Apenas Amor - Romione escrita por Anne Almeida


Capítulo 12
Distância




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/319881/chapter/12

Hermione zanzava pelo Ministério perdida pensando em se algum dia conseguiria conviver com Ron sem que um desejasse se impor ao outro e não conseguiu conclusão alguma. Ronald Weasley e problemas em sua vida tinham o mesmo significado e isso não lhe fazia bem.

Estava distraída quando entrou em sua sala e se surpreendeu ao encontrar John a sua espera. Corou um pouco envergonhada pela forma como ele a vira no dia anterior e ainda mais pela conversa que travaram.

– John?

– Olá Mione – ele dizia expressando felicidade em vê-la – Como vai minha querida parceira hoje? Espero que melhor que ontem.

Ele lhe lançou um olhar amigável e quando ela apenas balançou a cabeça afirmativamente ele continuou:

– Que bom! Pois estamos cheios de trabalho! Os elfos do seu projeto F.A.L.E. estão tirando meu sono. Aff!

– Eles são cabeças dura mesmo – Hermione se permitiu sorrir uns segundos até o termo cabeça dura lhe lembrar dum certo ruivo e faze-la distender a face em ângulos estranhos.

John pareceu não perceber e continuou:

– Eles vivem indo contra todos os artigos que se referem a receberum pagamento pelo seu trabalho – ele revirou os olhos - Smith disse que você deve marcar uma reunião com eles até no máximo a próxima semana e colocar na cabeça deles que isso é o certo ou as coisas vão se complicar.

Hermione o fitou, curiosa, sabendo que havia mais do que ele havia dito sendo transmitido na mensagem. Ele percebeu seu olhar e entendeu a mensagem que ela passava: fala o resto, agora!

– AConferência de Paz e Igualdade entre as Espécies foi adiantada.

Hermione arregalou os olhos, rápida.Durante a Conferência, que deveria ocorrer dali a três mesesos Ministros da Magia de todo mundo iriam votar se as novas leis estipuladas no pós-guerra seriam definitivas, incluindo as de servidão élfica.

– Como assim foi adiantada? Smith não me disse nada!

– O chefe também só soube hoje. E está preocupado. Disse que se os próprios elfos ficarem contra as novas leis todo seu trabalho valerá de...

– Nada – completou ela mais do que preocupada, triste – Tudo o que eu fiz, todo o meu trabalho se tornará nada.

John se aproximou a colocou a mão sobre seu ombro em um claro gesto de apoio.

– Não fique assim, vamos dar um jeito nisso, você vai ver só!

Os pensamentos otimistas dele não a atingiram, mas ela lhe lançou um sorriso de agradecimento.

– Ah! Já ia esquecendo o principal – soltou ele – Smith disse que você deve ir a sala dele assim que puder.

– Para que?

– Trabalho querida, trabalho. Como sempre mais trabalho. Acho que tem algo haver com trouxas – ele respondeu dando de ombros.

– Ok. Obrigada pelo aviso John. Agora acho melhor eu ir logo enfrentar a fera.

O loiro riu e antes de Hermione deixar a sala ele a chamou:

– Hermione?

– Oi – respondeu ela se virando.

– Quer almoçar comigo? – ele perguntou exibindo um lindo sorriso.



Rony amargurava a solidão no pequeno apartamento de Hermione, suas orelhas e bochechas demoraram mais que o comum para voltarem ao normal e a raiva foi se esvaindo junto com a coloração avermelhada que ela trouxera.

Cada segundo passava se arrastando e o deixando emburrado por Hermione tê-lo deixado ali, saindo no meio da ‘conversa’. Sabia que se tivessem continuado a discussão, eles poderiam ter feito as pazes, como sempre, porem a sua saída havia os afastado dessa possibilidade e a levaria direto para o panaca-do-ministério-americano.

Então se perguntava como Mione pudera deixa-lo para ir se encontrar com John. Como se isso fosse o pior tipo de traição que ela poderia lhe infligir.

Em seu intimo sabia que agira errado ao julgar que ela cederia a John, mas sempre que tentava pensar de forma racional a imagem de Hermione rindo na doceria acompanhada de outro homem fazia sua razão fugir por completo. Sabia que a culpa da discussão era sua, mas não conseguia admitir nem para si mesmo.

Rony passou o resto da manhã preso no apartamento de Mione remoendo a discussão e buscando meios de demovê-la de sua decisão de trabalhar naquele ministério. Caminhara toda a extensão da sala diversas vezes. Passara minutos, talvez horas apenas olhando pela janela. Tentara assistir a um filme sem êxito. Comera apenas cereais com leite no almoço.

A tarde o tempo ainda corria lento, sempre que olhava para o relógio na parede da sala, parecia que o ponteiro se movia quase parando apenas para adiar a chegada de Hermione e o recomeço, sabia ele, da ‘conversa’ da manhã.

Ele não podia mais permitir que alguém se colocasse entre ele e a garota que amava. Depois de perder tanto tempo por motivos tolos, desejava Mione só para si. Não aceitava sequer a possibilidade de ter concorrência, ainda mais de alto nível, admitiu ele ao pensar em John.

Formulou palavras e enfim frases que pretendia dizer para convencê-la a voltar para Londres com ele. Sua atual obsessão era afastar Hermione de John, deixando-os o mais distante possível. Não precisava de outro Krum em sua vida.

Pegou um papel e começou a rabiscar os motivos para que ela fizesse isso. Rabiscou com garranchos grandes e afastados, parando quando chegou a cinco motivos, achando o suficiente.


Motivos para Mione voltar para Londres:

Família

Amigos

Casa

Ministério Inglês

Eu


Todas suas ideias estavam resumidas naquele pequeno papel e ele defenderia cada tópico com total empolgação se isso o fizesse voltar para Londres com a morena ao seu lado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas Amor - Romione" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.