30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 25
nineteen [part. II]


Notas iniciais do capítulo

YEAY! Promessa é dívida! Tive que passar o fim de semana escrevendo (e olha que eu estava viajando). Enfim, recebi algumas críticas, sendo a maioria sobre a exigência dos comentários, obviamente. Sinto muito pra quem se sentiu mal por isso, mas a verdade é que eu fiquei feliz, já que alguns leitores "fantasmas" decidiram aparecer, e ganhei alguns leitores novos. Recebi também críticas sobre "pedir comentários só pra receber elogios", mas, quem me conhece direito, sabe que não preciso de elogios para saber a qualidade dos meus textos, prezando, assim, as críticas construtivas.
O terceiro tipo de reclamação foi sobre a qualidade da fanfiction estar caindo com o decorrer dos capítulos, então eu reli tudo o que escrevi até agora (mais de 100 páginas, pasmem) e percebi que estou reduzindo a quantidade de descrições. Resultado: um capítulo SUPER descritivo. Talvez por isso, a partir de agora, tenham menos acontecimentos por capítulo, caso contrário eles ficariam muito grandes.
Por um lado, provavelmente dividirei os dias em várias partes, o que resultará em mais história, mas por outro, pode se tornar cansativo. Farei um teste com esse capítulo.
Nos vemos nas notas finais.



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- Não adianta discutir, mocinha! – tia Alice repreendeu-me – Você vai usar esse vestido queira ou não.

Ela tirou a peça do guarda-roupa de Alec. Era a mesma peça que eu havia comprado na loja com Jane. Servia perfeitamente em mim, quase como se fosse feito sob medida, e isso era uma coisa que minha tia prezava acima de tudo. Por mais que o baile de hoje à noite fosse mais simples que de costume, ela insistia em me fazer usar um vestido longo, quando ela mesma já alegara que usaria um curto, assim como minha mãe e Rosalie.

- Eu acho que... Não sei... – suspirei – Injusto vocês todas irem de esporte chic e eu de formal, né, mãe? – implorei para que Bella estivesse do meu lado. Normalmente ela me defendia contra os surtos de moda que tia Alice frequentemente tinha.

- Sinto muito, Renesmee, mas acho que ela está certa – ela deu de ombros – Esse vestido deve ficar lindo em você.

- Nessie – Rosalie se manifestou – Convenhamos que, se esse vestido não ficasse maravilhoso em você, você nunca teria escolhido essa cor.

Cruzei os ombros, derrotada. Três contra um; que covardia. Ao menos, meu pai e Jacob não me veriam até a hora do baile, e de certo modo, isso me acalmava. Nada de conversas constrangedoras sobre meus pensamentos ou sobre relacionamentos. Ou os dois, minha mente gritou, e arrepiei-me. Peguei a peça de roupa da mão de tia Alice e troquei-me atrás do biombo, observando-me no espelho de corpo que ali estava. O vestido realmente ficava perfeito em mim. Mas porque eu tinha a impressão de algo de errado com relação a ele?

- Eu disse que era perfeito – Jane comentou, encostada à porta. Era responsabilidade dela manter qualquer garoto longe do quarto, até mesmo o próprio irmão. E a loira parecia se divertir com isso, quase como se lesse meus pensamentos.

- Eu não quero usar isso. – fiz birra. Quando se é o bebê numa casa com oito vampiros, normalmente isso não é preciso, mas nesse caso...

- Ótimo. Mas vai usá-lo do mesmo jeito – Alice revirou os olhos e eu não pude deixar de rir. Ao que parece, a braveza de uma pessoa é inversamente proporcional à sua altura. – Agora, vamos à maquiagem! – ela disse animada, no momento que vovó Esme chegou carregando duas malas. Olhei para mamãe e tia Rose, pedindo por algum apoio, mas nada. Eu iria sofrer até a bendita hora do baile.

- Eu acho que alguém vai ficar babando quando te ver assim... – Alice comentou, virando-me para o espelho. Eu estava incrivelmente arrumada, mal conseguia acreditar no que via. Não parecia mais uma híbrida adolescente, não.

Corei ao refletir sobre as palavras de Alice e minha mãe soltou uma risada baixa. Jane conteve o riso. Esme me encarou por um bom tempo, e seus olhos âmbar se desmancharam em ouro líquido. Ela sempre tivera uma habilidade especial para descobrir coisas não ditas, ao menos, quando se trata de relacionamentos. Tia Rose encarou todas elas, e se virou para mim, com raiva. Antes que pudesse falar qualquer coisa, Jane gritou para o lado de fora.

- Se tentar entrar eu vou queimar o seu cérebro, Alexander. – Alec. Droga. Meu coração começou a bater mais rápido e meus braços se arrepiaram. Corei mais ainda, e procurei algum lugar onde enfiar a cabeça. Fitei tia Rose por um momento, e ela parecia ainda mais irritada.

- Deixe-o entrar. – foi tia Rosalie quem disse. Se eu não tivesse me apoiado ao piano teria cedido. Por que com a família era tão mais complicado? – Algum problema, Renesmee? Algo que você não tenha me contado? – olhei para a loira com uma raiva, misturada com remorso.

Corei ainda mais quando a porta se abriu, e levei algum tempo para olhar Alec nos olhos. Se não tivesse passado os olhos por seu corpo antes de encarar seu rosto, nunca teria notado o quão elegante ele estava em seu smoking preto e camisa branca. Meu coração não parava de acelerar, o rubor subia-me a face e...

- Oi – ele riu, olhando-me ao longe, encostado na parede – Belo vestido.

Droga. Por que essa voz tão... Alec? Sentia meu coração saltar do peito, meu corpo se arrepiar. Procurei minha voz em algum lugar, mas não a consegui encontrar. Senti os dez pares de olhos restantes caírem sobre mim e mais uma vez tive de me apoiar para não cair. Momentos depois, estava sentada no sofá, com o vampiro a meu lado.

- O que você está fazendo? – perguntei, receosa.

- Ora, se você não comer, vai desmaiar antes da festa. Acho que elas se esqueceram de que têm que te alimentar, Cullen. – ele riu, deixando as bandejas prateadas sobre a mesa de centro e se levantando.

- Eu não estou com fome. – levantei-me, mas as mãos frias do vampiro me seguraram.

- Você precisa comer, Nessie. – eu iria alegar que não, mas não fui capaz. Seus olhos rubis me encaravam com tanta ternura que era impossível recusar qualquer pedido que ele fizesse.

- Alec – foi Jane quem falou, e por um momento me lembrei de que tínhamos companhia. – Vou me arrumar, ela fica sob sua responsabilidade. – um sorriso irônico se formou em sua cara, e ela saiu.

- Ele está certo – Bella comentou – Você precisa comer. E nós todas ainda temos que nos arrumar. – Elas saíram, mas minha mãe parou na porta. – Tome conta dela, Volturi.

- Sem problemas, Swan. – ele riu, enquanto minha mãe saía e fechava a porta. Meu coração batia mais e mais rápido. – Coma, Renesmee.

- Não estou com fome, é sério... – resmunguei, mas logo ele se sentou no sofá, puxando-me para seu colo, lateralmente. – O que você... – logo senti o gosto de morangos em meus lábios e mordi, rindo. Levei certo tempo para engolir. Alec tinha razão. Eu não comia há um bom tempo.

- Boa garota – ele passou os dedos por meu cabelo e eu baixei os olhos, fitando sua gravata borboleta e tentando não corar tanto. – Ei, ei, olhe para mim. – ele desceu sua mão para meu queixo e utilizou seus dedos pra me fazer levantar o rosto. – Você fica linda quando está sem graça.

- Ou com três quilos de maquiagem, nesse caso. – comecei a rir, e ele me fez comer mais alguma fruta. Acho que era melão.

- Você sabe que eu não dou a mínima pra maquiagem. – engoli, corando, e ele colocou mais comida em meus lábios. Levei um tempo maior pra terminar de comer. Segurei suas mãos quando ele ameaçou pegar mais.

- Deu. Não quero mais comer – revirei os olhos – Poderíamos estar sendo mais produtivos. – comecei a rir e ele me apertou no peito. – Claro, não tão produtivos, a julgar que prevejo alguém derrubando essa porta a qualquer momento.

- Sejamos produtivos então.

Alec se debruçou sobre mim, derrubando-me no sofá. Era meio desajeitado, a julgar pelo vestido longo, mas não me importei. Seus lábios tocaram minha mão e subiram por meus braços, arrepiando cada centímetro quadrado de minha pele. Sua boca subiu por meus ombros, se demorando em meu pescoço. Estremeci. Uma rajada de vento forte tocou-me e abri os olhos. Estávamos na sacada do quarto de Alec, o moreno atrás de mim, envolvendo-me com os braços, e distribuindo beijos por minha nuca. Virei-me para encará-lo, procurando palavras para aquele momento, ainda que não precisassem ser ditas. Estavam em nossos olhos.

Seus dedos subiram até meu cabelo, e seus lábios tocaram os meus. Senti-me queimar por dentro, e prendi minhas mãos em seu colarinho, puxando-o para mim. Depois de algum tempo, sua boca se abriu levemente, assim como a minha. Sua língua invadiu-me, macia e lasciva ao mesmo tempo. Suas mãos, agora em minha cintura, apertavam-me com mais e mais força em direção a seu corpo, e o ar já me faltava. Antes que falhasse, porém, Alec afastou-se lentamente, ainda abrigando-me junto a ele.

- Legal. Agora qualquer um que estiver a meio quilômetro de você vai sentir meu cheiro. – comecei a rir, entendendo, então, o que Jane quis dizem com “marcar território”. – Agora você é meu.

- Agora? – ele começou a rir – Eu sempre fui seu.

- Mentira. Você já foi de Céline – cruzei os braços e ele revirou os olhos.

- Não é ela que está com meu cheiro – as costas de seus dedos acariciavam meu rosto, e o vampiro trazia um sorriso malicioso em seu rosto. – Assim como eu não vou ser o príncipe da festa de sete, ou dezesseis, anos dela.

Foi quando a ficha caiu. O vestido, a festa, as cores, Alec, o castelo, a noite. Tudo. Era meu sonho. Eu havia sonhado com tudo isso quando eu era pequena. Havia sonhado com uma grande festa para comemorar o parar do meu crescimento. Havia sonhado com um longo vestido cor-de-rosa, com um lindo garoto dos cabelos escuros que dançava comigo, numa bela noite, num lindo castelo. Seria a princesa do meu próprio do meu conto de fadas. E teria meu próprio príncipe.

- Feliz aniversário, Renesmee Carlie Cullen.

Ele me beijou mais uma vez, sob a luz prateada das estrelas. Era tão doce e delicado ao passo de parecer que ele poderia me machucar a qualquer momento. E talvez até pudesse. Mas não ali, não naquele momento.  Não. Eu nunca me sentira tão protegida. Eu pertencia a Alec e ele a mim. Ele era meu destino, minha sina. Meu motivo de viver. Eu respirava Alec Volturi. Ele estava em cada célula minha. Naquela ligação, no telhado, minha mãe havia me dito para seguir meu coração, mesmo que isso signifique ir contra tudo o que parecia ser certo. E era isso que eu iria fazer.

Eu amava Alec Volturi. Plus que ma propre vie.


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Notas finais do capítulo

Ah, recebi um comentário dizendo que "se eles gostarem da história, irão comentar", então espero que seja verdade, e que vocês, 75 leitores que favoritaram a história, apareçam. Afinal, está entre suas histórias favoritas, não é? ((;
Drama de ser escritora, eu sei.
Enfim, o que acharam? Ficou melhor que os anteriores? Ou pior?