30 Dias Com Alec Volturi escrita por Drama Queen


Capítulo 13
twelve


Notas iniciais do capítulo

Novamente, sem o banner. Farei todos no final, acho. Ficou bem simples, mas covo vocês me imploraram pra postar ainda essa semana, bem... Aí está. O próximo, só na segunda ou terça, acho.
Pra quem não sabe, eu estou trabalhando com serviço de betagens, viu, gatchas? Só mandar o capítulo por MP com o assunto "BETAGEM" que dentro de dois dias eu respondo, corrigido.
Enjoy.



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Eu olhava o sol se pôr, e por alguma razão, eu esperava por isso. Eu queria o anoitecer, porque algo aconteceria ao anoitecer, mas o quê? O alaranjado dominava o sol e refletia-se na água. O mar? Não... Um lago. Mas eu não prestava atenção. Eu olhava apreensiva para as árvores, esperando o que quer que fosse – ou quem quer que fosse – chegar. Uma brisa fria jogou meus cabelos pra trás, e um garoto surgiu das sombras. Seu cabelo escuro contrastava com sua pele pálida. Tinha um meio sorriso no rosto que tirava o meu fôlego. Por que ele tinha tanto poder sobre mim?

Alec caminhava lentamente até mim, mas eu não sentia nada. Se segundos antes estava tão ansiosa, por dentro eu me sentia vazia. O vampiro atravessou-me então como se eu fosse um fantasma, seguindo em direção ao lago. O alaranjado que antes era o reflexo do sol se tornara os cabelos de Céline, que sorria pra ele.

Uma música começou a tocar. Simple Plan. Welcome to my life, pra ser mais exata. Eu a reconheceria em qualquer lugar.

Do you ever feel like breaking down
Do you ever feel out of place
Like somehow you just don't belong
And no one understands you

Alec ainda se dirigia a Céline, que se sentava na beirada de um tronco, sorrindo. Suas penas se cruzaram, e ela indicou com um dos dedos pra que o moreno se aproximasse.

Do you ever wanna runaway
Do you lock yourself in your room
With the radio on turned up so loud
That no one hears you screaming

Por que eu não conseguia demonstrar qualquer reação? Por que eu não me sentia mal com toda aquela situação? Eu não entendia.

No you don't know what it's like
When nothing feels all right
You don't know what it's like
To be like me

Por que eu não sentia a dor?

To be hurt, to feel lost
To be left out in the dark
To be kicked when you're down
To feel like you've been pushed around

Quase joguei meu celular na parede. Mesmo adorando Simple Plan, era lei odiar qualquer que fosse a música do despertador. Abri meus olhos e arfei. Onde era aquele lugar? Tentei me focar em meus pensamentos, mas eu não fazia ideia de como fora parar ali. Lembrei-me da noite passada. Do homem brilhante. Do drink. Caius. Caius caminhando comigo. Nós havíamos ido ao jardim. E então Alec. Alec e Céline. E então ficou tudo escuro.

- Mas que droga! – gritei, assustada, quando a porta se abriu. Esperava por Demetri ou ainda Alec, mas era Caius.

- Desculpe-me, princesa – ele riu, trazendo uma bandeja com um café da manhã que parecia realmente bom – Alguém precisa comer. Você ficou apagada por mais de doze horas.

- D-Doze? – engasguei – Então já é tipo – parei pra fazer as contas.

- Duas e meia. Da tarde. – ele sorriu, colocando a bandeja no criado-mudo – Sim.

- Por que eu apaguei? – perguntei, confusa.

- Deve ter sido a bebida. – ele deu de ombros – Acho que você não está tão bem acostumada com o sangue. Ou com a tequila.

- Ou com os dois – sorri, tomando um gole do suco, sentindo minha garganta umedecer-se – Onde estou?

- Meu quarto.

- Athenodora vai me matar – saltei da cama, só então notando que ainda tinha o vestido da noite passada. – Ela vai querer ver minha cabeça rolar – uma tontura me atingiu, e senti meus joelhos cederem, mas Caius me segurou, colocando-me novamente na cama.

- Ela não vai fazer nada, Nessie. – sua voz soou ríspida – Ela não tem o direito.

Não entendi direito o que ele quis dizer com aquilo. Comi algumas uvas, enquanto Caius olhava pela janela, agora descoberta da cortina vinho. Sua expressão, que sempre fora tão jovem, agora parecia vazia, o que me fez lembrar-me de meu sonho. Suspirei com pesar, afundando a cara nos travesseiros macios da cama. Senti uma mão fria em meus cabelos, e virei-me até ver o loiro sentado a meu lado. Sentei-me também, e a mão do vampiro subiu para meu rosto.

- Você está bem? – ele perguntou, fazendo-me olhar em seus olhos.

- Só com um pouco de dor de cabeça – menti – E você?

- Nada pelo que não vá sobreviver – seus lábios se fecharam num sorriso fraco, que logo desapareceu. – Trouxe suas coisas pra cá. Alec vai viajar daqui dois dias, então achei melhor te deixar comigo. – ele se levantou, indo em direção a porta – E Simple Plan é muito depressivo, isso é sério. – rindo, saiu.

Levantei-me, observando minhas roupas enquanto refletia. Alec viajaria. Por quê? Por que arriscá-lo? Talvez fosse Céline. Sem dúvidas era Céline que havia lhe pedido isso. Não bastasse ela tê-lo para si, queria em tempo integral. E ele parecia um cachorrinho atrás dela. Sem dúvidas que ele já havia visto meu desmaio. Bufei e fui até o banheiro, sem reparar em qualquer coisa que houvesse. Eu estava fula por isso. Ele havia me trocado – e a ficha só caía agora. Mas ele iria pagar, ah se iria.

Tomei um banho rápido, sem sequer lavar o cabelo. Eu tinha pressa. Revirei minha mala até encontrar o que queria. Vesti-me, obviamente exagerada demais para a ocasião. Mas eu não me importava com isso. Gastei mais tempo me arrumando do que nunca antes. Eu precisava estar perfeita. Passei um creme nas pernas e braços, e finalmente saí dali. Já se passavam das três. Quase quatro, na verdade. Coloquei meu iPhone no decote do corpete, usando apenas um fone.

Simple Plan não era assim tão depressivo. Apenas depressivo. Mas era bom. Eu gostava. Saí pelos corredores, andando a esmo. Eu só precisava atrair a atenção dele. Não seria difícil, seria? Como se lesse meus pensamentos, Alec estava ao meu lado, suas mãos me puxaram pela cintura, e desaparecemos pela porta de seu quarto. Estava escuro, as cortinas fechadas.

- Tudo isso por mim? – sua voz rouca quase fez com que eu perdesse o fio do pensamento. Quase. – Meu Deus, Renesmee, você sabe como me provocar. – seus dedos abriram os botões da camisa numa velocidade inimaginável, e ele me colocou em seu colo, no sofá.

- Sei, é? – dei atenção pra sua conversa – Diga-me, Alexander, o que eu faço pra te provocar? – mordi sua orelha.

- Oh, Nessie – Ele apertou-me com mais força contra ele, suas mãos em minhas coxas machucariam se eu fosse alguns meses mais nova e, portanto, mais fraca. – Não me torture assim.

- Assim? – derrubei-o, ficando sobre ele – Assim como? – arranhei seus ombros, descendo por seu peito e cravando as unhas em suas costelas.

Ele agarrou-me, girando até ficar sobre mim. Beijou meu pescoço, passando longos segundos puxando minha pele com seus lábios. Suas mãos percorreram todo meu corpo três, quatro vezes. Eu arfava. De certo modo, aquilo ainda era muito bom. O moreno levantou-se rapidamente, subindo as mãos por minha cintura e parando no primeiro feixe do corpete.

- Eu preciso de você – ele disse, encarando-me, aguardando permissão.

- Tanto quanto precisa de Céline? – arqueei uma das sobrancelhas, derrubando-o na cama, pelo susto.  Ele realmente acreditava que eu não sabia? – Eu vi vocês, Alec. Vá atrás dela. Ela tem tanto a lhe oferecer quanto eu – dei de ombros e me dirigi até a porta. Antes de sair, me virei para ele, porém – Ah, é. Ela nunca será melhor que eu. Isso é uma pena, não é mesmo? – sorri, vitoriosa e saí do quarto.

Minha vingança estava só começando.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Digno de reviews? :3