How To Be A Heartbreaker escrita por BrunaBarenco


Capítulo 11
Rule Number Three


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY não me matem! Tudo bem que eu demorei mais do que o previsto e até eu me odeio por isso. Sério, fico muito mal quando não consigo terminar o capítulo a tempo para vocês, porque sei como é chato esperar os capítulos das fics que acompanha. Anyway, aqui estou!
NÃO me matem porque esse capítulo é um grande POV Rose. Eu fui escrevendo, escrevendo e puf, no final só tinha o ponto de vista dela. Por isso, prometo que no próximo só teremos a narração do lindo maravilhoso e gostoso do Scorpius Malfoy.
Continuo minha falação nas notas finais (que, aliais, vocês devem ler. Devem mesmo ler), porque eu sei que a maioria ignora essas notas aqui. ENJOY IT!



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P.O.V Rose Weasley

-Para-para-paradise, this is para-para-paradise ooooooh ooooh- Lily Luna cantarolava com sua voz aguda dançando pelo quarto com Milky, o seu gato persa obeso.

Dominique ergueu a cabeça que estava apoiada no braço enquanto ela tolerava a cantoria da Potter mais nova.

-Lílian Luna, ou você cala a sua boquinha inútil agora ou eu prometo que te jogo da Torre de Astronomia e mando um testrálios limpar os restos.

-Outch, Nique.- Lily parou de cantar, colocando Milky (que saiu correndo em menos de meio segundo) no chão, e cruzando os braços.- Que mau humor é esse? Falta de James Sirius na sua vida?

Dominique pressionou as têmporas e respirou fundo.

-Não. - disse entre os dentes. - Outros.... Outros problemas.

Há mais ou menos vinte minutos, desde que eu contara o que tinha acontecido ontem, Lily cantava e planejava um casamento triplo para ela e Hugo, James e Dominique e eu e Scorpius, enquanto minha prima heartbreaker escondia o rosto e reclamava de dor de cabeça.

-Hum, meninas? Pela primeira vez desde que essa palhaçada começou, eu realmente quero discutir a minha vida, então acho que vocês podiam tentar me ouvir e...

Lily deu outro gritinho e recebeu o temido olhar maligno de Dominique.

-Desculpe, Dominique, mas... - ela parou e respirou fundo antes de gritar de novo- Rose está empolgada, ela está gostando, isso é amor!

Lily me sacudiu para em seguida me abraçar. Dominique deu um mínimo sorrisinho.

-Lily, sossega essa bunda magérrima aí, que acreditem ou não, eu tenho que sair daqui e estudar- ela bufou, revirando os olhos azuis. Quase sempre eu esquecia que ela estava no último ano em Hogwarts, e suas provas finais se aproximavam com força total para ela. - Estudem agora ou vocês estarão tão acabadas quanto eu no futuro. Mas ninguém aqui quer meu blá blá blá e drama escolar hoje.

-Alguns dias atrás eu teria adorado, mas...- eu comentei, segurando um sorriso. Para, Rose, um pedaço do meu cérebro repetia, o que você está fazendo? Está se apaixonando? Eu balancei a cabeça. Claro que não era nada disso! Eu estava apenas feliz porque o plano estava dando certo e em breve estaria livre disso tudo.

Dominique sorriu de novo, por cima do cansaço.

-Hora da regra número três, aprendizes. - ela piscou- Não se preocupem com o livro não estar aqui, eu sei tudo de cor.

-Fala logo, Dominique!- Lily interrompeu, quase pulando na cadeira.

Dominique jogou o cabelo loiro e fez mais um pouco de suspense.

-Regra Número Três: exponha seus sentimentos.

Eu gelei. Claro que podia tentar ler nas entrelinhas, mas quando se tratava de amor, eu não corro riscos.

-C-como assim, Dominique? Eu, eu não...

Dominique deu um de seus risinhos típicos.

-Não se preocupe, eu explico. Como você faz um garoto cabeça-dura se apaixonar por você? Ele nunca vai entrar de cabeça na relação se não pensar que você está apaixonada por ele. Simples assim. Não são sentimentos verdadeiros, porque se você seguiu as regras direitinho eles não existem. Só demonstre que gosta de estar com ele, é fácil.

Eu prendi meus cabelos, nervosa.

-Eu não se fazer isso, Dominique.

-Claro que sabe!- ela respondeu- É fácil, você vai ver. Agora, se me dão licença- ela se levantou, e suspirou- Eu preciso estudar.

Assim que Dominique deixou o quarto, Lily assobiou.

-Uau, nunca pensei que ouviria “eu preciso estudar” de Dominique Delacour.

-Um dia todos acordam para a vida, querida Lily.- eu me sentei em sua cama, e Milky correu em minha direção. Peguei o gatinho obeso no colo e ele se deitou.

Lily me encarou por alguns segundos.

-Rose, posso falar um pouco sobre a minha vida agora?

Eu parei de pensar sobre a minha vida. Todas essas semanas, e quase nunca tinha perguntado sobre Lily. Sobre o que estava acontecendo com ela. Isso me atingiu como um golpe. Que péssima amiga eu andava sendo.

-Desculpe, Lily. Eu fiquei tão centrada em mim e...

Lily riu, colocando a mão em Milky também.

-Não se desculpe. Já estava mais do que na hora de pensar em você também, Rose. - ela se afastou e me encarou. – Mas eu quero voltar por um minuto a falar de mim, de Hugo.

Muitas vezes, eu queria ser como Lily. Ou até mesmo como Dominique. Apesar de doer, apesar de tudo, elas tinham certeza do que sentiam. Elas eram apaixonadas. E não podia ter nada de errado naquilo, era... lindo. Balancei a cabeça como se isso fosse tirar os pensamentos do lugar, pelo menos por um curto período de tempo.

-Pode falar, Lily.

Lily respirou fundo mais uma vez.

-Ele terminou com Lysander- ela disse, de uma vez só, antes de continuar.- E, e foi falar comigo. Ele parecia tanto com o antigo Hugo, Rose... Desligado, fofo e um pouquinho lerdo. Eu acho que agora, as coisas podem dar certo.

Eu sorri. Claro que apoiava Lily e Hugo. Meu irmãozinho e minha melhor amiga e quase irmã postiça.

-Lily. - eu comecei, antes que ela continuasse o monólogo- Só vai com calma, okay? A última vez... Você achou que fosse você, e era a Lysander...

Lily fez uma careta.

-Bleh. Nem me lembre disso. Eu vou tentar ir devagar, então. Mas eu sinto, Rose, eu sinto que tudo vai dar certo dessa vez!

****

Mais tarde, enquanto eu tentava organizar os pensamentos antes de dormir (sim, esse é sempre meu problema), eu tentei ser Lily por um segundo, e pensar que tudo daria certo.

****

-Tudo bem. Você está pronta?- Lily repetiu, pela centésima sexagésima oitava vez. Ela e Dominique me tiraram da cama novamente às cinco da manhã e me obrigaram a me produzir um pouco mais do que o normal.

-Deixa a Rose em paz, Lily. Pressão não é legal- Dominique disse, enquanto encarava nossos reflexos no espelho. Hoje ela usava mais um daqueles arcos com as cores da Grifinória que eu nunca poderia usar. Cabelo vermelho é fogo (literalmente). Ela se virou e sorriu para mim- Relaxa, tá? Vai dar tudo certo. Você está incrível, atualmente conseguiria qualquer cara de Hogwarts. Mesmo.

Ah, isso era encorajador. De perdedora do ano a gata o suficiente para conseguir qualquer cara. Isso tudo em um mês.

-Obrigada, Dominique. Nunca pensei que você estaria despreocupada e a Lily estressada.

Dominique riu, e me deu um empurrão amigável.

-Ah, as provas são estresse o suficiente. - ela sorriu para o espelho de novo, antes de ir terminar de arrumar suas coisas.

Lily balançou a cabeça.

-Para mim, isso se chama James Sirius Potter.

-Nem- Dominique gritou do outro lado do quarto. - Estamos levando as coisas com calma. Dessa vez.

Eu arrumei os cachos na ponta do meu cabelo. Merlin, estava começando a me preocupar com essas coisas. Culpa da Dominique, inteiramente culpa dela.

-É, a Lily gosta de implicar.

-Ei!- ela protestou, enquanto Dominique concordava.

Os assuntos de sempre continuaram enquanto nós descíamos para o Salão Principal. Assim que chegamos lá, Hugo veio falar com Lily e Dominique saiu correndo no meio do café porque lembrou algum livro que precisa pegar na biblioteca para estudar antes que outra pessoa do sétimo ano o faça.

O que me deixa sozinha numa mesa gigante e animada. Qual é, eu não sou exatamente popular. Por estar andando com Dominique, recebo alguns sorrisos de vez em quando, mas hoje todos estão muito centrados em seus problemas de fim de ano para se interessarem em falar comigo. E meu próprio problema de fim de ano está sentado a duas mesas de distância, de costas para mim.

Eu não queria estar encarando. Não mesmo. Mas era de se esperar que depois de, hã, tudo que tinha acontecido eu tivesse recebido um “bom dia!” ao entrar no Salão Principal. Respire fundo, Rose. Eu estalei meu pescoço, e resolvi que aquele não era um bom dia para me entupir de suco de abobóra, me levantando da mesa.

Cruzei o Salão o mais rápido que pude sem parecer suspeita. O primeiro horário era Adivinhação, de novo. Por que era sempre no primeiro horário? Já estava no meio do corredor quanto sinto alguém me puxar. E pela cintura.

-O que...?- e então ele me vira, rindo abertamente.- Scorpius! É você, minha nossa. Para com isso! Eu quase morri de susto...

Ele continuou rindo enquanto me respondia.

-Quem mais poderia ser, Rose?- ele pergunta, erguendo uma sobrancelha.

-Ninguém, mas... Argh.- eu me soltei antes que ele me beijasse, e bati no seu braço.- Nunca mais faça isso, tá bom?

Scorpius morde o lábio, como se estivesse confuso.

-É para fingir que doeu?

Levo alguns instantes para entender o que ele dizia (e não tinha nada a ver com o fato de eu estar encarando seus músculos).

-Era.

-Isso vai melhor seu humor, ruiva?

-Talvez.

Ele pareceu pensar, enquanto caminhávamos pelo corredor, eu de braços cruzados e olhando fixo para frente.

-Oh, meu Merlin, quanta dor!- ele bate no próprio braço, deixando vermelho- Olhe o que você fez, Rose!

Não pude conter o sorriso.

-Trema diante da minha força, então- brinquei, fingindo dar um tapa na cara dele. Felizmente, Scorpius entendeu e não cheguei a bater (n/a: não façam isso em casa, a não ser que suas amigas sejam loucas tipo as minhas e topem algo assim).

Ele chegou mais perto, e eu me deixei levar pelos detalhes. Se cachecol com uma linha solta, a gravata torta. Não pude anotar mais nada na minha mente, porque ele me beijou. E ser beijada por Scorpius Malfoy é pior do que encara-lo.

Não sei quanto tempo se passou. Nós só estávamos ali, curtindo o momento. Ele me colocou contra a parede, e se apoiava lá, enquanto nos separávamos só para respirar. E tudo que eu pensava era “não pense não pense não pense”, apenas para que não tivesse que, sabe pensar. Então enchia a parte mínima do meu cérebro que ainda funcionava com essa repetição.

-Parem com isso, ah meus pobres olhos!- a inconfundível voz de Alvo nos fez parar. Eu pensei por um segundo no quão horrenda devia estar. E no que Alvo pensaria. - Sério, já estou quase com saudade das brigas.

-Deixe de ser dramático, Alvo- Scorpius disse, me puxando e passando a mão pelo meu ombro.- Achei que fosse isso que queria.

Alvo arregalou os olhos, e voltou ao normal o mais rápido que conseguiu.

-Sim! Era exatamente o que eu queria, mas... tentem não se engolirem em lugares públicos, sim?

-Oh, da próxima vez nós arrajnamos um quarto...

-O QUE?

-... ou uma sala de aula vazia...

-Não.

Scorpius e Alvo se entreolham e riem.

-Era brincadeira, Rose- Scorpius diz, me abraçando de novo.

Alvo nos encara.

-Sério, no fundo é uma boa ideia.

Eu fuzilo Alvo com o olhar.

-Ou talvez não. - ele conserta, emendando um assunto com Scorpius do qual eu não pretendo fazer parte. Não nesse momento. Passamos por Lily no corredor, que mal nota o que acontece, porque está muito entretida ainda conversando com meu irmão. Awn. Quão fofos eles são?

Quando chegamos à sala já lotada (qual é, demoramos tanto assim?), todos os olhares se voltaram para nós. Como em Hogsmeade, mas pior. E, depois do minuto de silêncio em que a classe encarou os braços de Scorpius ao meu redor, começaram os gritos.

-Uh uh é Scorose, uh uh é scorose-Alvo começou, me fazendo balançar a cabeça. Junção de nomes? Eles não tinham mesmo mais nada para fazer, e resolviam ficar pensando na minha vida?

Scorpius parecia não ligar. Ele, eu sempre soube, adorava qualquer tipo de atenção. Mas eu podia sentir meu rosto esquentar, e devia estar mais vermelha que meus cabelos, ou quase. Pela primeira vez, torci para que Trelawney chegasse logo a sala.

E assim ela fez. Seu olhos enormes pularam de mim para Scorpius, e depois ela sorriu.

-Eu sabia! Eu sempre soube! Mas vocês acham que a Granger quis me ouvir? Nããão, ela não acredita nisso. - e então se aproximou, nos examinando. - Vocês são almas gêmeas.

Eu engasguei.

-N-não é para tanto, professora... - respondi, envergonhada.

Ela me encarou, o que era mais estranho ainda por causa da história dos olhos enormes e tudo mais. Mas no final não disse nada, apenas nos mandou sentar.

E se eu esperava que essa fosse a única ocorrência de situações como essa, estava enganada. Em todas as salas, era a mesma coisa. O professor Flitwick na verdade caiu da sua pilha de livros quando entramos, jogando seu chapéu acidentalmente pela janela.

A situação piorou no jantar, quando entramos e antes que fossemos para direções diferentes meu próprio corpo me traiu e se inclinou na direção de Scorpius, dando um selinho. Merda, Rose. Merda. Ouvimos algo parecido com um “uuuuh” coletivo, e eu corri para meu lugar na ponta da mesa, ao lado de Lily e de frente a Dominique, que observava James a distancia. Na verdade, eles se observavam a distância. Patético, mas se no final eles se acertarem vai ter valido a pena.

-Lily- cutuquei minha amiga com força, enquanto ela parecia elevada a um mundo ao qual nós não tínhamos acesso, ou seja, estava sonhando acordada. Por todo o dia, eu notei a aproximação entre ela e meu irmão. - como está Hugo?

Ela soltou os talheres na mesa.

-Bem, para quem levou um fora. Ele até me pediu desculpas por ter ficado esse tempo todo praticamente me ignorando- ela respondeu, não contendo a animação na voz. - Mas estou tentando seguir o seu conselho e não levar tudo a sério. Sem muitas esperanças.

Fingi que não notei o “muitas”, mas antes que pudéssemos continuar a conversa, Dominique interrompeu.

-Rose e Scorpius causando em Hogwarts, hein?- ela comentou, colocando o prato vazio de lado. - Vocês são o assunto do dia. Da semana. Do ano.

-Isso é uma coisa boa?- perguntei.

-Hum, depende- foi a resposta da loira. - Eu acho uma coisa boa. Mas isso te torna incrivelmente popular, então...

-Eu sabia as consequências.

-Consequências que incluem se apaixonar?- Dominique mandou, sem mais nem menos. Pensei que ela estivesse brincado, mas juro que nunca vi tanta seriedade nos seus olhos azuis.

-Como? O quê? Não. Nunca. Aquele selinho... só estava fazendo o que a sua regra pedia.

Lily ouvia nossa conversa atentamente. Dominique continuou no assunto, para o meu desespero.

-Rose, eu entendo de paixões reprimidas. Elas têm fases. O ódio mortal. Depois a negação. Depois o desespero porque aquilo é mesmo real. E depois a aceitação.- ela listou nos dedos enquanto falava.- Eu sei que é uma aposta, mas... e se for mais que isso?

Lily quase teve uma sincope ao meu lado, apenas balançando a cabeça repetidas vezes em concordância.

-Não acho que é assunto para conversar aqui.

-Não tem ninguém prestando atenção. Ou ouvindo.- Lily se meteu, e Dominique sorriu.

A loira encarou Lily, e olhou a volta, depois voltou a pousar os olhos em mim.

-Tudo bem, você está certa- depois que Nique falou isso, Lily soltou um suspiro irritado. - Mas não pense que vai fugir do assunto, Rose Weasley.- e então ela se levantou, deixando a “ameaça” no ar.

Me virei para Lily.

-Nem. Um. Palavra. Sobre. Isso.

Ela ergueu as mãos, rindo.

-Não fui eu quem comecei.

Continuamos com outros assuntos amenos enquanto terminávamos a jantar, e estava quase me levantando quando senti uma mão no meu ombro. Me virei para encontrar os olhos cinzas típicos dos Malfoys.

-Posso acompanha-la até sua torre?- ele perguntou, fazendo uma reverência. Eu ri, e olhei para Lily que assentiu.

-Vou encontrar Hugo na biblioteca, mesmo- ela disse, saindo rapidamente.

Ele se voltou para mim.

-E então, senhorita? Concede-me essa honra?

-Com prazer- respondi, aceitando o braço que ele oferecia e deixando os murmúrios para trás. - Por que eles têm que falar tanto?

Scorpius pareceu confuso por um momento.

-Sobre nós?- assenti e ele continuou- Você não gosta de atenção, não é, Rose?

Eu chutei o ar, me soltando do braço dele, mas me mantendo próxima o suficiente para nossos braços se tocarem por cima dos casacos.

-Eu não sei. Eu sinto que quanto menos atenção prestarem em mim, menos chances de que eu decepcione as pessoas.

Ele sorriu.

-Você nunca decepcionaria por querer, Rose.- essas palavras foram como uma faca. Minha vontade era sacudi-lo e dizer que só estávamos ali por causa de uma aposta idiota onde eu tinha que conquista-lo. Ele era quase um brinquedo. E eu ia quebrar seu coração, estava sendo ensinada fazer isso. - Rose?

Percebi que fiquei muito tempo quieta.

-É. Você está certo. Mas isso ainda não significa que eu goste que falem de mim.

-Você prefere ser ninguém?

-Não sei, não sei Scorpius. Atualmente, eu acho que não sei de mais nada- despejei.

Ele arregalou os olhos, me segurando pelo pulso, porque eu tinha acelerado o passo.

-Rose- ele me encarou, e eu vi a preocupação em seus olhos. Foi como outra apunhalada. - Tem alguma coisa que você queira falar? O que... o que foi isso?

-Nada. - apressei em responder. Por um milésimo de segundo, cogitei contar, mas seria ainda pior. - Eu só me senti a vida inteira assim, sabe? Sem motivo mesmo.

-Tudo bem. Eu vou acreditar em você. - ele disse, e eu vi que estávamos em frente ao quadro da Mulher Gorda.

-E então, casal?- ela disse, com uma risadinha. - Sem assanhamentos por hoje, tudo bem?

Scorpius riu e eu acompanhei.

-Só um beijinho?- ele pediu e ela bufou.

-Vocês têm cinco minutos. - e fechou fortemente os olhos, também tapando os ouvidos.

-Cinco minutos? Ela até que foi boazinha- ele riu, me puxando pela cintura. - E agora- continuou, perigosamente perto da minha orelha. - Eu posso fazer isso de novo.

Mais uma vez, meu cérebro parou de funcionar no momento que ele me beijou. Eu senti meu corpo se arrepiar enquanto ele passava a mão nas minhas costas, e puxei seu cabelo. O tempo pareceu voar, porque a voz da Mulher Gorda nos fez separar novamente.

-Parou a pouca vergonha. Francamente, os jovens de hoje...

Scorpius me soltou e piscou. Eu ri, enquanto observava-o cruzar o corredor, com as mãos nos bolsos.

Para minha surpresa, a Mulher Gorda me olhou e piscou também.

-Boa, Weasley. Ele é um gatinho. Pena que seja sonserino...

Ah, se você soubesse dessa história a metade... Pensei, enquanto cruzava o salão comunal. Iria correr para baixo das cobertas e tentar organizar meus pensamentos que já estavam além de qualquer organização. Porque o impossível estava acontecendo, e Dominique tinha razão. Eu estava sofrendo as consequências, e estava me apaixonando por Scorpius Malfoy.


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Notas finais do capítulo

E então? Scorose arrebentando na cara de Hogwarts UH UH É SCOROSE UH UH (what? isso fez algum sentido?).
Por favor, aceitem as desculpas dessa autora enrolada hahaha. Eu queria mesmo ter postado na semana que cheguei da Disney, que foi semana passada, mas não deu. Falando em frequência de postagens... Má notícia: meu boletim com duas (duas. eu sei, péssimo) notas vermelhas me rendeu além de um castigo, duas horas de aula particular por semana, mais estudar em casa. Então, acho que na melhor das hipóteses teremos capítulos uma vez por mês, até o ano acabar e isso se eu não ficar de recuperação.
Desculpem de novo pela nota enorme, mas acho importante avisar vocês dos motivos do meu sumiço e do porquê isso pode acontecer de novo. Triste mesmo, eu sei.
Reviews? Recomendações? Por favor, gente! Eu sei como a vida é difícil, e os reviews me animam e me fazem continuar, quem sabe não posto mais rápido? Por favor por favor por favor usem essa caixinha aí embaixo e deixem seus reviews! Eu sei que muito mais do que a metade é leitores fantasmas, então apareçam, seus lindos!

xoxo
—Bruna