How To Be A Heartbreaker escrita por BrunaBarenco


Capítulo 22
Last chance to get a chance


Notas iniciais do capítulo

SUPRISE B*TCH! I BET YOU THOUGHT YOU'D SEEN THE LAST OF MEEE!
(quote de AHS e eu nem assisto, okaaay Bruna).
Sem desculpas. Não mesmo. Eu estava de verdade estudando. Alguém mais detesta ensino médio? E a maioria dos seus colegas de classe. Well. Eu detesto ambas as coisas, mas quero mesmo passar de ano direto e tal. Juro que quando tenho uma folguinha to morta demais pra pensar, portanto... Demorei. Muito mesmo. E só postei hoje porque recebi um comentário da Katherine que dizia exatamente "tenho PhD em sofrer por fanfics que ficam pela metade, então, aqui estou eu, engolindo meu orgulho, pedindo, CONTINUA ESSA FANFIC POR FAVOR!". Agradeçam a Katherine. E, a proposito, compartilho desse PhD e é realmente horrivel.
SEJAM FELIZES NESSE CAPÍTULO, E... ENJOY IT!



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P.O.V Rose Weasley

–Então vocês voltaram?- Lily Luna perguntou, pela nonagésima vez.

Éramos só eu e ela, no meu quarto na Torre da Grifinória. Dominique estava num canto qualquer do castelo estudando com James (embora tenhamos sérias suspeitas desses estudos serem mesmo estudos). Lily estava jogada na minha cama, brincando com seu gato. Eu me joguei na cama ao lado.

–Lily, eu já te expliquei. – repeti pela também nonagésima vez. – Nós hã voltamos a nos falar. Mas ainda é cedo. Merda, ainda é cedo. Eu queria voltar com ele, mas uma parte da confiança foi destruída. Eu não confio no Scorpius. Ele não confia em mim. Tão simples quanto isso.

Lily ainda parecia encontrar dificuldade em entender. Por fim, ela suspirou, soltando Milky, seu pobre gatinho obeso.

–Vocês complicam demais as coisas. Os dois se amam! Namorem, se formem e casem e tenham dois filhos.

–Lílian! As coisas não são simples assim.

–Rose, eu pessoalmente acho que os dois complicam ainda mais. Olha, não vou me meter mais, okay? Você já sabe o que eu penso. -–minha prima disse, sentando-se e me encarando longamente. – É bom ver você feliz.

Ela se levantou e arrumou a saia.

–Agora eu tenho que me encontrar com seu irmão, cunhadinha.

Eu joguei uma almofada em Lily, que se afastou com risinhos.

–Poupe-me dos detalhes, ouviu bem? É do meu irmãozinho que estamos falando!- dramatizei, enquanto ela saia do quarto, mas estava internamente feliz com os dois se acertando.

Lily e Hugo eram aqueles típicos casalzinhos que desde criança disseram que ficariam juntos e então se afastaram na adolescência e agora redescobriam a paixão de criança. Era lindo. E eu era a maior shipper dos dois. Quem não ia querer a melhor amiga com o irmão? Tudo bem, se ele fosse um babaca eu não gostaria. Mas Lily e Hugo pareciam terem nascido um para o outro. E pelo menos um filho seria o orgulho do papai.

Revirei os olhos com esse pensamento. E sorri, ao lembrar sobre Scorpius. E da forma louca como as coisas acontecem entre nós dois. E de como eu gosto disso tudo.

Provavelmente, adormeci pensando num certo loiro.

Um ano depois

–Formatura? – Scorpius perguntou.

Nós dois estávamos esperando Alvo sair da Dedosdemel em Hogsmeade, o sol começando timidamente a dar sinais de vida naquela primavera. Até hoje eu não sabia como tínhamos chegado até ali. Como amigos. Tudo bem, tudo bem. Um beijinho aqui ou ali. Ou toda semana. Ou como Lily dizia “vocês são namorados, apenas não assumidos”.

–Mandei o da família hoje. Tive que correr para chegar a tempo no corujal, e mandar para os meus avós na Austrália, mas fiz questão de me convidar. - expliquei, ainda encarando o convite dourado.

Scorpius suspirou, encostando-se ao tronco da árvore sob a qual procurávamos uma sombra do mormaço.

–E o que eu tenho com isso?

–Por acaso está considerando não ir? Qual é, Scorpius! É a nossa formatura. Sete anos passaram para isso acontecer!

–Ah, Rose... Você sabe que eu... Quer dizer, minha família é... É complicado.

–Seu pai foi um comensal da morte anos atrás. – eu enfatizei as últimas duas palavras. – Scorp. O mundo bruxo superou, os Malfoys foram perdoados pelo próprio Harry Potter, pare de ser um babaca.

Scorpius riu e me puxou para mais perto. Eu suspirei.

–Scorpius...

–Se eu for, provavelmente vamos estragar a noite de todos os outros. – ele respondeu, enquanto parte do meu cérebro gritava “se afaste, Rose, olha o que está fazendo sua fraca” e a outra parte queria se jogar em cima do loiro. – Seriamos os mais lindos.

Eu ri, balançando a cabeça.

–O que? Pretende me pedir em namoro na frente da escola toda para que eu não possa negar? De novo?

Scorpius tentou parecer chateado.

–Você sempre acaba com meus planos.

–Então, vamos?- eu perguntei de novo, tentando manter a concentração. Precisava me lembrar que nós não éramos nada (por mais que eu e ele quisemos, eu imagino).

Scorpius balançou a cabeça.

–Essa eu passo, Rosie.

Eu me soltei do braço dele, guardando o convite na bolsa expansível que minha mãe tinha feito para mim, anos atrás. Ela sempre foi boa com esse tipo de feitiço. Ou com qualquer outro, na verdade.

–Tudo bem. – respondi, me afastando da árvore e de Scorpius. – Então eu vou voltar para o castelo mais cedo. Não sei se eu mencionei, mas é hoje. E, ah, acho que vou enfim aceitar o convite de Tobias Harrison...

Ele fez uma careta.

–O que? Eu pensei que sabe, nós podíamos dar uma escapadinha do Alvo e... TOBIAS HARRISON? NÃO!

–Scorpius Hyperion Malfoy! Não íamos fazer isso com ele!- ignorei a última parte. Ele não tinha motivos para contestar. Não tinha.

–Você é muito certinha, grifinória. Tenho certeza que Alvo arranjaria companhia melhor do que nós. Tenho certeza que você arranjaria companhia melhor que Tobias Harrison.

–Alvo? Nah. Ele é tão inocent...

–Duvida das minhas capacidades, prima?- Alvo perguntou, chegando por trás com uma sacola de doces. Ele jogou um sapo de chocolate para Scorpius e ofereceu um para mim. – Oh, não. Vocês garotas tem que entrar no vestido hoje à noite.

–Al! Não foi isso que eu quis dizer... Ei, me chamou de gorda?

Alvo me ignorou e seguiu para o lado do escorpião loiro.

–Sei- ele disse, descrente. – Se eu fosse você, Rose, ia correndo para o castelo. Lily disse que as meninas já chegaram, e elas trouxeram seu vestido.

Quase derrubei a bolsa no chão. Mas já? Parte de mim esperava conseguir hum bem... Ah, esquece. Encarei Scorpius.

–Me espere na escada às oito e meia. Sem atrasos. Seus pais vem e desculpe não ter contado queria que fosse por bem. – atropelei as palavras e Alvo riu, enquanto o próprio Scorpius se engasgava.

–Eu te arrasto se você se negar a ir. – Alvo afirmou, batendo no ombro do amigo e rindo junto comigo. – É nossa formatura, cara. Sofremos sete anos, passamos nos N.I.E.M.S para chegar até aqui. Não deixe uma palhaçada dessas te impedir de curtir e rir na cara dos professores que disseram que você mais ia conseguir terminar Hogwarts.

–Ninguém nunca me disse isso- Scorpius tentou mudar de assunto.

Eu dei de ombros.

–Você vai. Esteja bonito. E apresentável.

–Sei, porque bonito eu sou sempre- ele deu um sorriso de lado.

Ignorei o comentário, virando os olhos e dei as costas para os dois.

–Até de noite, meninos.

*****

Meu quarto estava uma bagunça. Por algum motivo, resolveram armar a central salão de beleza por ali, e todas as garotas da Grifinória que iriam se formar mais acompanhantes preenchiam cada cantinho do lugar. Estava tudo uma bagunça.

–Mas que palhaçad...

–SURPRESA!- alguém gritou antes que eu pudesse completar a frase. Fui derrubada na minha cama por uma avalanche loira e ruiva. – Olha quem está aqui!

As duas se afastaram para que eu conseguisse enxerga-las. Lily ainda com o uniforme de Hogwarts, e Dominique com as mãos na cintura, o cabelo loiro centímetros mais longo, como uma feliz visitante.

–Ela está falando de mim, é claro. - Dominique afirmou, jogando os cabelos. – Sou eu quem você não vê desde o Natal. Mas a Lily está aqui todo dia.

Lily cruzou os braços.

–Olha só! Não é culpa nossa você já ter dezoito anos e ter terminado a escola! Tem certeza que sente falta?

–Mais do que imagina. A vida de adultos é dura. - Dominique dramatizou. – Rose está prestes a conhecê-la. Mas ah, não vamos falar de trabalho e toda essa chatice. Vamos falar da sua formatura, Srta. Estado Civil Indefinido. - ela ergueu o dedo na minha direção, acusatoriamente. - Lily me colocou a par de tudo. Devo admitir que é um absurdo. Você não aprendeu nada ano passado?

–Ao contrario, aprendi direitinho. Fiz tudo igual as suas regras.

Dominique sorriu de leve, como se pedisse desculpas.

–As regras entenderam tudo errado, Rose. Eu não gosto dessa coisa de destino, mas você e Scorpius são exatamente isso. Um conto de fada moderno, eu acho. Não deixe minhas regras bobas atrapalharem isso. Se sair de Hogwarts sem ele, pode nunca mais ter uma chance.

Eu queria abrir um buraco e me enfiar ali. Dominique tinha um ponto.

Ela colocou uma mão no ombro e Lily piscou, tentando aliviar o clima.

–Não deixe o boymagia escapar.

–É sua última chance.

*****

P.O.V Scorpius

–Ela está atrasada. - eu encarei o relógio, esfregando as mãos.

Alvo, encostado calmamente a parede atrás de mim, riu.

–De repente ficou animado com a formatura?- ele dobrou mais as mangas da roupa de gala enquanto sua mãe não estava por perto olhando.

Os Potters/Weasleys estavam pelo salão fazendo a social agora, conversando com pais e alunos e toda aquela palhaçada, enquanto meus pais deviam estar com as famílias sangue puros. Não que eles não sejam caras legais, mas são basicamente os únicos que toleram Draco Malfoy e sua família.

–Rose é o único motivo de eu estar aqui, todo engomadinho. É melhor ela não demora mais nem cinco minutos, ou eu desisto.

–Rose é o único motivo de você fazer qualquer coisa, cara. - Alvo riu ainda mais. – Ela é o motivo do seu bom humor. Do seu mau humor. De você ir à sua própria formatura. Por Merlin, Scorpius, essa garota é basicamente o sue motivo de viver!

Ele achava graça, enquanto as palavras atingiam a parte do meu cérebro que tentava ignorar o fato de eu estar me arrastando no chão por Rose Weasley. Eu segurava minha vontade de joga-la numa parede e não deixa-la sair nunca mais toda vez que a via. Queria abraça-la e a livrar dos olhares nos corredores. Queria ser aquele por quem ela correria depois de receber o diploma. Aquele que ela sorriria quando falasse de amor no discurso da formatura. Eu queria ser aquele qualquer coisa para Rose Weasley.

James chegou puxando o irmão pela gola. Ele estava diferente. Alvo tinha brincado que era a vida de adulto, mas eu tinha visto Dominique com um anel suspeito por aqui. Talvez ele estivesse apenas esperando o momento certo de contar. Ele e a loira tinham tudo a ver, mesmo sendo completamente errados. Dominique sempre seria demais para um Potter.

–Fale com ela. – James me disse, na lata. Sem um “oi de novo Scorpius”, como tinha dito mais cedo. Ele estava sério. – Não faça tudo errado. Nenhum de vocês dois merece.

E arrastou Alvo para longe dali. Aparentemente, meu melhor amigo tinha que posar para algumas fotos. Eu ri sozinho, remexendo no meu relógio de ouro, o típico presente de dezessete anos dos bruxos. Quando ergui o olhar, achei que estava sonhando.

Rose descia as escadas correndo. Ela parou esbaforida ao meu lado, com Lily e Dominique acenando atrás. Rose usava um vestido vermelho que parecia ter sido tirado de um livro de histórias infantis. Ela parecia ter sido tirada de um livro. Os cabelos ruivos caiam como uma cascata ondulada, em vez do seu quase tradicional cabelo preso em eventos formais, contrastando com o vermelho do vestido. Ela estendeu o braço.

–Nada mau Malfoy. - e riu.

Naquele momento, congelado no tempo, eu tomei uma decisão.

–Rose, eu preciso falar com você.

–Agora? Scorp, temos que ir pra festa. Eu já estou atrasada! Já vai começar, vamos, depois você me fala. Temos o resto das nossas vidas, lembra? – ela sorriu para mim, aquele sorriso que eu sabia ser só meu.

Tinha que ser agora.

–Não dessa vez, Rose. Por favor- fiz meu melhor olhar de cachorro que caiu da mudança para ela. Rose me encarou, cruzando os braços e depois estudando minha expressão.

–Scorpius? O que foi? Você está me deixando preocupada.

–Vem comigo. - eu pedi, segurando sua mão.

Rose olhou para porta dupla do Salão Principal.

–Mas Scorpius...

–Confia em mim?

–Claro que eu confio que tipo de pergunta é essa?

–Então vem comigo. Eu juro que não vai demorar muito.

–Não vai demorar ou não vai demorar muito?- ela cruzou os braços, segurando o riso.

–Cala a boca e me segue, Weasley.- eu peguei o braço dela com o máximo de delicadeza que consegui, mas ainda a puxando. – Não ri, eu estou falando sério uma vez na minha vida estúpida.

Rose pareceu surpresa, e puxou o braço, o cruzando em frente ao corpo enquanto alcançávamos um dos corredores abertos do primeiro andar. Ela encarou a decoração que havia ali, fixamente. Ela não parecia nem ao menos piscar.

–Scorpius, eu...

–Eu sei que você sabe pra que te puxei aqui. Droga, Rose, você sempre sabe de tudo. Você é a porra de um gênio, em todos os sentidos. Mas eu quero que dessa vez me escute. Por uma vez, me escute. Eu não consigo mais, Weasley. Não dá. Não sou você, que faz tudo parecer fácil na hora de falar. Mas chega. Eu tentei ser seu amigo. A gente não funciona assim, Rose. Toda vez que eu te vejo é, por Morgana, é como se tudo ao redor ficasse estático. Eu só quero pegar você e não deixar ir embora nunca mais. Não estou nem aí se é errado, ou no que eles vão dizer. Podemos fazer isso funcionar dessa vez. Só me dê uma chance, Rose. Não posso prometer ser perfeito, ou dizer que não vou te magoar, porque vou fazer isso. Só não posso viver mais assim. Eu não quero ser seu amigo, Rose Weasley. Eu quero ser seu namorado. Peguete. Ficante. Qualquer coisa. Menos só amigo.

Eu tinha me afastado dela, caminhando de um lado para o outro enquanto falava. Os arcos da arquitetura do corredor criavam sombras sobre o rosto de Rose, que mantinha a mão sobre a boca.

–Diga alguma coisa. Diga “não” para mim. - eu a segurei pelos ombros.

Rose ergueu seus olhos castanhos, aqueles que eu nunca cansava de encarar. Ela falou devagar, pausadamente.

–Eu nunca, nunca, poderia dizer não para você, Scorpius Malfoy. Nem mesmo se eu quisesse. E eu não quero.

Eu a puxei, a beijando como sempre quis fazer. Como se tivéssemos todo raio de tempo no mundo. Não adiantava mais negar. Scorpius Malfoy estava perdidamente apaixonado. E dessa vez não era passageiro.


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Notas finais do capítulo

VAMOS CHORAR JUNTAS, MIGAS! Sim, chorei escrevendo o discurso dele. Sou uma autora sensível (na verdade, não muito na vida real, mas personagens acabam comigo). Quero um desse na minha vida, e pode ter a aparência de jogador gringo gato, não faria objeção a isso.
Desculpem por não conseguir responder os reviews do jeito que vocês, lindas maravilhosas e poderosas merecem, mas continuem deixando. Até porque esse é o último ou penúltimo capítulo dessa fic... COMENTEM, COMENTEM E RECOMENDEM :).
Amo vocês, leitoras, mesmo sendo uma autora relapsa que não tem tempo. Não me abandonem!
—Bruna
Fun Fact: fui tentar criar um pseudonimo, e descobri que meu nome é um legitimo pseudonimo. Não é tão legal quanto parece.