How To Be A Heartbreaker escrita por BrunaBarenco


Capítulo 15
Going home for christmas


Notas iniciais do capítulo

Heeeey you!
Voltei relativamente rápido (para meus padrões atuais) mas não posso prometer o próximo assim tão cedo. Por mais que eu tenha estudado, estou sob ameaça iminente de recuperação E caso não fique o que se Deus quiser é o que vai acontecer (rezem por mim, rezem para Bruna não ficar de rec) vou cumprir promessa e ficar uma semana sem internet. Pelo lado bom, poderei usar essa semana que espero ficar sem internet para escrever bastante!
E como ninguém quer meu falatório aqui, ENJOY IT e nos vemos nas notas finais!



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POV Scorpius

Eu encarei as duas malas empilhadas em frente ao Expresso de Hogwarts, ainda em Hogsmeade. Rose estava um tanto quanto pendurada no meu pescoço, seu cachecol fazendo cócegas. Ela ria da cena de James resmungando enquanto arrastava as três malas de Dominique para a área de embarque.

–Vamos logo com isso, Potter- alguém gritou lá trás e todos riram.

Dominique colocou as mãos na cintura, com uma expressão irritada. Rose se soltou e ficou na minha frente.

–Você se arrepende? De ter "trocado" a Dominique por mim?

Eu ri, encostando meu nariz no dela.

–Nunca, Rose. Você é infinitamente melhor, ruivinha.

Rose riu, virando o rosto. Ela não era nada fã de demonstrações desse tipo em publico. Eu adorava fazer isso para vê-lá irritada.

–Ansioso para o feriado?- perguntou, arrumando algo imaginário no meu suéter com as cores da Sonserina.

Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa para responder, porque eu não tinha nenhuma certeza se seria bom voltar para a sombria e estranhamente aconchegante Mansão Malfoy, para o Natal louco da dona Astoria e os discursos sobre o quanto aprendeu na guerra feito pelo meu pai. E os bailes de ano novo. E a visita da tia Daphne. Então, antes que eu pudesse pensar sobre o assunto "feriados de fim de ano" uma velha conhecida voz nos interrompeu.

–Ai que nhonhonhos!- Dominique gritou.

Rose fez uma careta, escondendo um sorriso.

–Volte para o seu homem, Dominique!

–Que homem?- ela dez pouco caso, piscando para nós.- Sou uma mulher livre.

–O quê? Dominique e eu? Dominique!- James protestou, mas ela mandou beijinhos e saiu andando com Molly e Roxanne, dizendo que ia guardar uma das cânones maiores para todos nós.

Alvo também chegou, me empurrando e passando o braço sobre o ombro de Rose.

–Pronta para mais uma leva de suéteres da vovó Weasley?

–Oh, nunca estamos prontos para isso- Rose riu.

Alvo me encarou, como se dissesse "eu tenho um plano e estou trabalhando nele". Essa virou a parte mais assustadora de tudo.

Hagrid chegou batendo no ombro de Rose e Alvo e me ignorando, como sempre.

–Vamos entrando, vamos entrando crianças. O trem já vai sair, e não queremos ninguém ficando para trás.- ele deu uma risada alta e se abaixou para sair da estação.

Quando finalmente conseguimos atravessar o primeiro corredor, minha mão agarrada com a de Rose e Alvo tagarelando a nossa volta, e depois de uma parada no carinho de doces achamos a cabine apinhada de Weasleys, Potters e mais Julie e Blaise. Nunca entendi como todos cabiam numa cabine só. Era apertado mas divertido de um jeito estranho que eu nunca esperava que fosse.

#####

–Estamos quase lá.- Fred apertou-se contra a janela. Nevava muito lá fora, e o frio já estava passando pelo vidro.

Rose estremeceu. Ela estava encostada no meu ombro, espremida entre eu e Fred Weasley, uma vez que no final da viagem a cabina esvaziara um pouco. Alvo e Julie tinham ido comprar mais doces e encontrado com alguns amigos da Sonserina, e o resto também se dispersara sobre o trem. Tinha sobrado eu e Rose, Fred e Hugo jogando cartas e Roxanne roncando.

–Argh, inverno.- ela disse, balançando a cabeça.

–Qual é, Rose. Inverno, lareiras, chocolate quente, ficar mais pertinho...

Rose riu.

–Você é quase um romântico incorrigível. Só seria melhor se não fosse um Malfoy sonserino.

–Grifinoria preconceituosa.- respondi. Hugo bateu as cartas na mesa improvisada.

–Arrumem uma cabine. Essa aí é minha irmã, cara.

Fred deu de ombros.

–Sou amigo e divido um quarto com James Potter. Já vi coisas piores sem querer.

–Ai. Eca. - Roxanne se meteu.- Ei, Hugo, abaixa essa mão, vejo todas as suas cartas.

Olhei para Rose, que fez que sim segurando o riso e a puxei para fora da cabine. A abracei por trás enquanto caminhávamos devagar pelos corredores do trem. Eu tinha aprendido a ignorar os olhares, e Rose ainda corava um pouco mas não parecia se importar tanto.

–Como você aguenta? Todos eles, em volta, o tempo todo...

Rose riu.

–Família grande é ótimo, apesar da bagunça geral e falta de privacidade.

Eu fiz uma careta em discórdia e ela riu, apertando meu nariz.

–Chato. Filho único mal acostumado.

Encontrei milagrosamente uma cabine vazia. Em breve, começaria a correria de estarmos quase chegando. Tudo que nós precisávamos era uns últimos minutamos a sós.

E isso soa como um romântico incorrigível falando.

–Quem te ouve falar assim pensa que nem gosta um pouquinho desse mal acostumado aqui.

Ela deixou que eu a beijasse um pouco antes de se afastar.

–Scorpius. Eu hum tenho que falar uma coisa.- ela olhou para baixo, franzindo a testa.

–Se você for terminar comigo, deixe passar o feriado.- tentei brincar, e ela abriu um sorriso mínimo mas o suficiente para desmentir essa teoria.

–Eu não faria isso. É só que... Meu pai não sabe sobre a gente. - disse tudo de uma vez. - Eu acho que acho que preciso prepara-lo antes de contar. Você sabe por quê. Sabe como ele é.

–Eu imagino, Rose. - tentei não parecer chateado. Eu tinha contado para meus pais, e por mais que possa imaginar a careta do Draco Malfoy a ler a carta, mas minha mãe adorou e apoiou a ideia.

Rose sentou ao meu lado e encostou a cabeça no meu ombro, me dando um empurrãozinho de leve também.

–Ei, não fique assim. Eu prometo que vou contar a ele.

–Antes do Baile de Ano-Novo?- perguntei, lembrando-a do tradicional baile promovido todo ano para as famílias bruxas mais influente. Eu a tinha convidado três dias atrás, e ela já tinha aceitado e rindo, dito que Lily Luna já tinha até escolhido um vestido para ela.

Rose olhou para a janela e respirou fundo.

–Tudo bem. Eu dou um jeito de acalmar a fera e contar tudo para ele. Antes do Baile.

–Essa é a minha garota!

Ficamos em silêncio depois que ela acabou de rir. Um aviso soou, dizendo que em dez minutos estaríamos chegando a Plataforma 9 e ¾. A ruiva ao meu lado se virou, com um sorriso que meses atrás eu numa esperaria.

–Então... - ela se aproximou do meu rosto. – Estamos quase chegando. Que tal uma despedida?- Rose roçou seu nariz na minha bochecha e eu virei seu rosto, a beijando.

Não sei por quanto tempo ficamos ali. Quando eu estava com Rose, por incrível e clichê e tão romântico que eu tenho vontade de me bater, o tempo não passava de um jeito normal. Ela se afastou, um pouco vermelha.

–Err, parece que eu estava me agarrando com alguém segundos atrás?- perguntou, passando a mão nos cabelos bagunçados.

Eu a observei, tentando guardar cada detalhe para lembrar nos dias que se seguiriam até 31 de dezembro.

–Hum, parece.

Ela bateu no meu braço.

–Idiota.

–Qual é Rose, seu pai não vai nem notar.

Rose ergueu uma sobrancelha.

–Como pode ter certeza disso, Scorpius? E se ele perguntar o que eu vou dizer... - ela surtou, daquele jeito típico. Tempo demais com Dominique, é o que eu digo.

Eu a virei para minha direção de novo, antes que ela pudesse sair da cabine.

–Ei. Ele não vai notar. E se falar alguma coisa... Você a Rose Weasley. Vai se sair bem.

Ela abriu um sorriso.

–Obrigada, Scorpius. - e abriu a porta. - A propósito- começou a falar, tentando sobrepor sua voz aos gritos nos corredores. – Eu saio primeiro e você um pouquinho depois. - ela se aproximou e me deu um selinho. - mando algumas corujas- sussurrou antes de sumir pelo corredor, me deixando ali parado.

Blaise Zabine e Emmico Crabbe pararam para me cumprimentar. Emmico era um grandalhão sem muita utilidade (“igual ao pai”, meu pai costumava dizer) e Zabine era um dos meus melhores amigos. Sendo assim, ele se aproximou e bateu no meu ombro.

–Parece que essa ruiva te pegou de jeito.

–Nem me fale, Blaise, nem me fale.

Blaise riu.

–Você vai ao baile de ano-novo?- ele perguntou, enquanto caminhávamos juntos para fora do Expresso.

–Com certeza. E você?

Blaise bufou.

–Minha mãe está animadíssima. Diz que eu devia ir com a minha noiva. Aquela garota é uma otária. Eu juro que não caso com ela. Essa coisa de casamento arranjando para manter o sangue... Argh.

–Alguma garota julgada “sangue-ruim” a vista?

–Só digo uma coisa, cara. Você tem sorte. Mantenha essa sorte. E nos vemos numa dessas festas enfadonhas de fim de ano!- Zabine gritou, atravessando em direção a seus pais.

Procurei os meus e os encontrei, junto com minha avó, conversando com alguns conhecidos. Peguei minha mala e minha mãe me viu, acenando empolgada.

–Oh, oi meu bebezinho!- ela disse, me abraçando ali mesmo e ignorando o olhar do meu pai.

–Pare de tratar o menino como uma criança, Astoria.- meu pai disse, também me abraçando daquele jeito travado dele que é muito pior em público.

Minha avó olhou feio para meu pai.

–Para qualquer mãe, o filho é sempre uma criança- ela explicou, com ar de que sabia das coisas. Meu pai ergueu as mãos para o alto e piscou para mim, quase sorrindo. Vó Narcisa me abraçou quase tanto quanto minha mãe.- Mocinho, você emagreceu. Ele não emagreceu, Draco?

–Não, mamãe.

–Ah, emagreceu sim. Vamos, vamos logo embora que Duffy fez um jantar incrível para você, Scorpius, e você precisa comer.

Minha mãe jogou minha mala em cima do meu pai e nos seguiu em direção a saída.

–Dá um tempo, Narcisa.- ela reclamou.

–Você que não criou esse menino direito, Astoria! A culpa dessa magreza é sua!

–Ele está bem, ele está ótimo! Scorpius, por favor diga a sua avó que...

Eu tratei de fugir dali o mais rápido que pude. Meu pai ria discretamente observando as duas.

–Pai, me diga. Como o senhor aguenta isso?

Ele balançou a cabeça.

–Se está mesmo namorando uma Weasley, vai ter que aprender os sacrifícios que fazemos em nome do amor... E em como são complicadas as mulheres.

P.O.V Rose

–Ah, minha querida que saudade!- minha mãe me abraçou por dois segundos antes de ver Hugo chegando. - Huguinho! Huguinho, meu amor, vem cá dar um abraço na mamãe!

Meu pai me esperava sorrindo de orelha a orelha.

–Flor da minha vida!

–Ainda com as frases bregas, pai?- perguntei, enquanto ele me esmagava.

–Para você e sua mãe, sempre, filha.

Me livrei de uma longa conversa quando tia Gina e tio Harry se aproximaram. Tia Gina olhava feio para a cena do filho mais velho carregando as muitas malas de Dominique. Ela nunca superara a raiva de Fleur e aparentemente transferira um pouco daquilo aos filhos de tio Gui e Fleur.

–Absurdo... - ela resmungou. E se aproximou de mim, baixando o tom de voz. – Que história é essa do Malfoy?- eu corei e ela riu. – Embora os homens dessa família forem totalmente contra sem nem mesmo saber, eu adorei a ideia.

Eu devia ter imaginado que minha mãe contaria a tia Gina. As duas eram muito amigas, e aparentemente falar da vida dos filhos era um assunto comum delas.

–Preparada para mais um fim de ano Weasley?- meu pai perguntou, enquanto íamos em direção ao carro trouxa que minha mãe sempre insistia em usar para nos buscar na Estação King Cross.

Olhei para trás. Em grupos separados, mas juntos (como se isso fizesse algum sentido, Rose) caminhavam todos os Weasleys. Gui, Fleur junto com Louis e Dominique mais atrás, junto com James. Tia Gina olhando feio para eles, e tio Harry rindo de alguma coisa que Alvo e Lily contavam. Angelina brigava com Fred e Tio Jorge piscava para o filho junto com Roxanne, erguendo os polegares. Tio Percy resmungando sobre notas com Molly e Lucy. Minha mãe e Hugo um pouco a nossa frente. Em pouco tempo, estaríamos todos na Toca, comendo a maravilhosa refeição que vovó Molly deve ter feito. Fins de ano nunca ficavam chatos.

–Sempre pronta. - respondi a meu pai e ele sorriu.

–Sabe, Rose, uma das coisas que eu gosto em você... Enquanto vejo meus irmãos se desesperarem pela falta de juízo das filhas, eu estou tranquilo. Eu confio plenamente na minha menina que, igualzinho à mãe, só pensa em estudos. - ele me deu um sorriso orgulhoso.

Eu engoli seco. É, falar que eu estava namorando e ainda por cima namorando um Malfoy seria mais difícil do que eu esperava. Só espero que toda a atmosfera de Natal deixe essa tarefa mais fácil. Sonhar que isso aconteceria não custa nada, custa?


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Notas finais do capítulo

E entããão? Mereço os reviews de vocês? E recomendações? Eu iria amar, mesmo! Deixar review faz bem para todo mundo, meu povo amado! Nossa, que horrível isso. Ignorem e deixem um review, não custa nada.
Falando em review... Sei que é pouco perto de outras fics, mas OBRIGADA PELA MÉDIA DE 9 REVIEWS POR CAPÍTULO! YAYY! AMO VOCÊS! E não esqueçam de preencher essa caixinha branca linda que espera por vocês ali embaixo ;).
Se possível, me indiquem livros!

xoxo
—Bruna



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