30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 15
fourteen [part. I]


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, hoje é quarta e aí está o novo capítulo. Dividi o décimo quarto dia em duas partes, porque tem muita coisa acontecendo. Quando sai o próximo? Não sei, talvez na sexta, talvez só no fim de semana, e talvez só semana que vem. A verdade é que ando muito magoada que tem muita gente que marca a história como favorita e nem coment, pois é. Agradeçam que eu AINDA não estou cobrando número mínimo de reviews, porque logo logo passarei a cobrar, se continuar desse jeito. NÃO SE ESQUEÇAM DAS NOTAS FINAIS.



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Acordei com um mau pressentimento. Meu peito subia e descia num ritmo frenético, devido à respiração acelerada. Eu não conseguia me lembrar do que exatamente havia sonhado, mas tinha quase certeza que fora um pesadelo. E dos piores. Tateei pela parede ao lado da cama de Caius, encontrando meu roupão preto. O vesti, cobrindo minha camisola e calcando meus chinelos. Por mais que minha visão noturna houvesse sido aprimorada, meus olhos ainda não haviam se adaptado à escuridão.

Lentamente abri a porta, agradecendo ao lutar por me permitir identificar, ao menos, os móveis do corredor, evitando-os. Em silêncio, fui até o quarto de Alec, parando em sua porta sem saber o que fazer. Por que eu me sentia daquele jeito? Toquei seu nome, gravado na madeira, e senti uma lágrima escorrer por meu rosto. Meus joelhos cederam, e eu me encontrei caída no chão. Coloquei meu rosto entre as mãos e me perdi em pensamentos.

O que eu estava fazendo comigo mesma? Eu não era capaz de ficar um dia sequer longe do garoto que me traíra? Que transformara meus sentimentos em nada. Que me tratara como um nada. Mais lágrimas escorreram, e eu senti um par de gélidos braços me abraçar. Por um momento suspirei, aliviada, agradecendo por tê-lo ali. Mas não era ele. Eram braços femininos. Tarde demais, percebi que pertenciam à Céline. Tentei me afastar, mas eu nunca me sentira tão fraca como estava.

- Alec - sussurrei, juntando alguma energia para chamá-lo mais alto - Alec... - tentei novamente, em vão.
Respirei fundo. Quando finalmente tentei gritar pelo vampiro, uma última vez, a ruiva colocou a mão em minha boca.

- Shhh... Ele já saiu. Não adianta chorar por ele. Ele se foi, Cullen.

As palavras me tocaram de um jeito como nunca antes. Não era como se ele partisse fisicamente. Mas emocionalmente. Eu choraria, se me restassem lágrimas. Notei que andávamos pelo corredor de onde eu viera. Momentos depois eu estava sobre a cama de Caius novamente.

De tão cansada, fechei os olhos e dormi.

Acordei com o sol aquecendo meu rosto. Quando eu havia aberto a cortina? Minha cabeça girava, ainda que eu mantivesse os olhos fechados. Respirei com dificuldade, sentando-me na cama e finalmente olhando ao meu redor. Eu estava no quarto de Caius, e uma bandeja ao meu lado estava repleta de frutas. Mas o que me chamou a atenção foi um bilhete que a acompanhava.

Como dormiste? Imagino que tua cabeça esteja doendo, então te separei um remédio. Não te lembras de muita coisa, certo? Céline me contou que te encontrou andando pelo castelo, procurando por mim. Não te preocupe, estarei bem.

Eu gostaria de ter ficado abraçado contigo essa noite, assim como as outras que se passaram, realmente gostaria. Mas o sol já nasce enquanto escrevo, e se me permite dizer, tu és linda dormindo. Tudo bem, és maravilhosa e fascinante de qualquer forma, mas te ver assim, em paz, me dá uma paz também. Coisa que só tu és capaz, pequena. Daqui da varanda sou capaz de ver um sorriso em teus lábios. Teu rosto está escondido entre as cortinas acobreadas de teus cabelos. Não sei se estás sonhando, no entanto. Mas não tenho mais o direito de esperar que sonhes comigo, tenho? É, acho que não.

Dói-me a alma - ou qualquer coisa que eu tenha no lugar dela - te deixar. E nem ao menos poder dizer-te onde estou indo. Sigilo Volturi, o que posso fazer? Queria tocar-te as bochechas coradas uma última vez, mas não me foi permitido.
Onde quer que estejamos, serei sempre teu, Renesmee.
Sempre teu Alec.

Comecei a me lembrar da madrugada. Eu havia acordado e precisava encontrá-lo, mas por quê? Tomei o remédio, na tentativa de clarear as ideias. Fui até o banheiro e passei alguns longos minutos submersa na água morna. Aonde Alec iria, para necessitar deixar-me uma carta? As imagens apareceram em minha mente, cada vez mais nítidas. Eu havia tido um pesadelo, e acordado.

Desesperadamente fui atrás de Alec. Eu tive um mau pressentimento. Algo de muito ruim iria acontecer, mas o que era? Céline havia dito que ele partira, mas pela carta, ele ficara até o nascer do sol. Como seria possível? Lembrei-me do primeiro livro que li ao chegar aqui, duas semanas atrás. Lembrei-me do sonho.

E eu não soube se tentava correr ou se era melhor me afogar ali mesmo.

O anjo das asas negras levou-me para além das nuvens. O céu era estrelado, e tudo se resumia à calma. E então ele me soltou. Mas eu não caí. Eu simplesmente parei sobre o piso branco que em nada lembrava algodão. Nuvens não eram fofas. Ele se encaminhou para onde uma aglomeração de outros anjos fazia barulho. Os anos tinham asas vermelhas, e se calaram quando o meu salvador chegou ao local. Não pareciam me ver, porém. Era normal estar com medo? Sufoquei um grito. Um dos anjos de asas vermelhas tinha uma cabeça nos braços, e demorei demais para perceber que ela anteriormente pertencia ao meu anjo de asas negras. Meu Alec.

Eu corria pelo castelo, com o celular em mãos, procurando sinal. Eu precisava falar com tia Alice. Ela estava de olho no meu futuro, disso eu tinha certeza. E eu precisava saber o que se passava. Alec não podia ter aquele fim. Tudo por minha causa.

Senti o aparelho tremer. No visor, uma mensagem indicava que havia chegado um torpedo. Por uma fração de segundo, o alívio correu por minhas veias, mas senti calafrios ao ler o texto.

Oito quilômetros do lago. Sul. Meia hora.

Nunca agradeci tanto à velocidade anormal que eu havia adquirido com o treinamento. Levei um pouco menos de tempo para chegar do que se simplesmente corresse. Parei a cinquenta metros aglomeração de vampiros e, novamente, os calafrios vieram à tona. Os Volturi usavam roupas de batalha, formavam um amplo círculo ao redor da clareira, e não demonstravam se importar com a chuva fina que caía. No centro do círculo estava Alec, segurado por Félix e Santiago. Atrás dele, Athenodora estava em prantos, presa pelos braços de Céline, e ameaçada sob os olhares mortais de Jane. Por que o moreno não usava sua névoa pra fugir? Fitei seus olhos e seu olhar encontrou o meu. Eu queria gritar, mas não consegui. Seus olhos vinho se fecharam por um segundo e uma lágrima escorreu. Eu tinha que fazer alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

Okay, há algumas coisas que eu quero fazer há tempos, então finalmente lembrei-me de fazê-las. A primeira é um super obrigada à Larih Cullen Volturi, que divulgou minha fanfiction no blog dela. Muito obrigada, flor (:
A segunda é recomendá-los essa fanfiction:
http://fanfiction.com.br/historia/322378/Diarios_Da_Perdicao/
É de uma amiga minha - uma diva, por sinal - e é, na verdade, um original. Eu nunca estive tão fascinada por nada no Nyah! como estou por ela, isso é sério. Vale super a pena conferir. E DEIXEM COMENTÁRIOS.
Ah, mesmo que eu tenha falado sei lá quantas vezes sobre o que acho de comentários com "amei", "gostei", "continua" e derivados, algumas pessoas insstem em mandá-los. Não citarei nomes porque é anti-ético, mas saibam que cada vez que leio algo assim é um dia a menos de inspiração pra fazer algo descente.