Saving The World escrita por Writer


Capítulo 2
A Garota Misteriosa


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que comentaram ou se inscreveram, vocês não tem ideia de como fiquei feliz aqui sempre que via que alguém tinha me mandado uma MP ou comentado na história! E um agradecimento especial pra EMELLY KABRA que além de ter sido a primeira a comentar, favoritou essa história e tem aguentado essa louca aqui carente por amigos! Então Emelly, esse capítulo é pra você!



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–Flash cuidado! – Superman gritou, mas segundos antes dele ser atingido ele desviou e conseguiu acertar um soco em Raio, o fazendo cair desacordada no chão de gelo.

Aproximei-me e os outros me seguiram. Chequei o pulso dele, que ainda estava desacordado, seus batimentos estavam altos pela luta travada, mas ainda estava vivo.

–Chamem alguém da área médica da Liga para transporta-lo para uma prisão que consiga controlar seus poderes. – disse com a costumeira voz rouca.

Superman falou pelo comunicador da Liga e então analisou melhor o garoto. Um hematoma começava a se formar em seu maxilar, e seus olhos estavam virados.

–Nossa você bateu forte, hein? Pensei que só era super rápido e não super forte. – Superman brincou e Flash colocou as mãos por trás da cabeça. Uma mania que desenvolvera que indicava quando estava levando um elogio a sério, se vangloriando.

–Logo, logo você terá de se preocupar com seu posto Super! –ele brincou e depois que Superman lhe lançou um ar desconfiado os dois riram.

Levantei-me e saí caminhando enquanto chamava a nave pelo dispositivo no meu cinto.

–Mas, porque ele estaria em um local tão isolado? Quer dizer, comparado à Nova York, esse lugar é uma cidade fantasma. – Superman falou enquanto ele e Flash me seguiam – E onde estava o Relâmpago?

Relâmpago era o irmão de Raio. Os dois haviam sido afetados pelos exobytes que Luthor distribuíra pela Terra e desde então tem roubado bancos e trabalhado como capangas de alguns gangsteres.

–Afinal, não é como se alguma coisa realmente interessante existisse por aqui... –Flash reclamou e então parei de andar.

Neste momento ouvi um bip, e a voz de John saiu do meu comunicador:

–Acabo de identificar grandes leituras de energia interdimensional vindo de uma área perto da de onde vocês se encontram, esta tudo bem?

Peguei meu Palm e fiz uma rápida busca na área. Um ponto vermelho indicava um antigo QG da Liga, e a energia parecia vir de lá.

–Estamos indo até lá. –falei e ele desligou.

Comecei a correr em direção ao norte, onde o QG deveria estar. John deve tê-los avisado, pois logo Flash e Superman me acompanhavam:

–Você sabe o que pode ter gerado tanta energia interdimensional? – Superman perguntou.

–Não. –respondi correndo o mais rápido que podia para conseguir acompanha-los- Mas como era um antigo QG da Liga acredito que Relâmpago nos mandou seu irmão apenas para tentar conseguir entrar enquanto estávamos ocupados.

–E tem algo perigoso lá? – Flash perguntou.

–Era um local de pesquisas, só existiam máquinas incompletas e que nunca funcionaram, por isso foi desativada. – Superman falou.

–Mas ele deve ter conseguido ativar alguma coisa para criar um fluxo de energia interdimensional tão forte. – Flash falou e aumento a velocidade nos deixando para trás para investigar.

***

Quando chegamos lá, a porta de ferro que deveria guardar a caverna estava aberta. Flash entrara na frente e em menos de alguns segundos voltara para nos encontrar na porta.

–Vocês tem que ver isso. –ele falou e voltou correndo para dentro.

Superman o seguiu voando e eu comecei a andar normalmente. Se Flash voltara para falar conosco queria dizer que Relâmpago não estava lá ou ele já havia o nocauteado. O que até para Flash era algo rápido.

–Hum...o que você disse que tinha mesmo aqui? – Superman perguntou enquanto entrava ao seu lado e via a caverna.

Ou melhor, o que sobrara dela. Várias máquinas estavam destruídas e coisas reviradas. O lago estava descongelado e borbulhando. Enquanto Flash corria para todos os lados reorganizando as coisas, peguei uma amostra da água e medi sua temperatura. O Palm indicava cerca de 20000 graus Celsius, temperatura que indicava que o Relâmpago havia usado seu poder ali. Mas por que ele faria isso e onde estava?

Liguei a visão especial e por amostras do DNA de Relâmpago percebi que ele havia andado por todo o local, mas o que mais se destacava não eram suas impressões digitais e sim seu sangue. Alguém havia lutado contra ele e por isso o local estava tão bagunçado. Consegui identificar outras amostras de DNA, mas elas não estavam nos bancos de dados.

Comecei a andar cautelosamente, procurando por quem quer que estivesse escondido. Sim, poderia ser um aliado, um novo herói, mas também poderia ser um vilão que estivesse apenas esperando pelo momento certo. Cinquenta por cento para cada possibilidade, e eu já havia aprendido com Harvey que confiar muito em um lado e esquecer do outro não nos livraria do perigo.

–Cuidado. –falei para os outros pelo comunicador- Procurem pelo Relâmpago e avisem se acharem mais alguma coisa.

A caverna ocupava uma grande área do iceberg, então seria muito fácil qualquer um se esconder ali. Até Flash demoraria um bom tempo para correr por tudo. Mas não poderia me distrair, lembrando do que John dissera comecei a rastrear o fluxo de energia interdimensional e acabei por me deparar com outra porta de ferro, e pintada no centro dela de preto, um morcego me observava.

Fiquei parado olhando para ela e me lembrando de como decidira usa-lo. Morcegos sempre me assustaram então decidira assustar meus inimigos do mesmo jeito, mas acabei me acostumando com o símbolo do animal e poderia dizer que realmente me transformara em um homem-morcego.

Achando um painel escondido à esquerda, entrei em sua programação original para hackea-lo e abrir a porta, mas qual foi a minha surpresa ao perceber que era a mesma programação que usava na Bat-caverna. Comecei então a digitar os códigos que apareciam na tela, e a porta se abriu.

Caminhei lentamente para dentro, atento a qualquer movimento, mas me surpreendi ao perceber que aquela era uma réplica exata da Bat-caverna, porém com um diferencial. No centro do espaço, um círculo de ferro com algumas máquinas ao lado ganhava destaque. Analisei a máquina e percebi que ela era um antigo projeto meu para viagem no tempo. Mas, por causa de outros problemas e da falta de tecnologia abandonara o projeto.

Andei ao redor da máquina a analisando, então percebi mais amostras daquele DNA que encontrara no começo da caverna. Mas ele seguia para a saída da caverna. Rastreando a amostra, vi que ela seguiu para a entrada da caverna novamente, mas usando um sistema diferente tracei o caminho e percebi que a pessoa seguiu uma passagem secreta na caverna, e Relâmpago também havia a seguido.

Peguei um batarangue e enquanto segurava em uma mão analisava tudo ao meu redor. Cheguei a uma parte da caverna que estava completamente destruída. Vários pedaços de gelo estavam espalhados no chão, mas algumas plantas estavam distribuídas ao redor do lugar, impedindo que calculasse o tamanho do local. Chegando mais perto percebi que as plantas exóticas eram como aquelas que Superman mantinha em sua Fortaleza, mas nenhuma parecia ser agressiva.

Andei até o centro do lugar, e vi que Relâmpago estava caído desacordado no chão, e uma fina camada de gelo o cobria. Chamei Superman e Flash pelo comunicador, mas não os esperei chegar. Conseguia ainda identificar amostras do outro DNA seguindo mais para dentro do lugar, onde as árvores e plantas de gelo dificultavam a minha visão.

Ouvi um pedaço de gelo se quebrando, e quando me virei na direção do local senti o que parecia ser um chicote acertar meu rosto. Andei alguns passos para trás por causa do impacto, e lancei meu batarangue para onde o ataque tinha sido feito, mas ele acertou uma árvore de gelo, e antes que pudesse me virar, outra chibatada me acertou, dessa vez vinda de cima.

Assim comecei a travar uma luta em que eu desviava dos ataques e tentava acertar quem quer que fosse. A pessoa deveria ter sido muito bem treinada, pois até para mim estava difícil detectar de onde seria o próximo ataque. Sem conseguir enxergar direito, fechei os olhos e me concentrei apenas no som. Rangi os dentes quando recebi outra chibatada, mas consegui perceber a respiração da pessoa dessa vez, e confiando apenas na minha audição, lancei o batarangue para a minha direita.

Dessa vez, ouvi o som de algo se quebrando e do que deveria ser a pessoa caindo no gelo. Abri meus olhos e fui em direção ao local. Pude ver uma sombra se levantando, e olhei para o dono dela. Ou melhor, a dona.

Uma garota de cabelos negros, pele branca e belos olhos verdes claros me encarou assustada. Estava vestindo uma calça jeans rasgada, uma blusa azul e vermelha e por cima disso estava coberta com o que parecia ser uma réplica rasgada da minha capa.

Ela deu um passo hesitante em minha direção e com a mão direita segurou a capa fortemente ao redor do pescoço. Preparei-me para um confronto físico. Já tinha visto várias vilãs usarem esse truque. Faziam-se de inocentes e fracas, até chegarem perto o bastante para conseguirem dar um bom golpe.

Ela me olhou mais assustada ainda, como se não esperasse que eu estivesse pronto para lutar com ela. Deu mais um passo, então colocou as duas mãos sobre as costelas apertando fortemente, com uma expressão de dor e fechou seus olhos. Ficou alguns segundo assim, até que abriu os olhos e me encarou. Lágrimas desciam pelo seu rosto.

–Bruce... –ela deu um sorriso fraco me olhando nos olhos.

Estanquei no lugar. Como ela poderia saber meu nome real? Eu sempre tomei cuidado com relação a isso e apenas os membros fundadores da Liga sabiam que eu era na verdade Bruce Wayne.

Ela cambaleou um pouco para o lado, e antes que caísse no chão, desmaiada, a segurei nos braços. Flash e Superman chegaram segundos depois disso.

–Quem é ela? –Flash perguntou olhando para a garota em meus braços.

–Não sei. –respondi seco, ainda incomodado pelo fato dela saber meu nome real.

–Você não sabe quem é ela? –Flash perguntou surpreso- Não sabia que isso era possível.

Não liguei para o que Flash disse ou continuou falando, quando olhei para Superman apenas uma vez, ele me olhou preocupado e acenou com a cabeça. Ele tinha ouvido o que ela dissera com sua super audição e também parecia curioso em relação a isso.

Saímos da caverna e entramos na nave que nos esperava do lado de fora. Dentro dela, deixei a garota em uma maca dentro de uma cela. Do lado direito dela Relâmpago estava deitado em uma cela do mesmo modo que ela, e do lado esquerdo Raio olhava para a janela com as duas mãos algemadas, pensando.

–Batman, o que você acha que ela sabe? –Superman me perguntou quando entrei na sala de navegação da nave.

–Não sei. Seu DNA não consta no banco de dados, mas aparentemente ela também tem poderes. –disse me sentando no lado esquerdo para pilotar a nave.

–Convocarei uma reunião da Liga, se não se incomodar, queria poder compartilhar isso com os outros também. –ele disse se sentando no banco de copiloto.

Liguei a nave e decolei. Sem me incomodar para ver se Flash já tinha sentado na cadeira para comunicação.

–Faça o que preferir. –disse seco ainda intrigado.

Quem era aquela garota que sabia minha identidade real? E por que ela me pareceu tão familiar apesar de nunca a ter visto?


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Notas finais do capítulo

E então? Foi muuuuuito ruim? Espero que pelo menos não abandonem a história, pois esse capítulo não fez jus aos outros. É que eu não consigo escrever direito do ponto de vista do Batman, ele é sempre tão pensativo, quieto e inteligente que fica meio difícil pra uma pessoa faladeira e louca como eu escrever como ele...Até o próximo capítulo! Que sairá logo, logo. Fiquei tão feliz com as fichas e comentários que recebi que me empolguei e comecei a escrever o próximo capítulo já (prometo que tentarei deixa-lo melhor que esse)! Kisses e até loguinho ^^