30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 7
six


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei! Espero que vocês entendam que minha vida virou de cabeça pra baixo essa semana, por isso não escrevi. Quando estou deprimida e escrevo, eu mato muitos personagens. Sério. De qualquer forma, espero que minha vida melhore em alguma coisa, pra que eu possa postar no Carnaval (olhe que bênção, quatro - ou cinco - dias em casa). Sem mais delongas:



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A noite fora mágica. Eu nunca havia me divertido tanto, nisso não havia dúvidas. Alec ficava pasmo cada vez que Demetri encostava na irmã dele. E eu ria. Como Alec havia dito, os Volturi eram como celebridades. Até mesmo eu, que eles acreditavam ser de outra realeza, era alvo dos pedidos de foto. Toda vez que alguém se aproximava, Alec me puxava para seus braços, o que resultou em diversas piadas da parte de Jane sobre a mania possessiva do irmão.



Claro, eu havia passado a noite em claro.


– O que era aquilo que eu bebi? - perguntei finalmente, no momento que nós dois entrávamos em seu quarto.

– Sangue com tequila - ele sorriu - Humano, caso queria saber.

– Por que não estou com remorso? Eu deveria, não?

– Eu não tenho - seus olhos estavam mais vermelhos ainda.

Eu o havia fitado durante toda a noite, mas ele parecia não notar. Com o passar do tempo, eu já não sentia a necessidade urgente de beijá-lo, e agradeci por isso. Nenhum dos dois esqueceria.

– Não esperava que tivesse. - sorri, tirando o sapato e sentando-me no sofá-cama.

– Ainda quer me ouvir tocar? - ele abriu os primeiros botões de sua camisa, sentando-se no banquinho. Em um pulo, estava ao seu lado, sorrindo. De certo modo, eu estava aprendendo a lidar com Alec.

– Tem dúvidas? – respondi, e o vampiro sorriu, tocando as primeiras notas.

Eu realmente adorava aquela música, e Alec tocando fazia com que parecesse mais bonita. Ele incluía notas que não existiam na música original, mas soavam tão perfeitamente que eu acreditava que ela deveria ser assim. O vampiro separou levemente os lábios e se não fosse pela super-audição eu não o conseguiria ouvir.

This time, this place
Misused, mistakes
Too long, too late
Who was I to make you wait?

Just one chance, just one breath
Just in case there's just one left
'Cause you know, you know, you know...

That I love you
I have loved you all along
And I miss you
Been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go
Stop breathing if I don't see you anymore


Seus dedos pararam de repente e eu soube que ele não iria continuar. Em parte fiquei desapontada, mas estava tão maravilhada com os primeiros versos, que foi bom para manter minha sanidade. Fiquei o encarando por um bom tempo enquanto ele parecia olhar para o nada. Sua camisa branca, poucos tons mais clara que a própria pele, evidenciava os músculos definidos de Alec, que eu só vira uma única vez. A curva de seu pescoço parecia tão... Macia. Era como se eu quisesse me recostar lá e ficar, sentindo o cheiro adocicado de menta que o vampiro cheirava a. Seus cabelos ainda estavam repletos da umidade vinda da chuva que pegamos no meio do caminho.



E então me toquei que eu também deveria estar com o corpo pingando. Levantei-me, sem dar explicações e peguei algumas roupas. Fui até o banheiro e passei um longo tempo imersa na água quente. O que eu estava fazendo da minha vida, afinal? Aquele sempre seria o arrogante e irritante Alec Volturi que me despreza como uma Cullen qualquer. Eu tinha que conter isso.


Saí do banho e me vesti. Olhei-me no espelho, e apesar da noite em claro, eu não tinha qualquer sinal de cansaço. Saí de lá, e Alec estava na mesma posição. Fitando o nada. Aproximei-me e coloquei uma mão em seu rosto, fazendo-o olhar pra mim.

– Você está bem? – perguntei e ele assentiu.

– Só pensando... Às vezes preciso parar pra fazer isso. – ele suspirou. Por não precisar, isso só indicava que algo o aborrecia. – Não acredito que Jane... Ah...

– Ela não é uma criança. E se Demetri a faz feliz, que mal tem? – dei de ombros, ainda olhando em seus olhos rubis.

– Eles são muito diferentes, Nessie. Muito. Água e óleo, frio e calor. Isso não pode dar certo.

– Se eles quiserem, vai dar certo. – suspirei e me levantei – Vou treinar.


Decidi treinar ao ar livre. Mesmo o céu cinzento era melhor que os candelabros que iluminavam o interior do castelo. Com o arco em mãos eu tentava acertar as frutas nas árvores do pátio. Sem muito sucesso, obviamente. Eu tentava me lembrar da aula de Caius e Demetri, mas nada muito útil. Disparei mais algumas vezes e em uma delas quase acertei. Quase.



Preparei-me novamente, mas fui interrompida pela voz que menos queria ouvir.


– Não vai acertar – Alec disse, sentando-se em um dos bancos e me observando. Será que ele não havia percebido que eu queria paz?

– Olhe então – revirei os olhos e atirei, mas errei – Parece que você acertou.

– Você deveria ter sido treinada por um arqueiro, não por dois vampiros que nunca usaram um desse.

– Arqueiros estão meio em falta ultimamente – sorri.

– Prazer, arqueiro. Estou à sua disposição. – ele abriu os braços e veio até mim – Primeiro de tudo, solte o cabelo, ele vai esconder parte do seu cheiro, evitando atrair predadores. Depois, mantenha a perna da frente levemente dobrada – o fiz, perdendo o equilíbrio, mas ele me apoiou – Isso, assim mesmo. Você vai usar seu ombro como apoio pra flecha no momento que esticar o fio.

Finalmente disparei. Acertei uma maçã que estava a vinte metros de nós.

– Perfeito – o moreno sorriu e eu retornei à minha posição ereta, encarando-o.

– Obrigada. – desviei o olhar, fitando o chão – Clareou a mente?

– Tão clara quanto o motivo de você estar treinando com um salto alto. – Alec fez piada e eu virei a cara, tentando esconder um sorriso. Senti uma gota em meu braço e momentos depois já caíam pingos grossos de chuva. – Vem, vamos sair daqui.

E, novamente, eu estava encharcada. Quando se acha que chove muito em Forks é porque não se conhece Volterra. Eu estava em baixo do beiral do castelo e o moreno se punha a minha frente, na chuva.

– Sai da água – comecei a rir. Chuvas me faziam rir. Ainda mais quando as pessoas se molhavam tanto que escorriam.

– Não é como se eu fosse ficar doente ou algo do tipo – ele revirou os olhos, mas saímos correndo. Momentos depois, já estávamos de volta ao quarto.

Alec tirou sua camisa, jogando-a em algum canto. Ele estava bem mais molhado do que eu, que na verdade, tinha pouco mais de alguns pingos na roupa. Passou os dedos em seu cabelo, bagunçando-o e secando-o de certa forma, e foi até a janela. Observava a chuva cair.

– Vem ver – ele sorriu e na velocidade vampírica me pegou no colo, colocando-me em pé na sua frente. – Aquelas flores – o vampiro apontou para ao longe e tive que me focar para encontra-las. Roxas e bonitas – Só florescem quando chove.

E era realmente verdade. Quanto mais água caía, mais bonitas elas ficavam. Alec apoiou seu braço na parede atrás de mim e vi como ele mantinha seus atos tão humanos quanto podiam ser.

– Sente falta de ser humano? – perguntei, sentando na beirada e virando-me para olhá-lo.

– É mais uma solidão... Acho que eu não consigo aceitar a Jane com Demetri porque em... Não sei... Quatrocentos e tantos anos... Ela foi minha única real companhia. Alguém que eu gostava de passar o tempo, sabe... E agora, sinto que não tenho ninguém.

– Você vai superar. – sorri – Um dia vai encontrar alguém.

– Eu tenho dúvidas com relação a isso. – suspirou, tristemente.

– Todo mundo acha alguém, Alec. Mais cedo ou mais tarde.

– Esse não é o problema, Cullen – ele colocou suas mãos em meu rosto, fazendo-me olhar em seus olhos, coisa que eu tentava evitar até então – Eu acho que já encontrei. O problema é que ela me odeia.

– Ela te disse isso? – arqueei as sobrancelhas, e ele me soltou.

– Não, mas posso ver nos olhos dela. – um sorriso surgiu no canto de seus lábios como se se lembrasse de uma piada interna.

– Alec, é só chegar pra ela e falar que se arrepende de ter beijado ela no baile e fugido depois. É mais simples do que parece. Apesar de tudo, ela é uma garota. – cruzei os braços – É uma garota né? Aquela loira...

– Cale a boca, Cullen.

E Alec me puxou num beijo.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Recomendações? Caso vocês queiram saber sobre o porque minha vida está assim, MP's são bem vindas, mas não as mande se não se importa. Estou cansada de fingimento na minha vida (: