Não Seria Tarde Demais, Seria? escrita por Sophie Labaki
Olivia e Porter não haviam conseguido informações que os fizessem prosseguir, ele apenas conseguiu irritá-la “um pouco mais”, a pouca paciência que ainda restava em Olivia, Dean fez com que desaparecesse.
Olivia fora para o carro extremamente irritada com a situação em que se encontrava: ela e Elliot brigados, – na visão dele – e Porter só conseguia piorar a vida do casal, sempre importuno e imprudente e para “ajudar” um pouco mais: temia que a qualquer momento ele “falasse demais”.
Desta vez Olivia dirigia, aumentava a velocidade a cada segundo, porém ainda dirigia com cuidado, ele insistia em criar vinculo com Olivia, falava e falava enquanto era ignorado pela detetive.
Dean: qual é o seu problema Olivia? – ele gritou ao perceber que ela não o responderia
Ela freou o carro e estacionou, deixando-o surpreso e pouco assustado, Olivia olhou para ele enfurecida.
Olivia: meu problema é você – ainda olhava para ele
Dean: oun – sorriu
Olivia: agente pare com esse joguinho e vamos logo ao que interessa: eu me informei e o FBI não tem interesse algum neste caso, porque você está nisso?
Dean: Liv você acha mesmo que lhe informariam sobre o caso tão facilmente? É como disse ao seu capitão: achamos que seu caso pode estar interligado ao nosso.
Olivia: é só mais um caso de estupro e homicídio – gritou
Dean: temos informações de agentes infiltrados em redes de tráficos de crianças que nós garante que sua vitima estava ligada ao nosso caso.
Olivia: que informações?
Dean: Liv você sabe como isso funciona ..
Olivia: é eu sei como funciona: ninguém nunca diz nada e você está nessa para nos observar de perto, porque assim que obtermos essa tal informação, rapidinho o FBI nos tira do caso, acertei? – disse irônica
Dean: detetive ..
Olivia: nós sabemos que o trabalho duro fica por conta da UVE e que o FBI fica com os créditos – o interrompeu
Dean: afinal, o que te incomoda detetive?
Olivia: go to hell – saindo do carro
Porter sorriu e seguiu Olivia, ambos pegaram o mesmo elevador – embora ela tivesse tentado deixá-lo para trás.
Fin: conseguiram algo com o namorado da vitima? – olhou para eles
Olivia: nada – tirando seu casaco – o que temos em nossas mãos afinal? – ela perguntou fitando o enorme quadro a sua frente
Munch: enquanto vocês passeavam, descobrimos que nossa vitima – jogando suas fotos na mesa – não era tão vitimas assim. Encontramos evidências que indicam que ela estava ligada ao trafico de crianças.
Dean: eu te disse – sussurrou para Olivia
Olivia: como uma vendedora de crianças acaba sendo estuprada e morta num beco? – ignorando o comentário de Porter
Fin: esse é o problema, ele não era vendedora.
Munch: acredito que isso o agente Porter possa esclarecer para gente – olhando para ele – acontece que Sabina Madley nossa até então vendedora de criança, era na verdade uma informante do FBI que estava sob proteção federal.
Olivia: você já sabia disso o tempo todo e nos fez investigar nada? – gritou
Dean: eis a burocracia detetive: uma mulher morta vale mais que dezenas de crianças desaparecidas e vendidas no mundo inteiro?
Olivia: você estava o tempo todo brincando com a gente – apontou para Porter
Dean: temos guiado essa operação a oito meses e não iremos botar em risco toda investigação e a vida dos agentes infiltrados por uma mulher morta.
Olivia: ela era sua informante – gritou
Dean: uma mulher morta é apenas a ponta do iceberg detetive, temos uma grande operação e trabalho bem sucedido que aponta que essa é a rede que mais contrabanda crianças para todos os países.
Olivia: gostaria de dizer isso pessoalmente a Sabina Madley? Pois ela está morta agente, como você chama isso de trabalho bem sucedido? Toda a operação já está em risco, é questão de tempo para descobrirem os outros agentes infiltrados, a vida deles está em perigo, precisamos agir – gritou
Cragen: detetive Benson não podemos fazer nada! – saindo de sua sala
Olivia: mas capit..
Cragen: eu também fui pego de surpresa tanto quanto você e tenho ordem para afastá-los do caso – indo em direção aos demais
Olivia: então é isso: o FBI manda e nós obedecemos? – disse atordoada
Cragen: receio dizer que sim Olivia – indo para sua sala
Olivia: cadê o El? – perguntou olhando para Fin
Fin: eu não sei, ele saiu logo depois de vocês
Olivia foi para o dormitório completamente enfurecida com Porter, mais uma vez ele se “infiltrou” na investigação para depois dar uma rasteira em todos.
Fora a raiva que sentia, ela também começava a se preocupar com Elliot, tudo estava dando errado, graças ao infeliz agente Dean Porter – ela pensou – Olivia não podia sequer xingá-lo em pensamento, até ai ele intervia.
Dean: Liv .. – disse abrindo a porta
Olivia: o que você ainda faz aqui?
Dean: eu vim me desculpar
Olivia: tudo bem já estou acostumada, não é a primeira vez que isso acontece, right? – se lamentava pelo caso
Dean: olhe eu sinto muito pelo o que aconteceu ente nós no passado, eu realmente queria voltar no tempo e fazer as coisas diferente ..
Olivia: eu não do que você está falando – se fez de desentendida
***
Elliot: onde está a Liv?
Munch: está lá em cima
***
Dean: posso refrescar sua memória: sinto muito pelo o que te fiz a três anos atrás, quanto tínhamos exatamente três meses de namoro e eu lhe deixei por receber uma proposta irrecusável de trabalho em LA
Olivia: você não simplesmente me deixou, você sequer se despediu ou me explicou o motivo – olhou para ele – você apenas me mandou um e-mail se desculpando.
Dean: eu sinto muito Liv
Olivia: não agente, eu que sinto muito por ter ficado com um cara como você.
***
O sorriso em seus lábios fora se desfazendo, ele mal podia crer naquilo que acabara de ouvir, Elliot olhou pela fresta da porta e Olivia estava sentada numa cama e Porter de pé, ouvindo-a se lamentar.
Elliot não precisava ter visto aquilo, ela poderia ter lhe poupado – ele pensava – Elliot estava surpreso e com muita raiva, não somente de Olivia, mas também de si próprio.
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