30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 2
one


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse é o primeiro capítulo de verdade, hahaha. Espero que gostem da fanfic, e dêem opiniões sobre o que deveria acontecer. Pretendo narrar um dia por capítulo, e esse ficou realmente bem grande. Não sei se todos serão assim.



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Finalmente o avião pousara em Florença. A partir daqui seria questão de uma hora e eu já estaria na florida Volterra. Peguei minhas malas no desembarque e me direcionei para as portas automáticas de entrada e saída.

Assustei-me ao deparar com a figura pálida que surgiu ao meu lado, carregando toda minha bagagem.

– Estou mesmo vendo isso? Caius Volturi fazendo o papel de seus empregados? - ri abertamente, entrando na BMW azul-marinho cujo porta-malas o vampiro enchia com minhas coisas.

– Não enche, garota. - ele respondeu sorrindo e sentando-se ao meu lado - Como foi de viagem?

– Muito bem. Dormi durante seis horas. E a sua?

– Atingi 300 km/h com essa belezinha - ainda com um sorriso no rosto, ligou o carro, movendo-se para a saída.

– Afinal, por que mesmo que você veio? Não que eu não goste da sua companhia, muito pelo contrário... - aquilo era realmente verdade. De todos eles, o loiro era quem eu mais gostava.

– Bom, a maioria da guarda está ausente até amanhã. Basicamente, no castelo, sobramos nós três e os gêmeos. Não que eu ache que você gostaria de alguém te torturando ou te apagando antes de chegar lá.

– Você tem toda a razão - eu disse, rindo, e então me peguei admirando os traços do vampiro, de perfil. - Quantos anos você tinha... Você sabe... Quando foi transformado?

– Dezenove - seus lábios se fecharam num sorriso, e ele olhou pra mim por um segundo antes de ultrapassarmos uma fileira de carros - Vai chegar um dia que você sentirá falta de envelhecer...

– Tem coisa melhor que ser imortal aos dezesseis? - tentei quebrar o gelo no qual o loiro havia se transformado, sem sucesso. Continuamos o resto da viagem em silêncio. Eu o olhei mais algumas vezes, não conseguindo enxergar, porém, o maníaco sádico que os Cullen descreviam. Caius sempre fora amável comigo. Até mesmo descarregando minhas pesadas malas. Não que fosse difícil para um vampiro.

– Você vai passar um mês ou um ano aqui? - ele juntou a bagagem, carregando tudo nas costas.

– Você não me atuaria nem se quisesse. Afinal, aos olhos dourados da minha família, sou uma adolescente rebelde.

– E sexy. - ele acrescentou naquele tom de piada que nunca se sabe quando se trata da verdade - Andou malhando, ganhou até umas curvas... Porque convenhamos, ano passado você parecia uma tábua.

– Cale sua boca antes que eu arranque ela pra você. - sorri e beijei sua bochecha, pegando a bagagem de volta - Agora volte pro seu posto de bibelô de segundo plano que logo estou lá.


Entrei no elevador, carregando as malas sem dificuldade. Eu sentia ficar cada vez mais forte. Carlisle tinha uma tese sobre isso. Ele acreditava que quanto mais perto da estabilidade do crescimento eu chegava, mais vampira eu me tornava. E as evidências deixavam isso claro.

Desci até o térreo onde encontrei a recepcionista deles. Dois anos atrás ela havia sido transformada, conforme sempre desejou. E eu realmente não entendia porque os Volturi iriam querer um vampiro a mais. Ela nem mesmo tinha poderes especiais, quem dirá treinamento.

Dei um meio sorriso, deixando minhas coisas no saguão. Eu ainda não sabia quem seria minha “babá” esse ano, não que eu me importasse. Eles nunca conseguiam me ensinar nada de novo, apesar de tentarem. Talvez a única que conseguiu me mostrar coisas novas fora Heidi, no ano passado. Não que saber a sensualizar fosse realmente útil em uma batalha.

Vesti minha capa vermelha por cima das roupas, jogando o cabelo para frente e colocando a touca. Conferi meu celular mais uma vez. Sem sinal. Pra variar. Como é que eles viviam e o que faziam no tempo livre? Joguei o aparelho dentro de uma das bolsas e comecei a andar até o salão do trono, observando toda a decoração.

Alice havia me dito pra aproveitar a viagem e desenhar a planta do meu novo quarto. Eu mudaria completamente o interior dele, saindo do moderno para o antigo e gótico. E o castelo Volturi era ótimo pra inspirar esse tipo de coisa. Minha mente vagueava, criando diferentes padrões de decoração quando percebi que já havia passado da entrada.

Corri de volta, sentindo-me bem mais rápida. Eu não era tão veloz quanto um vampiro ou lobisomem, mas estava chegando perto. Bati duas vezes na porta. Não que realmente precisasse, pois eles sem dúvidas já haviam me ouvido, mas pareceu cordial.

A porta se abriu. Era Alec, que fez um gesto pra que eu entrasse e, assim que o fiz, fechou a porta e correu de volta ao lado da irmã. Se eu tivesse piscado, não acompanharia o movimento. Olhei para o trono e lá estavam os três, imóveis. Caius me mandou uma piscadela e eu me limitei a soltar o ar, quase como uma risada. Aproximei-me de Aro, que imediatamente se levantou e beijou as costas de minhas mãos.

– Renesmee – ele sorriu, e admito, aquilo realmente era apavorante – Quanto tempo. Vejo que envelheceu menos. Dois anos em um, talvez?

– Foi o que Carlisle estimou. – sorri, cordialmente, enquanto ele segurou minha mão com mais força e fechou os olhos. Por trás das pálpebras cor de mármore, os olhos se moviam num ritmo frenético. Ótimo, ele lia meus pensamentos. Quando se afastou, novamente o sorriso retornou aos seus lábios.

– Bom, é sempre uma honra tê-la aqui conosco. E admiro o fato de não nos considerar os vilões. – nessa hora eu corei, olhando para Caius e vendo-o rir, e voltei a olhar para Aro.

– Não é por nada não... – comecei – Mas poderia não falar meus pensamentos em voz alta? É meio constrangedor. – os outros vampiros, talvez por exceção de Marcus que apenas sorria, também riram do jeito que Caius fizera anteriormente.

– Ele sempre faz isso – foi a voz de Jane – Acostume-se.

– Agora vamos ao que interessa! – a voz de Aro soou estridente a ele riu. Eu tinha pavor daquela risada. Era insana. Muito insana. – Qual de vocês dois vai tomar conta da nossa pequena Nessie?

Os gêmeos apontaram um para o outro, fechando a cara.

– Alec vai – a loira sorriu e o olhou de modo assassino.

– Você v... – então ele caiu de joelhos, pelo que durou um ou dois segundos, mordendo o lábio. Quando se recuperou, levantou-se novamente, retribuindo o olhar que a irmã lhe enviara segundos atrás – Eu vou. – virou-se para Aro, enviando o mesmo olhar para mim. Estremeci, e por uma fração se segundos vi um sorriso se formar no canto dos lábios. Por que eles tinham que rir de tudo o que eu fazia e falava?

– Ideia brilhante, irmão. – Jane sorriu mostrando os dentes. Talvez Alec não fosse, realmente, tão má ideia assim.

Marcus indicou para que saíssemos e fui na frente. Alec caminhava tão silenciosamente atrás de mim que por vezes me peguei pensando se ele estava mesmo lá. Passamos pela recepção para pegar minhas malas, mas não estavam mais lá.

– Onde...

– Já estão no meu quarto. – ele me interrompeu.

– Não achei que vocês tivessem quartos aqui. Eu sempre fico num dos aposentos vazios.

– A maioria não tem. Ficam numa área comum, já que não veem a necessidade de ter alguma privacidade, considerando que não há algo que se faça nesse castelo sem que Aro saiba.

– Mas claro, o preferido dele tem seus privilégios. – revirei os olhos, sem saber realmente para onde andar, apenas acompanhando o vampiro.

– Conseguir matar todos os vampiros do mundo, sozinho, tem suas vantagens.

– A não ser por Bella. – sorri, desafiadoramente – E quem quer que ela esteja protegendo.

– Sua mãe é realmente intrigante. – seus olhos focaram em algo além, e algum tempo depois, sua cabeça se moveu, espantando qualquer que fosse o pensamento. – Mas afinal, o que há entre você e Caius?

Merda. Eu o derrotava uma vez e ele já me puxava para a guerra.

– Nada. – respondi secamente. – Apenas o acho interessante. Ao que parece, ele é o único que gosta de me ter por aqui, por algum motivo além de querer a mim e a minha família para a guarda.

– O seu “nada” vai despertar a ira de Athenodora, você sabe, né?

– Mas que saco. Só porque ele me quer bem já é motivo pra termos um caso? Poupe-me. Aliás, porque mesmo que te devo satisfações sobre minha vida pessoal? – esperei a resposta, mas ele ficou me fitando com raiva – Ah, é. Não devo.

Apressei o passo e pude jurar que o ouvi rir pelas minhas costas. Garoto insolente. Quem ele pensa que é? Nem meu pai fala comigo desse jeito.

– Ei, estressadinha, já passou. – ele me deu um sorriso maldoso e conseguiu fazer com que eu sentisse vontade de socá-lo. Voltei um metro e meio, até chegar perto da porta de mogno.

O nome “Alec” estava gravado em alto relevo contornado por um pequeno fio de ouro. Olhei para o lado, mas o idiota não estava mais lá. Girei a maçaneta e entrei, maravilhada. O lugar era enorme. Talvez do tamanho do salão do trono. As paredes eram altas, e estava cobertas por livros até o teto, como se fossem enormes prateleiras de uma biblioteca. A única que não possuía estantes fora pintada. Um lindo bosque, no inverno. A neve cobrindo tudo. Era tão real que eu quase podia sentir o frio, apesar de estarmos na primavera. Apoiada na parede estava uma televisão de quarenta e duas polegadas, repleta de videogames ao seu redor. Tinha mais de trinta consoles. Foi quando reparei que a menor das paredes tinha jogos ao invés de livros.

Esse era o paraíso de qualquer nerd. E queira eu ou não, me encaixava nessa categoria. Do outro lado do quarto ficava um enorme guarda-roupas, que parecia se encaixar no meio das estantes, como um bloco de montar gigante. Uma das portas estava aberta e minhas roupas haviam sido organizadas lá.

Em frente à TV, um grande sofá branco se estendia. Deveria ter quatro metros de comprimento e um e meio de largura, mas não possuía encosto. Ótimo. Seria uma confortável cama. Mas apesar de tudo isso, a melhor parte era o centro do quarto. Um piano de calda ocupava o espaço que restava. Era negro, mogno. E assim como a porta, possuía fios dourados contornando-o.

Andei em volta do quarto, e vi uma falha no meio das estantes na parede. Puxei-a e uma passagem se abriu para o banheiro. Assim como tudo no castelo, era feito de mármore, com detalhes em porcelanato. A parede onde fica a pia era coberta inteiramente por um espelho. O vaso sanitário se escondia atrás de uma meia parede e do lado oposto ficava uma banheira de hidromassagem.

É verdade que os Cullen tinham um ótimo gosto para decoração, mas isso... Isso era completamente perfeito. Quase compensava minha companhia.

Quase.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Não se esqueçam dos reviews, por favor. É muito importante pra mim. E aí, como acham que a história deveria se desenvolver?