How To Be A Heartbreaker escrita por BrunaBarenco


Capítulo 20
Two broken sides


Notas iniciais do capítulo

Helloooo!
FELIZ CARNAVAL TODO MUNDO! Tecnicamente, já é Carnaval hoje. E levanta a mão quem vai ficar em casa o/
Ai gente perdi o jeito de escrever notas hahahaha. Enfim, acho que não tem muito para falar. Demorei? Sim, e provavelmente isso não vai mudar. Amo vocês e nunca vou abandonar a fic? Verdade também. Mas vamos deixar o papo para as notas finais, que eu sei que ninguém liga para isso aqui, vocês querem o capítulo logo! ENJOY IT!



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P.O.V Scorpius

Alicia tagarelava sobre a vida de alguém. O mesmo assunto desde o momento que pegamos o raio da carruagem para Hogsmeade. A voz dela era irritante, também. Sentado ali, naquela mesinha de café, eu senti falta da Rose. Ela nunca me irritava com essas conversas chatas. Sempre tinha alguma coisa de interessante para falar.

Alicia enrolou uma mecha do cabelo loiro.

–Você acredita que ela disse isso?- e riu histericamente.

–Hum, não. – eu respondi qualquer coisa. Não é como se estivesse prestando atenção, ou fizesse questão mesmo.

Pareceu deixar Alicia contente. Tinha me esquecido como meninas como ela são. Diga apenas “sim” e “não” nas horas certas da conversa, e elas te amam. Alicia exclamou alguma coisa e apontou discretamente para uma garotinha que não devia passar dos doze anos, emendando uma conversa sobre roupas. Roupas! Eu queria me abaixar e bater minha cabeça na parede repetidas vezes, mas é claro que não fiz isso. Tudo que me permiti fazer foi pensar o que diabos eu estava fazendo da minha vida ali, com ela. Não parecia certo. O certo seria eu estar ali com a Rose. Mas que droga de Weasley. Apesar de tudo, eu não parava de pensar nela. E desde o dia em que saiu correndo do almoço, minha ruiva não apareceu mais. Alvo parecia estar em contato com ela, mas se recusava a me falar alguma coisa.

–Vai lá e pergunta você mesmo- ele me respondia quando eu perguntava sobre Rose. – Quando vocês dois vão parar de ser idiotas e se juntarem como uma família feliz?

E aí o Carrow me arrumou aquele encontro com Alicia e praticamente me fez aceitar, berrando sobre como ela era gata e como eu precisava esquecer a Rose depois de tudo que ela fez.

–A garota tentou quebrar seu coração, cara. Além disso ser gay, foi o maior absurdo. Você é Scorpius Malfoy!- Adam Carrow repetia, batendo no meu ombro. – Ah, e eu disse a Summers que você aceitava sair com ela.

Então aqui estou eu, ouvindo uma conversa desinteressante e mexendo impaciente na minha cerveja amanteigada. Em breve ela se levantaria e me convidaria para um passeio que é código para “vamos nos agarrar num canto”, o que eu não estava nada a fim. Merda. Tudo culpa da ruiva. Tudo culpa de uma Weasley. A minha Weasley.

–Ei, qual o seu problema hoje?- Alicia quase gritou, com sua voz fina.

Eu fiz uma leve careta.

–É só uma dor de cabeça. - menti, e ela abriu um sorriso malicioso nojento.

–Eu sei como curar isso.

–Alicia... Eu não, eu não estou mesmo bem- disse, a empurrando, uma vez que ela já tinha se pendurado no meu pescoço.

Ela me encarou com os olhos arregalados de surpresa e quase mágoa. Como se eu ligasse de magoa-la. Era por isso que Rose sempre me condenara, mas se essas garotas não se dão o respeito, não sou eu que vou dar. Não sentia nenhum remorso em fazer isso com Alicia, já que a única que eu tinha temido magoar quebrou o meu coração primeiro.

–Como?

–Acho que vou voltar para a escola. Passar na ala hospitalar, uma poção deve curar isso. - continuei já me levantando. – Eu vou pagar a conta e...

Alicie ficou vermelha e se levantou também. Ela ergueu o dedo, com raiva.

–Scorpius Hyperion Malfoy! Se você sair dessa mesa assim sem mais nem menos, eu não vou te dar nenhuma outra chance...

Eu não consegui não rir.

–Isso é mentira. Vamos lá, Alicia, não me faça falar isso bem aqui... Todos já sabem que você voltaria correndo sempre que eu pedisse. E olha que nós nem temos nada.

O lábio de Alicia tremeu. Ela ficou ainda mais vermelha, se é que isso era possível, e saiu pisando forte. Eu suspirei, grato por ela ter escolhido um cantinho escuro e não ter muitas pessoas em volta. Não que ela não fosse contar para a escola inteira.

Enquanto eu pagava a conta, pensei em como achava que “voltar a ser o antigo eu” me faria sentir melhor, e não foi o que aconteceu. Eu ainda me sentia péssimo, e agora uma sombra de culpa me acoitava por ter gritado com a Summers daquele jeito. Eu sabia como doía, e não importava que ela fosse uma vagabunda total. Que merda, como o amor nos faz contraditórios.

Do lado de fora, uma camada fina de neve já caia, e o frio me fez lembrar dela. Será que ela gostaria de inverno agora?

–Odeio inverno.

–Como assim? É a melhor época do ano!

–Melhor como?- ela pergunta, se virando para mim. Fico tenso com a proximidade repentina, e ela também, porque se afasta. - É gelado. E não podemos fazer nada. E neva o tempo todo. E é nublado.

–Wow. Nunca pensei que você, entre todas as pessoas, estaria falando algo assim, Rose. - eu respondo, rindo- Parece uma criança falando assim.

–Tem muita coisa sobre mim que você desconhece. - ela diz, enigmática. - Nossa, isso nem parece eu. - ela ri, balançando a cabeça. - Mas eu realmente não gosto de invernos.

–Eu acho que até gosto dessa tal Rose- disse, tomando coragem e colocando o cabelo dela para trás. - E talvez poderia te mostrar como inverno pode ser divertido.

Balancei a cabeça. Tinha que parar de pensar nela. Eu tinha que... Eu não sabia o que eu tinha que fazer, na verdade. Tudo só ficava mais confuso. E minha confusão não melhorou quando, já perto das carruagens que me levariam de volta para o castelo, ela apareceu, os cabelos ruivos contrastando com o branco da neve, o sobretudo preto e o cachecol listrado que ela amava no pescoço. E de braços dados com Thomas Hampshire.

P.O.V Rose

Quando eu levantei da cama, decidida a fazer Scorpius pagar por estar saindo com Alicia Summers, a pior garota que ele podia ter escolhido para tentar me superar (embora ele me superando com qualquer outra também não soasse bem), não achei que fosse ser tão difícil olhar para ele. Sustentar com dignidade a surpresa expressa em seu rosto, enquanto a mão de Thomas flutuava em algum lugar perto da minha. Contive meu impulso de agarra-lo, ou qualquer loucura dessas e sorri.

–Ro-rose...- ele gaguejou, o vento batendo nos seus cabelos louros-brancos.

–Boa tarde, Malfoy- eu respondi, torcendo para que minha voz não tremesse ou soasse minimamente nervosa.

Scorpius abriu e fechou a boca duas vezes. Olhou de mim para Thomas.

–Boa tarde- ele disse, sem esconder o quanto estava chocado. – Rose.

É impressão minha ou esse “Rose” foi estranho? Eu forcei outro sorriso.

–Vamos, Thomas. - eu o puxei, sem olhar mais para Scorpius, mas com a certeza que ele me seguia com os olhos.

Assim que saímos de perto, eu diminuo o passo e coloco a mão no meu peito, meu coração acelerado. Maldito Malfoy.

–Rose? Você está bem?- a voz de Thomas quase me dá um susto. Sim Rose, você concordou com essa palhaçada desde o começo. Agora aguenta. O pobre Thomas Hampshire não tem nada a ver com isso tudo.

–Sim. Eu só... respiro difícil no inverno- eu disse, com um sorriso. – É esse ar frio, meio rarefeito...

Ele concordou lentamente, como se não acreditasse.

–Você parece alguém que viu um fantasma.

Eu forcei outro sorriso convincente.

–E eu vi. O Fantasma do Ex-Namorado.

Thomas achou aquilo muito mais engraçado do que realmente era. Enquanto mantínhamos uma conversa qualquer sobre a escola, minha mente só conseguia desejar se transfigurar para uma mosquinha e descobrir o que quer que Scorpius esteja pensando. Ele parecia bem surpreso quando me viu com alguém. O que era absurdo, pois tinha sido ele que começara isso tudo ao sair com Alicia Summers. Não, isso era um insulto muito grande para que eu ficasse sentada chorando sem fazer nada, trancada no meu quarto. Se eu fosse a antiga Rose, talvez, mas toda essa história de aposta tinha mudado alguma coisa. Minha honra estava em jogo de novo, e eu nunca mais deixaria de lutar por ela.

–Então, o que quer fazer?- Thomas pergunta as mãos no bolso. Paro para observar como ele é um garoto bonito. Cabelos castanhos bem penteados, um óculos sobre os olhos azuis enfatizando sua aparência de nerd. Ele merecia não estar sendo usado.

–Que tal passarmos na Dedosdemel? Eu realmente preciso aumentar meu estoque de chocolates!

*****

Thomas me deu um abraço de despedida em frente a Mulher Gorda. Dei graças a Deus por ele não querer me beijar nem nada assim. Quando entrei na Sala Comunal, Dominique me encarava com expectativa, praticamente sentada em cima de James num sofá pequeno e Lily estava de pé, braços cruzados e um olhar animado, com Fred ocupando o outro sofá que estaria disponível.

–O Malfoy estava tão bravo quando passei por ele no corredor... O que aprontou, Rose Rose?- Fred questionou, batendo um dedo no queixo.

Eu sorri verdadeiramente para eles.

–Foi um sucesso- anunciei e Dominique bateu palmas, trocando um olhar misterioso com James. Ela falou alguma coisa no ouvido dele que se levantou prontamente a beijando em seguida e saindo da sala.

–Parabéns por fazer ciúme no babacão, Rosinha- James disse, batendo no meu ombro antes de sair de vez.

Me virei para Dominique.

–O que diabos foi isso?

Ela me ignorou e Lily expulsou Fred do sofá gritando com ele, e logo depois jogando uma almofada para que eu sentasse no chão.

Me aconcheguei, precisando olhar para cima para ver Dominique. Repeti a pergunta e fui novamente ignorada.

–Como foi o encontro?

Eu suspirei.

–Thomas é muito legal. Eu me senti mal por estar o usando desse jeito.

Lily ponderou por um segundo, mas foi Dominique que respondeu.

–Rose, de verdade eu acho que você vai elevar a popularidade desse garoto. E ele é um gato, vão chover menininhas atrás dele quando terminamos. Você não fez mal nenhum.

–Oh, a fria heartbreaker. Tinha quase me esquecido dela- Lily disse, rindo. – Talvez Dominique esteja certa.

–Pode apostar que estou- a loira afirmou, piscando.

Eu fiz uma careta.

–Não vamos falar de apostas, certo?

Dominique e Lily se entreolharam nervosas de novo.

–Hum, Rose? Tem mais uma coisa que nós não contamos pra você hoje de manhã. – Dominique começou. – Sua vez de falar, Lily.

Lily cruzou e descruzou os dedos, nervosa.

–Vou falar tudo de uma vez. Pronta? SegundoJames,ScorpiuseAlvofizeramumaapostatambém.

Eu pisquei. Provavelmente não ouvi direito.

–O que?

Dominique lançou um olhar reprovador a Lily, que respirou fundo antes de repetir mais pausadamente.

– Segundo James, Scorpius e Alvo fizeram uma aposta também. Só entre eles.

Eu, que tinha levantado brevemente, senti meu corpo amolecer de novo e bati as costas na almofada. Ele tinha feito uma aposta. Com Alvo. Raiva começou a crescer dentro de mim. A traição era dupla. De Scorpius e de Alvo. Alvo, que eu considerava meu melhor amigo. Comecei a levantar de verdade, as palavras que eu queria gritar para eles girando na minha cabeça. Então Scorpius tinha uma aposta também. Então ele era um hipócrita idiota que não deveria ter tido a merda daquela reação e me humilhado em público.

Lily me segurou.

–Solta- eu disse para ela, puxando meu braço. – Eu quero quebrar a cara desses dois e...

Dominique pegou sua varinha e murmurou alguma coisa. Eu não conseguia tirar meus pés do chão.

–O que você fez?- gritei para ela, cabeças se virando para nos encarar.

Ela estalou os dedos.

–Nada para olhar. - falou, num tom mais alto, depois se virando para minha direção. – Me desculpe, Rose. Você se arrependeria de qualquer coisa que fizesse nervosa desse jeito.

–Você me azarou?

–Prometa que não vai fazer nada, Rose.

–Mas ele merece! Deixe para ser a dona da razão outro dia, Dominique! Quantos escândalos você já não fez por aí?- eu gritei e ela hesitou por um momento.

–Aí está. Você está com raiva. E tem razão. Mas eu me arrependo de mais da metade deles. E eu não vou deixar você fazer nenhuma besteira. Posso te soltar agora?

–Pode.

–Eu vou confiar em você. - Dominique assegurou, com um aceno da varinha, o olhar acompanhando qualquer movimento que eu desse.

Subi as escadas sem olhar para trás, Lily logo atrás.

–Rose? Desculpe não contarmos antes nós não... Nós não queríamos magoa-la.

Eu revirei os olhos, as lágrimas já ameaçando sair. Desde quando minha vida ficou tão complicada e me fazia chorar tanto?

–Não funcionou, mas obrigada pela tentativa.

Ela ia falar mais alguma coisa, mas antes que pudesse abrir a boca eu me virei e fechei a porta do quarto. Ninguém estava ali ainda, e sinceramente, as minhas colegas de quarto não ligavam para mim. Não que eu fosse reclamar. Provavelmente, amanhã as fofocas mais uma vez correriam soltas, mas eu não ligava. A hipocrisia de Scorpius em estar tão magoado sendo que ele tinha feito a mesma coisa era como uma faca sendo pressionada no meu peito. O que eu faria agora? Amanhã. Ia resolver tudo amanhã. Por ora, ia apenas sentir aquela dor psicológica que infelizmente precisa ser sentida.


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Notas finais do capítulo

Entããão, mereço reviews? Recomedações, maybe? Eu sei que não tenho respondido os reviews, mas juro de dedinho que leio todos vinte vezes e amo tanto que tenho vontade de imprimir e colocar na minha parede! Vou tentar responder um pouco nessa semana, mas não deixem de comentar por isso, por favor, os comentários de vocês são tudo! E lindas leitoras novas, OBRIGADA POR LEREM YAY!
Acho que é isso mesmo, e aguardem pelo próximo porque acho que vão gostar hehehe.
—xoxo
Bruna



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