30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 6
five


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito? Me perdoem T_T Minha vida tá corrida. Eu tinha escrito quase o capítulo inteiro e perdi tudo... Ficou enorme, pra compensar, hahah. Espero que gostem (:



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Acordei depois de uma noite sem sonhos. Quer dizer, não era muito bem noite. A festa havia acabado no nascer do sol, e então, só duas horas de sono se passaram. Mas eu não estava cansada. Muito pelo contrário: extremamente disposta. Olhei ao redor do quarto, à procura de Alec, mas o vampiro havia sumido sem deixar rastros. Ótimo. Por alguma razão, eu não estava a fim de vê-lo.

Entre no banheiro e tomei um longo banho. Meus pés doíam por ter virado a noite em cima dos saltos vermelhos. De certa forma, eu não via a hora de minha imortalidade chegar. Arrumei-me, vestindo roupas confortáveis para o treinamento. Era, sem dúvidas, a parte mais chata das férias, mas o motivo pelo qual eu vinha todo ano. Ao menos, para meus pais. Alguém bateu na porta e corri para abrí-la. Sorri ao notar o quão rápida estava, sorriso esse que se desfez ao notar de quem se tratava.

– Jane. – cruzei os braços.

– Cullen – ela respondeu em igual tom – Aro quer te ver. – e desapareceu.

Corri até a sala do trono, receosa. A porta estava aberta, o que não era o usual. Ainda sim, dei duas batidas antes de entrar. Somente os mestres estavam lá, imóveis, em seus tronos. Andei em direção a ele, fazendo uma reverência. Passos lentos.

– Senhores. – acenei com a cabeça e fui até Aro – Informaram-me que gostaria de falar comigo.

– Oh, sim, sem dúvidas, Nessie. – ele sorriu – Com os convidados aqui no castelo, bem... Nós achamos melhor não nos alimentarmos da forma usual – ele pigarreou – Então a guarda e as esposas se encontram num raio de cem quilômetros daqui. Nós iremos depois. Mas para não atrapalharmos seu treinamento, Caius se ofereceu para ajudá-la. Algum problema?

– Nenhum, senhor. – sorri e retirei-me. Uma fração de segundo depois, o loiro já estava ao meu lado. – O que treinaremos hoje? – perguntei.

– Que tal a mira?

– Parece uma boa ideia – sorri – Arremesso de facas?

– E depois tiro com arco e flecha.

– Você me subestimou! – comecei a rir, depois de ter acertado uma faca no peito e outra na cabeça do boneco. Eu já estava ali há horas, e finalmente havia começado a dar resultados. – Vocês me mimam demais.

– Foi bem, Cullen. – ele sorriu, mostrando dentes brancos impecáveis. O Cullen de Caius soava como um xingamento, ao contrário do resto deles. – Hora do arco.

– Ah, não... – gemi. Eu iria me dar mal, eu sabia. – Outro dia...

– Não são nem duas horas ainda. – jogou-me o arco e a aljava que peguei sem dificuldades.

E então começou a seção desgraça. Eu não era ruim. Era péssima. Eu não conseguia acertar nem perto do alvo. Muitas vezes, a flecha simplesmente não tinha força. Em outras, tinha força demais. Quando eu acertava a força, errava a direção. Era impossível. Caius ria até não poder mais com minhas tentativas – muito – falhas.

– Eu vou te ajudar – ele disse, por fim – Venha, coloque o pé esquerdo para frente. Muito bem. Coluna reta. Centro do arco na altura dos olhos. Tire o cabelo de cima do ombro, pra conseguir controlar melhor o braço. – suas mãos então estavam em meus braços, controlando-me por trás. Eu senti o roçar de seus lábios em meu ouvido. – E solte.

O fiz. A flecha percorreu rapidamente o caminho, fazendo um zumbido ao cortar o ar. Ficou a poucos centímetros do centro, mas, sem dúvida, fora uma bela evolução.

– Consegui – sorri, mas mantive-me parada. As mãos de Caius repousaram em minha cintura.

– Foi um belo tiro. – ele riu, ainda próximo de minha orelha.

– Ei, chefinho, deixa comigo. – a voz de Demetri soou pelo salão e logo depois ele estava ao nosso lado. – A propósito, mandou bem, Nessie.

– Obrigada – corei um pouco, e virei-me para agradecer a Caius, mas ele não estava mais lá.

– O que há entre você e ele, afinal? – o rastreador perguntou, curioso.

– Não comece com a paranoia de Alec, por favor – revirei os olhos – Ele acha que temos um caso.

– Se tivessem você não estaria viva. Da última vez que o idiota pulou a cerca, Athenodora fez Aro matar Didyme. – ele deu de ombros e se pôs atrás de mim, deixando o arco em posição. – Mostre-me o que aprendeu, pequena.

Atirei novamente. Um pouco mais ao centro, mas não exatamente no meio. Preparei outra flecha para atirar, quando senti os lábios de Demetri em meu pescoço. Larguei o arco no chão e pude sentir suas mãos agarrando-me pela cintura. Levei certo tempo pra recuperar o fio do pensamento. Não sei se tinha algo a ver com o vampirismo, mas meu pescoço era meu ponto fraco.

– Demetri... – finalmente me afastei – Você sabe que não estamos juntos, certo? – arqueei as sobrancelhas, mas ele me puxou para si.

– Claro que sei. – o loiro revirou os olhos e me beijou nos lábios. Notei então o quão bem ele beijava. Talvez na festa eu tivesse agido demais por impulso e não tivesse aproveitado o momento como agora. – Quer sair hoje à noite?

– Por que não? – sorri. Eu não sei se estava gostando de Demetri, mas gostava da companhia dele. – Que hora?

– As onze. Esteja sexy – ele riu.

– Sempre estou. – sorri e saí de lá. Ainda eram duas horas, e eu não teria nada para fazer até as nove. Fui para o quarto de Alec.

– O que você está fazendo? – o moreno perguntou, vendo-me debruçada em seu piano de cauda, tentando mexer nas cordas lá dentro.

– O terceiro dó não está funcionando – reclamei, ainda sem encará-lo, procurando o defeito.

– Deixe-me ver – seus braços puxaram-me pela cintura e ele colocou-se na posição que eu estava antes. – A corda está empoeirada. Muito tempo sem tocar.

– Mas nós tocamos, tipo... Dois dias atrás. – disse, confusa. Segundos depois ele estava de frente para mim e me encarava. Seus olhos eram vermelhos-rubi. Ele acabara de se alimentar. E não era de animal.

– Exatamente. – ele riu – Meu piano é sensível, gosta de ser utilizado todo dia. – um sorriso formou-se em seus lábios, mas no momento que ele me fitou, sua cara se fechou. – Como foi o treinamento?

– Bom. Ou o mais perto disso que treinar possa ser. – dei de ombros – Aprimorei minha mira.

– Caius te treinou?

– Eu sei o que você está pensando – fechei a cara também – Mas sim, ele me treinou. Depois Demetri.

– Fico feliz que tenha arrumado um cachorrinho. Assim posso me livrar de você por um tempo.

– Você é um idiota – revirei os olhos – Que horas são, afinal?

– Quase nove e meia. Por... ?

– Vou sair. Não sei se você sabe o que é, considerando sua época, – soei sínica – mas normalmente os adolescentes fazem isso.

– Boa sorte. – ele riu, pegando o controle de um dos consoles e indo pra frente da TV.

Arrumei-me, olhando no espelho uma última vez. Ainda faltava meia hora. Mesmo dentro do banheiro, eu conseguia ouvir Alec tocando o piano. Aproximei-me da porta pra ouvir mais. Eu reconheceria a música em qualquer lugar. Far Away, Nickelback. Eu sussurrava a letra. E então Alec começou a cantar. Tinha uma voz linda. Eu precisava ouvir mais. Abri a porta, mas a canção parou.

– Continue – eu lhe pedi, sentando ao lado dele – Por favor.

– Quem sabe mais tarde? – ele riu. Se vampiros pudessem corar, essa seria hora que as bochechas dele ficariam vermelhas. – Tudo bem, você disse que iria sair. Mas com quem e onde?

– Demetri. E não sei.

– Eu vou junto. Não se pode confiar em vampiros, Nessie.

– Cale a boca. Você não vai junto droga nenhuma. É tipo um encontro, entendeu?

– Eu sou o responsável por você. Eu tenho que ir.

– Pelo menos leve alguma garota – disse, derrotada.

– É claro que vou levar, idiota. – ele revirou os olhos, saindo em disparada.

Demetri bateu à porta e eu atendi. Ele usava uma camisa branca e um terno azul marinho. Parecia elegante e moderno ao mesmo tempo. Um sorriso se formou em seu rosto ao me ver. Sorri também, corando.

– Quando eu disse pra ficar bem sexy, não era pra exagerar tanto assim. – ele riu. – Pronta, milady? – o rastreador estendeu a mão e eu a peguei.

– Quase. Alec se convidou e disse que se ele não for, eu não vou. – bufei. – Pelo menos o estúpido vai levar alguém.

– Que lindo, um encontro duplo. Nada mais emocionante.

– Não se anime tanto, Demetri. – uma voz conhecida soou atrás de nós – Acho que não se pode ter um encontro com o irmão. É incesto. – Jane usava um vestido vermelho que fez com que me perguntasse se não estava bem vestida pra ocasião.

– Jane. – Alec saiu do quarto. – Que bom que chegou a tempo.

Demetri ofereceu o braço a mim, mas Jane o pegou, saindo com o loiro na nossa frente. Encarei Alec com ódio. Ele estava se segurando pra não rir, disso eu tinha certeza.

– Quando falei pra você levar uma garota, era pra ser alguém que pudesse te manter longe de mim.

– Sério? Nem percebi. – ele sorriu, puxando-me até que estivéssemos de braços dados.

– O que é isso, afinal? – perguntei ao entrarmos em uma taverna. – Morsi di Vita?

– Significa algo como Mordidas da Vida – Jane disse – Aqui em Volterra, os adolescentes têm meio que uma piração por vampiros. Um dos comerciantes foi esperto e criou esse Pub. O dono sabe, bem, sobre os Volturi. Os adolescentes juram que há algo de vampírico em nós, mas não são ameaça. Eles servem drinks com sangue aqui. Animal pros humanos. Humano pra nós.

– Isso é completamente doentio. – sorri. Coisas doentias me agradavam. – Então vocês não são, tipo... Celebridades aqui?

– Você não faz ideia. – Alec riu, e entramos no estabelecimento. Parecia uma boate gótica. Não preciso nem falar que adorei.

– V.I.P. ou povão? – Demetri perguntou a mim. Eu não sabia o que responder.

– Vamos pro V.I.P., depois descemos. – foi Jane quem respondeu.

E assim aconteceu. Subimos as escadas e demos de cara com um vampiro. Não que eu achasse estranho, mas nunca é bom sinal um par de olhos vermelhos estranhos te fitando.

– Meus queridos – o homem exclamou. A julgar pelas roupas extravagantes, eu diria que ele estava mais interessado em Demetri que Jane. – É sempre uma honra! Vejo que trouxeram uma amiga. É a que tanto falam?

– Claro – Alec me puxou num abraço e eu fiquei sem reação. Por quê? Quis perguntar – Renesmee Cullen. Fascinante ela, não?

– Mesa pra quatro, tem como? – Foi Demetri que perguntou. Aquilo já estava irritando o loiro.

– Sem dúvidas, pequeno. – segurei-me pra não rir quando nosso anfitrião o chamou assim – Acompanhem-me.

E fomos encaminhados para nossa mesa. Tínhamos uma ótima vista da pista de dança e de toda a taverna em si. Era uma mesa circular, daquelas onde há bancos contornando a mesa ao invés de cadeiras. Sentei-me entre Demetri e Alec.

– Podemos conversar? – o rastreador sussurrou em meu ouvido.

– Eu sei que ela está te dando mole – eu ri – Não me importo, juro. Minha recompensa é ver a cara do irmão quando você agarrar ela.

– Garota, você não existe. – ele passou os dedos nos cabelos. Eu não o culpava. Jane sempre fora o troféu que ele nunca teve. A loira o puxou para a pista e fiquei a sós com Alec.

– Por que você me agarrou na frente do outro vampiro? – finalmente perguntei, só então notando a proximidade de nós dois.

– Tenho amor à vida. Se ele me visse sozinho, me estupraria. – ele caiu na gargalhada, e eu ri também. Garoto estúpido. – Experimente isso – Ele me deu a taça dele e pensei duas vezes, mas, por fim, acabei tomando um gole.

Era sangue, disso eu tinha certeza. Mas não era sangue comum. Tinha algo de... Viciante. Essa era a palavra. Tomei mais um gole e o moreno ria das possíveis caretas que eu fazia.

– Vai devagar – ele tirou a taça de minha mão – Você não vai querer que... – então sua expressão foi de choque – O que diabos eles...

– Foi você quem trouxe a irmã, não o culpe – dei de ombros, rindo.

– Demetri como cunhado? – ele bebeu um gole do seu drink – Impossível. Não pode ser. Jane não ia ser tão estúpida. – uma pausa – Não se ofenda.

– Só porque me chamou de estúpida? – o encarei, mas comecei a rir. Tentei pegar a taça de sua mão, mas ele virou todo o líquido em sua boca.

Aquela boca vermelha. Carnuda. Macia. Aqueles traços perfeitos. Não só em sua boca, como seu rosto. Seu corpo.

E de repente notei que aquela bebida não era a coisa mais viciante nessa festa.


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Notas finais do capítulo

Assim que eu tiver tempo, responderei os reviews. É triste, mas nem isso tem dado pra eu fazer, pois é. E aí, o que acharam do capítulo? E dos looks? Da múscia? Mereço reviews? Recomendações? Beijos e até o próximo.