas que estavam atrás das duas, e olhavam-nas de cara feia. Sakura e Ino nem se deram ao trabalho de responder. Somente deram alguns passos para o lado, para que a fila fosse liberada.

            - Sakura! Não se lembra de algo que aconteceria hoje? – Ino tentava fazer a amiga se lembrar, Achou estranho ela se esquecer de algo assim.

            - Dia 28... Dia 28... Aaah, agora eu entendi... – A expressão de Sakura pareceu murchar. – É hoje que ele sai né...

            - Sim criatura de testa anormalmente grande! Por que você não está lá para receber seu bofe? – Ino estava indignada com a atitude da amigo.

            Sakura suspirou.

            - Ino! Faça – me o favor, bofe é o caramba! E de qualquer maneira eu ando muito ocupada, animal fêmea que nos dá Baicon (Porca), e nem sei como ele vai me receber. - A tristeza estava estampada no rosto de Sakura. – E além do mais o Naruto estará lá...

“Você ainda sofre por causa dele... Depois de todos esses anos... Você pode não saber, mas isso se chama amor Sakura...” Ino pensou balançando a cabeça enquanto sorria em uma tentativa de tentar animar a amiga.

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            Naquele mesmo momento, um imponente prédio de quatro andares, com as paredes em cor cinza, agora já gastas pelo tempo, com minúsculas janelas transpassadas com barras de ferros e um gigante símbolo da folha pintado em branco logo acima de uma porta de entrada nem um pouco convidativa abria seus enormes portões de ferro reforçado. A prisão de Konoha estava liberando um prisioneiro.  Podia – se ver uma figura alto vindo de dentro da prisão.  Depois de 6 meses cumprindo pena, apenas saindo para trabalhos comunitários e missões com acompanhamento de no mínimo três ANBUs, Uchiha Sasuke estava finalmente livre. Ele vinha caminhando calmamente, como se não fizesse diferença de que lado do portão ele ficasse. Estava próximo ao portão, que ficava entre duas torres de vigilância, quando ouviu um guarda ANBU chamando – o e pedindo que se aproximasse. Sasuke chegou perto do ninja.

            - Não vai me dizer que mudaram de ideia, e eu serei executado na cadeira elétrica. – Sasuke falou em seu habitual tom sarcástico.

            - Não, eu não tenho tanta sorte assim Uchiha! – O ANBU respondeu seco. – Tome. A Hokage – sama mandou para você. – O homem lhe entregou um pacote.

            Sasuke olhou a caixa meio desconfiado. Era pequena, embrulhada em papel azul com um laço prata. Um bilhete estava amarrado em das pontas do laço. Ele pegou o bilhete e começou a lê – lo.

                “Caro Sasuke,

              Muitas vezes eu me perguntei se havia feito o certo em mantê – lo preso e aceita – ló como morador da vila novamente, ao invés de simplesmente matá - lo. Hoje eu posso dizer que fiz a escolha certa. Nesses seis meses que esteve cumprindo pena, mostrou estar disposto a mudar pela vila e pelos seus habitantes. Eu realmente estou satisfeita com você. Bom, pra dizer a verdade, estou muito orgulhosa. Claro, quero deixar bem avisado, que a qualquer sinal de traição EU MESMO O MATAREI, SEM HESITAR. Mas acredite, isso não é algo que eu queira fazer. Não só por causa da reação do cabeça – dura do Naruto, mas também porque seria uma grande lástima perder um ninja tão habilidoso e talentoso como você.

           Sobre o presente,não se preocupe, é algo que você vai precisar daqui em diante (mas não são preservativos). Eu peço desculpas por não estar aí para conversar com você pessoalmente, mas eu tive outros compromissos. De qualquer maneira, seja bem – vindo de volta á Konoha.

    Senju Tsunade”

            Sasuke terminou de ler o bilhete e sem mais delongas, desfez os laços do presente e abriu – o. Ali, brilhando, estava uma bandana da vila folha novinha. O metal onde estava o símbolo da folha estava tão limpo que parecia um espelho e a parte de tecido era preta. Ele não pôde deixar de sorrir. Era tempo de recomeçar a vida.

            - Vai ficar aí parado?! Ta parecendo um idiota! – O ANBU retrucou para Sasuke, que ainda estava no pátio da frente da prisão.

            - Eu que to parecendo um idiota? Me diz o quão útil e importante você foi na última guerra? – Sasuke esperou alguma resposta, mas ao invés disso conseguiu apenas o silêncio do homem. – Pois é, foi o que eu imaginei.

            Sem dizer mais nada, Sasuke saiu caminhando, com uma expressão vitoriosa no rosto, chegando do lado de fora da prisão, na calçada. A rua não estava muito movimentada, pelo fato das pessoas terem medo de andarem perto da prisão. Sasuke olhou para os dois lados da calçada, mas não encontrou o que procurava. Ele não conseguiu disfarçar a expressão de decepção.

            “Tsc! Achei que pelo menos um daqueles dois iriam aparecer. Deve ter acontecido algo para nem o baka do Naruto dar as caras.” Ele não gostava de admitir, mas sentia falta dos dois... principalmente dela...

            Depois que aquilo acontecera durante a Quarta Grande Guerra Ninja, ele vinha travando uma guerra contra seu coração...

           

            Flash Back ON

            A Quarta Guerra Ninja estava sendo tão devastadora e tão sangrenta quanto a outras que a antecederam. O cenário era de plena destruição. Corpos sem vida estavam espalhados por todos os cantos. A cor que mais se via no campo de batalha era vermelho, tamanha quantidade de sangue que ali se encontrava. Os ninjas da aliança Shinobi estavam esgotados, muitos feridos. Mas ninguém queria desistir, enquanto estivessem respirando eles lutariam. Naruto agora discutia com Obito e Madara.

- Vocês não podem nos forçar a viver em um mundo que é uma mentira. De que adianta ele ser perfeito se não existe realmente? Eu prefiro tentar fazer esse mundo perfeito, com o meu próprio esforço. – Naruto gritava para Obito e Madara.

            - Naruto, você realmente acredita nessa baboseira que está dizendo?Você quer fazer esse mundinho melhor, mas não consegue trazer o seu melhor amigo de volta. Você é ridículo! – Obito respondeu de maneira debochada.

            - Você não sabe o que ta dizendo! Eu farei o Sasuke parar com essa vingança estúpida! Custe o que custar! – Naruto respondeu confiante.

            - Você está perdendo seu tempo dobe! – Uma voz debochada falou com Naruto.

            Sasuke apareceu em cima do Juubi, ao lado de Madara e Obito. O rapaz resevava uma expressão assassina em sua face. Olhares surpresos se espalharam por toda a aliança Shinobi, mas nenhum nem chegou perto de certos olhos cor esmeralda que tinham uma expressão de puro pavor. Sakura estava em estado de choque. Ela esperava revê – ló algum dia, mas não naquele momento. Não naquela situação e pior, não naquele lado do campo de batalha.

            - Sasuke? O que diabos está fazendo aí?! – Naruto estava quase tão surpreso quanto Sakura.

            - Qual é Naruto, quando mais velho, mais idiota você ficou? Konoha acabou com o meu irmão! Minha família foi dizimada e a culpa é dessa maldita vila! Nada mais justo do que eu acabar com Konoha. E de bônus eu ainda consigo todas as outras nações enfraquecidas! – Sasuke estava fora de controle.

            - Mas você... – Naruto não pôde terminar, pois Sasuke, com a velocidade de raio, ficou frente – a – frente com Naruto.

            Iniciou – se então uma intensa batalha entre os dois amigos. Os ninjas olhavam nervosos aquela cena, pois sabiam a capacidade destrutiva dos dois guerreiros. Sakura não se movia, a não ser pelos seus olhos, que precisavam acompanhar a luta. Os dois começaram uma violenta sequência de socos e chutes, como se tivessem estudando um ao outro.

            Sasuke tentou socar o rosto de Naruto, que desviou para lado rapidamente tentando chutar Sasuke no estômago, que com muita dificuldade segurou o pé de Naruto. O Uchiha girou Naruto e jogou – o para longe.

            - É só isso que você tem Naruto? – Sasuke debochava enquanto via Naruto se levantar.

            - Eu não quero te machucar Sasuke! – Naruto voltou a correr de encontro a Sasuke.

            - Esse é o seu problema Naruto. Você é muito bonzinho! Isso te torna fraco! – Sasuke também saiu correndo. – Chidori Nagashi! – Ele tirou a espada da bainha.

            Naruto só não foi pego pelo ataque, pois no último instante criou um Rasengan para bloquear a espada. Os dois se encararam

            - Tsukuyomi! – Sasuke gritou, surpreendendo Naruto.

            DENTRO DO JUTSU...

            O céu, ao invés de azul, tinha uma cor vermelho – sangue. O chão se resumia em terra. Naruto estava sem camisa, preso por fortes cordas em uma mesa de aço retangular. Todas as pessoas que conhecia se aproximavam da mesa, com olhares malignos e brasas em suas mãos. Um por um, eles começaram a colocar as brasas contra o peito de Naruto, que urrou em plena dor e agonia enquanto seu tórax era cruelmente machucado.

            FORA DO JUTSU...

            Naruto estava caído no chão e se contorcia em plena agonia e desespero, assustando todos que olhavam a luta. Hinata estava em completo desespero, mas não podia fazer nada, pois estava como uma ferida em sua perna, a impossibilitando de correr.

            - Para com isso Sasuke!!! – Sakura se destacara na multidão, com os olhos cheios de lágrimas. Todos pareciam prender a respiração e a únicas coisas que podiam se ouvir naquele momento eram os gritos desesperados de Naruto que se contorcia no chão.

            - Nossa, mas passou o tempo e você continua a mesma irritante de sempre. – Ele em um piscar de olhos, estava na frente da garota, encarando no fundo dos olhos. – Mas isso não é problema. Eu vou calar a sua boca. Para sempre.

            Ele empunhou a espada e estava prestes a cravar a espada no coração da jovem de olhos esmeralda. Ela não reagiria, pois pelo menos aquela dor de estar longe dele iria passar. Centímetros separavam a pele de Sakura da afiada lâmina da espada. Ela fechou os olhos, esperando o seu fim. Ele sorriu, esperando sentir o cheiro do sangue dela em suas vestes.

            “Sasuke... Não faça isso.” Uma voz ecoou na mente de Sasuke e ele parou bruscamente, assustando a todos que viam a cena.

            - N – não é possível...! – Sasuke gaguejou surpreso demais para manter a voz firme, fazendo com que Sakura abrisse os olhos e olhasse assustada para os olhos cor ônix do homem e toda a aliança se olhasse, confusa.

            “Por favor pare, irmão.” A voz de Itachi, agora mais calma, continuava a perturbar a mente do Uchiha.

            - O que está acontecendo? Por que está fazendo isso?! – Sasuke gritava. Os ninjas olhavam para Sasuke sem entender do porquê ele falar sozinho.

            “Ah Sasuke, me desculpe por estar aqui, em sua mente, mas eu tive que fazer isso. Na noite em que lutamos e você me matou, eu vi o que estava se tornando. Eu precisava salvar meu pequeno irmão. Precisava tentar corrigir um erro que foi feito por mim. Logo antes de morrer, quando toquei a ponta de meus dedos na sua testa. Eu coloquei ali uma quantidade mínima do meu Chakra.” Itachi parecia medir as palavras.

            - Mas por quê?! – Sasuke ainda mantinha a espada perto de Sakura.

            “Eu imaginei que esse dia chegaria. Eu só queria tentar impedir você cometer o maior erro de sua vida irmão. Eu queria pelo menos ma vez na vida, ter certeza de que fiz a coisa certa por você, Sasuke”.

            - Você só pode estar de brincadeira! Olhe tudo que eu já fiz em minha vida! O que pode ser pior que isso? – Sasuke agora voltara ao seu legítimo tom irônico.

            “Você já fez muitas coisas erradas sim meu irmão. Mas desta vez, iria cometer um erro que se arrependeria pelo resto de sua vida...” Avoz de Itachi parecia suspirar.

            Sakura não conseguia se mover. “O que está acontecendo com você Sasuke?” Ela pensava, mas sem ousar mover um músculo sequer.

            “Sasuke, você iria matar a segunda mulher que realmente amou durante toda a sua vida” Itachi falou calmamente para que o irmão absorve – se cada palavra.

            A espada pareceu afrouxar na mão de Sasuke. Sakura olhou para a lâmina, sem entender o porquê daquela reação. Cogitou a possibilidade de Sasuke ter desenvolvido esquizofrenia. O rapaz arregalou os olhos, ainda tentando digerir o que acabara de ouvir. Ela, amor de sua vida? E por que segunda? Ele simplesmente não conseguia formular uma frase para responder ao irmão, então Itachi continuou.

            “Você sabe do que estou falando Sasuke. Ainda existe uma parte em seu coração que está intacta a todo esse ódio. É lá que estará o amor que sempre teve por essa mulher. Por favor, eu te peço. Desista disso. Se eu fiz o que fiz foi por que eu amava a vila e amava você. Se você destruir Konoha e se auto – destruir de vez quando matá –la, então minha morte e tudo porque lutei durante minha vida terá sido em vão...”

            - O que você está falando... É verdade?

            “Você sabe que é verdade Sasuke... Lá no fundo você sabe... Proteja a vila e essa mulher. Assim você acalmará seu coração e minha alma poderá descansar em paz...” A voz de Itachi estava se tornando mais fraca. “Eu te amo irmão...” Itachi não se pronunciou mais.

            Sasuke pareceu se acalmar e afastou a ponta da espada de Sakura. Foi em direção à Naruto, liberou – a do Genjutsu. Sakura ainda estava parada no mesmo lugar. Tentando entender o que acabara de acontecer.

            - Ei Naruto, levanta aí! – Disse Sasuke estendendo a mão para Naruto se levantar. – Vamos vencer isso... Juntos!

            Naruto ainda meio zonzo e sem acredita, sorriu e se levantou com a ajuda de Sasuke.

            - É bom ter você de volta meu amigo! – Naruto falou já correndo para lutar, seguido por Sasuke.

           

            Flash Back OFF

            É... Muita coisa acontecera. Mas nem a vitória da guerra apagara os crimes que Sasuke cometera. Só que isso não importava mais. Sasuke estava livre e iria começar uma nova vida. Quando deu por conta, seus pés, inconscientemente o levaram para a entrada do distrito de seu clã. O local estava caindo aos pedaços, muitas casas totalmente demolidas. A casa principal ainda estava de pé, mas bem acabada.

            - Pois é, parece que recomeçar não será tão fácil... – Ele suspirou já se preparando para o trabalho que viria a seguir.

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            - Bem vindo á sua nova residência! – Naruto falava enquanto abria a porta de seu apartamento e dava espaço para que Hinata passasse primeiro.

            A garota por sua vez precisou parar por uns instantes para assimilar o que via à sua frente. A sala de estar deveria ter mais prato sujo que a própria pia da cozinha. No único sofá da casa, podia se encontrar um pé de meia, um mangá, o controle remoto da televisão, uma kunai, entre outras tralhas. A mesinha de centro tinha ao menos três potes vazios de rámen instantâneo. E em cima da televisão, além de muita poeira, uma cueca laranja estava pendurada na antena da televisão.

            - E essa é a sala. – Naruto estava nitidamente sem – graça.

            - Nossa Naruto... Sua sala é... Você sabe... Super... Hã... Aconchegante. – Hinata tentava não rir do vermelhão que se apossara do loiro.

            - Ah, eu ia limpar!  - Naruto agora sorria e coçava a cabeça enquanto ia na direção da cozinha, seguido por Hinata que olhava tudo muito curiosa.

            - Ah é? Quando? – Hinata perguntou.

            - Ah, você sabe. Um dia desses... Uma hora aí... – Naruto agora começara a sorrir.

            Hinata não achou que fosse ver algo mais bagunçado que a sala de Naruto em sua vida. Mas ela estava errada. A cozinha conseguia ser 2 vezes pior. Panelas pareciam fazer aniversário em cima de um fogão 4 bocas engordurado. Ao lado, uma pia de inox comportava algumas louças sujas. A mesa de jantar era pequena, comportava somente 4 pessoas, e ainda estava com coisas do café da manhã, que não foram recolhidas antes de Naruto sair. Em compensação, a geladeira estava vazia. Ele preferiu não esperar algum comentário de Hinata.

            - Vem, vou te mostrar seu quarto! – Naruto falou pegando na mão de Hinata.

            O toque da pele dele em sua mão fez com que a garota estremecesse. Ela travou por um momento, mas se recompôs em seguida. “Eu realmente espero que essa não seja a última vez que poderei segurar sua mão...” Ela foi puxada até um pequeno corredor com a porta do banheiro no meio e duas portas no canto, provavelmente os quartos. Ele a conduziu para a porta da direita e abriu a porta. O quarto não era nada luxuoso, mas era bem aconchegante. Uma cama de casal estava colocada no meio do quarto com um roupeiro de frente para ela. Uma mesinha de cabeceira ficava ao lado esquerdo da cama. Alguns quadros enfeitavam a parede e uma grande janela proporcionava uma bela visão de um parquinho da vila.

            - Bom, é simples, mas... – Naruto falava baixinho.

            - É perfeito. Eu adorei. – Hinata sorria para Naruto, que retribuiu. – Muito obrigado.

            Eles ficaram se encarando, Naruto se aproximou de Hinata lentamente...