Naruto : Next Generation escrita por MarieClaire


Capítulo 10
Cap.10 E os anos passam


Notas iniciais do capítulo

Agora sim , a história começa a ficar realmente divertida de escrever . Tirando o fato de eu ter que revirar a internet e saber tudo sobre sharingan ! kkkkkk Não que essa parte não seja legal , muito pelo contrário , está sendo muito interessante pesquisar sobre isso .

Esse capitulo ficou bem grandinho com relação aos últimos , de qualquer forma , espero que gostem desse tambem .



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4 anos depois.

Minato Hyuuga versão atual: 

 

[Minato]

 

"Rin!" Minato segurou a mão da garota, vendo o rosto dela desesperado por entre os fios de cabelo grisalhos. "Ficou maluca?!"

"Minato, me tire daqui!" Era uma ordem, não um pedido. Ela segurou a mão dele com toda a sua força, e Minato a puxou para cima. 

Há cerca de uma semana estavam nessa missão, e agora finalmente haviam conseguido cercar o prédio com explosivos. Minato tirou Rin da beira do prédio e a colocou em suas costas sem muita dificuldade. Ela se agarrou a ele com firmeza, sentindo-se em segurança outra vez. 

"Obrigada." Ela agradeceu baixinho, ao pé do ouvido dele. Minato olhou para os lados, o semblante preocupado. 

"Onde estão Asuma e o sensei?" Quis saber. 

"Não sei bem. Asuma disse que ia lá embaixo detonar os explosivos, mas o sensei não apareceu ainda. Deve estar retirando os ninjas detidos do local." Deduziu, sentindo que a situação não melhoraria tão cedo. "O que vamos fazer agora?"

"O sensei disse que ficaria com Asuma, então só o que podemos fazer é confiar nele e dar o fora daqui. Ou seremos detonados junto com o prédio." Ele alternou o olhar dos arredores para a perna ensanguentada da companheira de time. "Esse ferimento, estou preocupado com isso."

"Depois Asuma pode me ajudar." Ela garantiu. "Se preocupe em nos tirar daqui por enquanto."

"Não banque a durona, Rin. Eu te conheço. Assim que sairmos daqui vai começar a chorar. Agora vamos."

 

Ele segura ela firma, e passa a correr pelas escadas, saltando os obstáculos no caminho. Quando chegam na metade da escadaria, o som de primeiro andar sendo detonado é só o que conseguem ouvir. 

"Minato, ah não... Merda! Merda! Merda!" 

"Para de gritar no meu ouvido, porra!"

A construção já ameaçava desmoronar. Não chegariam ao térreo, em menos de um minuto o segundo andar detonaria, e então o prédio cairia. Tinham menos de dois minutos para sair dali. 

"Nós vamos morrer!" Rin agarrou o seu pescoço, enforcando-o. Ele tentou se livrar do agarro, ao passo em que pensava num plano B. Olhou para o lado, observando a janela. O vidro não é grosso, pode quebrá-lo facilmente. Ele dá certa distância, Rin ainda enforcando-o, e corre na direção da janela, ouvindo a amiga gritar em seu ouvido. Ela finalmente solta o seu pescoço, e ele a solta, colocando-se de frente para ela. Suas costas batem contra o vidro, estilhaçando-o, e o terceiro andar explode lançando destroços em cima dos dois.

Minato abraça Rin com força, respirando fundo para manter a calma. Os destroços que caem ao seu lado têm de ser seus aliados e agora, e ele os usa de plataforma. Coloca Rin em suas costas outra vez, saltando de pedaços de paredes em mesas, aproveitando qualquer chance de diminuir o impacto com o chão. Quando estão bem próximos do térreo, Minato avista Asuma se aproximando, e lança Rin em sua direção. Ele consegue agarrá-la no ar ainda, saltando para pegá-la, e, quando desce, não pode fazer mais do que assistir o amigo tombar. 

Então tudo fica escuro. 

...

 

"Minato!" Ele sente o seu corpo sendo sacudido algumas vezes. Não reconhece bem a voz que o chama, mas sabe que aquele é o seu nome. Estão falando com ele. 

O corpo inteiro dói. As pernas e os braços, principalmente. Mas ao menos ele pode senti-las. Abre os olhos devagar, com dificuldade até. 

O primeiro rosto que vê é o de Rin. Está respirando com dificuldade, e percebe que ela está mais assustada do que ele próprio. "Olá." Diz, para acalmá-la. 

"Você quer me matar do coração?!" Ela de repente já está gritando com ele. "Eu achei que fosse morrer!"

"Não era tão alto assim." Asuma menospreza, aparecendo no campo de visão limitado do Uzumaki recém-acordado. "Não precisa ser tão escandalosa, Rin."

"Exagerada?" Ela repetiu, sentindo-se ofendida. "Ele podia ter fraturado o corpo todo, batido com a cabeça! Seu, seu... idiota!"

"Oh, não! Idiota?!" Asuma ri, debochando dela. "Essa me ofendeu de verdade."

Os dois continuaram discutindo um com o outro, e a cabeça de Minato estava prestes a explodir. Latejava, o corpo doía, tudo estava errado naquela situação. Quis pedir que os amigos calassem a boca, mas nem mesmo tinha voz para isso. 

"Já chega, vocês são mesmo um bando de inúteis." Konohamaru-sensei se aproximou dos três, olhando de esgueira para Minato ao chão. "Minato, chega de corpo mole. Seu pai já ficou bem mais ferido e fez muito mais do que você. Francamente, qualquer um que se considere um ninja já deveria estar de pé."

"Foi uma luta impressionante contra o terceiro andar." Asuma concordou, fazendo o sensei rir. Konohamaru deu um tapinha nas costas do aluno, que de repente se transformou num aperto ameaçador. 

"E quanto a você, Asuma? Achei que tinha deixado claro que deveria detonar quando seus companheiros saíssem do prédio, ou será que não ouviu bem essa parte?"

"Desculpe, sensei."

"Faça sua parte e ajude a Hatake."

"Por que não consegue me chamar pelo primeiro nome?" Rin cruzou os braços, e já estava pronta para continuar a discussão se não fosse pelo puxão que Asuma deu em seu braço, trazendo-a para perto. Sentou-se no chão, ao lado dela, e puxou a perna da garota para si, examinando-a. 

"Respire fundo, repetidas vezes." Asuma a instruiu, enquanto usava um ninjutsu médico na perna dela. Pegou faixas em sua sacola para lavar o ferimento, e encheu a tigela com o resto de água que tinha no cantil. 

"Não devia gastar a água que temos com isso." Ela advertiu. 

"Se sua perna infeccionar, teremos um problema muito maior do que a água. É bom estabelecer prioridades."

 

Ali perto, Konohamaru ainda encarava Minato com certo desprezo. 

"Quando vai levantar? Não vou te carregar, se é o que está pensando."

Minato queria respondê-lo, ele realmente queria, mas formular frases seria gastar energia com trivialidades. Ele mal conseguia se erguer. Respirou fundo algumas vezes, tentando se recuperar, e apoiou o corpo nos cotovelos, erguendo a cabeça. A dor foi forte, mas não insuportável. Ficar deitado era pior.

"Isso, muito bem. O filhinho do papai está conseguindo. Quer um doce? Um parabéns?"

Minato nem mesmo podia dizer o que queria, pois seria muito desrespeitoso da sua parte para com o sensei. Em vez disso, se manteve em silêncio, erguendo o corpo cada vez mais, até finalmente estar sentado. Tentou mover as pernas, e conferiu que estava tudo bem com elas. Nenhum osso quebrado. O tornozelo doía, mas não muito. Nada de torções. 

"Quanto estiverem prontos..." o sensei disse alto, para os três alunos "podemos ir embora. Podem chorar e se lamentar por uma meia hora, no máximo. Depois disso vou partir com ou sem vocês."

 

 

Minato suspira, incapaz de ouvir a voz de Konohamaru outra vez. Levantou-se com dificuldade, forçando as pernas a se moverem, e andou pressionando o braço dolorido até os outros dois companheiros de equipe. Rin sorriu para ele, como sempre fazia, mas logo o sorriso abandonou o rosto dela. A dor da ferida a fazia contorcer o rosto. "Ei, ei, tá doendo!"

"Devia tomar mais cuidado, então."

"Concordo." Minato se sentou ao lado de Rin. "Pelo menos está tendo tratamento. Konohamaru-sense' praticamente cuspiu ofensas na minha cara, e achei que levaria um chute se não levantasse."

"Provavelmente levaria mesmo." Asuma comentou. Estava concentrado na cura da perna de Rin, e vê-lo trabalhando com seriedade era uma visão e tanto. Raramente ele se empenhava em algo. Ninguém nem mesmo acreditou quando ele disse que queria ser um ninja médico. 

Rin tocou o braço que Minato pressionava com delicadeza, e ele permitiu o toque. "Está doendo muito?"

"Um pouco. Suportável. Prefiro ir para casa logo do que passar mais uma hora nesse lugar. Ah, Asuma. Tem algo de errado com meu tornozelo. Está doendo razoavelmente, mas tenho quase certeza de que não está torcido."

"Pode ser uma luxação, ou talvez uma entorse. Depois vou avaliar."

Quando Asuma terminou de tratar a todos, os três se levantaram. Asuma apoiou Minato em seu ombro, e só o que Minato sentiu foi alivio. Finalmente estariam retornando à Konoha, depois de uma missão que durou um exaustivo mês longe de casa. 

 

[Mikoto]

 

"Será que pode ir mais rápido?" Mikoto perguntou, já pra lá de impaciente. "Não aguento mais essa maldita missão."

"Já expliquei a você que falta de paciência é um problema sério." Ele a repreendeu, embora ele próprio tivesse o mesmo problema de temperamento. Mikoto sabia disso, mas preferiu guardar o comentário para si. "Estamos próximos do mercado negro. É só entregar, pegamos o dinheiro, e ai está acabado."

"Está acabado?" Ela repete, rindo secamente. "Vindo de você chega a ser espantoso. Já imagino que descanso não está nos seus planos futuros."

"Cada vez mais esperta." Itachi quase sorri. "Depois que acabarmos aqui, vem a parte divertida para você, Mikoto. Pela primeira vez em tempos."

Mikoto franziu as sobrancelhas, incerta sobre o que aquilo queria dizer. 

"Parte divertida?"

"Retornaremos a Konoha. Ou, melhor dizendo, você retornará. Eu apenas assistirei a sua atuação, tomando certa distância."

"Konoha." Ela repetiu, como se saboreasse a palavra que não pronunciara durante anos. "Não sabia que um dia voltaríamos."

"O que foi? Saudades do seu amor?" Itachi estava, visivelmente, se divertindo às custas dela. "Chega a ser patético."

"Ah, Itachi, faça-me o favor." Mikoto rola os olhos escuros. "O que está querendo com isso? Só testar minha lealdade?"

"Só?" 

O modo como ele sugere isso a faz pensar que está certa. 

"Bom, se é assim que deseja, é assim que farei. Mas não será nada grandioso ou que acrescente meu treinamento."

"Isso não cabe a você decidir, não acha? Sou eu quem diz o que deve ou não aprender."

 

 

Ela não o responde outra vez. Os dois seguem pela estrada até chegarem ao mercado. Um homem de capuz os aguarda em uma das tendas mais escuras e cheias de amuletos e armas. Os olhos de Mikoto brilham ao ver tantos metais e quinquilharias espalhados pelos varais e tábuas. Ela adorava coisas novas, e gostava muito de presentes. Itachi vivia mimando-a com coisas do tipo. 

"Escolha alguma coisa." Ele sugeriu. "Eu tenho que conversar com o cliente por alguns instantes. Tente achar algo não muito afiado."

"Não sei se vai ser possível."

Itachi e o homem se reuniram em um canto afastado da tenda, e Mikoto tomou tempo observando os amuletos espalhados. Um dos colares prateados chamou a sua atenção, com um pingente metálico redondo. 

Era extremamente simples, mas ao olhá-lo por alguns segundos seguidos, uma espécie de visão surgiu, mostrando sua antiga casa. Ela reconheceria aquela estrutura em qualquer lugar. O modo como as árvores se moviam com o vento, os degraus antigos da varanda, onde ela costumava sentar para esperar pelo retorno de Sasuke. 

Sasuke. Ela não pensava nele já fazia tempo. 

Não era uma ilusão, o colar havia mostrado sua casa mesmo. Mas ela não entendia como. 

"Esse não está à venda." O dono da tenda avisou, pegando o colar apressado. 

Mikoto arqueou uma sobrancelha, mas foi Itachi quem o interrogou. 

"Por que não?" Se aproximou perigosamente. "Acho que podemos pagar o preço que for por ele."

"É uma raridade. Gosto de colecionar algumas coisas." Ele sorriu falsamente, sem êxito em convencer os dois Uchiha, que trocam um olhar no mínimo audaz. Aquele olhar quer dizer muitas coisas, e Mikoto sorri, divertindo-se. Sabia que se o homem não cedesse Itachi acabaria com ele ali mesmo. E o homem, que também não era burro, acabou entregando o colar à Mikoto. 

"Sábia decisão." Ela disse, pegando o colar. O dono da tenda engoliu em seco, e Mikoto sabia que ele estava pensando em tomar alguma atitude. Seus olhos procuravam armas ao seu redor, e ela se controlou para não rir quando ele tentou pegar a espada debaixo do seu manto. Antes que pudesse alcançá-la, Mikoto segurou-o pelo pescoço, o erguendo sem esforço algum. 

 

"Por que tão desprezível, hein?" Ela murmurou, sendo assistida por Itachi. O homem foi ficando roxo diante dos dois, os pés balançando em busca do chão, e o seu desespero a entediou. "Você pode sempre escolher ser bom ou ruim, sabe. Não costumo julgar ninguém por levar uma vida pouco honrada, mas você nem mesmo isso fez direito. É ofensivo para gente como eu que gente como você exista."

E, quando terminou o pequeno discurso, ela apertou o pescoço do homem, quebrando os ossos da região, e com um estalo ele calou-se eternamente. Os pés já não se moviam mais. 

Itachi observou tudo sem muita expressão. Mikoto era uma boa aprendiz, bastante esperta e forte, mas ele se perguntava se aquilo seria o bastante quando retornassem à Konoha. Estava ansioso para ver o quão Uchiha aquela menina realmente era. 

 


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Notas finais do capítulo

E ai , como ficou ? Gostaram da evolução do Minato e da Mikoto ? E digam que sim por favor , senão meu coração se parte KKKK