30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 30
twenty two [part. I]


Notas iniciais do capítulo

Antes que me venham com "Nossa, Queen, você demorou!", saiba que é inteiramente culpa de vocês. Já disse que sem comentários, não posto. Provavelmente no próximo capítulo, tudo será mais ou menos explicado, então, pra quem AINDA está confuso, será bem útil.
Mas claro, quero meus reviews.
E antes que atirem as pedras "Você só quer elogios" e "Por que exige comentários?", saibam que eu prezo muito mais as críticas - construtivas - e exijo comentários porque vocês exigem capítulos descentes.



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 A luz do sol cegou-me por um momento. Não, não poderia ser de manhã. Eu havia dormido tão pouco... Suspirei, abrindo os olhos e observando ao redor. O relógio indicava que se aproximava das oito. Era cedo. Notei, então, as cortinas completamente abertas. Eu não havia as fechado antes de me deitar? Dei de ombros. Revirei mais algumas vezes sob as cobertas, mas tão logo dei-me por vencida e arrastei-me até o banheiro. Abri o registro, mergulhando na água gelada. Nem mesmo esta foi capaz de me despertar completamente. Eu estava tão cansada... Mal parecia a garota que chegara aqui vinte dias atrás - insone e disposta.

Fiquei um longo tempo submersa ali, viajando entre o mundo real e o mundo dos sonhos, já que não tinha energia para sequer manter meu corpo firme e minhas pálpebras abertas. Quando saí, por fim, notei que não deveria fazer as coisas enquanto estivesse sonolenta: eu havia me esquecido de pegar roupas limpas. Bufei e me enfiei na toalha, andando de volta ao quarto na ponta dos pés. Andei até o guarda-roupa, vestindo uma lingerie enquanto procurava por algo confortável para usar. Dia de treinamento. Um barulho na porta fez-me pular.

- Oh, Nessie, sinto muito - Alec fitou o chão a seus pés, deixou a bandeja sobre a mesa de centro. Se fosse possível, teria corado. Virou-se de volta para a porta, mas simplesmente não consegui apenas ignorá-lo.

- Sem problemas – sorri, sem graça, vestindo um roupão, por hora – Não viu nada que nunca tenha visto.

- Ainda assim... - ele fechou a porta atrás de si – Eu deveria ter batido... Achei que ainda estivesse dormindo.

- A luz é mais forte que meu sono – olhei ao redor, procurando algum assunto. Era a primeira vez que conseguíamos ter uma conversa de verdade – Então... Você é quem traz meu café da manhã todo dia?

- Basicamente – deu de ombros, movendo-se até uma das poltronas vermelhas, sentando-se lá. Observei-o por alguns instantes. Tinha as olheiras ressaltadas, muito mais arroxeadas que o normal. Seus olhos estavam negros. Ele não se alimentava a dias. - Bom, eu ainda sou responsável por você, então...

- Entendi... - sentei-me ao seu lado. Ele precisava se alimentar. Por que não o fazia? - Você deveria cuidar de si mesmo, antes de se preocupar comigo – soltei por fim. Tão baixo como foi, um humano não teria escutado.

- Por que diz isso? - ele franziu o cenho, encarando-me. Quase me perdi em seu olhar. Quase.

- Olhe pra você – suspirei – Faz quanto tempo que não bebe... Nada? - perguntei.

- Pouco tempo. Nada preocupante. - ele balançou a cabeça. Levantou-se. Eu não poderia deixá-lo ir.

- Espere – segurei sua mão, levantando-me também. Por mais que fosse alguns centímetros mais baixa que Alec, não foi necessário um grande esforço para fazê-lo me olhar nos olhos – Eu também quero sangue... - menti. Eu queria mais tempo com ele, fosse pelo que fosse. - Se pudéssemos... Caçar... Juntos...

- Temos que levar sua família ao aeroporto. - seus ombros se tencionaram, mas meu aperto em sua mão se tornou mais forte. - Depois, talvez. - Alec soltou o ar, num longo suspiro – Mas não fique sem comer nada até lá, por favor.

- Tudo bem, vou comer qualquer coisa, por hora. - passei os dedos da mão livre pelos cabelos, desviando o olhar por uma fração de segundos. Quando voltei a encará-lo, ele parecia desconfiado. - Eu prometo.

- Confio em você. - seus lábios tocaram o topo de minha testa, e o vampiro se retirou.

O aeroporto estava mais vazio que de costume. Talvez isso devesse ao fato de chover muito nos últimos dias, cancelando a maioria absoluta dos voos. Chegamos alguns bons minutos antes do embarque, e a atmosfera de tensão no ar não era algo que me agradava. Carlisle, Jacob, meu pai e minha mãe esperavam ansiosamente, lançando olhares um tanto quanto ameaçadores a Alec, tentando falhamente disfarçar quando eu os pegava no ato. Felizmente, depois de eu já ter trocado o peso de perna aproximadamente seis vezes, uma voz ecoou em três idiomas, indicando o momento do embarque.

- Nos vemos em alguns dias. Estaremos esperando no aeroporto. - Bella sorriu, abraçando-me uma última vez. Era muito sentimental.

- Todos nós – Jacob sorriu, apertando-me em seus braços, até falhar-me o ar – Vou sentir saudades, ruivinha.

- Por favor, meu cabelo não é vermelho – revirei os olhos – Acobreado no máximo – sorri.

- Lobisomens não enxergam direito, Nessie. - Edward riu, alisando meu cabelo com seus dedos, e afastando-se logo em seguida. Carlisle foi o mais discreto, apenas acenando já à distância. Repeti o ato, até que os quatro despareceram em meio à multidão.

- Quer mesmo ir caçar? Eu poderia arranjar algum sangue. - Alec disse, passando a mão por meus ombros, enquanto caminhávamos de volta para o carro. Abriu a porta do passageiro, e eu entrei. Ao me sentar, o vampiro debruçou-se sobre mim, prendendo-me ao banco pelo cinto de segurança.

- Sim, eu quero. Preciso correr um pouco. Ar fresco é bom para isso. - o vampiro deu a volta, sentando-se no banco do motorista, mas ainda fitando-me. - Sério, realmente ajuda.

- Não sei como pode gostar de sangue animal. - o moreno deu a partida, saindo lentamente do aeroporto. Dirigia perfeitamente bem, sem sequer olhar para o para-brisa. - Parece terra, se comparado com sangue humano.

- Não quero matar uma pessoa toda vez que estiver com fome. - cruzei os braços. Alec não tinha moral para reclamar sobre minha dieta.

- As pessoas nascem a toda hora – ele riu do próprio humor sombrio, enquanto acelerava. Quando se anda com vampiros, não se pode ter medo de sofrer um acidente; não apenas por ser ilógico, a julgar por seus reflexos, mas porque eles raramente andavam a menos de 160km/h.

- As pessoas tem famílias, que sofrem quando as pessoas morrem. - revirei os olhos, como ele poderia ser tão frio?

- Você não precisa matar os bonzinhos, Renesmee... Faça como seu pai fez por eras: Mate os maus. Estará fazendo um bem pro mundo.

- Deveria começar por você, então? - dei um sorriso com o canto dos lábios que o moreno percebeu.

- O que acha de uma aposta? - ele perguntou, depois de vários minutos em silêncio.

- Que tipo de aposta? - encarei-o, realmente interessada.

- Uma na qual, se você ganhar, pode escolher o que quiser.

- Posso escolher respostas? - franzi o rosto. Eu precisava que ele fosse sincero comigo. - Verdadeiras, quero dizer.

- Se você ganhar, serei tão honesto com você quanto queira. - seus lábios traziam um sorriso triunfante.

- O que tenho que fazer?


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Notas finais do capítulo

PRA QUEM AINDA NÃO LEU PROMISED, LEIA!
http://fanfiction.com.br/historia/375567/Promised/
Ficou pronto o trailer, olhem nas notas da história, abaixo da sinopse, e encontrarão o link.
Próximo capítulo ainda essa semana, acho.