How To Be A Heartbreaker escrita por BrunaBarenco


Capítulo 16
Dad's problem


Notas iniciais do capítulo

Heeey! ADEUS ANO VELHO FELIZ ANO NOVO, VIVA O ANO DA COPAAA (BRASIL SIL SIL)!
Okay, nem adianta eu tentar descontrair. Desculpem a demora, mas enfrentei alguns probleminhas aka problemões com esse capítulo. Primeiro, eu fui para casa da minha vó, e lá é muito quente e eu e minha cachorra passamos muito mal mesmo. Depois, achei que tivesse deixado o HD externo com esse capítulo em casa porque meu notebook foi formatado e ainda quase deletei tudo sem querer.
Anyway, aqui está. A continuação está quase pronta, sai amanhã mesmo ou dia 02 no máximo! ENJOY IT!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/319625/chapter/16

POV Rose

–Não acredito que ainda precisamos usar os suéteres da vovó!- Dominique bufou, cruzando os braços. O suéter dela era rosa e tinha um coração no meio. - Me sinto ridícula. E você, Rose? Não acredito que gosta dessas coisas... Já se passaram cinco dias do Natal, e continuamos usando isso. Eu amo a vovó, mas ela podia tentar ser mais moderna...

Eu pisquei. Estava debruçada na escrivaninha do antigo quarto da tia Gina, com a coruja escura dos Malfoy ao meu lado bicando impacientemente minha mão, e tentando escrever uma carta para Scorpius. Ri internamente. Uma carta para Scorpius. Achei que já tivesse passado da fase de pensar em tudo que andava fazendo por Scorpius. Mas a cada dia, eu ficava mais surpresa. Isso era mais do que uma aposta para mim. Era obvio. Meu coração se acelerava só de pensar nele, sentado do outro lado do país, com sua família.

–Rose? Rose!- Dominique bateu palmas na minha frente. - Ai, olha esse olhar de apaixonadinha. - ela mudou rapidamente de assunto. -Vocês são tão fofos. Tão fofos. Quem dera eu pudesse ter uma vida fofa- ela resmungou. Hoje era um dos seus dias de mau humor.

Eu acabei de escrever a carta e prendi na perna da coruja, que saiu voando. Dominique agora estava de braços cruzados na minha frente.

–O que o James fez?- eu perguntei, encarando os olhos azuis dela.

Dominique olhou para a porta, procurando saber se alguém estava vindo.

–Ele me trata como... Prima. Achei que estivéssemos caminhando para um namoro de verdade. Ai, eu sou tão estúpida. Mas é só aquele covarde idiota babaca ver o meu pai que sai correndo.

Tentei não rir.

–Nique, seu pai tem uma enorme cicatriz de mordida de lobisomem. Ele assusta as pessoas. Sem querer.

Ela me olhou feio, não satisfeita.

–E você? Contou para o seu pai sobre o Malfoy?

Eu encarei a janela. Minha mãe e minhas tias não viam a hora de nos ver juntos na festa anual de ano-novo do mundo bruxo, mas meu pai ainda não fazia ideia de nada. Eu temia como ele reagiria. Eu sempre fui a princesinha dele, a menina de ouro. Apesar de eu não ver nada de errado em namorar o Scorpius, meu pai era muito apegado às rixas de família. Para ele, um Malfoy devia ser mantido no mínimo a oitocentos quilômetros de distancia. Ele quase surtou ao saber que o filho de Draco Malfoy teria exatamente a minha idade e seria meu colega de escola. Imagino o que ai fazer quando descobrir que mais do que meu colega, eu e Scorpius somos namorados.

–Amor deixa as pessoas tão distraídas que me dá agonia conversar com os apaixonados. - Dominique disse, se levantando. -Se eu fosse você, acabava logo com isso e contava para ele. Porque, cá entre nós, isso é bem mais que uma aposta.

–Você não conhece meu pai. – respondi, ignorando a última frase a a proibindo de rodar na minha cabeça pelo resto do dia.

–Conheço os homens Weasley, e eles são todos iguais. Vai ser pior se ele vir vocês dois juntos dançando agarradinhos, uma música lenta, se beijando enquanto o relógio bate a meia noite para comemorar o ano novo...

Foi minha vez de encará-la irritada.

–Eu já entendi Dominique.

Alvo chegou nesse exato momento, batendo na porta.

–Ei, andem logo as duas, só falta vocês para almoçar. Estão atrasando a comida. Eu estou com fome.

–Quando você não está com fome?- indagou Dominique, empurrando Alvo para fora do quarto.

–Quando estou comendo. Ou talvez dormindo- ele respondeu, com um sorriso no rosto. (n/a: frase real da minha amiga Gabs).- Podemos sentir fome dormindo? Porque se pudermos, eu com certeza sinto...

#####

–Papai?- eu perguntei, entrando no meu quarto. Na verdade, eu dividia esse quarto com Lily Luna e Dominique, enquanto estávamos todos na Toca.

Todos os adultos, tirando vovó e vovô tinham sumido após o almoço. Meus primos todos estavam lá embaixo, conversando, mas eu não estava no clima. Me livrei das piadas de Roxanne o mais rápido que pude e corri para o quarto, ansiosa por saber se Scorpius tinha respondido a minha carta.

–Rose, filha- ele respondeu, a voz meio desanimada.

Eu encontrei meu melhor sorriso e caminhei até ele.

–O que houve?- me sentei ao seu lado, também encarando a janela. Prendi a respiração quando vi a coruja dos Malfoy parada ali.

Meu pai se virou para me encarar. Pode parecer melodramático, mas os olhos dele já despejava, decepção.

–Pai?

–O que a coruja dos Malfoy está fazendo aqui?

–Hum- eu tentava mandar meu cérebro trabalhar e inventar uma boa história. Bonito, né, Rose? Primeiro uma aposta louca, agora querendo mentir. Apenas se meu pai fosse mais... Tranquilo. Como minha mãe foi. Como todos foram. Onde eu estava indo parar?

–O pior não é essa coruja estar aqui. Tudo bem, eu consigo engolir o absurdo que é Alvo ser amigo do menino Malfoy, ou que todos saibamos que Dominique teve um quase namoro com ele... Não estão meu filhos. O pior é o seu nome aqui, nesse envelope.- ele apontou para o envelope amarrado na pata de Wanda, a coruja.

–Eu... Ah, pai, é que...

–Você virou amiga dele também?- meu pai perguntou, como se essa fosse a pior hipótese que pudesse imaginar. Ele colocou a mão na testa, resmungando onde tinha errado.

Imagina se ele soubesse. O que eu falava agora? Quer dizer, qual das duas opções era a pior. Podia dizer "pai, estou namorando Scorpius Malfoy" ou "pai, fiz uma aposta com Alicia Summers para quebrar o coração de Scorpius Malfoy, mas a acabei me apaixonando por ele. Ah e Lily Luna está metida nessa história. E Dominique". Francamente, não sei qual faria o velho Rony Weasley ter um ataque cardíaco mais rapidamente...

–Eu não posso aguentar isso... Oh, meu Merlin, o que fiz para merecer... - ele se lamentou, sacudindo a carta.

–Você leu?- perguntei, meio que já esperando a resposta negativa. Se ele tivesse lido, não estaria com essa calma toda.

Meu pai balançou a cabeça. Suspirei aliviada. Ele ainda encarava cada movimento meu. Respirei fundo mais uma, duas vezes e sentei na cama a seu lado e peguei sua mão.

–Papai... Eu preciso que o senhor fique calmo.

–Eu sou naturalmente calmo, Rose. - ele respondeu, fazendo cara feia. Como minha mãe dizia, alguns nunca saem dos dezessete anos. Não respondi- Por que parece que eu não vou gostar nada do que você vai falar?

Só respire fundo mais uma vez, Rose, só mais uma, vamos força de vontade.

–EuestounamorandoScorpiusMalfoy.

–Hã? Rose, que tipo de idioma é esse?

–Eu estou hã hum namorando.

Essa metade da informação foi suficiente para ele cair da cadeira. E então Ronald Weasley emergiu da pequena montanha de destroços do que um dia foi uma boa e velha cadeira de madeira. Em minha opinião, ele estava no meio de um conflito interno. E só com metade da informação.

–T-tudo bem. Posso sobreviver a isso- ele respondeu com dificuldade- Minha Rosinha, minha Rosinha... Namorando. Quem é o imbecil quer dizer o namorado?

–Hum. É...

–Rose. - ele elevou o tom de voz, numa das típicas tentativas frustradas de parecer um pai mandão.

–Vai conhecê-lo. Amanhã.

–A-amanhã? Tão cedo assim?- ele perguntou. –Tudo bem, Rony. Você pode fazer isso. Sua filhinha está namorando. Sua bebê. Sua filhinha...

Eu revirei os olhos com aquela cena. Depois de todos esses anos, devia estar acostumada. Mas a verdade é que eu não estava nem um pouco acostumado com isso ainda. Acho que nem a dona Hermione devia estar.

–Pai, sem drama. Pode me dar licença?- pedi, o mais gentilmente que pude. Meus dedos estavam coçando para saber o que tinha naquela carta (devia ser a mesmas coisa de sempre, mas vá explicar isso para pessoas apaixonadas).

Conforme ele saia lentamente, eu continuei dividindo meus pensamentos em Scorpius e na pequena confusão que tinha criado.

#####

Eu estava lendo a carta pela terceira vez, quando o furacão ruivo (Lily) e Dominique entraram no quarto. Lily pulou na cama ao meu lado.

–Você conseguiu! Você contou para o tio Rony! Quer dizer, seu pai. Você entendeu!- ela fez um gesto de descaso. –Posso começar a planejar o casamento?

Lily parecia tão animada que era maldade não responde-la. Resolvi ser má dessa vez. Voltei a olhar para a carta, tentando parecer que não estava escondendo o fato de não ter contado para meu pai que o namorado era Scorpius Malfoy.

Infelizmente para mim, nada escapa Dominique.

–Oh meu Merlin. Você contou, não contou, Rose?

Não respondi. Nem olhei para ela, mas Dominique com certeza balançou a cabeça.

–Você está ferrada.

*****

POV Scorpius

–Mãe, chega- eu pedi, enquanto minha mãe arrumava meu paletó pela trigésima vez (e sim, eu estava contando).- Cadê o papai para te distrair?

Minha mãe limpou uma sujeita imaginaria no meu ombro.

–Olhe bem como fala comigo, mocinho! Você não quer estar perfeito para sua namorada?- ela alongou as silabas da palavra "namorada", piscando logo depois.

Eu fiquei vermelho. Normalmente, isso não acontecesse, mas essa é um dos mistérios das mães: elas sempre causam esse tipo de reação, não importa quem você for.

Meu pai chegou descendo as escadas com a típica carranca que fazia toda vez que minha mãe o obrigava a ir em qualquer evento publico. Até hoje, ele recebia olhares tortos e desconfiança, e consequentemente isso afetava a minha mãe e a mim. Tinha melhorado, mas ainda assim, era incomodo.

–Sorria Draco. Essa carranca não melhora em nada. - minha mãe brigou, beijando a bochecha dele. -Não acha Scorpius?

–Claro que acho. Se eu estou lindo, e sou igualzinho a ele, por que ele não estaria?- brinquei, e meu pai abriu o mínimo sorriso.

–Beleza está no sangue dos Malfoy, entre outras coisas.

–Oh, ainda bem que me juntei a essa família!- minha mãe também entrou na brincadeira. - Agora vamos, não quero chegar lá depois de todo mundo. -ela ordenou, se encaminhando para a lareira.

Como eu era menor de idade, nós iríamos por pó de flu. Meu pai e eu nos entreolhamos e demos de ombro antes de fazer o mesmo.

Mulheres, hunf.

Mas minha mãe estava certa. O lugar já estava relativamente cheio, repleto de famílias bruxas com criancinhas correndo com varinhas roubadas dos pais (é, eu fazia muito isso, segundo meu pai), adolescentes se abraçando e saindo da vista dos mais velhos e adultos reencontrando companheiros de trabalho ou amigos.

–Onde estão eles?- ela perguntou, olhando em volta depois de escolher uma bolsa.

–Astoria, por favor. Devem estar atrasados, é claro. E eu quero qualquer coisa alcoólica, se o garçom não correr daqui- meu pai respondeu irritado.

Minha mãe ignorou e continuou um assunto qualquer por vários minutos. Tudo que eu pensava era em quando a comissão Weasley chegaria. Nunca pensei que esperaria tanto por isso.

Foi um alívio escapar das conversas da minha mãe para correr sem realmente correr (já que isso não é adequado de se fazer em salões depois que você passa dos nove ou dez anos) até o grande grupo de Weasleys vestidos em tons de dourado e branco e vermelho. Grifinórios dos pés a cabeça. Com o canto do olho, podia ver meu pai revirando os olhos.

Fui interceptado no meio do caminho até Rose, deslumbrante num vestido vermelho que destacava os cabelos ruivos, por uma loira.

–Dominique- tentei não soar irritado.

–Papai Weasley não sabe, garotão. - ela disse com tom de deboche. – Isso é meio engraçado.

E foi embora. Eu realmente tenho vontade de matar essa garota de vez em quando. Rose finalmente pareceu me notar, parecendo nervosa ao lado de Rony Weasley, meu atual maior pesadelo. Ah, se eu tivesse conseguido fazer disso só mais uma aposta... Ela olhou do pai para mim repetidas vezes. Ele franziu a testa. Rose suspirou e fez sinal para que eu me aproximasse.

–Papai. Esse é Scorpius Malfoy.

–Isso eu sei- ele interrompeu, fechando a cara. – O que ele está fazendo a menos de duzentos metros de distância?

–Papai, ele é meu namorado.

Oh, eu estava muito muito ferrado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Por favoooor! E uma recomendação não seria nada mal ;)
Além disso, queria desejar um feliz felicíssimo 2014 para vocês (só eu fico me sentindo estranha dizendo "2014"? hahaha), e espero que o Natal de vocês tenha sido bom também. Essa fanfic foi uma surpresa para mim, e fez do meu 2013 um ano melhor ainda! Parece pouco comparado a muitas outras fics do Nyah, mas é incrível para mim saber que 100 pessoas leem essa história. Amo cada um e obrigada obrigada por ter uma participação nesse ano que foi tão maravilhoso para mim!
Vejo vocês em 2014 e FELIZ ANO NOVOOOO!
xoxo
—Bruna