30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 29
twenty one


Notas iniciais do capítulo

YEAY, fui rápida, falem aí! Repetirei os avisos nas notas finais, já que irei apagar o capítulo. De novidade, só tenho o trailer da nova fic:
http://www.youtube.com/watch?v=-3AXO6yn-U4

Enjoy! E COMENTEM.
Capítulo dedicado à Break Up, a co-escritora de Promised, que deixou uma recomendação linda *OO*



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 Eu já havia dormido em tantos quartos durante minhas estadias em Volterra que nem me dava mais ao trabalho de descobrir onde estava. De tão exausta que havia ficado na noite anterior, dormi assim que deitei, ainda com o manto de Caius. Quando acordei, depois de uma noite sem sonhos, meus pais me encaravam com curiosidade. Eu poderia ditar uma a uma cada pergunta que eles fariam, mas estava tão cansada de tudo que apenas coloquei o rosto de minha mãe entre meus dedos e lhe mostrei o passeio pelo jardim. Nada demais, pensei, e caí deitada de volta à cama.

Quando acordei de novo, estava faminta. Felizmente, ao meu lado, uma bandeja de café-da-manhã estava em minha mesa de cabeceira e não demorei a devorá-la. Eu realmente precisava comer. Como que lembrando-me do motivo de antes estar sem fome, batidas soaram pela porta. Tirei o manto negro de meus ombros e vesti um roupão, encaminhando-me pelo quarto até a entrada, e girando a maçaneta. Do outro lado estava quem eu menos esperava ver. Ao menos, por hora.

- Alec - suspirei, sem encará-lo por muito tempo - o que faz aqui?

- Perguntar se está disposta para o treinamento. Ainda faltam nove dias para o término. - disse, como se fosse algo óbvio.

- Por que não estaria disposta? - arqueei a sobrancelha. Não era a resposta que ele esperava ouvir - Mas tenho que me vestir, então... Se não se importa...

Fechei a porta e fui até o guarda-roupas. Procurei por qualquer coisa que me parecesse confortável; eu não estava afim de treinar, mas não daria a ele esse gostinho. Eu precisava de repostas. E rápido. A verdade é que eu ainda não havia entendido perfeitamente bem o que acontecera aquela noite. Alec terminara comigo, ótimo. Mas como? E por quê? Ele era o único que seria capaz de me responder a essa altura. Terminei por vestir uma calça de moletom cinza e uma camiseta comum branca. Não havia exatamente o porque de me arrumar, então apenas prendi o cabelo em um rabo-de-cavalo. Prático, não bonito.

- O que pretende fazer? - o vampiro perguntou-me enquanto andávamos em direção ao salão de treinamento. - Argolas ou saltos?

- Argolas – respondi, sem nem ao menos pensar. Eu poco me importava com o que quer que fossemos fazer.

E assim foi. Por mais de duas horas, todas as palavras que o moreno dirigiu a mim foram apenas ordens e conselhos de treinamento. Por mais que eu tentasse manter o foco, minha mente girava em torno de incompreender como ele conseguia parecer tão calmo, como se nunca tivéssemos estado juntos. Como se nunca tivesse havido nada. Respirei fundo e subi pela pista novamente.

A arena era exterior ao castelo, no subsolo. Tinha pouco mais que dez metros de altura, com dois patamares a dois metros do teto; um metro e meio mais baixo que a altura das argolas. Segurei a primeira, olhando para o enorme colchão inflável que estava abaixo de meus pés. Aquilo me fazia sentir como se fosse uma criança. Era como se eu não fosse capaz de fazer as coisas, sem uma ajuda extra.

- Acha mesmo que precisamos do colchão? - revirei os olhos – eu já fiz isso vinte vezes, e ainda não caí. - bufei.

- Tecnicamente, foram dezoito vezes – ele sorriu, debochado, mas logo retomou sua expressão séria – E eu não posso permitir que você se machuque. - Alec cruzou os braços, ainda encarando-me. Não avancei. - Todo cuidado é necessário, Renesmee.

- Não finja que se importa. - saltei, caindo sobre o colchão e olhando-o nos olhos, já que estavam a um mesmo nível agora. - E, numa batalha, não haverá colchão inflável para me segurar.

- Quer saber? Você ganhou. - ele estava realmente irritado. Puxou-me pelos punhos com força, livrando-se do colchão com mais violência do que realmente era necessária. - Vai lá, suba e termine de se matar. Não é isso que você quer?

As palavras tomaram-me com uma força maior do que deveria. Ele estava criticando-me por meus atos, quando ele era o causador de toda essa dor. Eu talvez devesse ter ouvido meu pai. Apesar de tudo, ele sempre esteve ao meu lado. Ele sempre me alertou sobre os Volturi. E eu cheguei a acreditar que Alec fosse diferente. Mas ele só era mais um ente eles.

Fitei-o, de braços cruzados, até que ele desistiu e saiu da sala. Subi os degraus da escada dois a dois, correndo até o topo do patamar. Olhei para baixo, sentindo uma vertigem. Mesmo nunca tendo necessitado do colchão anteriormente, não vê-lo ali deixava-me nauseada. Respire fundo, repeti a mim mesma; e o fiz. Uma a uma, as argolas deslocavam entre meus dedos com facilidade. “Termine de se matar”. As palavras dele ecoaram em minha mente. Ele sabia que o que aconteceria naquela noite me levaria à tentativa de suicídio. E não fez nada. Não se importou.

O ódio tomou meus sentimentos. Alec conhecia-me melhor que ninguém jamais conhecera... E ainda assim ele se permitiu deixar-me aos lobos. Por que faria isso? Ou melhor, porque fez isso? Minha mente ficava cada vez mais cheia de perguntas, sem uma única resposta. Como o rompimento seria melhor para nós dois?

Eu queria socar algo, estava angustiada. Lembrei-me de que ainda estava sustentada pelas argolas e meus braços doíam. Eu ficara muito tempo parada. Movi meu corpo, balançando-me na tentativa de alcançar a argola seguinte, e com certo esforço, consegui. Ainda no embalo, levei minha mão em direção ao próximo círculo de ferro, mas meus dedos escorregaram por ele. Por um infortúnio, eu já havia soltado a outra mão, e agora encontrava-me caindo. Como num instinto, tentei ajeitar-me de modo a receber o menos impacto possível.

Mas não houve impacto, não. Tudo que senti foi a parada repentina, mas eu parecia intacta. Não houve dor. Não houve barulho. Eu havia morrido? Não; era bom demais para ser verdade. Abri os olhos, soltando a respiração que até então não havia notado que prendera. O moreno tinha suas mão em minha cintura.

- Eu não preciso de sua ajuda! - tentei me afastar, mas meu corpo ainda tremia devido ao choque – Eu teria caído perfeitamente bem! - a irritação tomou conta de minha face que já estava mais vermelha que nunca. As lágrimas escorriam pelas maçãs-do-rosto. Mas que droga eu estava fazendo? Eu ainda precisava de Alec. Agora, mais do que nunca.

- Nessie, eu... - ele começou, mas cortou-se.

Tudo o que fiz, então, foi ficar chorando no ombro de quem causara minha dor.


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Notas finais do capítulo

O que acontece é o seguinte: tenho duas notícias.

"Boas ou ruins, Queen?"

Ah, queridos, isso não sei, depende do ponto de vista.

A primeira é que eu decidi que haverá segunda temporada de 30 Dias com Alec Volturi. O que posso divulgar? Bom, já tem um nome. Pra não dar muitos spoilers, tudo que lhes digo é que se chamará Runaway. Interessante, não? E sugestivo.

A segunda notícia é que eu provavelmente vá começar um Original, mas ainda sem data prevista. Será escrito com dois amigos meus, então ainda tem muitas coisas pra serem acertadas. Pode até ser que esse vire um livro, quem sabe?

E, em terceiro e - por hora mais importante é uma fanfiction que estou escrevendo com a Break Up. É Reneslec, assim como essa, mas se trata de Universo Alternativo.