How To Be A Heartbreaker escrita por BrunaBarenco


Capítulo 13
If this a dream won't open my eyes




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/319625/chapter/13

POV Rose

Eu sabia que alguma coisa estava errada. Sabia desde aquela terceira aula, onde não havia nem sinal do Scorpius ou do Alvo. Quando os dois faltam juntos, não é coisa boa. Esperei os dois no jantar, e nada. James e Dominique também não apareceram, mas isso às vezes acontece. Eu bati no ombro de Lily, que comia tranqüilamente.

–Você viu alguém?

–Estou vendo muitas pessoas nesse momento, Rose.- ela baixou o garfo.

Eu revirei os olhos. Por que razoes tio Harry achou que era uma boa colocar "Luna" no nome da filha?

–Lily. Eu quis dizer: você viu Scorpius, Alvo, ou até mesmo a Dominique.

Ela pensou por alguns instantes.

–Não desde o café da manhã. Eu passei o tempo todo nas estufas, tendo aula de Herbologia. Depois tive aulas com o Hagrid e agora estou aqui.

Eu assenti, e ela retomou sua tagarelice habitual. Mas o sumiço de todos eles juntos, somado ao que tinha acontecido de manhã... Será que ele ia terminar comigo? Terminar de verdade? Eu odiava admitir que essa perspectiva me deixava nervosa. Olhei de novo para a mesa da Sonserina. Alicia Summers sentava-se no ligar de sempre, encarando o mesmo ponto vazio que eu. Nem sinal deles ali. Julie, aquela amiga dos dois, acenou com a cabeça brevemente, voltando a conversar com Crystal Grengrass logo depois.

Suspirei, voltando minha atenção para o jantar, mas não estava com nenhuma vontade de comer. Que grande droga, quando o Malfoy resolveu se dar ao direito de me afetar tanto? Maldito.

–Lily, eu vou para a Sala Comunal.- avisei, e ela parou de tagarelar.

–O quê? Não! Me espera, hum, me espera acabar de comer.

–Lily. Eu tô cansada.

–Por favor, Rose. Por favorzinho- ela pediu, fazendo biquinho como se tivesse três aos de novo.

–Tá bom, eu espero. Mas termina rápido.- respondi, cruzando os braços e Lily fez um coraçãozinho para mim. Revirei os olhos. Típico dela, mas devolvi o gesto.

Dominique chegou, acompanhada de James e Alvo, sendo que o ultimo correu até a mesa da Sonserina.

–Ei, Nique, você viu o Scorpius?- perguntei e ela franziu a testa.

–Hum, não desde hoje cedo. Você, mas que todo mundo devia saber.

–Eu sei. Por isso estou tão preocupada porque eu não sei.

–Aaah, o amor- suspirou Lily e ignorei.

O resto do jantar correu o mais normalmente possível, com uma discussão sobre molhos entre Molly, Fred e Roxanne que fez todos rirem.

O que nos leva ao momento. Toda Hogwarts saia do Salão Principal, quando vemos uma aglomeração.

–O que é isso?- Lily bate palmas. Ela adora essas coisas.

–Vai lá ver e me conta.- eu disse, mas a ruiva me arrastou com ela.

–E deixar você sozinha com esse bando de casais? Você seria um castiçal subindo escadas, Rose querida.

–Castiçais não andam, ou sobem escadas.

–Foi uma metáfora!- Lily olhou descrente para mim.- Vamos ver logo o que é e você fica livre para subir, dormir e reclamar da vida.

Quanto mais nos aproximávamos, mais olhares. Como filhas de heróis da guerra, isso acontecia em alguns lugares, mas nunca em Hogwarts.

Uma menina da Lufa- Lufa segurou meu braço.

–Se você recusar, eu aceito, Weasley.- com uma risadinha, ela saiu de perto com as amigas.

–O que foi isso?

Uma voz conhecida e que eu senti falta o dia todo respondeu enquanto eu avançava pela pequena aglomeração.

–É sim ou não, Rose. Não "o que foi isso".

E lá está ele. Scorpius Malfoy, seu uniforme sempre desarrumado daquele jeito charmoso, gravata torta, o cabelo loiro levemente despenteado, os olhos cinzas brilhando. Eu segurei a respiração ao ver o que estava escrito na parede ao lado dele. "Rose Jean Granger Wealsey, nunca pensei que fosse dizer isso, mas aceita ser minha namorada?". Eu par de andar, e foi como se apenas nós dois estivéssemos ali por alguns segundos, até que Lily bateu nas minhas costas.

–Isso é tão romântico- Lily suspirou, com as mãos no peito.

Scorpius bateu o pé no chão, impaciente.

–O gato comeu sua língua, Weasley?- disse, arrogante como eu sempre me lembrava. Pensei no plano. Isso ia além do planejado, certo? Tudo que eu queria fazer era correr e aceitar, pulando em cima dele e dando um beijo de cinema, mas meu cérebro insistia em lembrar daquele maldito plano. Tentei pensar como Dominique. Acho que quando fosse obrigada a terminar um namoro seria ainda mais heartbreaking para nós dois (não que meus possíveis sentimentos contassem, é claro).- Tick-tock. Se você disser não, tem uma fila de garotas pretendendo aceitar.

Foi isso que me fez acordar do transe. Fila de garotas? Não mais para o meu Scorpius.

–E quem disse que eu não aceito?- eu falei, cruzando os braços e me aproximando.

–Você ainda não disse sim- Scorpius provocou, com um sorrisinho.

Sempre tão chato. E irritante.

–Sim, si, oui.- gritei, tentando em vão parecer irritada.- Satisfeito agora?

–Muito.- ele me abraçou pela cintura e baixou o tom de voz.- Isso merece um beijo daqueles não acha?

–Pare de falar e me beije logo, imbecil- respondi, também falando baixo e Scorpius riu antes de atender meu pedido. Oh céus, no que eu tinha me metido? Eu ia sentir tanta falta disso quando... Não pense. Não pense. Deixei meu cérebro se perder na sensação dos lábios dele nos meus, no meio de toda aquela gente. Eu não ligava. Nem um pouquinho.

Nos afastei quando precisei respirar.

–Vamos sair daqui?- Scorpius perguntou, naquele tom de voz provocativo.

–Quem vai limpar essa parede?- eu disse, não podendo deixar de ser Rose Weasley nem por um segundo, e apontando para as palavras gigantes na pedra.

Scorpius deu de ombros.

–Filch e seu aprendiz vão adorar isso aí.- ele puxou minha mão, abrindo caminho pela "multidão", que começava a se dispersar, perdendo o interesse em nós dois por enquanto. Segui Scorpius m silencio até uma sala vazia, na Torre de Astronomia, observando nossos dedos entrelaçados e tentando guardar esse momento e essa sensação.

Assim que eu fechei a porta da sala vazia, caí na gargalhada.

–O que foi?- Scorpius perguntou, franzindo a testa.- Qual a graça, Weasley?

Eu respirei fundo, segurando o riso.

–Isso. Nós.- fui sincera.- É engraçado certo?

Ele pensou por um instante, logo deixando um sorriso perpassar por seus lábios.

–Sim.- ele riu mais alto.- Caramba, você tem razão. Isso é engraçado. Quem diria, não é?

Eu cheguei para mais perto dele, e lê me abraçou. Sentamos em uma das mesas, minha cabeça encostada em seu ombro. Conversamos sobre todas as banalidades possíveis, e eu contava sobre o mundo trouxa pelo qual ele parecia ter um estranho interesse. Ele contou sobre o mundo sombrio em que vivia, e sobre como apesar de assustadora para qualquer outro, ele achava sua casa aconchegante. Eu falava sobre minha enormes festas de família, sempre regadas a brigas, historias contadas pelos adultos bêbados e noites escondidas entre primos e ele falava sobre como seus pais tinham aprendido a serem bons pais, brincando de um jeito que eu achei estranho pela Mansão Malfoy, e criando Natais temáticos só para alegrar Scorpius. De vez em quando, a conversa cessava e recomeçarmos nossa seção de beijos, para depois cansarmos de tudo e apenas ficarmos encostados um no outro, observando a Lua subir e começar a descer no céu.

–Que horas são?- perguntei, sabendo que era completamente tarde (ou cedo, depende do ponto de vista), mas nunca me senti tão acordada.

Scorpius deu de ombros.

–Não sei. Você quer ir dormir?

–Não- respondi um pouco rápido demais.

Pude senti-lo sorrir.

–É, eu também não.

De alguma forma, adormecêssemos no silencio, sem perceber e acordamos com raios de Sol batendo teimosamente em nossos rostos, apesar de ser quase inverno.

–Você gosta do inverno agora?- Scorpius perguntou em lugar de dar bom dia.

–Cadê meu bom dia?- indaguei, sonolenta e lutando para abrir os olhos.

–Eu não falo bom dia, Rose.

–Se isso continuar essa relação não tem futuro- brinquei, pisando os olhos enquanto ele se espreguiçava.- Você sabe que temos que voltar para nossos quartos antes que a manhã comece em Hogwarts, certo?

Scorpius fez uma careta.

–Se continuar com essa responsabilidade toda, essa relação não tem futuro- ele brincou também e eu ri, esticando os braços.

–Vamos, pare de reclamar. - fiquei na ponta dos pés e beijei de leve seu nariz.- Nos encontramos no café. Ou no almoço.- bocejei.- Estou morta de sono.

Ele balançou a cabeça.

–Preguiçosaaaa- estendeu a ultima vogal de propósito e eu bati no seu ombro.- Você sabe que seremos o assunto central de Hogwarts hoje, não sabe?

Eu fiz uma careta.

–Você sabe que eu detesto ser o centro das atenções, não sabe Scorpius?

Ele se aproximou, colocando meu cabelo para trás. Ele estava perto o suficiente para sua respiração bater no meu rosto, e era incrível como eu estava ficando acostumada com essa proximidade. Imagine! Ele, um Malfoy. Eu, uma Weasley. Er um clichê infinito que estivéssemos apaixonados. Ou, ao menos, eu esperava que ele estivesse. E eu estava. Mesmo sabendo que meu dever era quebrar o coração dele e não o meu.

–Você é incrível demais para nunca ser o centro das atenções. Mas dessa vez, eu estou com você, Rose.- ele se aproximou e beijou minha testa, minha bochecha, me dando um alinho,por fim.- Hora de correr para os dormitórios.

–Te vejo mais tarde.- gritei, quando nos separamos no corredor.

Entrei vagarosamente na sala comunal da Grifinória. Era muitíssimo cedo. Ninguém podia estar ali essa hora, pufff. Caminhei devagar, sem fazer o mínimo barulho, má ponta dos pés.

–Rose Jean Granger Weasley!- uma voz ribombou pelos meus ouvidos. Lily. O que Lily fazia acordada aquela hora? E com meu irmão sentado ao lado dela, a cabeça abaixada escondida entre as pernas.

–Lilian! Shhh. O que houve com Hugo?

Hugo levantou a cabeça, os olhos vermelhos. Ele olhou feio para Lily, e ela gaguejou um pedido de desculpas. Se eles estavam pensando que se Lily não tivesse fritado eu não teria notado os dois ali, estavam completamente certos. Mas agora eu tinha notado. Os olhos castanhos do meu irmaozinho estavam inchados e vermelhos. Ele estava chorando, eu tinha certeza.

–Lysander, aquela vagabunda...

–Olha a boca, Hugo!- briguei, mas me aproximei com delicadeza.- Ela...?

–Me chutou, me deu um pé na bunda, quebrou meu coração, exterminou meus sentimentos... Como queira chamar.

–Quando?- eu perguntei, me abaixando ao seu lado e passando a mão sobre seu joelho, e o abraçando com o outro braço, do jeito que eu sei que mamãe faria.

Hugo fungou, e Lily colocou a mão em seu ombro.

–Anteontem. Na verdade, a confirmação foi ontem de manhã... Eu...

–Por que não me contou?- eu disse, e Hugo me encarou com aqueles olhos de choro que doía demais para mim vê-los no meu irmão.

–Eu teria contado, mas você... Você tem uma vida agora. E eu não queria atrapalhar... A sua alegria. Nem dar trabalho.

–Hugo!

–Ele não teria contado para ninguém se eu não tivesse aparecido- Lily disse, sentando ao lado de Hugo.

–Hugo... Não fica assim. Lysander... Ela não te merecia.

–Eu sei. Mas nós não mandamos no que queremos. Nem nos nossos sentimentos. E eu sentia alguma coisa por ela... Sendo ela digna ou não.

Abracei forte meu irmão. Pensei no quanto estava deixando de lado coisas que eu antes tinha como prioridades desde que essa aposta começou. Como os estudos. Como os problemas do meu irmão. Como os sentimentos de Lily por ele. As regras de Dominique e Scorpius tinham consumido meu tempo quase total.

–Huguinho, me desculpe. Eu tenho ficado tão distante...- eu disse, em meio ao abraço. Hugo riu quando mencionei seu apelido de criança.

Nos afastamos. Era bom ver um sorriso, mesmo que mínimo, no rosto dele.

–Não se preocupe, Rose. Há muito tempo não vejo você tão feliz quanto agora. Imagine, Scorpius Malfoy... Se depender de mim, está aprovado.

–Eu nunca aprovei Lysander.- fiz uma careta.- Sexto sentido de irmãos conta, então!-brinquei, piscando para ele.- Agora eu tenho que ir, estou morta de sono.

Lily arregalou os olhos.

–Não me diga que...- ela cobriu a boca com a mão, olhando meu uniforme meio amassado.- Você...

–Estávamos numa sala vazia na Torre de Astronomia. Só conversamos a noite toda. Pare de me olhar assim!

–Você dormiu com Scorpius Malfoy!

Hugo franziu a testa.

–O quê?

Encarei Lily.

–Só dormi. Pare de pensar besteira. Argh. Sua pervertida. Só agora eu notei como isso é estranho dito em voz alta. Tenho que parar de andar com você e com a Dominique.- conclui, já subindo as escadas.

Hugo estava de braços cruzados, mas não parecia chateado. Ele sorriu de leve e eu dei um sorriso de encorajamento para ele. Ele merecia coisa melhor.

Assim que cheguei no quarto, Patricia Adams se mexeu levemente na cama e murmurou alguma coisa quando acendi o abajur rapidamente para pegar o pijama. Me vesti silenciosamente e adormeci em questões de segundos.

Meu ultimo pensamento foi: Se isso fosse um sonho, eu não queria acordar nunca mais.

****Notas****

Aaaawn, que fofinhos! ♥ ♥ ♥.

Opiniões? Críticas? Deixe um review naquela caixinha branca linda e implorando para ser preenchida logo ali embaixo! Prometo que vou responder assim que possível.

Sim, tenho vários reviews não respondidos. Juro que li todos e guardei no meu core, porque vocês são umas lindas que deixam reviews mais lindos ainda. Mas o tempo tá curto, e se alguém entra frequentemente no meu perfil (ahãm como se fizessem isso) viu que fico dias e dias sem entrar. That's life. Mas o ano tá acabando, e tudo vai melhor.

Enquanto isso, deixem reviews e recomendações... E não esqueçam que adoro vocês, muito muito mesmo!

P.S ¹: Spoiler- a felicidade não vai durar muito.

P.S ²: ALGUÉM JÁ LEU "A SELEÇÃO"? PORQUE NOSSA, TO APAIXONADÍSSIMA PELO LIVRO, PELO MAXON (OH FEELS) E AMERICA É UMA PROTAGONISTA TÃO LEGAL E ELES PRECISAM FICAR JUNTOS! E O MAXON É PERFEITO LINDO MARAVILHOSO QUERO UM MAXON AGORA!

Luv u aaaall!

-Bruna


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "How To Be A Heartbreaker" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.