Uma Nova Vida Ao Seu Lado - NaruHina escrita por juhricardo


Capítulo 12
Apenas Um Olhar


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal? Tudo beleza? Ok, sei que deve ter uma galerinha querendo me levar pra forca, mas por favor, sejam bonzinhos comigo. Esse capítulo foi provavelmente o mais difícil que eu já escrevi. Tive que mudar muita coisa e acabou me tomando um bom tempo. Claro que em parte foi um pouco de relaxamento meu, mas o importante é que estou postando capítulo novo (Que por sinal, é o maior que eu já escrevi :D). Desculpem (mais uma vez) o atraso e aproveitem o capítulo! Não esqueçam de comentar!
Muitos beijos e boa leitura!



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- Naruto. – Ele se virou para encará – la. – Foi a coisa mais linda que já me deram. Arigato. – Hinata falou sincera e continuou seu caminhou passando pelo loiro e sorrindo em agradecimento.

Naruto também sorriu. Sorriu satisfeito consigo mesmo. Acabara de descobrir que, por algum motivo, adorava fazer Hinata feliz.

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- Finalmente chegaram! Achei que tinham se perdido no caminho. – Tsunade falou assim que Naruto e Hinata entraram no escritório.

- Desculpe tive que passar em casa antes. – Naruto respondeu. Os dois concordaram em deixar o tigre em casa, pra evitar perguntas desnecessárias. Perguntas que eles não conseguiriam responder.

Além de Tsunade, Sasuke e Sakura também estavam na sala, de mãos dadas. O casal olhou receoso para Naruto, temendo o que ele pudesse fazer. Para surpresa de todos, inclusive de Hinata, Naruto sorriu para os dois, dando – lhes parabéns.

 - Fico feliz pelos dois, de verdade. Finalmente você percebeu que tem uma garota muito legal que realmente gosta de você, Sasuke. Quer dizer, tem que ser muito baka pra não ver esse tipo de coisa, tão na cara. – Disse Naruto, sorrindo.

            Sasuke, Sakura e Tsunade balançaram a cabeça e olharam furtivamente para Hinata, que corou violentamente.

“É verdade Naruto, tem que ser muito baka mesmo.” Tsunade pensava, balançando a cabeça olhando para a Hyuuga. “Pobre Hinata...”

Por um instante, os olhares de Hinata e Sakura se cruzaram e a garota de cabelos rosas pôde ver a dor e tristeza que a Hyuuga lutava para não deixar transparecer. Naquele momento a garota de olhos esmeraldas teve vontade de segurar Naruto pelos ombros e sacudi - lo, até que ele acordasse e notasse a pessoa que sempre esteve ao seu lado. Controlou-se. Aquilo era algo que ele deveria descobrir da boca de Hinata.

- Ok, terão tempo para jogar conversa fora depois. Agora temos assuntos mais importantes para tratar. – Tsunade endireitou – se na cadeira. Os quatro olharam – na sérios. Tsunade pegou duas pastas de uma gaveta em sua mesa de trabalho e entregou aos ninjas. Cada pasta continha informações (Nome, idades, fotos, ...) sobre duas mulheres.

- Há algumas semanas, Tsuzanagui Akira e sua irmã, Tsuzanagui Shion vieram à nossa vila para tratar de negócios. Akira é a líder de uma pequena vila de civis aliada de Konoha, localizada no País do Rio. A vila de Akira, a Vila Oculta Do Artesão é uma grande fabricante de armas e equipamentos ninjas e fornece todo esse material para Konoha. Akira partiu de volta há alguns dias, e sua irmã ficou mais uma semana, para conhecer a nossa vila. Entretanto há dois dias, chegou a informação de que a Akira e seus guarda – costas foram encontrados mortos em uma clareira afastada da estrada que usavam como caminho. Vale ressaltar que os corpos dos guarda costas foram encontrados bem separados...

- Separados tipo um corpo num canto da floresta e outro corpo em outro lugar? – Naruto perguntou, interrompendo o relato de Tsunade. Como resposta, recebeu um olhar de reprovação da Hokage.

- Não Naruto. Quando digo separados quero dizer uma perna num canto, um braço no outro, a cabeça logo adiante. Nossos legistas tiveram um imenso trabalho para reconstruir todos os cadáveres.

Naruto parecia prestes a vomitar. Hinata e Sakura arregalaram os olhos, impressionadas com a frieza de Tsunade aos dar tais informações. Sasuke não esboçou reação. Já vira esse tipo de coisa muitas vezes. E também já fizera.

- Como eu estava falando antes do Naruto me interromper, os corpos do guardar foram encontrados bastante mutilados, por isso lidamos com a hipótese de assassinos extremamente violentos (Sério mesmo?! Parabéns Sherlock!). O corpo de Akira foi encontrado inteiro. Estava de joelhos com cada braço amarrado por correntes, presas em duas árvores diferentes. Apesar de inteiro, o corpo apresentava muitos cortes e hematomas, indicando que ela fora torturada antes de ser assassinada com um golpe no coração.

Nesse momento Hinata baixou a cabeça. Lembrou – se de sua mãe e sentiu um nó se formar em sua garganta. Naruto e Tsunade, por conhecerem a recente história envolvendo a mãe de Hinata, notaram que a garota ficara mal. Naruto instintivamente segurou a mão da jovem, que tremeu instantaneamente. Tsunade sorriu de canto pela atitude do rapaz e Sasuke e Sakura, bom, os dois estavam mais confusos que daltônico jogando Guitar Hero (Foi péssimo, eu sei. Me desculpem por isso -.-º), mas preferiram ficar em silêncio.

-Bom, a autópsia indica que a arma usada foi a katana que um dos guarda costas carregava. Também foi informado que a morte ocorreu mais ou menos um dia depois de sua partida. Descartamos a hipótese de Akira e seus guarda – costas terem sido atacados por ladrões, pois todos seus pertences valiosos continuaram intactos. Ao que tudo indica, não foi por acaso. Quem quer que a tenha matado, planejou isso.

- Tsunade obaa – chan, a história é muito triste mesmo, mas onde é que a gente entra nisso tudo? – Naruto falou segundos antes de ser atingido por um porta – canetas na testa. Canetas e lápis voaram para todos os lados da sala. O loiro caiu choramingando e massageando a testa e, por consequência, soltando a mão de Hinata.

            - Cala a boca moleque! Aprenda de uma vez a só falar quando lhe é solicitado! – Tsunade agora apontava para as muitas canetas espalhadas pela sala. – E trate de ir juntando isso duma vez.

Naruto não esperou uma segunda ordem. Tsunade recompôs – se.

- Com a morte de Akira, sua irmã mais nova deve assumir a liderança imediatamente. Mas a Srta. Tsuzanagui teme que o que aconteceu com sua irmã possa acontecer consigo. Foi então que ela solicitou a proteção de Konoha. Por isso chamei os quatro aqui. Quero que vocês quatro façam a escolta dela e não voltem até descobrir o motivo de tudo isso. - Tsunade deu uma pausa. Os ninjas acenaram com a cabeça, Naruto ainda no chão, terminando de juntar as canetas. - Contudo devo avisar para serem um pouco compreensivos com a princesa, ela deve estar muito abalada com tud...

A Hokage foi interrompida por leves batidas na porta. Ouviu - se um "Entre" de Tsunade e a porta se abriu, revelando Shizune.

-Tsunade - sama, a senhorita Tsuzanagui acabou de chegar.

- Mande – a entrar.

            Naruto colocou porta – canetas na mesa da Hokage e endireitou – se ao lado de Hinata. Shizune abriu um pouco mais a porta para liberar a passagem. Uma bela moça, não muito alta, mas dona de uma beleza rara e um corpo praticamente perfeito apareceu na porta. Possuía cabelos ondulados e absurdamente vermelhos que caíam na metade de suas costas. Vestia um kimono preto, ornamentado com detalhes em dourado nas barras e uma faixa da mesma cor embaixo dos seios. Apesar de tudo, o que mais chamava a atenção eram seus olhos, pois cada íris possuía uma cor. A direita, castanho – claro, enquanto a esquerda, verde. Apresentava algumas olheiras, provavelmente por causa da recente perda da irmã.

A porta fechou – se atrás da garota. Ela entrou na sala calmamente, sob os olhares curiosos de todos. Mas assim que seus olhos pousaram em Sasuke, e de Sasuke migraram para Naruto, a garota abriu um grande sorriso.

-Hokage - sama, eu pedi ninjas competentes - Ela olhou - os de cima abaixo e riu maliciosa. - E por Kami - sama, que competência!

Sasuke revirou os olhos. Naruto ficou totalmente sem jeito com o comentário da garota, e olhou para Hinata de canto, que mirava Shion extremamente séria. A jovem Hyuuga, por sua vez olhou de canto para Sakura, que reservava uma expressão assassina em sua face. Tsunade naquele momento refletia se tinha sido uma boa ideia ter escolhido os quatro para essa missão.

- Algum problema querida? Cara feia pra mim é fome! – Shion dirigiu – se a Sakura, em um tom extremamente desdenhoso. - Apesar de que essa sua cara não tem mais salvação!

- Ora sua vad... – Sakura já largava a mão de Sasuke e partia pra cima da ruiva.

- JÁ CHEGA! – Tsunade levantou – se furiosa e bateu com o punho fechado na mesa, que foi reduzida a pó, literalmente. – Eu não vou tolerar nenhum tipo de insulto em minha sala. Sakura, controle – se, por favor! E Shion – san, por favor, eu peço que se acalme, pois esses serão os ninjas que farão sua escolta. Evite discussões desnecessárias.

- Espera aí. A rosada e a ceguinha também vão?! – Shion apontava para as duas kunochis na sala em total descrença.

- Ceguinha? - Hinata olhou para a ruiva e franziu o cenho. Não sabia dizer se a garota estava brincando ou não. Ainda sim, fora provavelmente a coisa mais estúpida que ela já ouvira. Nunca gostou de briguinhas desnecessárias, mas aquela garota tinha um certo gosto por intrigas. E a paciência de Hinata não estava lá muito grande.

- Você não é cega? Estranho. Com esses olhos... – Shion deu de ombros. – Não importa. Então Hokage – sama vai me apresentar os ninjas ou não?

Tsunade suspirou. Sim, péssima ideia chamá – los para essa missão.

-  Hyuuga Hinata, Uzumaki Naruto, Sakura Haruko e Uchiha Sasuke – Tsunade apontou com a cabeça para cada um dos quatro ninjas, respectivamente. – Imagino que outras informações sejam desnecessárias no momento.

- Concordo plenamente! A única coisa que eu quero saber é qual é a barraca dessa criatura linda aqui! – Shion agarrou – se nos braços de Sasuke. O Uchiha puxou seu braço para longe do contato de Shion e olhou para Sakura, temendo que ela pudesse cometer um assassinato a qualquer momento.

Sakura respirou fundo. Não podia perder o controle. Olhou bem para Shion e proferiu as palavras bem lentamente, para deixar bem claro para a ruiva.

- O lugar. Na barraca. Dele. Já tem. Dona.

- Isso? – Falou apontando para Sakura - Você por acaso é o que? O pau da barraca?

Todos olharam para a garota de olhos esmeralda. Até mesmo Tsunade, que não gostava de brigas, ficou um tanto quanto curiosa para ver até onde o autocontrole de sua pupila ia. Infelizmente autocontrole era tudo o que faltava na garota. Sakura parecia estar com o diabo no corpo. Bufava e tremia. Seus olhos se estreitaram, como um predador mirando sua presa, esperando o momento certo de atacar. Shion sorria do estado que havia deixado a garota. Sasuke sentiu o perigo se aproximando e por um breve momento teve a impressão de ver desejo de sangue nos olhos de Sakura (Nossa! Meio exagerado isso! O.O). Decidiu tomar uma atitude.

- Não, Srta. Tsuzanagui. – Ele passou o braço pelo ombro de Sakura, envolvendo – a. A ninja médica surpreendeu – se com o toque. - Ela é minha namorada. E gostaria que isso ficasse bem claro durante toda a missão.

“Toma sua vaca recalcada!” Sakura sorriu vitoriosa. Shion fez cara de emburrada, mas recompôs – se rapidamente.

- Não tem problema. Fico com o loirinho. – E falou para Naruto, apontando a Hinata. – Você está não está namorando com a dos olhos brancos né?

Hinata corou. E Naruto corou. O rapaz não sabia como responder aquilo apesar da obviedade da resposta.

- E-eu?! B-bem, não... – Ele respondeu meio cabisbaixo. Algo naquele “não” doía mais que o normal. Não olhou para Hinata, simplesmente não conseguia.

- Perfeito! Fico com voc...

Ela foi interrompida por Tsunade.

- A divisão de barracas não é relevante nesse momento e, sinceramente, não me interessa nem um pouco. – Tsunade foi curta e grossa. – Todos voltaram sua atenção para ela. – Quero liberá – los duma vez, então deixem – me dar as últimas instruções.

Todos voltaram sua atenção para a Hokage, e mantiveram – se em silêncio até o fim. Tsunade entregou um pergaminho que continha um mapa e o caminho para Sasuke, designado como o líder da missão. Disse também que a partida seria às seis da manhã do dia seguinte, no portão da vila, sem atrasos (Nesse momento ela olhou bem para Naruto, que riu sem graça). Por fim, deu mais algumas recomendações padrão.

- ... Bom, creio que terminamos. Os quatro estão dispensados. – Tsunade virou – se para Shion. – Tem um ANBU lá fora, esperando para levá – la em segurança ao hotel.

Os cinco despediram – se da Hokage e saíram. Ouviram – na chamar Shizune e falar algo sobre comprar uma mesa de titânio. Como falado antes, um ANBU esperava Shion logo na saída do prédio. Ela despediu – se dos quatro, dando de brinde um olhar cínico para as duas garotas e saiu para o lado oposto ao que o time 7 e Hinata seguiam. Após alguns passos de puro silêncio, Sakura aproximou – se de Hinata.

- Então, Hinata, o que achou da nossa “maravilhosa” missão – Sakura perguntou, deixando bem claro sua ironia com a palavra maravilhosa.

Hinata olhou para trás e Sakura acompanhou seu olhar. Avistaram Shion, já um tanto afastada, tagarelando com o ANBU. Hinata voltou - se para Sakura.

-Sinceramente? Mal posso esperar para que acabe.

            Naruto, Sasuke e Sakura sorriram com o comentário da garota. Hinata deu de ombros. Pelo visto não era só ela que pensava assim.

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06h00min

O dia clareava lentamente, e junto com ele, os civis e ninjas de Konoha acordavam para mais um dia. Era um inicio de manhã particularmente frio com um vento gelado de agasalhar até quem se dizia extremamente "calorento".  Não era difícil ver as pessoas caminhando encolhidas, com os dentes batendo ou com uma considerável quantidade de peças de roupas. Poças no chão denunciavam a forte chuva da noite passada.  Ou seja, fazia uma verdadeira manhã de inverno, onde o maior desejo de todos seria poder estar embaixo de algumas cobertas. Infelizmente isso não era possível para todos, como por exemplos para Naruto, Hinata, Sasuke e Sakura, que aguardavam, no portão de entrada da vila, a chegada de Shion e Tsunade. Não tardou muito para que as duas aparecessem.

            - Depois sou eu que me atraso né. – Naruto brincou com a Hokage assim que ela se aproximou.

            - Naruto, você quer realmente testas meu humor às 6 horas da manhã? – Tsunade fuzilou Naruto com os olhos. O loiro percebeu o erro e baixou a cabeça. – Pois é. Boa escolha.

            - Então Hokage – sama, mais alguma coisa, ou podemos partir? – Sasuke adiantou – se. Quanto mais cedo começassem, mais cedo terminariam aquela missão.

            Tsunade suspirou. Por mais que confiasse totalmente na capacidade dos quatro, tinha medo de revê - los da mesma maneira que encontrara os “corpos” dos guardas. Temia por eles, pois querendo ou não, tinha sim um carinho especial pelos jovens. Mas precisava manter a postura, não era hora para beijinhos de despedida.

            - Só peço que tenham cuidado. Eles devem saber que Shion terá proteção reforçada. E eles também não ficaram para trás nesse quesito.

            - Fica tranquila Obaa – chan. Eu vou chutar a bunda de qualquer um que estiver no nosso caminho! – Naruto fez uma pose estilo “Guy - Sensei”.

            Gota geral.

            - Eu até te daria um soco, Naruto, mas você consegue se autodestruir fazendo essas posses ridículas, então eu vou deixar passar. – Tsunade falou sarcástica. – Enfim, acho que está na hora de partirem.

            Os cinco se encaminharam para o lado de fora da vila. Tsunade não se moveu. Ficou observando – os distanciar – se da vila.

“Vocês vão se sair bem .São herdeiros da vontade do fogo...” A Hokage pensou, rindo de si mesmo, assim que eles saíram de seu campo de visão. Deu meia volta e foi, sem pressa alguma, na direção de seu escritório, abrir a primeira garrafa de Sakê do dia.

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            O País do Rio fazia fronteira com o País do Fogo. A viagem duraria em torno de três a quatro dias. Normalmente ela não seria não demorada, mas o fato de ter uma pessoa não ninja na equipe dificultada um pouco as coisas. O caminho em si não era dificultoso de ser percorrido. Poucos subidas, ou desvios que pudessem atrasar os viajantes. O único problema era uma extensão de campo aberto, que deixava – os expostos ao perigo e pela qual teriam que passar no terceiro dia de viagem, quando passariam a fronteira dos dois países.

            Caminhavam em silêncio, Talvez por não estarem com paciência para uma possível discussão com Shion ou simplesmente por não terem um assunto para conversar. O fato era que a única coisa que se ouvia era o vento batendo nas folhas e, de vez em quando, a ruiva reclamando das poças da água, que demandavam sua redobrada atenção, pois nas palavras da própria "É inconcebível uma líder tão bonita e graciosa andar com sapatos imundos e molhados."

Durante um tempo, seguiram pela mesma "estrada" que o time sete usara como caminho em sua primeira missão, quando tiveram que proteger Tazuna e levá - lo ao País das Ondas. Apesar do silêncio da caminhada, a mente dos três trabalhava a mil, trazendo de volta lembranças daquela missão tão especial para os três. Em compensação Hinata tentava não pensar em nada, deixar sua mente descansar. Dormira mal. Consequência de um pesadelo, onde ela era perseguida por leões com os rostos de sua irmã, Naruto e uma terceira face que ela não conseguiu distinguir. Quando foi alcançada pelas feras, teve seu corpo mutilado. Infelizmente depois de acordar encharcada de suor, Hinata passara o resto da noite em claro. Shion, claro, percebeu o visível cansaço da jovem, e para quebrar o silêncio que tanto a irritava, alfinetou:

- O medo da missão não te deixou dormir Hyuuga? Não se preocupa não! Eu te protejo!

"Só pode ser piada!" Pensava Hinata. Piada pelo simples fato de que nem ninja Shion era. Apesar de ser a futura líder de uma vila ninja, a família Tsuzanagui não possui habilidades de combate. Só comandavam a vila, pois o que lhes faltava em habilidade física, sobrava em inteligência e liderança. Riu sozinha da possibilidade da ruiva participar de um combate real. Mas continuou a caminhar calada, ignorando o comentário.

            Depois de mais ou menos uma hora de caminhada, o grupo tomou uma estrada diferente, distanciando do caminho que levava ao país das ondas. A estrada de chão relativamente larga foi estreitando - se à medida que avançavam, de modo que a sua largura só aceitava duas pessoas. Seguiram na seguinte formação: Naruto e Sasuke liderando a caminhada, Shion entre os dois, um pouco mais atrás e Sakura e Hinata logo atrás da líder. Shion, por sinal, não deixou de esconder seu contentamento ao saber que poderia ver seus dois protetores por digamos, outros ângulos. Seguiram assim pelas horas seguintes.

À medida que chegava o meio dia, o sol parecia ter animado – se a sair de sua toca e esquentas os corpos ainda gelados de todos e Sasuke decidiu parar para comerem algo e se hidratar, pois, depois de mais algum tempo, o sol acabara se tornando incômodo à caminhada. Comeram rapidamente alguns bolinhos de arroz que Hinata tivera a gentileza de preparar e trazer para a missão e voltaram a sua caminhada. O sol ficara mais forte e, por mais que o vento diminuísse o calor, estava cada vez mais difícil manter um bom ritmo de caminhada. Passada meia hora, ouviram alguns murmúrios de reclamação. Viraram – se e viram Shion sentada numa pedra.

- Fala sério né gente! Eu não tenho costume de fazer procissão como vocês. – Ela largou a mochila ao seu lado e apoiou o cotovelo nos joelhos, tentando tomar fôlego. Sasuke revirou os olhos.

- Me desculpe, mas temos que continuar. Desse jeito não chegaremos nunca.  – Sasuke continuou a caminhada na esperança de que ela os seguisse.

Shion bufou e levantou – se, arrastando sua mochila e depositando – a nas mãos de Hinata, que parou a caminhada e olhou para a ruiva, esperando uma explicação.

- Por que essa cara ceguinha? Por favor, né! Não consigo caminhar e carregar essa mochila ao mesmo tempo. – Ela falou como se fosse a coisa mais lógica de toda a face da Terra. E continuou caminhando, deixando os quatro parados e incrédulos com a tamanha cara – de – pau da garota. Hinata respirou fundo. Uma. Duas. Três vezes. Mas a vontade de fazer Shion engolir aquela mochila não saía de sua cabeça. Sentiu um cutucão no ombro.

- Hnata – chan. Se quiser... Posso carregar pra você. – Naruto pediu com calma, temendo que pudesse sofrer alguma espécie de retaliação.

- Arigato Naruto - kun, mas não precisa.  –Hinata suspirou, enganchou a mochila no braço esquerdo e seguiu Shion, quieta. Preferia assim. Por mais que odiasse bancar o “Burro de Carga”, Naruto deveria estar nos seus cem por cento para uma eventual batalha que tivessem que travar. O time 7 se olhou, mas como não havia mais nada a ser feito, seguiram seu caminho, que por sinal, era bem longo.

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Já escurecia quando o grupo decidiu procurar um lugar para passar a noite. Para contrastar com o tarde quente, a noite veio acompanhada de temperaturas relativamente mais amenas e ventos mais gélidos. Não tardou para que achassem uma clareira, ao lado de um pequeno lago e decidiram parar e acampar perto deste, um pouco afastado do caminho que faziam. Os rapazes montavam as barracas enquanto as duas kunoichis enchiam os cantis de água. Não precisa ser gênio para saber que Shion ficou na companhia dos rapazes. Após todo o acampamento instalado, decidiram fazer uma fogueira. Apesar da água fria do  lago, Naruto fez questão de pescar, para que tivessem um jantar decente aquela noite. Precisavam repor as energias. Durante o dia tiveram que apertar o passo, para que pudessem cumprir a meta. Cada hora de atraso poderia significar uma crise maior se instalando na vila de Shion. E claro, uma dor de cabeça a mais para todos.

Não tardou muito para o loiro aparecer com cinco peixes graúdos. Estava encharcado e tremia dos pés a cabeça, mas valera a pena. Graças ao loiro, todos estavam bem alimentos e loucos para descansar da exaustiva viagem. Sentaram – se envolta da fogueira para se esquentar. Hinata enrolou – se em um cobertor e pôs –se a ler um livro que sempre levava consigo. Sakura aconchegou – se no peito de Sasuke, que abraçou – a. Naruto recostou – se em uma árvore e Shion logo encontrou sua cabeça no ombro do loiro, que apesar do susto, não pareceu dar bola à situação. Hinata levantou os olhos brevemente na direção dos dois. Sentiu o estômago embrulhado, ao ver ruiva recostada em Naruto. Naruto que por sinal não fazia a mínima menção de afastar – se. Ao contrário, por um minuto, Hinata teve a impressão de ver Naruto gostando da situação em que se encontrava. A garota tinha vontade de sumir dali. Suspirou e voltou sua atenção ao livro.

            Infelizmente, a breve olhada da Hyuuga não passou despercebida por Shion.

- Ei! Ô dos olhos brancos. - Hinata levantou a cabeça lentamente, desviando a atenção do livro e encarou a ruiva, que sorria desdenhosa. - Alguém já disse o quanto você é patética?

O clima ficou tenso. Sasuke e Sakura olharam para Hinata. Naruto congelou.

"Sim, meu pai." Hinata pensou, mas continuou em silêncio. Não revidaria. Estava cansada demais. Não valia a pena. Olhou bem para Shion, e fez o que sempre fazia quando ouvia esse tipo de coisa: Ignorou. Voltou a ler seu livro. Shion irritou – se, mas não desistiu.

- Você acha que eu não notei o olhar que nos dirigiu? Tão patética e sozinha. Invejando a felicidade dos outros. Na boa, eu chego a ter pena de você.

            Hinata não foi capaz de ignorar aquele comentário. Olhou incrédula pra Shion. Não conseguia entender qual era o problema daquela garota? Não compreendia o imenso prazer que ela tinha em causar intrigas.

- Eu não estou nem aí para o que a "Vossa Majestade" pensa. - Hinata fechou o livro que lia com violência e largou - o no chão. Levantou - se e foi na direção do lago.

- Aonde vai Hinata - chan? - Naruto manifestou - se preocupado.

 - Dar uma volta. Não sou obrigada a ouvir esse tipo de coisa. – Hinata tinha que sair dali, antes que perdesse o controle e falasse o que não deveria.

- Isso mesmo Hyuuga. Continue fazendo essa cara de santinha, mas vamos lá, deixe-me adivinhar. - Shion levantou e deu alguns passos na direção de Hinata que virou -se para encará - la. - Você não passa de uma coitada que tem uma vida toda desgraçada, tenta ser forte, mas só consegue chorar pelos cantos e, ainda por cima, sofre por um amor que nunca será correspondido. Por acaso estou errada?

Os olhos de Hinata arregalaram-se e Shion viu nesse ato, o sinal para continuar seu ataque à Hyuuga. - Acertei, não é?

            O time sete assistia a cena totalmente mudo. Aquilo pegara todos desprevenidos. A mente de Naruto martelava as palavras proferidas por Shion “... Sofre por um amor que nunca será correspondido”. Seria verdade mesmo? Voltou novamente sua atenção à cena.

-V-v-ocê n-não sabe nada da minha vida! - Hinata, com os olhos marejados, tentava manter sua voz firme, sem sucesso. Aquilo pegara Hinata desprevenida.  Não esperava ter sua vida escancarada pela pessoa que menos a conhecia. Tinha medo do rumo que essa conversa tomaria.

- Não precisa ser vidente pra saber o que se passa! Você pensa que eu sou uma qualquer? Eu tenho acesso a muita coisa Hyuuga, incluindo sua ficha, seu passado e a muitas coisas que os Hyuuga adorariam deixar enterrado. - Shion colocou a mão no queixo, fingindo pensar - Você é a "futura líder inútil" que todos odeiam, tem uma irmã mais nova que é dez vezes melhor que você... E como é mesmo a história? Ah sim! Sua mãezinha Hani foi assassinada pelo seu pap...

Hinata fez o que ninguém imaginaria. Deferiu um forte tapa no rosto de Shion. Forte o suficiente para que a ruiva cambaleasse para o lado e olhasse assustada para Hinata. O time sete parecia ter desaprendido a respirar. Sakura sorria por dentro. Infelizmente não podia dar palavras de incentivo à Hinata.

– NÃO OUSE FALAR DA MINHA MÃE, SUA CRETINA! QUEM VOCÊ PENSA QUE É!? 

- Você vai pagar por isso Hyuuga! A Hokage ficará sabendo! – Shion massageava a bochecha extremamente vermelha.

- Conte à Hokage, ao Lorde Feudal. Conte até ao diabo se você quiser. Eu não ligo! – As lágrimas já começavam a molhar seu rosto. Hinata, sob o olhar preocupado de Naruto, deu meia volta e saiu correndo na direção do lago.

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Hinata sentou-se na margem do rio. Abraçou as pernas e apoiou seu queixo nos joelhos. E assim ficou. Tão imóvel quanto a água do lago que encarava. Deixou que o silêncio e acalmasse seu coração. Olhou para o fundo da água e viu o reflexo de uma garota de olhos cor pérola, agora sem brilho algum e que reservava em suas feições uma expressão de dor. E ao ver seu rosto refletido na água cristalina, iluminada pela lua cheia, Hinata odiou – se profundamente por ter saído daquele jeito. Odiou – se por ter deixado Shion afetá – la daquela maneira, e principalmente, odiou – se por ser quem era. Porque por mais que tivesse agredido a ruiva e por mais que sentisse raiva dela, Hinata era obrigada a concordar com Shion. Cada palavra do que ela dissera era verdade. Sobre sua vida, sua família e, principalmente, sobre o amor não correspondido. E isso era o que mais doía. Doía saber a verdade nua e crua de que nunca teria o que sente por Naruto correspondido. Doía saber que nunca sentiria os lábios dele pressionados contra os seus. Doía saber que ela nunca ouviria um “Eu te amo” saindo da boca do loiro. Lágrimas voltaram a correr.

Infelizmente, o silêncio que tanto prezava foi quebrado por passos.

"Não é possível que eu não possa ter um minuto de paz!" Pensou irritada, mas não moveu um músculo.

Os passos foram ficando mais próximos e Hinata acabou por descobrir de quem se tratava. Sua hipótese foi confirmada quando uma voz quebrou de vez a quietude.

- Não gosto de te ver chorando sabia? - Naruto parou ao lado da garota e esperou uma resposta. Ela não veio.

Ela continuou parada, encarando o nada, com os olhos sem brilho. E pela primeira vez, a voz de Naruto não fez o coração de Hinata acelerar. Pelo contrário, ao ouvir a voz do loiro, a coração da jovem parecia ter perdido o ânimo de bater e Hinata desejou profundamente que ele fosse embora. Era deprimente ter que conversar com Naruto no estado em que sem encontrava. Ela não queria dividir seus problemas. Ela não queria um ombro amigo. Ao menos uma vez queria ficar longe dele e de todos, para que não acabasse cometendo outra besteira como fizera a alguns minutos atrás. Esperou que Naruto desistisse e se afastasse. Não foi o que aconteceu.

- Hinata você está bem? Fala comigo! - Nenhuma resposta. - Você não pode se deixar levar por todas aquelas mentiras estúpidas que aquela doida varrida disse. Ta tudo bem que ela falou sobre sua mãe, mas fofoca em Konoha se espalha rápido. Fora isso... Quero dizer, é sério que você acreditou em todas aquelas bobagens que ela disse?!

Aquilo despertou algo na Hyuuga. Irritou -a vê - lo falar como se conhecesse a sua vida, como convivesse com ela para saber o que se passava. Todo o seu plano de não conversar fora por água abaixo. Esperou que ao menos não acabasse perdendo o controle e insultando o loiro. Hinata virou o rosto lentamente e encarou Naruto.

-Naruto-kun, por acaso alguma vez passou pela sua cabeça que cada palavra do que ela disse pode ser a mais pura verdade? - foi a vez de Naruto ficar mudo. Nunca tinha visto Hinata daquele jeito. Como se estivesse sem alma, sem emoção. Aquelas palavras o pegaram de jeito. Se isso fosse verdade, então sobre o amor não correspondido...

-É sério mesmo? - Naruto sentou ao lado da garota - Eu... Me desculpe Hinata, Eu não sabia...

Ela sorriu tristemente e encarou - o.

- Tudo bem. São coisas que você não tinha porque saber. Aliás, Não tinha porque ninguém saber. - Ela suspirou. As lágrimas agora dando uma trégua.

- Hinata, eu posso não saber o que acontece entra as paredes do seu clã, mas eu sei que você é uma pessoa maravilhosa. E na boa, eu não sei o que pensam de você, e na verdade não me interessa. Porque eu sei que vocês vai ser a melhor líder que aquele clã já viu! – Ele sorriu. Hinata derreteu – se por dentro.

"Seu eu não tivesse saído do clã, quem sabe um dia..."

- Arigato Naruto – kun, de verdade. Mas isso não importa mais, de qualquer maneira.

            Os dois voltaram sua atenção ao lago e ficaram lá sentados, contemplando - o. Hinata estava errada. Não queria que ele ficasse longe. Nunca quis. Não adiantava o que acontecesse, não conseguia odiá-lo. Tinha dúvidas de que um dia conseguiria. Pelo visto, esse era o seu destino. Estava fadada a amar Uzumaki Naruto incondicionalmente. Sorriu levemente com esta constatação.

            Naruto olhou Hinata de canto ao ponto de vê – la sorrindo. Como queria poder ler mentes e descobrir o que se passava na de Hinata. A cada dia que passava queria entendê – la. Decifrá – la. Ele não sabia por que e nem de onde surgira essa vontade de conhecer a Hyuuga, principalmente porque era a primeira vez que se sentia assim. Mas aquilo o corroia por dentro. Tinha coisas que precisava saber. Uma em especial o estava enlouquecendo. E ele não iria conseguir mais ficar calado, precisava perguntar. Encarou Hinata meio sem jeito.

-Hinata... Você disse que tudo era verdade né? - Ela olhou – o curiosa e acenou com a cabeça. – Então, bem... Quando Shion falou de um, hã... Como posso dizer... Um amor não cor...

Hinata arregalou os olhos e levantou – se abruptamente.  Deu as costas e começou a caminhar na direção do acampamento. Naruto, sem entender a reação da jovem, levantou e segurou - a pelo braço, antes que ela ficasse fora do alcance. Ela virou o rosto, assustada com o repentino toque.

- Onde está indo?

- Desculpe Naruto - kun, m-mas eu n-não quero falar sobre isso. – Ela tentou desvencilhar – se da mão do rapaz, totalmente em vão

- Por que não? Por que não quer falar quem é?! – Ele insistiu.

- Is-Isso não fará diferença alguma.

-Hinata, por favor... - Hinata olhava o chão, como se o pequeno dente de leão aos seus pés tivesse se tornado algo realmente interessante. Não parecia disposta a falar. Mas aquela dúvida o estava deixando louco. Naruto queria saber. Precisava saber quem era o ser humano estúpido e cruel que não era capaz de retribuir o que Hinata sentia. E pela primeira vez, constatou que sentia ciúmes do rapaz que era dono do coração de Hinata. Ele não sabia bem o que significava, mas doía. Doía muito.

A Hyuuga estava assustada. Não entendia o porquê daquela insistência repentina de Naruto por seu amor ao “homem misterioso”. E não sabia se estava pronto para falar. Parte dela achava que não era a hora. Em contrapartida, ao outra parte queria se livrar do peso que carregava há muitos anos. Hinata literalmente travava uma batalha interna.

-Quem é ele Hinata?! – Naruto perguntou novamente. Já imaginava mil maneiras de fazer torturar o misterioso monstro que fazia Hinata sofrer, amaldiçoando o desgraçado que não tinha a capacidade de fazer Hinata feliz.

Hinata tomou coragem, levantou a cabeça e tentando expressar toda a dor, sofrimento e amor que tinha guardado em seu coração durante tanto tempo, olhou diretamente nos olhos de Naruto.

O coração do loiro falhou uma batida. E a verdade atingiu – o como uma bomba. Apenas um olhar foi o suficiente para que Naruto finalmente entendesse. Era ele. O monstro. O desgraçado. O rapaz de quem sentira ciúmes instantes atrás. Durante todo esse tempo era ele.

            - Não pode ser...! – Naruto sussurrou aquelas palavras, que foram suficientes para Hinata entender que o loiro descobrira afinal que era ele o homem que Hinata sempre amara.

- Surpreso? Mas é verdade. É você, Naruto - kun. É você o homem que eu amo e sempre amei. Você não faz ideia do quanto é especial pra mim. E-eu te amo como nunca serei capaz de amar outro homem pelo resto de minha vida. – Hinata criara coragem e deixava seu coração falar. As lágrimas voltaram, agora com mais força.

Uma espécie de quebra cabeça foi se montando na mente de Naruto. Ela sempre esteve lá. Ajudando - o na prova teórica do exame chunnin. Entregando - lhe uma pomada logo após Naruto ganhar de seu próprio companheiro de time. Olhando para ele e pronunciando as mesmas palavras que ele tanto usava para ganhar confiança, enquanto levava uma surra de Neji. Hinata estava lá e em muitas outras vezes. Vezes que nem ele mesmo conseguia se lembrar. Mas sabia. Sabia que alguém o observava. E agora ele sabia quem era.

O vento soprou mais forte. O silêncio reinaria se não fossem as batidas descompassadas de dois corações que ali se encontravam. O dela, parecia ter se livrado de um grande peso, e estava leve como ela não sentia havia anos. Em compensação, o dele doía. Doía como se tudo que tivesse feito durante toda sua vida pra tentar seu alguém melhor agora não valesse nada. Não agora que ele descobrira que enquanto olhava para o próprio nariz, tinha alguém sofrendo com ele e por ele, torcendo por ele e claro, tinha alguém que o amava. Não pelo o que ele tinha feito pela vila, nem pelo que ele se tornara depois de muito treino e amadurecimento, mas simplesmente pelo o que ele sempre fora: Uzumaki Naruto o garoto loiro e bagunceiro de Konoha. E o que era mais estranho. Por mais que se culpasse por isso. Por mais que se culpasse por não ter se dado conta antes, ele não estava triste. O motivo? Simples. Ele era quem Hinata amava, e isso era o suficiente para fazê-lo se sentir o homem mais feliz do mundo.

Ficaram parados por quase um minuto apenas tentando organizar seus pensamentos. Hinata tentou continuar, expressar em palavras tudo que estava dentro de seu coração, mas não conseguia. Agora Naruto sabia que ela o amava. E isso era suficiente para deixá – la apavorada. Naruto tentou responder.

- Hinata... Eu...

Os dois ouviram uma forte explosão e viraram – se assustados na direção do acampamento. Fumaça saía da clareira onde eles haviam montado as barracas. Hinata limpou as lágrimas restantes de seu rosto. Ativou o Byakugan e viu uma briga iniciando – se.

- T-temos que ir. Estão correndo perigo. – Hinata reaprendera a falar. A garota saiu correndo na direção do acampamento, mas teve seu braço segurado por Naruto. Ela surpreendeu – se.

Naruto olhou – a. Pro inferno com a luta, com a missão e com todo mundo. Ele precisava falar com a ela.

- Hinata... Precisamos conversar.

Ela desvenciliou – se do rapaz e encarou – o.

- Não Naruto - kun. Não precisamos. Não agora.

E saiu correndo, deixando Naruto ainda parado, digerindo o que fora dito. Com cada palavra de Hinata ainda ecoando em sua mente.


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Notas finais do capítulo

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