Hesthia, Ainda Há Esperança escrita por Luiza Rabelo


Capítulo 37
É chegada a hora


Notas iniciais do capítulo

DEMOREI DEMAAAAAAAAAIS! eu sei, mas gente, desculpa. :3 A história já esta no final; e vocês, que acompanham ela desde o início já leram 154 páginas :D Mas é isso, só não reparem na Lua que eu fiz heueheu. Lua Caseira.



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  -Já imaginava... –Adella lamentou-se

  -Não só você. –Sebastian comentou.

  -Não importa se ela está viva e que pretende nos matar. Eu me garanto, não sei vocês, mas eu a mato antes. –Wrath disse com firmeza.

  -Pelo jeito, Antonella não é querida por aqui... –Shiva disse.

  -Shiva, ela matou seu cavalo. –Adella disse sem pensar a verdade, creio que não foi de propósitos, apenas por puro impulso.

  -Vadia! –Shiva gritou, e, acho também por impulso.

  -Creio que todos nós guardamos ódio por Antonella agora... –Conclui.

 Faltavam apenas três dias para a Guerra, e neles, passamos madrugadas em claro, treinando, planejando, arquitetando planos, que porventura haviam um ponto ruim, sendo assim não úteis para nós. Eu e Sebastian não nos beijávamos com frequência, igualmente Shiva e Wrath; apenas trocávamos abraços inseguros, pareciam que nós dizíamos através deles que estávamos inseguros de nos perder um dos outros na Guerra, a única certeza que tínhamos era de não ter certeza de nada. Estresses aconteceram, desculpas foram solicitadas, agonias se tornavam intensas e o tempo decrescia. Parecia que os animais previam que tempos de guerra chegavam e procuravam um refúgio no qual pudessem se proteger. Alces, como eram de costume, sumiram; borboletas monarcas, fugiram; ursos pardos, estavam hibernando, toda aquela realidade se transformara em um cenário de neutralidade. Abaixo das névoas que dominavam o céu e a cor branca que dominava a terra, estávamos nós. Nós éramos algumas das poucas coisas que ainda emitiam cores naquele cenário de inverno rigoroso. Particularmente, as cores neutras, cinza e branco, não me confortavam, para mim, significavam tempos de frio, sem afetos, sem emoções, representava apenas algo que não fazia muita significância. Mas o fato era que a Guerra havia chegado. E o dia, para “ajudar”, não amanheceu convidativo.

 Acordei de manhã, bem cedo, havia acabado de clarear o dia, mas não notava-se que o Sol já estava ao céu. Olhei para o lado, Sebastian ainda dormia, não me assustava mais ao olhar para meu lado esquerdo e me deparar com um lobo deitado ao meu lado. De acordo com ele, quando esta na forma de lobo, se sente mais aquecido quando está na forma humana, o que me levava em desvantagem, além de ter que ficar por um fio da cama e o chão, não tinha com quem eu me esquentar, então era arranjar um modo de me esquentar e me manter segura em cima da cama enquanto dormia. Mas isto não era o que me atordoava em meus sonhos e pensamentos, e sim era o dia da Guerra, por mais que me esforçasse para permanecer calma, era impossível. Levantei-me da cama lentamente para não acordar Sebastian e fui me trocar. Neste tempo Adella me levou à uma vila próxima aonde morávamos e gastou alguns de seus Nectuns com vestimentas e poções para nossa segurança. Compramos roupas para todos, e poções essenciais nas quais não podiam faltar como de cura, de evasivas, entre outras, e apenas uma era uma das mais importantes, a de ressuscitação. Não queríamos compra-la, havíamos prometido em protegermos uns aos outros, mas era inevitável e por precaução a tal compra, a poção era cara, não podíamos comprar outra, então se algum desastre acontecesse com duas pessoas, uma teria de morrer.

 Fui até a porta, a fechei, cobri as janelas com uma cortina e deixei apenas uma fresta aberta para entrar luz no quarto permitindo que eu fizesse o que eu queria. Abri o armário em que se encontravam as roupas da Guerra, e comecei a me trocar. Retirei minha blusa e calça, apenas com as roupas íntimas, peguei a calça feita de couro, a coloquei sem fazer muito barulho, logo após a calça, pus uma blusa, e logo em seguida um espartilho, após gastar um longo tempo o colocando, peguei um “casaco” que me agradou e o vesti. Logo depois de ajeitá-lo em meu corpo, arrumei meu cabelo e não sei por qual motivo, naquela manhã fria, nevoenta, e triste, ele, meu cabelo, estava bonito. Estava meio cacheado nas pontas e liso da raiz ao meio dele. Meus olhos estavam mais marcantes, o verde havia se situado mais na silhueta dos mesmos. Respirei fundo, fechei os olhos, abri minha boca e deixei que o ar escapasse de mim lentamente por ela. Eu tentava estabelecer um modo de me deixar mais calma e esfriar meus pensamentos que estavam metralhando fatos que poderiam ocorrer naquela Guerra.

  -Calma. –Senti um ar quente falar ao meu ouvido. –Vou te proteger a cada milésimo que se passar. –Sebastian completou me envolvendo em seus braços.

 A voz de Sebastian era inconfundível e era um tom único que eu já havia escutado. Era grave, mas suave, tranquilizante, mas capaz de arrepiar. Era umas das várias outras coisas que eu gostava nele.

 Sebastian me virou para seu rosto, e, com uma de suas mãos, levantou minha cabeça, me forçando a olhar em seus olhos.

  -Lutarei ao seu lado. –Os olhos dele se prenderam aos meus. –Até a morte.

 Seus olhos se fecharam, juntamente com os meus. Um beijo longo, com pausas intercaladas, não era um beijo de tirar o fôlego, era um beijo reconfortante, no qual era o que eu precisava naquele momento. Seus braços fortes continuavam a me envolver, mas estavam mais fortes me pressionando contra seu corpo, que, por incrível que pareça, estava coberto por uma blusa juntamente com um casaco. Meus braços se apoiavam em sua nuca, o abraçando fortemente. Era como se nossa ligação corporal não pudesse estar mais perto uma da outra.

 Depois de um pequeno tempo, nós paramos de nos beijar, e aquilo havia me acalmado. Abracei-o pela cintura e ele envolveu meus braços. Ficamos naquela posição por um longo tempo, apenas escutando nossas respirações, e, no meu caso, os batimentos do coração de Sebastian, pelo fato que minha cabeça estava apoiada em seu peito. Seus batimentos estavam calmos como sua respiração. Seu coração batendo era como uma canção que meu pai cantava para mim quando eu era menor, quando eu ia dormir. Me tranquilizava, me fazia sentir mais segura, e me deixava um pouco sonolenta. Através do último fato resolvi sair do abraço para que eu não ficasse com sono.

  -Cansou? –Sebastian perguntou em minha frente.

  -Seus batimentos me dão sono. –Sorri levemente de lado, e joguei uma parte do meu cabelo para um lado. Sebastian sorriu e disse.

  -Nossa; o que aconteceu com você? –Ele disse me olhando desde o meu pé até aos meus olhos.

  -Como assim? –Perguntei sorrindo.

  -Não que você não seja, mas, Selene, você está de parabéns essa manhã! –Disse me elogiando.

  -Não sei de onde tirou isso.

  -Tsc, Tsc... –Sebastian disse se lamentando. –Você se mostra inocente mas eu já sei o que você fará nesta Guerra; belo plano! –Finalizou, me deixando confusa.

  -Plano?

  -Sim, seu cabelo, seus olhos, seu corpo, seu jeito. Vai seduzir os outros clãs... –Concluiu rindo.

  -Claro que não idiota! –Falei brincando.

  -E seus peitos quase pulando para fora, eu sei que querem dizer um “oi”. –Ele disse gargalhando.

 Eu apenas o olhei séria, mas não durou por muito tempo, aquilo foi idiota, mas ao mesmo tempo engraçado. Estávamos lá, gargalhando, praticamente mortos pela piada idiota de Sebastian. Até que decidimos que era a hora de parar. Devíamos acordar os outros integrantes e começarmos a nos arrumar para a Guerra que se aproximava com a chegada da noite.

 Fomos até o quarto de Adella e a acordamos, logo depois, fomo até o quarto de Wrath e Shiva, mas eles estavam acordados e preparando o uma comida para nos alimentarmos naquela manhã. Após todos estarmos arrumados, com as roupas de Guerra, e devidamente alimentados, tentamos arquitetar algum plano para o combate caso houvesse alguém ferido ou para atacar alguém. Depois de muito discutirmos e o tempo passar ligeiramente rápido, chegamos à um consenso, e lá estávamos nós, com fome novamente, fizemos uma refeição reforçada, com variedade de frutas, peixes e outros tipos de alimentos. Depois de comermos estávamos logo treinando o plano e treinando nossos golpes. Fizemos isto na sala, era um lugar grande e espaçoso, apenas movemos o sofá para um canto e treinamos.

 Era como se alguém controlasse o tempo estivesse ansioso para a Guerra e estivesse acelerando o tempo continuamente, por um momento pensei em Adella, mas ela não poderia ser; ela era uma de nós que estávamos com agonia da Guerra que se aproximava. Já estava começando a escurecer. Meu coração acelerou, e por mais que eu estivesse com trajes que me forneciam calor o suficiente eu estava tremendo. Apesar das frases de Wrath e Sebastian tentando me fazer ficar mais calma, não funcionava; Adella, ela parecia como quando eu a conheci, fria, sem expressões, a Guerra estava a tornando com sede de vingança. Quando eu a olhava, ela me olhava de volta com um olhar profundo, parecia que me ameaçava, ou estava se sentindo ameaçada, mas ao mesmo tempo parecia uma psicopata escolhendo sua próxima vítima para atacar.

 O tempo se passou, é chagada a hora, pegamos nossos acessórios, nossas poções, nossas “armas”, e lá fomos em direção aos pégasos. Shiva subiu no seu, Wrath igualmente, e eu fiz o mesmo. Sebastian se transformou em lobo e Adella subiu em cima dele. Quando dei a direção para Hunter, me arrepiei toda; abracei-o pelo pescoço e quando ele começou a trotar para o local, ele disse: “Aqui vamos nós.”. Ao longo do caminho fiquei observando Adella segurando seu relógio com toda sua força, sendo que ele estava em seu pescoço, parecia que se ela o perdesse, perdia sua vida.

 Chagamos ao campo de batalha, gigante, porém vazio. A neve cobria a terra, e o lago que havia ao nosso lago estava descongelado, de acordo com Wrath aquele lago não secava nem congelava por isso o nome: “O lago da infinidade.”. Fomos para nossas posições. Wrath subiu em cima de uma das grandes árvores que cercava o campo, eu fiquei à frente do lago, Shiva ficou ao lado de Adella embaixo da árvore em que Wrath estava escondido e Sebastian, ao meu lado. Ele me olhou e me disse apenas com seu olhar que ficaria ao meu lado a qualquer instante. Eu tentei sorrir para ele mas pareia que meu sorriso havia sido dizimado da lista das minhas expressões naquele momento. Em alguns instantes apareceram outras pessoas de outras tribos, cada uma delas parecia mais considerável mente mais forte do que eu. Respirei fundo e ao rodear meus olhos pelas pessoas que estavam aparecendo meus olhos foram de encontro aos de Antonella. Ela deu um sorriso que me parecia como uma ameaça: “Vou acabar com você”, e, por instinto devolvi com o mesmo sorriso.  Olhei para a Lua e percebi que ela estava púrpura, como diziam, em anos, aquela Lua sempre aparece e eu nunca havia visto. Mas não era para me importar com aquilo naquele momento, precisava manter foco na Guerra; por um momento me questionei como começariam a Guerra, mas tudo revelou-se quando a Lua Púrpura começou a se desfazer, como um Eclipse, só que mais lento. Respirei fundo, e percebi que a Guerra acabara de começar, naquele momento, senti algo tocar meus ombros e escutei uma voz dizendo: “Estou ao teu lado, aconteça o que acontecer.”. E percebi que aquela voz era de meu pai.


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Notas finais do capítulo

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