Apenas Amor - Romione escrita por Anne Almeida
Notas iniciais do capítulo
Momentos de tensão! haha
Espero que gostem queridos! Não deixem de comentar! o/
Abraços!
Hermione sentiu todos seus pelos eriçarem. Quanto mais bandidos, ainda mais que não a conheciam, chegassem, mais suas chances de sair dali com vida diminuiriam. E então se viu com pensamentos distantes da sala fétida.
Seus pais, Harry, a família de ruivos, o ruivo. Ron. Uma dor pesou em seu peito. Ela ia morrer e eles nem saberiam como e porquê.Se sentiu tola por ter passado os últimos meses distantes daqueles que lhe importavam.
E pela primeira vez, desde que estava ali, ela sentiu que iria chorar. Havia feito tantos planos nos últimos dias. Voltar a Londres. Morar novamente com seus pais, mesmo que, depois de morar sozinha, isso parecesse uma regressão. Estar perto de Harry, Gina e... Ron.
Oh, Ron – ela pensou em como ele ficaria sem ela e a tristeza em seu peito aumentou fazendo as lágrimas rolarem. Ela não conseguia vê-lo sem ela, assim como não conseguia mais se ver sem ele.
John, que parecia alheio ao ruído, a fitou e lhe lançou um olhar penalizado.
- Mione? Você está chorando?
Hermione não conseguia mais sequer olha-lo. Ele iria destruir seus planos. Sua vida. E ainda pior, a de todos que amava.
Mais lágrimas rolaram.
- Olha – ele disse saindo da poltrona e se aproximando ainda mais dela – Eu não vou te fazer mal, ok? Eu... bem... eu não conseguiria...
- Se eu pudesse eu faria – disse Hermione o fitando, revelando o pensamento que era sua verdade agora, enquanto as lagrimas cessavam.
John a olhou levemente surpreso, mas depois sorriu, como sever o olhar maldoso que Hermione lhe lançava o fizesse gostar ainda mais.
- É, eu realmente não vou fazer mal a você – ele ainda sorria, o que aumentava a ira dela –Você vai comigo....
- Não! Ela não vai! – Ronald falou firme do portal de entrada com a varinha em punho.
Hermione e John estavam pasmos de surpresa e Ronald aproveitou o momento.
- Nos Solvere – ele lançou o contra-feitiço e os nós que atavam as mãos e pernas de Hermione se desfizeram.
Hermione se levantou da cadeira e tentou correr para o ruivo, mas suas pernas bambearam. Estavam doloridas e travadas devido ao longo tempo em que passara amarrada, sem se mover.
Assim, antes que ela pudesse dar um passo, John, que já estava refeito do susto a puxou para si e apontou a varinha para seu pescoço.
- Parado! – ele berrou – Um passo e ela já era!
Ron parou na hora. Era como se revivesse o dia na mansão dos Malfoys, onde Hermione era torturada e ele não podia fazer nada. Ele baixou a varinha e olhou para Hermione presa no abraço mortal.
- Tudo bem – disse ele para John baixando a varinha – Só não a machuque, por favor.
John sorriu novamente. Seu riso era irônico.
- É claro que não. Não quero machuca-la. A não ser que seja realmente necessário – ele fincou a varinha na pele dela – Agora jogue sua varinha para mim!
Ron olhou da varinha para John. Ele sabia que sem ela, ele e Mione estavam sem saída.
- Vamos! – apressou-o John – Vamos!
Ronald não respondeu, mas com um leve balançar jogou sua varinha em direção aos pés do loiro. Então fitou Hermione num pedido mudo de desculpas. Ela o fitou firmemente, como se dissesse que não havia o que desculpar.
Só o fato de Ronald estar lá a fazia ter esperanças de que tudo aquilo não terminasse da forma errada, mesmo que agora ele estivesse tão vulnerável quanto ela.
- Acho que agora nós podemos esperar meus parceiros chegarem – falou John calmamente os tirando do dialogo entre olhares – Afinal, o que você poderia fazer agora?
Ronald sentiu a ira se apossar de seu corpo, juntamente a tristeza de não poder fazer nada. Durante alguns segundo ficou apenas olhando John ameaçar Hermione, com a varinha apontada no pescoço branco.
Hermione tentou controlar a respiração que acelerara e se focou em ganhar o controle das próprias pernas. Precisaria delas totalmente funcionais para realizar o plano que ela ainda considerava tosco, mas que era o único que sua mente criara.
Quando enfim sentiu que poderia andar sem cair, a morena utilizou os conhecimentos adquiridos em um programa de TV trouxa e atingiu abaixo das costelas de John com o cotovelo.
O loiro se curvou com a dor e retirou a varinha do pescoço da morena que se pôs a correr na direção da saída e de Ron. Planejava fugir dali com Rony o mais rápido possível.
Ron olhou, aturdido, a cena, mas sabia que podia esperar coisas desse tipo vindas de Hermione. Ela vinha em sua direção em uma corrida trôpega, mas rápida. Ele sentiu o pensamento de correr passar em sua mente, para então seguir adiante sem se fixar. Ele não iria fugir.
O ruivo correu, porém em direção ao outro rapaz que tentava se recompor. John não conseguiu ser rápido o suficiente e apesar de enfrentar um homem desarmado, foi ele que tombou de costas no chão.
A varinha escorreu de sua mão na hora da queda e ele não poderia pega-la enquanto Ronald usasse o peso de seu corpo para mantê-lo preso.
- Nunca mais toque nela! – berrou Ron, despejando sua ira.
John não conseguiu responder, pois Ronald lhe aplicou um forte murro no rosto, que lhe fez perder parte da consciência do que acontecia.
- Nunca mais toque nela – repetiu o ruivo, porém com menos intensidade.
Ronald não sabia de onde aqueles sentimentos haviam vindo. Mas ele os deixava fluir. Ele queria deixar o loiro sem chances de sequer levantar. Ele queria deixar Hermione segura.
Com um novo movimento ia partir para o segundo soco quando ouviu a voz tremula de Mione falar:
- Não! Não faça isso! – ele se virou para ela e percebeu que ela carregava a varinha do loiro – PetrificusTotalus!
O corpo de John ficou imóvel abaixo do seu e Ron segurou o braço que tendia a atingir o rosto-de-modelo-de-capa-de-revista. Levantou-se e olhou para Hermione. Sentiu vontade de dizer que o loiro aguado merecia uma boa surra ao modo trouxa, mas sua preocupação com ela foi maior.
- Você está bem? – ele usava a mão para gira-la e olha-la por completo.
Hermione teria rido da cena se não estivesse tão cansada e agradecida.
- Eu estou bem, Ron.
- Pelo visto vocês deram conta do recado – Hermione ouviu uma voz desconhecida dizer e levantou a varinha em direção ao estranho que entrara.
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