30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 19
fifteen [part. III]


Notas iniciais do capítulo

SORRY. Eu havia apagado o capítulo, pois tentei betar pelo celular e TODOS os travessões sumiram, é. De qualquer forma, ja estou repostando, com os erros devidamente corrigidos. Como havia dito, a demora é culpa de vocês, mas eu tive que escrever noite passada pra tentar esquecer algumas coisas. Enjoy.
P.S.: Link do "quarto" com problema, eu acho. Tentem mesmo assim.
Caso não consigam, o link é: http://www.casaconstruida.com.br/wp-content/gallery/parede-de-madeira-rustica/parede-de-madeira-rustica-11.jpg



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– Isso é sério, Alec? Um baby-doll? – revirei os olhos, apontando para meu corpo. Era uma peça linda, sem sombra de dúvidas, e o azul marinho, juntamente com os detalhes em dourado, realçava minhas curvas – Não é meio exagerado?

– Absolutamente não. – ele riu, vendo-me sair do banheiro e retornar ao quarto. – A não ser que você não tenha gostado.

– Eu adorei, mas você tem que parar com essa mania de ficar me presenteando. Ainda mais com roupas íntimas. – sentei-me na cama, e ele deixou o livro na prateleira atrás da cabeceira.

– Eu te fiz molhar a primeira. É o mínimo que poderia fazer. – ele aproximou seu rosto do meu e tocou nossos lábios por um segundo. Foi o suficiente pra me fazer sorrir.



– Tudo bem – cruzei os braços – Eu posso até aceitar os presentes, mas você não pode simplesmente ficar aí completamente vestido enquanto eu estou seminua, Alexander Volturi – fiz uma expressão de vítima, e foi a vez dele sorrir.



Alec levantou-se calmamente, indo em direção à lareira. Por mais real que esta parecesse, a temperatura do quarto era controlada digitalmente, o fogo servindo apenas pra iluminar melhor o ambiente. O vampiro apagou as luzes, deixando com que as chamas iluminassem parcialmente o quarto, e, sentado na poltrona à frente da cama, retirou os sapatos. Abriu um a um os botões de sua camisa branca, mas a manteve lá. Pôs-se em pé novamente e abriu o fecho de sua calça social, descendo o zíper e se livrando da peça de roupa ao deixa-la ali, jogada no chão. Retornou à cama, sentando-se apoiado na cabeceira, assim como eu.



– Faltou tirar a camisa – sorri, avaliando seu corpo. A cueca boxer vermelha atraía minha atenção, mas evitei olhar. Era estranho.



– Tecnicamente, estou usando a mesma quantidade de tecido que você, minha Renesmee.



Ouví-lo me chamar de minha fez com que meus batimentos cardíacos acelerassem e eu corasse. O moreno debruçou-se por cima de mim, puxando-me para baixo, de modo que eu repousasse a cabeça nos travesseiros. Sorri e toquei seu rosto. Sua pele era fria e macia, mas incrivelmente resistente. Era quase possível causar qualquer dano. Então eu me lembrei das cicatrizes. Alec tinha finas cicatrizes em suas costas, e em toda a extensão destas. Congelei-me ao pensar o que teria deixado aquelas marcas, e ele pareceu notar.



– Você sabe que pode confiar em mim, certo? – perguntei, olhando no fundo de seus olhos – Pra tudo.



– É claro que eu sei, pequena. – ele franziu o cenho, confuso – Mas por que está perguntando isso, agora?



Não respondi. Levei minhas mãos a seus ombros, fazendo-o se sentar, e fiz o mesmo. Meus dedos percorreram os fios de seus cabelos negros. Eu estava com medo. Medo de estragar tudo. Desci minhas mãos por seu peito nu, tentando não demorar muito tempo, mas era impossível. Eu precisava sentir cada traço, cada músculo. Lentamente, meus dedos foram em direção às suas costas. Nem precisaram percorrer muito até encontrarem a primeira imperfeição.



O corpo de Alec enrijeceu. Longe demais? Perguntei a mim mesma. Não. Não era. Avancei mais as mãos, sentindo as várias cicatrizes. Eu queria chorar. O que quer que estivesse acontecido não era humano. Olhei no rosto do moreno, mas ele tinha os olhos fechados. Seus lábios entreabertos não exalavam nenhum indício de respiração. Ele havia contido o fôlego.



Virei-me rapidamente na cama, ficando atrás do vampiro. Comecei a tirar sua camisa, hesitante. Eu não sabia se estava preparada para ver o que quer que fosse. Mas era tarde demais para desistir. Desci-a por seus braços e costas como se o menos movimento fosse machuca-lo, e alguns segundos depois, eu já havia jogado o pedaço de pano no chão ao meu lado, onde não parecia nada além de uma mancha escura.



Meus olhos então se focaram na pele exposta de suas costas, e uma lágrima escorreu. Sequei-a rapidamente, antes que ele notasse. Dezoito cicatrizes, que cruzavam suas costas de fora a fora, desde a nuca até o cós. Inclinei o rosto e beijei uma a uma, demorando-me mais a cada beijo. Eu conseguia sentir os pulmões de Alec se encherem novamente de ar.



– Feias, eu sei. – ele suspirou, virando-se para mim mais uma vez – Não precisava ter feito isso.



– Eu não me importo. – dei de ombros – Só quero saber o que aconteceu.



– Tudo bem – ele se deu por vencido – Você tem alguma ideia de como eu e Jane fomos encontrados? – fiz que não com a cabeça, e o moreno prosseguiu – No fim da Idade Média, numa época pouco anterior à Inquisição Espanhola, a Itália estava numa busca incessante pelos hereges e bruxas. De certo modo, aconteceu o mesmo com minha mãe. E Jane. Elas apanhavam de meu pai, na esperança de livrá-las dos demônios ou algo assim, pra não serem mortas pela igreja. E eu o via tentando exorcizá-las. Ele as chicoteava. E tudo isso era por que aqueles que desejaram nosso mal sempre morreram de forma duvidosa. Um dia, numa dessas sessões, minha mãe não aguentou. Meu pai estava mais bravo que o normal, a igreja havia descoberto e na manhã seguinte viria atrás de nós. Ele partiu em direção a Jane. Iria mata-la, sem sombra de dúvidas. Então eu disse que o bruxo era eu. A princípio ele não acreditou, alegando que só existiam bruxas mulheres – Alec fez aspas no ar – Mas depois ele começou a falar coisas sem sentido. E me bateu. Até o dia seguinte, quando fui destinado a queimar vivo, assim como minha irmã. Meu pai levou um chicote com bordas metal. As colocava no fogo e me batia. Foi quando os Volturi chegaram. Arrasaram a população local. Inclusive meu pai. Mas as feridas eram profundas demais. O veneno não foi capaz de curar tudo, sabe? – ele riu e me olhou nos olhos – Ninguém nunca soube disso, Nessie. Até mesmo minha irmã acha que elas se cicatrizaram.



– Alec – as palavras ficaram presas em minha garganta – Eu... Eu não sei o que falar.



– Não precisa falar nada. – ele sorriu e me deu um selinho – Já venho.



Nem tive tempo de falar que “Tudo bem” porque momentos depois ele estava de volta, trazendo consigo uma garrafa de champanhe, duas taças e algo mais que não consegui reconhecer. Não que fosse fácil observar qualquer coisa quando um corpo magnífico daquele está à mostra.



– O que vamos brindar? – sorri, enquanto ele servia um pouco da bebida pra mim – Não que eu possa realmente beber, mas tudo bem.



– Você tem quase dezesseis. E não finja que não é chegada num álcool. – ele riu – Eu não posso beber, passaria muito mal. Mas é algo simbólico, okay? – Alec selou seus lábios com os meus e, depois, levou sua taça de encontro à minha. – A nós.



– A nós – concordei e tomei um gole, deixando a taça de lado – O que é isso? – perguntei, indicando pra coisa azul-marinho em suas mãos. Era uma caixinha.



– Mais um elemento simbólico, minha pequena. – ele riu, abrindo o objeto e revelando duas alianças prateadas perfeitas. Ele pegou a mais fina e sorriu – Dê-me sua mão.



– Qual? – sorri, corando. Eu estava confusa. Quando respondi que estaria com ele para sempre, não sabia exatamente o que ele havia pedido.



– Vamos começar pela direita – um sorriso se formou em seus lábios quando ele colocou a aliança em meu dedo anelar. Fiz o mesmo com a dele. – Seria meio chato ver ser pai surtando ao ver a filha dele “casada”, por assim dizer.



– Não que vá fazer muita diferença.



Passei minha mão em sua nuca, sentando-me em seu colo. As mãos de Alec se fecharam em minha cintura. Nossos olhares se encontraram, e nos beijamos mais uma vez. Talvez eu estivesse destinada a pertencer a Alec, tanto quanto a ser uma vampira de verdade. O moreno derrubou-me na cama, ficando por cima de mim, sem amassar-me, porém. Seus lábios saíram dos meus e desceram por meu pescoço, tórax, passando pelo vão dos meus seios e chegando até minha barriga, subindo novamente até meus lábios.



– Não farei nada que não queira – ele sussurrou em meu ouvido, mordendo o lóbulo de minha orelha, e minhas mãos arranharam a lateral de suas costelas com força.



– Eu quero você. – sussurrei roucamente, coberta pelo desejo que me envolvia naquele momento.




E ali, no calor que irradiava da chama da lareira, eu me entreguei a Alec Volturi.









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Notas finais do capítulo

Eu estava pensando em fazer uma One Shot do que aconteceu nessa noite, já que essa fic é +16 e eu não tenho liberdade de me prender aos detalhes. O que acham?
Reduzirei a meta de novo a 30 pontos, já que vocês levaram MUITO tempo pra chegar a 35.
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