[M.U.]

Minato se juntou aos amigos próximo da árvore com balanço, bem próxima da entrada da Academia Ninja. Eles acenaram para ele e o cumprimentaram, e ele se sentiu mais à vontade entre eles do que em casa.

“Do que estavam falando?”

“Mikoto Uchiha.” Asuma o inseriu no assunto. “Na verdade estávamos falando de meninas no geral, mas ai o idiota do Ryuji decidiu dizer que ela era bonita, e ai eu tive que desenterrar o que todo mundo já sabe e evita dizer.”

“E o que seria isso?” Minato estava genuinamente curioso.

“Qual é, você sabe. Ela não pode ser boa coisa. Uma maçã não cai longe do pé. Sorte a nossa que o clã dela está quase em extinção.”

“Não pode falar de pessoas como se fossem animais.”

Asuma olhou para Minato, sentindo-se desafiado. “Preciso te lembrar de quem eram aquelas pessoas? O irmão do pai dela matou os próprios pais. O pai dela quase matou o seu várias vezes!”

“Se o meu pai superou isso, Asuma, quem é você para dizer o que é imperdoável e o que não é?”

“Se o seu pai realmente superou isso, por que ninguém conhecia essa garota? Por que eles não são amigos? Pode me responder alguma dessas perguntas?”

A resposta era não.

Minato olhou ao longe, para onde estavam Mikoto e Akira. Os dois pareciam bem próximos, e ela parecia perfeitamente normal na sua concepção. Não parecia uma assassina, ou mesmo a filha de um. Ela era uma garota como qualquer outra.

“Não me diz que tá apaixonadinho por ela!” Asuma o pegou desprevenido. Sacudiu a cabeça em negativa, tentando contornar a situação.

“Não é isso.”

“Bom, é o que está parecendo. Tá olhando pra ela com uma expressão engraçada.”

A verdade era que Minato de fato achava Mikoto muito atraente, e, além disso, ela era a única garota em Konoha que ele não havia visto antes, o que certamente influenciava bastante.

Também estava ciente do problema que isso criaria para si se levasse adiante.

[M.H.]

“Então seu pai e sua mãe... se separaram?” Akira recapitulou, parecendo pouco impressionado com a informação. “Meus pais fazem isso o tempo todo, deve ser só mais uma briga qualquer.”

“Eles nunca brigaram desse jeito antes.” Ela enfatizou. Estava um pouco impaciente, mais pelo fato de que Akira não estava dando a devida importância à situação. “Dessa vez foi diferente. Eles se olharam... meu pai... eu não sei explicar, mas quando ele a viu indo embora, não havia absolutamente nada nos seus olhos. Medo ou tristeza, nada.”

“O que isso significa?”

“Que talvez ele não goste da minha mãe. Talvez nunca tenha gostado, e eu não tenha reparado antes.”

“Isso parece impossível. Se ele não gosta dela, por que os dois tiveram você? Por que continuaram juntos?”

“Se uma das duas partes ama, já é o bastante para um deles.”

Akira olhou para Mikoto por certo tempo, e ela franziu as sobrancelhas, estranhando a sua atitude. “O que foi?”

“O que você acabou de dizer... foi bem maduro. Bom, enfim. Você tem que conversar com ele, pelo visto ele se importa muito com você. Tenta perguntar o que foi que causou esse surto nela, ele deve saber bem o que é. Deve ter a ver com o passado dos dois.

“Ele não vai me contar sobre isso, nunca contou. Mas talvez o seu pai possa responder!”

“Ao que parece, o meu pai não era próximo dos seus. Se tem alguém que pode responder isso, esse alguém é o Hokage.”

Mikoto riu sem humor. “Ah, claro. Como se ele fosse nos contar sobre o passado, oferecer um chá. Ótimos papos sobre quando meu pai o traiu, e minha mãe deu um pé na bunda dele. Vamos rir bastante, e depois serei exilada.”

“Você não pode perguntar, mas o Minato com certeza pode. Ele não negaria se você pedisse pessoalmente, e explicasse a situação. Diz que é de vida ou morte, que você tem que achar a sua mãe.”

“Acha que ele vai ajudar?”

“Tenho certeza.”