30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 27
twenty [part. I]


Notas iniciais do capítulo

E aí, gatos e gatas? Digo-lhes pois que estou inspirada. Escrevi o capítulo todo em menos de uma hora e meia, isso é um novo recorde, yeay. Esse capítulo é meio que pura "enrolação e drama", mas observem meu nick; logo, é extremamente necessário para o que vem a seguir. Saibam que quando o capítulo tem tretas é culpa da Nessa, meu bebê e fonte de ideias, ainda que eu tenha adaptado bem a ideia original dela.
Enfim, espero que gostem.
Nos vemos nas notas finais.



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Foi o sonho mais estranho de todos que já tive. Pelo simples fato de saber que se tratava do meu mero subconsciente. Nunca havia sido assim antes, então o que havia mudado? A verdade é que eu não lembrava de muita coisa depois que os lábios de Alec tocaram os meus após a dança.

Era um dia mais escuro que o normal; escuro demais para se tratar de Volterra, ainda mais em plena primavera. Tudo ao meu redor parecia estranhamente sem vida e sem cor. Tudo cinza. Eu andava sozinha pela cidade fantasma, com os prédios abandonados, vazios. Onde estavam todos? Um arrepio frio subiu por minha coluna, mas não era medo. Era o vento. Gelado como o mar de La Push às sete horas da manhã, no inverno.

Agonizava-me sofrer tanto quanto sofria naquele momento. Não era dor. Não era tristeza. Não... Era mais uma sensação de vazio. Uma sensação de que tudo dava errado. Solidão. Abandono, mais precisamente dito. Continuei caminhando pelo que me pareceram horas, sem rumo. Talvez tudo o que quisesse era encontrar alguém... Mas... Quem? Eu não sabia exatamente. Provavelmente se tratava de Alec, mas ao pensar no vampiro, sentia um aperto no peito. Como se eu estivesse fazendo algo de errado.

Os muros da cidade se punham às minhas costas quando o primeiro sinal de vida se mostrou diante de meus olhos. Era um reflexo inconstante, causado por algo que se movia. Uma pessoa – ou vampiro, lobisomem... Qualquer coisa que se assemelha com um humano. Tentei correr, mas o ar saía de meus pulmões mais rapidamente do que entrava. Tentei gritar, mas as palavras ficavam presas em minha garganta e minha mente.

O frio prendeu-me. Literalmente. Uma camada de gelo se arrastava por sobre meus pés, fixando-me ao solo. O reflexo sumiu. Eu precisava de alguém, precisava de ajuda. No entanto, estava por minha própria conta. Por mais que tentasse, não conseguia fugir do que quer que tivesse tomado conta de mim. Eu estava inteiramente presa àquilo.

Mais tempo se passou, e notei que não era tão desconfortável como achei que fosse. Fui me acostumando com a solidão. Acostumando-me com o nada, o vazio, o frio. E então eu estava livre. Livre pra seguir o caminho que fosse. Mas, subitamente, não quis. Continuei por ao que me pareceram horas fitando o nada. E então voltei. Voltei para a cidade, para o castelo. “Para casa”, minha mente comentou. Mas afinal, o que eu poderia entender por casa, lar? É o lugar ao qual pertencemos, mas a qual eu pertenço?

O quarto de Alec parecia estranhamente normal. Apenas um sonho estranho, repeti para mim mesma. Levantei-me na escuridão e fui até a janela. Meus dedos correram pela cortina escura que a envolvia e abriram um fresta para que eu pudesse observar o dia lá fora. Era brilhante. Quente. Escancarei o resto do tecido, permitindo-me uma visão melhor do jardim do castelo. As flores lilases já estavam morrendo, notei. Há tempos não chovia. Abri a porta de vidro, permitindo-me passagem para a varanda, de modo a absorver o calor que radiava do sol. Era revigorante, ainda mais quando se tem um pesadelo com o frio.

Subitamente olhei para meu corpo, e tranquei-me novamente no quarto quando percebi que usava apenas uma camisola fina de seda. Joguei-me no sofá, pretendendo não levantar de lá nunca mais. Ou ao menos pelos próximos cem anos. Um resmungo fez-me cair no tapete fofo. Eu tinha companhia. E não era das melhores.

- Mas que droga você faz aqui, Jacob? - puxei o edredom que ele estava usando para se cobrir, e procurei esconder a maior parte do meu corpo, afastando-me do lobisomem. - Esse não é o seu quarto!

- Nem o seu – ele trazia um sorriso brilhante no rosto, e usava apenas uma cueca boxer preta. Corei imediatamente. - E aqui estamos nós. - Jacob se levantou, vestindo suas roupas da noite anterior, que estavam jogadas num canto do quarto. - O que foi? Parece até que viu um fantasma, Nessie.

- Talvez eu tenha visto – congelei, encolhendo-me – E já lhe disse que não tem o direito de me chamar assim, Black. - sentei-me no chão, encarando-o o com ódio.

- Por favor, Renesmee. Depois dessa noite você tem a coragem de me dizer pra não te chamar assim? - ele revirou os olhos, bagunçando o cabelo nervosamente – Não seja hipócrita. - o licantropo pegou o que quer que fosse que estava sobre uma das poltronas e se encaminhou em direção à porta – Talvez aquele idiota sanguinário tenha te estragado de verdade. Por que não vai correndo pra ele, então?

Alec. Onde estava Alec? Fechei os olhos tentando-me lembrar do que acontecera na noite anterior, mas nada vinha-me à mente. Nada depois da dança com o vampiro. Nada depois do beijo. Fitei a porta, mas Jacob já havia partido. Senti meu corpo estremecer e fitei minhas mãos, procurando encontrá-las trêmulas. Algo, porém, chamou-me a atenção. A aliança. Ou melhor, a ausência desta.

Forcei-me a me levantar, e vasculhei o quarto a procura do anel prateado. Onde eu a teria deixado? Revirei os móveis, gavetas, roupas. Revirei tudo. E não a encontrei em lugar algum. O que acontecera? Eu precisava descobrir. Corri até o banheiro, mas a aliança não estava ali também. Um cheiro tomou conta do ar, fazendo com que minha cabeça latejasse. Sangue. A banheira estava completamente vermelha. Era o meu sangue na água. Conferi meu corpo, encontrando um par de cicatrizes em meus punhos. Pareciam quase completamente curada, mas era visível o quão profundas já foram.

Respirei fundo e voltei para o quarto. Foquei-me em tentar descobrir o que quer que acontecera. Minha mala estava aberta, parcialmente feita. Com exceção do guarda-roupas, nada ali parecia ter meus objetos pessoais. Ótimo. Eu provavelmente estava sendo obrigada a voltar pra casa. Talvez meu pai tivesse brigado com Alec quando ele me beijou. Talvez alguém tenha usado seus poderes em alguém. Talvez eles estivessem me dispensando por ter terminado meu treinamento aqui. Mas isso não explicava a presença de Jacob aqui.

Especulações não me ajudariam agora, não. Eu precisava de respostas. Vesti algumas peças que ainda não estavam na mala e saí em direção ao corredor, ainda descalça. Ao passar pela porta, notei que meu vestido estava rasgado e jogado por toda a penteadeira. Eu não me lembrava de ter feito aquilo. Corri a passos apressados em direção ao andar de cima, procurando por meus pais. Eles deveriam saber o que havia acontecido. E, depois das palavras do lobisomem, eu não tinha coragem de ir até Alec, de qualquer forma.

Senti-me como em meu sonho: sozinha, abandonada.

Mas ao invés de frio, veio a escuridão.


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Notas finais do capítulo

Se ainda não curtiu minha página no Facebook, aí está o link: https://www.facebook.com/dramaqueenfanfictions. Eu sempre posto atualizações do progresso de minhas fanfictions, vale a pena conferir.
Sei que muitos estão reclamando da demora dos capítulos, mas eu tenho uma agenda lotada, babies. Realmente, não tem dado muito tempo pra escrever e, sinto informá-los, mas a partir do ano que vem, acho que tia Drama aqui sairá do ar por tempo indefinido. Faculdade é foda, né.
Viram que eu mudei meu avatar? Hahaha, tomei a coragem de postar uma foto minha (não se assustem). Sei lá, esse tipo de coisa acontece de vez em quando, mas logo eu caio na real e vejo que não sirvo pra aparecer em fotos, tia Afrodite não colabora.
ENTÃO... O que acharam? ~e mil desculpas por não responder os comentários, tentarei fazer isso quando tiver tempo (vulgo: férias)~