30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 26
nineteen [part. III]


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Oh, yeah. Mas vocês pareceram não notar. Enfim, talvez no feriado eu escreva de novo. Talvez não. Capítulo GIGANTE e lindo, pfv. Vi que alguns gostaram do esquema que fiz com as descrições e outros não, então estou tentando um meio termo aqui, e por isso estou demorando (falta de tempo também, mas isso sempre aconteceu, então...). Dedicado pro meu Alec da vida real (: HUAHSUASHUAHS, nem adianta perguntar já aviso.
Nos vemos nas notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/320373/chapter/26

Alec puxou-me pelos corredores, rindo de minhas alegações sobre fugirmos da festa. Paramos em frente à porta do salão do trono, e estremeci. Normalmente festas que ocorriam lá eram festas grandes. Eu não gostava de tanto público assim. Respirei fundo e encarei o vampiro, que trazia um sorriso malicioso em seu rosto.

– Estou apresentável? – sorri. Seus dedos ágeis correram por meu cabelo e vestido, arrumando-me nos menores detalhes possíveis.

– Parece melhor do que sua tia te deixou – ele riu – Mas ela vai me matar por fazer isso na sua maquiagem.

– Isso o quê? – franzi o cenho.

Isso. – seus lábios tocaram os meus, e logo depois o moreno mordeu meu lábio inferior.

– Antes um garoto que borre seu batom do que um que borre seu rímel. – sorri, extasiada pela sensação de borboletas no estômago. Por que eu tinha a sensação de que aquilo era proibido, afinal?

A porta se abriu, e meu pai surgiu do outro lado, arqueando as sobrancelhas. Corei. O salão estava lotado. Vampiros, humanos; conhecidos, desconhecidos; e até mesmo Jacob e Seth. Contraí o corpo, mas o olhar repreensivo de tia Rose sobre minha postura fez-me rearranjar a coluna. Dei dois passos para frente, em direção a Edward, que segurou minha mão e quase instantaneamente puxou-me para a pista de dança. Um ruído de surpresa ecoou por minha garganta, e algumas risadas tomaram o salão.

– Vamos ver se melhorou sua coordenação – meu pai cochichou ao meu ouvido, girando-me. Como não caí, não sei. – Nada mal, nada mal mesmo. – ele riu.

– O que acha que eu fico fazendo nesse mês que passo aqui? – revirei os olhos, dançando rapidamente.

– Se eu comentar, sou morto por quebrar o pacto. – ele deu um meio sorriso triste – Mas você sabe que eu não aprovo de qualquer jeito – sua expressão se fechou.

– Não entendo o motivo – revirei os olhos – Deveria ser mais compreensivo, pai.

– Claro, claro. Um vampiro sanguinário está “interessado” na minha filha e eu deveria compreender tudo isso. Tem razão, sou um terrível pai.

– Não tente usar sua ironia comigo – acelerei o ritmo da dança, juntamente com a música – Charlie aceitou, mesmo ele sabendo sobre você e sobre Jacob. Deveria pensar sobre o assunto.

– Eu já namorava Bella há dois anos, e estávamos casados. Tem uma diferença aí, Renesmee.

– Bom... – comecei a rir com a ideia de Alec e eu fugindo pra Las Vegas, mas as feições de meu pai fizeram-me encolher.

– Nem pense nisso, Renesmee. Eu te trancafio no alto da torre antes que ouse fazer isso. – ele tinha raiva em suas palavras, e de certo modo eu queria rir. Tentei calcular quanto tempo levaria meu resgate, mas o aperto de Edward se tornou mais forte.

– Edward... – ele me ignorou – Pai. – suspirei – Você gostaria dele.

– Não preciso gostar – ele deu de ombros. Isso seria uma permissão? – Não, não estou deixando vocês ficarem juntos. Mas – meu pai sorriu como um anjo – você só tem mais dez dias aqui. E é seu último ano.

Em alguns últimos passos, meu pai me deixou. Foi como um choque. Pior do que eu pensava. Muito pior. Alguns aplausos ecoaram pelo salão, e agradeci, sem graça. Olhei ao redor, procurando por Alec, encontrando-o com Céline. Ele nem reparava no corpo da ruiva, ainda que ela usasse um vestido preto extremamente colado ao corpo. Foi quando percebi que todos usavam preto. Todos, com exceção de mim, em meu vestido rosa choque. Era como meu sonho. Um único ponto colorido em meio ao preto e prata. Sorri com a lembrança. Fui até a mesa de comes e bebes, e uma taça foi-me oferecida. Pelo cheiro logo reconheci. Tequila com sangue. Humano.

– Vai te fazer bem – Alec puxou-me de modo a ficar à minha frente – Isto é, eu acho.

– Você tem razão – tomei um gole. Dois goles. Quando parti para o terceiro, sua mão repeliu-me. – Como consegue ser tão... Controlado?

– Você não faz ideia. – ele deu um meio sorriso, e perguntei-me o que havia pensado. Os olhos de meu pai, que dançava com Bella, pareciam tão focados em minha mãe que ele não mostrava estar atento à nossa conversa. Ou nossos pensamentos. O corpo do moreno enrijeceu repentinamente, e sua voz soou cautelosa – Seu amigo lobisomem está aqui.

A porta se abriu mais uma vez, e Jacob surgiu, acompanhado de Seth. O segundo se aproximou de mim, dando-me um abraço. Tudo bem, indiquei para o vampiro, mas ele não pareceu relaxar. Fechei os olhos por um segundo, sentindo o cheiro de Seth por alguns segundos. Era reconfortante e me lembrava do salgado da praia.

– Parabéns, baixinha – ele ameaçou brincar com meus cabelos, mas retraiu-se ao vê-los impecavelmente arrumados. Sua mão contentou-se em acariciar a ponta de uma mecha castanha acobreada. – Deveria ir mais a La Push – ele riu, exibindo dentes perfeitos. – Aceita dançar?

– Claro – sorri de volta, acenando com a cabeça para Alec, enquanto dançávamos em direção ao centro da pista. Apesar de Seth ser um bom amigo, corei. Nunca gostava de ser o centro das atenções. – Parece que alguém andou treinando, han? Não é o mesmo garoto desajeitado – dei uma risada.

– Ora, ora, ora. Falou a garota que tem dois pés esquerdos. Deve ser genética. – ele gargalhou, e acabei deixando-me levar pela brincadeira. – Mas, falando seriamente, Jacob sente sua falta.

– Problema dele. Ele disse que não me amava mais. – bufei, fechando a cara e apertando as mãos do licantrope com mais força. Não que ele fosse notar.

– Ele nunca disse isso. Ele disse que o efeito do imprinting havia terminado. Não que o amor havia deixado de existir. – suas sobrancelhas se arquearam, e fiquei refletindo sobre aquelas palavras. Um cheiro de madeira e canela tomou o lugar, e uma voz soou.

– Me concede a honra? – Jacob pegou minhas mãos de Seth e as tomou para si, puxando-me em uma dança forçada.

– O correto é “Concede-me”, Black. – revirei os olhos pousando disfarçadamente sobre Alec, sentindo um aperto no coração. Os acontecimentos deveriam estar machucando mais ele que qualquer um. Inclusive a mim.

– Desde quando corrige meus erros? – ele fitou-me, mas continuei sem encará-lo. Não respondi. – Olha, Nessie...

– Já lhe disse que é Renesmee. Ou Cullen. – e, possivelmente, Volturi, algum dia, pensei. – Você perdeu o direito de me tratar informalmente.

– Eu te amo, Renesmee. – ele puxou meu rosto, fazendo-me olhar nos olhos. Corei. Não, não era vergonha. Era raiva. Eu o odiava por tudo isso.

– Sinto muito, mas a recíproca não é verdadeira. – afastei-me do lobisomem, mas, ao tentar virar-me de volta para a mesa, ele puxou-me num beijo.

Era quente, como sempre fora. Jacob era sempre muito quente. Seus lábios finos eram fortes nos meus, seus braços apertavam-me com força excessiva. Durou nem mesmo um segundo, antes que eu escapasse minhas mãos da prisão de seu corpo e lhe desse um tapa no rosto, afastando-o. Talvez o treinamento com as algemas tivesse dado algum resultado.

Gelei quando vi o que é que havia acontecido no momento que pisquei os olhos: Alec havia jogado Jacob em uma das colunas de mármore, fazendo-o sangrar. Tia Alice estava em choque, como se sucessivas visões viessem uma atrás da outra, deixando-a sem controle. Os Cullen começaram a se reunir, sem saber exatamente qual lado proteger, e, portanto, sem tomar partido. Seth segurava Jacob, impedindo-o de avançar sobre Alec, que estava sendo segurando por Céline e Demetri. Quando o moreno tentou se livrar dos dois vampiros, caiu de joelhos, e, ainda que não gritasse, eu sabia que era Jane quem o mantinha assim.

– Parem! Todos vocês. – quando encontrei a voz novamente, soou fraca, mas, felizmente, todos ali ouviam muito bem. Ainda que segurados, todos se viraram para mim. – Mas que droga. Toda vez é isso? Vocês têm sempre que brigar?

– Nessie... – era a voz de Carlisle. Ele olhou para os mestres uma vez e teve o consentimento de Aro. Quando se aproximou de mim, porém, recuei. – Nós só queremos o seu bem. Isso foi apenas... Problemas.

– Todo bônus tem seu ônus. – foi Marcus quem disse, enquanto, ao longe, Alec e Jacob se recompunham, sem aparentes danos.

– Sinto muito, mas ainda não vi bônus algum. – saí irritada do salão, mas, antes mesmo que as portas de fechassem, um par de mãos me alcançou. – Alec, eu... – virei-me, irritada, mas não era Alec. Era Jane. – Oh... Jane... Desculpe-me... Eu achei que...

– Cullen – ela me interrompeu – Não vá. Por mim. – a loira refletiu por um momento sobre suas palavras e se corrigiu – Ou melhor, por Alec. Entenda, eu ficaria feliz se ele estivesse feliz também. É só que ele passou tanto tempo planejando isso... Todos os detalhes, as músicas... Tudo.

– Eu não sei se... – impaciente, soltei meu punho da algema que seus dedos formaram.

– Você vai. Ou eu frito seu cérebro.

– Você não faria isso. – cruzei os braços, e ela olhou-me tão assustadoramente por meio segundo que acreditei realmente que...

Então veio a dor. Não era qualquer dor, não. Eu nunca tinha sentido isso na vida. Parecia que meu sangue fora substituído por cacos de vidro, perfurando-me por dentro. Eu queria gritar, mas estava ciente das mãos de Jane em minha boca. Eu não conseguia nem ao menos respirar, e meus joelhos cederam. Eu teria caído de não fosse pelo seu aperto.

E tudo voltou ao normal. Era estranho. Muito estranho. Inspirei com força, retomando minha cor normal. Os olhos rubis da loira me encararam desafiadoramente e assenti, em silêncio. No fundo eu sabia que ela estava certa. Alec havia feito tudo aquilo por mim. Respirei fundo, recompondo-me e adentrando mais uma vez ao salão. As... Pessoas... Pareciam mais tranquilas com minha entrada.

– Vamos começar de novo? – Alec perguntou-me, à minha frente. Era o primeiro em minha linha de visão.

– Vamos. – sorri, ajeitando uma mecha de seu cabelo que havia saído do padrão. Ele sorriu de volta, pegando minha mão direita e beijando a aliança que ali estava.

Concedimi l'onore? – acenei positivamente com a cabeça, soltando uma risada pelo uso do italiano. “Tudo fica melhor em italiano.”.

A música começou no momento que sua mão direita tocou minha cintura, e encontrei-me gostando da dança lenta. Ou gostando de Alec, no caso. Não pude deixar de olhar, a princípio, as feições de minha família. Raiva, Ciúmes, Emoção, Descrença, Felicidade. Surpresa. Permiti-me rir por um segundo, enquanto fechava os olhos e apoiava meu rosto na curva do pescoço do moreno.

What day is it
And in what month
This clock never seemed so alive
I can't keep up and I can't back down
I've been losing so much time

Cause it's you and me and all of the people
With nothing to do, nothing to lose
And it's you and me and all of the people and
I don't know why I can't keep my eyes off of you

All of the things that I want to say
Just aren't coming out right
I'm tripping on words, you got my head spinning
I don't know where to go from here

Cause it's you and me and all of the people
With nothing to do, nothing to prove
And it's you and me and all of the people and
I don't why I can't keep my eyes off of you

Something about you now
I can't quite figure out
Everything she does is beautiful
Everything she does is right

Cause it's you and me and all of the people
With nothing to do, nothing to lose
And it's you and me and all of the people and
I don't know why I can't keep my eyes off of you

You and me and all of the people
With nothing to do, nothing to prove and
It's you and me and all of the people and
I don't why I can't keep my eyes off of you.

What day is it
And in what month
This clock never seemed so alive


Lentamente, reduzimos o ritmo. Quando a música parou, encontrei seu olhar no meu. Ele parecia cansado, de certo modo. Mas sorria. Sorria com a alma, pensei. Sua mão, que segurava a minha, desceu para junto da outra, em minha cintura. Ele puxou-me para mais perto, e depositou um beijo em minha testa. Fechei os olhos, ouvindo os murmúrios ao fundo.


Renesmee. – ele fez-me encará-lo mais uma vez. Mais uma vez, aqui estavam as palavras não ditas. Subi minhas mãos por seu peito, até seus ombros.

Alexander.

E, ali, na frente de tudo e de todos, Alec me beijou. Como se estivéssemos na sua janela, no lago, ou em qualquer lugar. Ele me beijou como se fosse a primeira vez. Ou a última.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É o seguinte: parei de pedir comentários, mas é fato: sem comentários, sem criatividade. A escolha é de vocês. Lembra que eu disse que estava trabalhando na minha página no face? Aqui está. Mas ainda está em desenvolvimento. Pretendo, futuramente, colocar atualizações das minhas histórias, como está o andamento do capítulo e etc, além de divulgação de fanfictions que EU gostar e uma coluna de betagem de fics. Confiram (:
[https://www.facebook.com/dramaqueenfanfictions].
E então, o que acharam do capítulo?