30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 28
twenty [part. II]


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores! Eu sei que demorei um pouco, mas essa semana foi realmente corrida. Levei quatro dias pra escrever o capítulo (sim, eu comecei na segunda) e ainda assim ele está sem betagem, mas eu já estava me sentindo culpada pela demora, então... Qualquer erro GROTESCO me avisem. Como havia garantido, é um capítulo explicativo até certo ponto. A princípio, a ideia era "pular" de três a quatro dias com o desmaio de Renesmee, mas achei que vocês me xingariam (mais) se eu decidisse encurtar a história.
Quando à segunda temporada, ainda não me decidi. Vocês nem sabem como terminará essa, oras.
Não é um dos meus melhores capítulos, mas já escrevi coisas piores, acreditem.



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Depois da escuridão veio a dor. Era gritante e constante. Não havia momentos de alívio, não. Sentia meu coração ser arrancado do peito, que se inchava e desinchava, como se eu estivesse respirando. Mas eu não estava. Naquele momento eu poderia classificar a dor como um nove, numa escala de zero a dez.

Não. Eu teria classificado como um dez. E, talvez, até fosse um dez.

Ao menos, até eu abrir os olhos.

- Graças a Deus – ouvi um suspiro longo e pesado ecoar pela sala. Meus olhos demoraram a se acostumar com a claridade. Tarde demais, percebi que não se tratava de Alec, não. - Como você está, filha? - Edward me perguntou, seus olhos cautelosos analisando-me.

- Com dor – gemi, tentando me sentar, mas sendo impedida pelo ninho de tubos que me envolvia – E desconfortável. - puxei meu braço a fim de arrancar a cânula de minhas narinas, mas não consegui; ela me fazia respirar de um modo não-natural, e isso me incomodava.

- Nessie, Nessie... Não... - A mão de Carlisle tocou a minha, impedindo-me – É melhor ficar com isso – Ele franziu o rosto – Só por mais algumas horas.

- Só?! - bufei – Por quanto tempo fiquei apagada? O que aconteceu? - E onde está Alec?, pensei, e meu pai olhou-me reprovadoramente por isso.

- Seis horas – Jacob estava apoiado à porta da... Onde é que eu estava mesmo?

- Você desmaiou no corredor – Edward acrescentou – Carlisle disse que, aparentemente, é apenas uma recaída por falta de vitaminas – vovô concordou com a cabeça e meu pai continuou – Você não tem se alimentado direito, filha.

- Eu não tenho fome – resmunguei.

- Mas precisa comer. - era Jake, mais uma vez. Eu precisava falar com ele.

- Estamos no andar de cima, arrumando as malas – Edward falou e sorriu – Nos grite, se precisar. Com exceção de Bella, os outros já foram. - acrescentou.

- Obrigada – suspirei, e ele beijou o topo de minha testa.

- Pelo quê? - papai saiu junto a Carlisle. Por tudo, pensei, e vi um meio sorriso formar-se em seus lábios ao passar pela porta.

- Então... - o lobisomem pigarreou.

- Então – dei de ombros.

- Você acordou – ele começo a andar em círculos.

- É, parece que sim – encolhi-me. Jacob aproximou-se e me cobriu, entendendo o meu tremor como frio. - Ei – enchi meu peito do ar liberado pela cânula, de modo a tomar coragem. - Jake... O que... - fitei minhas próprias mãos, evitando encará-lo. - O que aconteceu? Quero dizer... Antes... Depois do baile.

- Oh... - ele puxou minha mão, aquecendo-a e sentou-se a meu lado, de modo a ficarmos da mesma altura. - Você não se lembra, tipo, de nada?

- Não – Senti uma dor no peito, mas não iria interromper o momento – Não me lembro de nada que tenha ocorrido depois dele ter me beijado. Nada mesmo – suspirei; era tão frustrante.

- Tudo bem – seus olhos castanhos encontraram os meus – Eu vou contar... Mas talvez tenha sido melhor para você se esquecer de tudo isso. - Jake encarou o teto por alguns segundos, voltando, então, a me encarar – Você parecia bem com Alec, até o fim da festa. Vocês beberam juntos, dançaram juntos... E vez ou outra você chorava por não sei qual motivo, mas ele te reconfortava. Te beijava.

“Na hora que vocês saíram, alguém o chamou. Acho que era um dos chefões, eu... Eu não sei. Já estava chapado a essa hora. Eles serviram bebidas realmente boas. De qualquer forma, eu saí de lá antes que o sanguessuga. Fu para meu quarto, não consegui dormir. Eu estava me sentindo mal por ter... Você sabe... Te beijado. Saí pelo castelo a procura de um porre pra beber, uma vez que o efeito do álcool já havia passado. Mas não achei.

“Eu teria achado, mas acabei dando de cara com o porta do seu quarto... Do quarto dele. Eu juro por tudo que é mais sagrado que não tive a intenção... Mas você chorava muito alto, Nessie. Abri a porta, mas você não estava no quarto. Senti um cheiro de forte de sangue e te achei no banheiro. Quase morri quando te vi daquele jeito; você estava imersa no próprio sangue. Quando me viu, apenas disse 'Deixe-me morrer em paz, Black!'

“Mas eu nunca deixaria, você sabe disso. Eu te tirei daquela banheira, sem saber exatamente o que fazer. Queria chamar seus pais, mas você me implorou que não o fizesse. Eu não quis tirar a sua roupa, mesmo que estivesse molhada sabe? E você já estava seminua... Quando eu te deixei na cama, você já estava mais calma. Contou-me que o sanguessuga tinha terminado com você, algo sobre ser para o bem dos dois. Eu me levantei para ir embora, mas você pediu para que eu ficasse. Eu estava de calças jeans, e, por mais que eu não quisesse ficar praticamente sem roupa na sua frente, eu não conseguiria dormir daquele jeito.”

- Ah – suspirei, depois de longos minutos em silêncio – Eu só disse que era pelo meu próprio bem?

- Só... Sinto muito. - ele beijou as costas de minha mão, levantando-se em seguida. - Carlisle pediu repouso. Vou te deixar repousar.

Dito isso, saiu.

Levantei os olhos do livro. A Culpa é das Estrelas era realmente lindo, e meus olhos estavam inchados de tanto chorar. Não que eu fosse supersensível, mas o rompimento e as palavras duras de John Green foram demais para mim. Coloquei o livro sobre a mesa de cabeceira, já pensando em relê-lo. Olhei para a bandeja a meu lado; eu não tinha fome. Peguntei-me se minha família sabia sobre o que havia acontecido entre mim e Alec, xingando-me mentalmente pela pergunta idiota. O bebê deles está internado, o que aconteceu? Ah, vamos perguntar pro namorado dela. Estranho ele ter sumido, não é?

- Deveria comer um pouco – a voz de Caius tirou-me de meus devaneios – Ouvi falar que você precisa. - o loiro se aproximou e depositou um beijo em minha testa. Sentou-se em minha maca razoavelmente grande e retirou a cânula de meu rosto. - Você está pálida – comentou.

- Não tanto quanto você – sorri, aliviada por finalmente respirar com meus próprios pulmões – E não gosto de comer. Não quero comer. - revirei os olhos. A verdade é que só então havia notado o quanto eu sentia falta do vampiro. Meu relacionamento com Alec, de certo modo, havia distanciado nós dois. - É sério.

- Prefere sangue? Posso providenciar isso. - seus dedos voaram pelo teclado do celular antes mesmo que eu pudesse negar – Mas, sem nada, você não pode ficar. Pode até ter outra recaída. - suas mãos ágeis percorreram os tubos intravenosos, retirando-os um a um.

- Eu acho que eu deveria, tipo, ficar aqui mais algumas horas. - sorri ao ver o canto dos lábios do loiro se curvarem para cima. Ele estava ciente de estarmos fazendo algo errado. Seus braços envolveram-me , colocando-me em pé. Apoiei-me em seus ombros, evitando uma possível queda.

- Já se passa das oito horas. Deve fazer umas doze que está deitada. Precisa dar uma volta por aí. - Caius tirou o casaco e colocou sobre meus ombros. Vesti as mangas e calcei os chinelos de pano que estavam ao lado da cama – Tome isso – ele me estendeu um copo tampado, com um canudo pela abertura. Onde ele havia conseguido isso? Tomei um gole. Sangue animal.

- Isso é horrível. - resmunguei, mas tomei um pouco mais.

- A companhia compensa, lhe garanto. - ele me estendeu o braço e eu o segurei.

Juntos, saímos pela noite fria.


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Notas finais do capítulo

Então... Por hoje é isso. Não sei quando vou postar novamente, nem se vou (posso morrer amanhã e vocês nunca saberão como termina; vai que surge fanfiction da fanficton? HUSASUAHSAUSH) enfim, nos vemos nos comentários?