30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 39
twenty eight


Notas iniciais do capítulo

Eu juro que não queria ter demorado tanto. Sei que vocês querem me matar pela demora em atualizar, mas as coisas estão cada vez mais difíceis, e eu estou com dó de terminar essa fic. Nunca escrevi nada que fizera tanto sucesso antes de 30DCAV, e por isso tenho uma ligação especial com ela.
Capítulo dedicado pras lindas: Yas e Dé, Mabs e Renesmee Cullen Volturi. Muito obrigada pelas recomendações.
Mal acredito que realmente chegamos nos 1000 comentários. Sabem o que isso quer dizer, né? Segunda temporada, aí vamos nós.
Sem mais delongas.



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Eu encarava Céline atentamente. Ela parecia estar concentrada em algo que eu não fazia a menos ideia do que era, mas exigia que eu mantivesse a mente aberta. Literalmente aberta. E eu não sabia como fazê-lo. Felizmente, como quer que fosse que eu tentasse abrir a mente, estava dando resultados.

- Já acabou? - perguntei, pelo que me pareceu ser a milionésima vez. Era um tanto quanto desconfortável ficar sentada encarando um ponto fixo, e a julgar pelas sombras formadas no jardim do castelo Volturi, há quase uma hora e meia eu não pudera trocar de posição.

- Quase, Cullen, quase. - ela bufou - Deixe de ser tão impaciente, isso requer muito trabalho.

"Isso o quê?", era o que eu me perguntava. Alec havia me acordado, alegando que eu precisava vê-la. Não quis me dar detalhes. Assim que a ruiva começou a fazer o que quer que fosse que fazia, Julieta também saiu de lá. Ninguém se manifestava, e, sempre que perguntava, eu recebia respostas vagas. Aquilo já estava me cansando. Eu tinha apenas mais dois dias com meu namorado e não pretendia desperdiçar esse tempo.

- Não aguento mais. - fiz cara feia. Infelizmente, isso não me dispensou da tarefa.

Mais vinte minutos se passaram até que Céline piscasse. Ela havia passado quase duas horas sem sequer piscar. Eu diria que era inumano, até perceber que, bem, vampiros não são, tecnicamente, humanos. Seria idiota se eu o falasse. Ela se levantou e olhou por cima de meu ombro, acenando positivamente com a cabeça. Virei-me e me deparei com Alec. Suas expressões de preocupação foram transformadas em calma e felicidade com o sinal.

- Está dispensada - ela se virou de costas e saiu, sem me dar nenhuma explicação. Como ousava fazer isso? Segurara-me por horas e simplesmente saía sem me dizer uma única palavra sobre aquilo?

- O que foi isso? - perguntei para o moreno, cruzando os braços. Ele apenas me deu um meio sorriso triste, mas não respondeu. - Estou falando sério, Alexander. Não fiquei igual uma boba encarando uma ex-namorada sua pra você esconder o motivo de mim.

- Céline queria testar o quão bem ela poderia penetrar na sua mente, nada demais. - ele deu de ombros, e algo em sua expressão me fez crer que estava mentindo. - Aro, Marcus e Caius querem falar com você. Depois eu te explico melhor tudo isso.

Ele me acompanhou melhor até o salão do trono. Eu adorava aquele castelo, sem sobra de dúvidas. A arquitetura e a decoração eram completamente a meu gosto, e por vezes me espelhei naquele lugar para criar meus projetos de desenho. No último ano, vó Esme tinha pedido minha ajuda para algumas reformas, e a arquitetura estava se tornando um dos meus amores.

Meus pensamentos vagavam durante o trajeto. Pensei em mim e Alec, juntos, em alguma casa que eu mesma desenharia. Poderíamos decorá-la ao nosso gosto. Ou então moraríamos em um apartamento em algum lugar agitado. Ou uma casa no campo. Tanto faz. Eu só queria estar com ele. Queria poder amá-lo em tempo integral, sabendo que sempre estaríamos juntos, que não haveria mais esse desespero, em aproveitar o tempo, esse medo em perdê-lo. Porque ele seria só meu.

Cheguei até mesmo em pensar em crianças. Dois, três filhos. Era fácil imaginar a casa cheia de crianças, e eu aposto minha vida que Alec seria um ótimo pai. A tristeza bateu em meu peito com esse devaneio. Eu nunca poderia ter filhos, meu crescimento há alguns dias já parara. Se ficássemos juntos, ele não poderia ser pai. Doía-me privá-lo desse direito.

As imagens de um possível futuro juntos desapareceram quando fique de frente para a porta enorme de mogno que permitia a entrada ao salão do trono. Eu não fazia ideia do que os mestres queriam comigo, mas a tensão do moreno ao meu lado indicava que ele já fazia ideia do que quer que fosse. Apertei sua mão, dando a entender que estava tudo bem. Mas realmente estava? Eu não sabia.

- Ei, eu me viro a partir daqui - sorri. - Acho que eles preferem falar comigo em particular.

O sorriso triste que ele deu em resposta indicava exatamente isso: eles realmente queria falar comigo a sós. Eu sabia que, devido sua incrível audição, os mestres estariam escutando nossa conversa, reparando em nossas ações. Mas não me importei. Alec precisava de mim. Subi minha mão direita por seu peito, apoiando-a por fim em sua nuca e o trazendo para mim.

Eu sabia que se ele não quisesse, não teria forças para puxá-lo contra a vontade. Mas ele precisava daquilo. Inclinou-se em minha direção e depositou um beijo em meus lábios. Um beijo cheio de dor, eu podia sentir. Era como se toda a amargura do moreno estivesse depositada em meus lábios.

Sorri quando ele se afastou, e o observei dar alguns passos de volta pelo corredor. Respirei fundo e bati com os nós dos dedos na porta. Demetri, do outro lado, a abriu. Tinha, bem como Alec, um sorriso triste nos lábios. Indicou para que eu entrasse, e logo depois saiu, fechando a porta atrás de si.

- Renesmee! - Aro falou, levantando-se de sua cadeira e se pondo em pé à minha frente. - Fico feliz que tenha nos dado a graça de sua presença.

Eu sabia ao que ele se referia. Nos últimos dias, havia passado tempo integral no chalé de Alec, sempre fora do alcance dos olhos e ouvidos curiosos dos Volturi. Voltar, depois de tanto tempo longe, não parecia tão confortável, fosse pelo clima não tão afável ou pelos olhares severos que eram disparados em minha direção.

- Aro. - sorri. Virei-me para as duas outras criaturas presentes na sala e também as cumprimentei - Caius, Marcus.

Aro pegou minha mão. Acreditei, por um momento, que ele fosse ler meus pensamentos, mas ele não o fez. Beijou os nós de meus dedos e retornou a seu lugar, trocando olhares cheios de significado com os outros. Eles apenas assentiram.

- Renesmee Carlie Cullen - ele começou - Creio que seu relacionamento com um de nossos guardas tenha tomado grandes proporções, estou correto?

- Sim, senhor. - respondi, educadamente, tentando não corar.

- E se eu lhe dissesse que há uma maneira de que seus desejos com relação a ele se tornem realidade? Quero dizer, se não me engano, seus pais não aceitam um Volturi como seu namorado, estou correto.

- Sim - pigarreei - Mas, com sua licença, senhor, não vejo como possa lidar com essa situação, quem dirá resolvê-la. Meu pai está um tanto quanto certo com relação a não permitir um Volturi dentro de casa. E eu e Alec concordamos na permanência dele com os senhores.

- Isso é evidente, minha jovem. Alec tem um papel de suma importância entre meus homens, e eu não permitira que ele partisse de modo algum. Mas e você?

- Eu? - engasguei.

- Sim. Você, Renesmee, gostaria de se juntar a nós? Ficaríamos honrados com a sua presença aqui. E poderia ter aquilo que mais deseja, sem quaisquer sacrifícios.


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Notas finais do capítulo

E AÍ? HEHEHE. Sim, podem surtar. Não, não sei quando sai o próximo capítulo. Sim, sou má por ter parado a narrativa nessa parte.
Acham que Nessie deveria aceitar? Façam suas apostas, babys.