Um Maroto Apaixonado escrita por Mudblood


Capítulo 14
Passeio à la Sirius - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!
Ok, ok... eu sei q disse q desta vez iria postar mais rápido essa cap, mas esse foi o mais rápido q eu consegui, me desculpem :
Espero que não tenham abandonado a fic, apesar da demora pra postar os capítulos!
Então, aqui ta a continuação do cap anterior, divirtam-se :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/319725/chapter/14

Grace não entendeu bem porque havia deixado Sirius a puxar para fora do quarto e depois para fora de casa e porque tinha sentado atrás dele na moto preta e grande que estava na frente de sua casa. Ele podia muito bem estar a enganando para se vingar dela pelo que ela falou. Porém ela estava tão exausta de estudar e queria tanto descontrair que o seguiu.

Nem que para isso precisasse se agarrar com força no garoto quando ele deu a partida.

- Primeiro você tem que sair desse clima de estudo e entrar num clima mais tranquilo - ele falou enquanto acelerava - por isso se segura forte que eu vou correr.

- Você vai c-correr? Black, eu nunca andei numa moto e... - a moto deu um rangido forte e acelerou mais - AAAH!

Sirius começou a rir, mas não desacelerou a moto, esperou que Grace se acalmasse.

- Logo você se acostuma - ele falou normalmente. E dito e feito: Grace começou a se acostumar e parou de gritar.

Ela sentia a brisa batendo em seu rosto e fazendo seus cabelos bagunçarem, nem ela nem Sirius estavam usando capacetes. O maroto corria com a moto pela cidade ignorando os carros buzinando e as pessoas o xingando para ir mais devagar. Em outras circunstâncias ela mandaria Sirius desacelerar ou até desceria da moto, porém, a única coisa que ela fazia era sentir o vento e fechar os olhos.

- Isso é demais - ela disse ainda com os olhos fechados.

- Eu sei - ele respondeu como se aquilo não fosse novidade para ele. E não era.

Aos poucos Grace sentiu que a moto estava parando e abriu os olhos: estava num lugar rodeado de pessoas e mais adiante havia uma roda-gigante realmente grande. Ela ficou deslumbrada.

- Essa é a...

- Isso mesmo, a London Eye.

- Meu Deus, é linda - a garota falou descendo da moto sem parar de olhar a roda-gigante.

- Você já a conhecia?

- Só por fotos mesmo.

Sirius riu com a admiração de Grace, ela parecia que estava apaixonada.

- É por aqui... - o maroto começou a olhar em volta - lá!

- Lá o que? - Grace finalmente tirou os olhos da atração.

- Onde nós vamos ir.

- Ir? Mas espera... A gente não vai andar na roda - gigante? - ela perguntou desapontada.

- Não exatamente.

Grace o olhou, confusa. Ele suspirou:

- Só me acompanha.

- Mas e a sua moto?

- O que tem?

- Vai deixar aí? E se alguém roubar?

- Ninguém vai roubar - Sirius respondeu confiante, pois sua moto era encantada e quem tentasse andar nela, a moto "jogaria" a pessoa longe.

Grace deu de ombros e seguiu Sirius. Os dois caminharam poucos minutos até pararem na frente de uma loja pequena e verde que não chamava muita atenção. O moreno entrou na loja e a garota veio logo atrás, um pouco receosa. Por dentro o local era verde mais escuro e havia muitas estantes com vários objetos. Sirius se dirigiu a estante que Grace menos queria chegar perto: a estante com ratos e insetos de mentira, (ela rezava para que não fosse de verdade).

- Por que você quer isso?

- Você já vai ver, agora pega alguns ratos que eu vou pegar as aranhas.

- Hã? Eu não vou pegar esses ratos.

- São de mentira, Grace.

- Eu sei, mas mesmo assim. Você tem mãos bem grandes, pode pegar tudo de uma vez.

- Agora você me elogia.

- Não foi um elogio.

- Sabe, as mãos não são as únicas coisas grandes em mim...

- Claro, seu ego é maior ainda.

O maroto bufou e foi recolher os ratos e as aranhas, Grace riu com sua própria fala.

Depois de Sirius ter pegado os animais, os dois foram até o balcão para pagar. Quando estava pegando a carteira, os olhos do garoto se detiveram numas pequenas caixinhas que estavam em cima do balcão, seus olhos brilharam.

- E eu também vou querer sete dessas caixinhas - falou ele pegando mais dinheiro enquanto a balconista colocava as compras numa pequena sacola.

Novamente Grace o indagou, confusa, mas ele a ignorou entregando o dinheiro e pegando  a sacola.

- Vamos - ele disse saindo da loja e a puxando junto.

- Você não vai me dizer o que ta tramando, né?

- Nossa, pensei que você nunca ia perceber, achei que você era esperta - ele falou brincando e ela lhe deu um tapa no braço e bufou.

Os dois voltaram de novo a London Eye, porém agora estavam bem na frente da roda-gigante a admirando.

- Escolhe duas daquelas cinco cabines ali - ele apontou para as cabines que ainda não tinha começado a "andar".

- O quê...?

- Escolhe logo antes que as pessoas comecem a entrar.

- Ta, aquela ali e aquela outra lá - ela mostrou as cabines que escolhera.

- Elas tão muito separadas, vão ser aquelas duas ali bem perto uma da outra - ele disse já se dirigindo para perto delas.

- Se você não vai usar ir, usar, o que seja que você for fazer, por que pediu pra mim escolher? - ela perguntou levemente irritada.

- Sei lá.

- Boboca - ela murmurou.

- Eu sei que você me ama.

- Nos seus sonhos.

O garoto lhe deu um selinho e ela lhe deu outro tapa, só que desta vez mais forte.

- Pra que tanta agressividade?!

A garota revirou os olhos e Sirius a entregou quatros das caixinhas que comprou.

- É o seguinte, quando você ver que as últimas pessoas vão entrar na cabine você para ali perto e joga duas caixinhas lá dentro. Ah, e não se esquece de balançar elas antes de jogar.

- Hã... Ok. Mas se eu vou jogar duas por que você me entregou quatro e comprou sete caixinhas? E o que você vai fazer com esses ratos e essas aranhas?

- É que eu vou precisar usar essas caixinhas em casa e não cabem cinco caixinhas no meu bolso, então preciso que você coloque duas no seu. E eu vou fazer a mesma coisa na outra cabine, mas vou jogar esses animais - ele disse com um sorriso maroto - Ah, outra coisa, cuidado pra não te notarem.

- Fazer coisas sem que me peguem é a minha especialidade, Black - ela disse com outro sorriso no rosto se dirigindo a umas cabines combinadas. O maroto fez a mesma coisa.

Grace colocou uma caixinha em cada bolso e ficou com as duas que seriam usadas na sua mão. Andou entre as pessoas até ficar perto o bastante da cabine e fingiu que admirava a roda-gigante. Quando percebeu que faltavam duas pessoas para a cabine fechar, ela balançou as caixinhas com força, jogou-as ali dentro e saiu caminhando rapidamente, percebendo que Sirius também havia acabado de jogar os animais na outra cabine.

- Plano bem sucedido? - ele perguntou.

- Totalmente - ela respondeu com um sorriso - Mas o que tinha dentro daquelas caixinhas?

- Mini Explosivos - o sorriso de Grace desapareceu.

BOOM!

As pessoas começaram a gritar por causa dos mini explosivos e outras porque haviam percebido que ratos e aranhas, (de mentira, porém elas não sabiam deste detalhe), estavam na mesma cabine que elas.

- MINI EXPLOSIVOS?! VOCÊ DEU MINI EXPLOSIVOS PRA MIM JOGAR NUMA CABINE DA LONDON EYE?! VOCÊ QUER QUE EU SEJA PRESA, BLACK?! EU NÃO ACREDITO SEU IDIOTA! A CABINE VAI EXPLODIR E A CULPA VAI SER MINHA QUANDO NA VERDADE É SUA! AH COMO EU NÃO PERCEBI?! VOCÊ TAVA QUERENDO SE VINGAR DE MIM PELO QUE EU FALEI!- ela começou a dar tapas no peito de Sirius - EU NÃO QUERO SER PRESA! EU NÃO QUERO! AAAHH! MAS SE EU FOR PRESA VOCÊ VAI JUNTO!

Sirius tentava falar, mas ela não parava de bater no seu peito, então ele agarrou os pulsos da garota e fez com que ela olhasse diretamente nos seus olhos.

- FICA QUIETA! QUER QUE TODO MUNDO OUÇA VOCÊ?! - a garota hesitou e ficou quieta - São MINI Explosivos, ou seja, não causam explosões que matam pessoas, entendeu?! Só dão susto e liberam um cheiro ruim! E isso não é uma vingança, ouviu? Por mais que você merecesse. A vingativa aqui é você.

Ela ficou o encarando com a boca entreaberta.

- Oh... - ela pigarreou e se soltou das mãos do garoto - então não é uma vingança? - perguntou desconfiada.

- Já disse que não.

Grace não sabia se acreditava em Sirius, mas ela optou por acreditar. Rezava para que não tivesse se enganado na sua escolha...

- Ah, e eu também adoraria ir pra cadeia junto com você, nós estaríamos sempre ocupados - ele deu uma piscadela.

- Não foi isso que eu quis d... - Grace iria terminar de falar quando um homem que trabalhava com a organização das filas na London Eye apontou para os dois gritando:

- FORAM ELES, EU VI! EI VOCÊS!

Os dois olharam no mesmo tempo que o homem chamava mais trabalhadores e iam na direção deles.

- Acho que já ta na hora de ir!

- Corre! - Grace gritou e puxou Sirius.

O casal correu até a moto enquanto mais homens vinham atrás deles gritando: "Voltem aqui vocês dois!", "Eu vi o que vocês fizeram!". Não sentaram nem direito na moto e Sirius deu a partida, e é claro, sem se esquecer de se despedir:

- Até mais! - gritou para os homens e acelerou.

Eles deram algumas voltas para despistar os trabalhadores e depois de algum tempo, sem sinal de nenhum homem os perseguindo, Sirius estacionou a moto num beco.

- Meu Deus - os dois estavam sentados ainda na moto com a respiração acelerada.

- Por Merlin! Isso foi demais! - disse Sirius.

Grace levantou da moto e encarou o garoto.

- Demais? Nós quase fomos pegos, Black! - ela escorou-se na parede que havia ali e Sirius se levantou da moto.

- Mas não fomos.

A garota ficou um tempo quieta e de repente, sem mais nem menos, começou a rir. O maroto a olhou espantado.

- Grace?

Ela continuava rindo.

Sirius até chegou a pensar que essa adrenalina tinha sido demais pra ela e a havia deixado um pouco louca.

- Isso sim é diversão - ela disse entre risos. O garoto abriu um sorriso.

- Eu sou o rei da diversão – ele falou convencido e ela revirou os olhos.

Sirius começou a se aproximar dela. Sabendo da intenção do garoto, Grace olhou para seus lábios e abriu um sorriso pervertido. Quando Sirius estava prestes a beijá-la ela escorregou para o lado, fazendo com que ele beijasse a parede.

Ela começou a rir sem parar e ele a olhou bravo.

- E então, Black, a parede beija bem? - disse ainda rindo.

- Custava ficar parada?!

- Custava - ela tomou fôlego - tente fazer isso de novo pra você ver. Já disse que não sou as vadiazinhas que você pega.

O garoto bufou e ela sentou-se na moto.

- Vamo pra casa, já ta escurecendo.

- Mas o escuro é melhor parte do dia, se é que você me entende - ele insistiu com seu charme.

- Cala a boca e liga moto antes que eu mesma faça isso e te deixe aí.

Ele levantou as mãos em sinal de rendição e sentou-se na frente dela ligando a moto.

- Sabe - Sirius falou - você disse que fazer as coisas sem ser pega era sua especialidade, mas não foi o que pareceu.

- Não fala nada que viram você também.

Ele sorriu e deu partida.

Chegando à frente da casa de Grace a garota desceu da moto.

- Até que você é suportável, Black.

- Eu acabei de proporcionar a maior diversão da sua vida pra você e a senhorita ainda fala assim comigo? - ele falou com um drama falso.

Ela riu e então se virou para entrar.

Sirius havia realmente se divertido com Grace e até pensou na possibilidade de voltar para "ajudá-la". "Quem sabe ela acaba cedendo" ele pensou. Seguiu em frente e estacionou a moto no lugar de sempre e entrou em casa.

Grace pegou a chave extra da casa que ficava escondida e abriu a porta, rezando para que seus pais não tivessem chegado.

- Mãe, pai? - ninguém respondeu e ela soltou um suspiro aliviado. Deitou-se no sofá e logo sentiu alguma coisa no bolso de seu short.

- Droga, as caixinhas do Black! - exclamou para si mesma e levantou-se, pegando a sua chave de casa.

O moreno estava subindo para seu quarto quando ouviu a campainha tocar. Seu irmão, Régulo, havia atendido.

- Sim? - o garoto branco e pálido perguntou.

- Hã... Oi - Sirius ouviu a voz de Grace - Eu sou sua vizinha e...

- Uma trouxa - ele disse com nojo.

- Como? - ela perguntou confusa.

- Trouxas como sempre estúpidos e repugnantes. Mas até que para uma trouxa você é bem bonita - ele falou dando uma pequena olhada no corpo de Grace.

- Acabou o show Régulo, vai dormir - Grace ouviu a voz brava de Sirius por trás do garoto pálido.

- É sua amiga, Sirius? Bem que imaginei, do jeito que ela é gostosa, só podia ser. Mas uma trouxa? Você não podia escolher uma vadia a altura do nosso sangue pelo menos? - Régulo disse com arrogância na voz.

Sirius ficou vermelho de raiva, mas Grace falou primeiro:

- Você me chamou de vadia trouxa? Foi isso que eu ouvi?

- Isso mesmo, qual o problema? - ele respondeu com descaso.

- O problema? Apenas esse - ela falou e em seguida, com toda sua força, deu um soco no rosto de Régulo. Até o "crack" do nariz sendo atingido pode se ouvir. O garoto caiu no chão e seu nariz começou a sangrar.

Sirius teve um ataque de risos mas logo parou quando Régulo teve menção de atacar Grace. A garota deu um pulo para trás, porém Sirius segurou o irmão.

- Como eu havia dito, maninho: acabou o show - e dito isso, empurrou-o para longe e fechou a porta da casa atrás de si.

Grace pulsava de raiva e Sirius a entendia, havia vezes que ele queria matar o irmão de tão chato.

- Hã... Eu sinto muito pelo meu irmão... - ele disse sem jeito - eu não escolhi essa família.

A garota olhou nos olhos do maroto e acalmou-se um pouco.

- Por que ele ficou repetindo que eu era uma trouxa? E por que ele falou que eu não estava a altura do seu sangue?

- Er... Ele tem essa mania de chamar as pessoas de trouxas e falar do sangue delas - Sirius enrolou - mas então, o que você veio fazer aqui? Já ta com saudades? - ele descontraiu.

- Nem um pouco - ela respondeu - só vim entregar os seus mini explosivos que você esqueceu.

- Ah, valeu.

- Use eles com esse seu irmão por mim.

- Com todo prazer - ele respondeu com um sorriso maroto e Grace virou-se para ir embora.

Sirius entrou em casa a tempo de ouvir seu irmão reclamando sobre o soco que levara para sua mãe.

- Sirius, venha cá agora! - ouviu sua mãe gritar irritada.

- O que foi? - ele falou com tédio, já sabia o que estava por vir.

Régulo estava sentado numa cadeira enquanto Monstro cuidava de seu machucado.

- Quem essa sua amiguinha trouxa pensa que é para bater no seu irmão? E pq você não o defendeu?!

- Só digo uma coisa: ele mereceu - e dito isso, o garoto dirigiu-se para o seu quarto.

- Essa trouxa vai pagar pelo que fez com você meu filho, ah vai... 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram dessa marotagem que os dois aprontaram?! foi o que a minha criatividade me permitiu hahah

Se gostaram ou não gostaram, tem ideias e etc, comentem! (frase épica hahah)

O próximo cap já está por vir, mas não prometo que será rápido... E independente do tempo q eu demorar pra postar, vcs já sabem mas é sempre bom reforçar: eu não abandonei a fic, só o tempo de postagem é grande hahah
Nos vemos nos comentários (espero)!
xxx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Maroto Apaixonado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.