30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 16
fourteen [part. II]


Notas iniciais do capítulo

Não demorei tanto quanto esperava, mas, a partir de agora, vou começar a "cobrar" reviews. Estou com 72 leitores e 30 pessoas que favoritaram a história. Então, só COMEÇAREI A ESCREVER quando atingir 30 pontos. Isso é: review bom [de preferência sem erros gramáticais e bem longos] conta dois pontos; review mais ou menos, conta um ponto.
Injusto? Não. Injusto é, com essa quantidade de leitores, receber apenas 19 reviews no último capítulo, que, modéstia parte, ficou muito foda.
Estou usando números baixos, ainda. Então se preparem que, se as coisas não melhorarem, eles só vão aumentar. Odeio ter que fazer isso, mas é a vida. Se 15, QUINZE PESSOAS fizerem um review decente, já basta. Por que é tão difícil? ¬¬



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- Mas que merda você está fazendo aqui, Renesmee? – a voz de Caius interrompeu o silêncio mortífero dos vampiros, que só não se tornava absoluto pelos soluços de Athenodora.

- Eu deveria fazer essa pergunta a vocês! – saí de trás da árvore onde me escondia e fui até o centro do círculo, ao lado de Alec e da esposa de Caius, que estavam ajoelhados – Vão simplesmente mata-los? Por que razão? – revirei os olhos, tentando manter minha voz sem alteração. Mas eu possuía medo – Você não pode fazer isso.

- Ele pode fazer o que quiser – Aro cortou-me, desviando minha atenção do loiro – Ainda mais quando eles aceitam de bom grado a punição que lhes é apresentada.

- Eles. Não. Querem. Morrer. – confrontei-o com um olhar de ódio. – Eles não fizeram nada. Não têm motivos para estarem aqui.

- Eles traíram. – foi Marcus quem respondeu. Sua voz monótona fez um arrepio percorrer minha coluna – Àqueles que traem, está reservada a morte.

- Eles não traíram – minha voz falhou – ninguém.

- Athenodora me traiu – Caius pigarreou, vindo para meu lado. Seus dedos tocaram meu rosto – Você viu, Nessie. Você estava comigo.

- Eu não vi! – exclamei – E ainda que tivesse visto, o que Alec tem a ver com isso? – afastei-me, e mentalmente implorei para que a vampira ao meu lado se calasse. Seu choro me irritava mais.

- Ela me traiu com ele! No Pub, você até desmaiou! – o loiro levou nervosamente os dedos ao cabelo – Ele traiu a confiança de todos os Volturi nesse momento.

- Ele nunca faria isso.

Então fui tomada pela veracidade de minhas palavras. Alec nunca trairia ninguém, ainda que fosse um Volturi. Ele lutava pelo que acredita. As imagens daquela noite percorreram minha cabeça. Caius havia visto Athenodora com Alec. E eu vira Céline. O loiro sempre amara a esposa apesar das discussões, eu sempre soube disso pelo modo como ele a olhava. Ele temia perde-la. Tanto quanto eu temia perder Alec.

Um rosnado baixo ressoou por minha garganta, e me encontrei já em cima da ruiva. Ela tinha um sorriso hipócrita no rosto e parecia se divertir com tudo aquilo. Meu ódio por ela aumentou ainda mais. Dei-lhe um tapa na face e ela riu. Como ousava? Avancei minha mão para seu rosto mais uma vez, mas fui interrompida por um par de braços me segurando. Recuei. Eu sabia a quem estes pertenciam.

- Renesmee – a voz de Alec soou chorosa, e deixei com que ele me retirasse de cima de Céline – Venha, não precisa fazer isso. Aro vai cuidar disso, não é?

O mestre assentiu de uma das extremidades da clareira. Ele parecia ter chegado à mesma conclusão que a minha. Aro não é tolo, pensei comigo mesma. Eu o havia subestimado. Mas saber a razão de eu ter visto o que vi significava, também, que ele sabia de meus sentimentos por Alec. E, um dia, os usaria contra mim.

Alec prolongava a conversa que hora ou outra, teríamos. Lentamente, caminhávamos de volta ao castelo, e eu sentia o corpo dolorido pela demasiada velocidade que alcançara. Mas, se não fosse por isso, talvez tivesse chegado tarde demais. O pensamento fez-me estremecer, o que o moreno interpretou como frio. Rapidamente ele retirou seu casaco e o vestiu em mim. Era tão confortável quanto aparentava ser bonito.

- Eu não deveria estra usando um manto Volturi – ri, fracamente. O cansaço havia dominado meu corpo.

- Você também não deveria ter interrompido uma cerimônia, bebido sangue humano sem o meu consentimento e atacado uma vampira. – seus lábios se curvaram em um sorriso – Obrigado.

- Só fiz minha obrigação. – dei de ombros e senti seus dedos tocarem meus cabelos. Era bom.

- Qualquer um me deixaria para morrer. Você é diferente. Você tem a compaixão que eu nunca aprendi a ter, Nessie. – suas mãos se fecharam em punho, como se tentasse repelir uma lembrança dolorosa do passado.

- Eu te salvaria mais uma centena de vezes se houvesse injustiça, Alec. – coloquei as mãos nos bolsos.

- E se não houvesse? – ele parou, mas continuei a andar.

Apenas dei de ombros e segui meu caminho em silêncio. Até onde eu iria por ele?

Abri os olhos e notei que havia anoitecido. Algumas horas de sono me foram necessárias depois das dez milhas que eu havia percorrido. Mesmo com o corpo dolorido, forcei-me a me levantar. Eu precisava ir atrás de Alec, e suspeitava que a conversa dele com os mestres já havia se encerrado. Vesti-me, sem nem importar-me realmente com o que usar. Mas era melhor que fosse confortável. Senti a garganta arder e virei em alguns goles o copo de água que encontrei junto com alguma comida, sobre a mesa de centro. A porta se abriu.

- Você tem noção de como é chata essa sua mania de ficar me ouvindo? E se eu precisasse de privacidade? – comecei a rir e virei-me para ver o moreno bufar e revirar os olhos, sorrindo.

- Eu tenho noção de tempo. E sei diferenciar os sons. E tanto faz se você precisa de privacidade, não sou obrigado a cedê-la. – o vampiro se sentou no piano, jogando o manto em algum canto do quarto, rindo de si mesmo.

- Como está? – perguntei, massageando seus ombros que estavam tensos.

- Vivo – ele suspirou – Ou quase. – eu comecei a rir e ele me puxou para seu colo. Quase caí, mas Alec nos segurou, equilibrando nosso peso no mísero banco de madeira.

- Isso é bom – dei um meio sorriso, afastando os fios de cabelos que caíam por sobre seus olhos. – Posso te perguntar algumas coisas? – encarei meus dedos que mexiam no colar dourado.

- Não garanto respostas – ele sorriu, segurando minha mão e fazendo-me encará-lo.

- Por que não mostrou a Aro o que houve? Você também estava... Cego?

- Se eu o mostrasse, traria problemas a você. Como creio que acontecerá daqui pra frente. – ele arrastou minha mão para perto de seu rosto e beijou o nó de meus dedos – Mas eu te protegerei, pequena. Sempre. – suas palavras lembraram-me da carta que ele havia me deixado.

- Achou mesmo que não fosse voltar? – passei minha mão livre pela gola de sua camisa, novamente desviando o olhar, e senti meus olhos se encherem de lágrimas e transbordarem. Alec as secou com os lábios antes que elas escorressem completamente.

- Eu tinha certeza. – um nó se formou em minha garganta. Ele poderia ter fugido, mas não o fez. Por mim. Por saber que não se manteria longe por muito tempo. Por saber que eles me usariam para atingi-lo.

Fechei os olhos, saindo de seu colo e sentando-me ao seu lado. Senti seus lábios frios tocarem minha testa por longos segundos. Depois, uma melodia ao fundo. Não pude deixar de sorrir. Estava na minha playlist de musicas favoritas. Eu deveria estar irritada com ele por ter olhado em minhas coisas. Mas como se pode odiar alguém que dá a vida pra te salvar? Ele começou a cantar, extremamente baixo.

Shut the door, turn the light off
I wanna be with you
I wanna feel your love
I wanna lay beside you
I cannot hide this even though I try

Heart beats harder
Time escapes me
Trembling hands touch skin
It makes this harder
And the tears stream down my face

If we could only have this life for one more day
If we could only turn back time

You know I'll be
Your life, your voice,
Your reason to be my love
My heart is breathing for this
Moments in time
I'll find the words to say
Before you leave me today

E, aos poucos, o som foi reduzindo. Alec tinha o terrível hábito de parar de tocar no momento que a música atingia o primeiro refrão. Suas mãos, agora fora do piano, tocavam-me a cintura e puxavam-me para seu colo mais uma vez. Um arrepio percorreu minha coluna ao sentir o corpo dele exercendo tanto contato com o meu. Seria uma sensação que eu me acostumaria, um dia? Eu duvidava. Seus olhos fitavam os meus, e agora estavam na mesma altura, considerando os centímetros que eu ganhara por estar sentada sobre as coxas do vampiro.

Senti sua respiração se entrelaçando na minha. E ele me beijou. Como se fosse a primeira vez.


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Notas finais do capítulo

E tem mais. Estou criando um tumblr para postar meus textos.
A url é: http://panda-drama-queen.tumblr.com/
Ainda estou no começo, então coloquei senha (Imapanda, pra quem tiver interessado em dar uma olhada). Quem me mandar uma ask com o trecho que mais gostou do capítulo, eu conto mais um ponto, já que tenho algumas leitoras que são de fora do Nyah!.
E todos saímos felizes, certo?
Fora isso tudo... O que acharam do capítulo?