Hesthia, Ainda Há Esperança escrita por Luiza Rabelo


Capítulo 3
A resposta que mudou meu destino




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Eu não sabia o que falar, eu não fazia a mínima ideia do que seria Hesthia, eu pensei que se eu perguntasse eu faria papel de idiota, mas preferi deixar bem claro o que seria Hesthia, vai que é alguma coisa indesejável? Só perguntando para saber.

–Olha, eu não sou dessa redondeza, e quando a Adella me encontrou, eu estava perdida; então seria uma idiotice eu perguntar o que é Hesthia?

–Claro que não! Mas espera, de onde você é? –Antonella perguntou.

–Eu sou de Thundera. –Respondi.

–Mas Thundera não é a cidade que fica dentro do mar? –Questionou.

–Sim.

–Não era para você ser uma sereia?

–Bom... E sou! Mas eu pedi para uma feiticeira pernas ao invés de barbatana. –Contei.

–Mas você sabe que elas são temporárias... Certo?

–As minhas não. O frasco que tomei era para ter pernas para sempre.

–Você é corajosa... –Ela disse séria, mas logo contrariando. –Mas é doida. –O que me fez rir.

–Eu estava cansada de tudo aquilo, só porque eu tenho poderes não quer dizer que eu tenho que fazer tudo. –Eu disse.

–Eu te entendo... –Antonella confessou.

–Também fazia tudo onde morava? –Perguntei.

–Eu fazia tudo corretamente, e ainda queriam mais. Minhas irmãs não faziam nada, só davam ordens e eram adoradas por todos. –Antonella disse indignada.

–Tem irmãs?

–Sim. Mas elas estão com minha mãe, Afrodite.

–Que lindo o nome de sua mãe, é em homenagem a Deusa Afrodite? –Questionei.

–Minha mãe é Afrodite. –Ela disse.

–Agora está tudo explicado.

–O que está explicado? –Ela perguntou confusa.

–O fato de você ser linda, e perfeita. Puxou sua mãe. –Eu disse rindo, o que fez a rir também.

–Para! Você é linda também! Esses seus cabelos ruivos, olhos verdes, você que é perfeita, isso sim! –Ela disse rindo e eu ri também. –Mas enfim, vamos voltar ao assunto de você entrar no nosso grupo.

–Oh, sim! Já ia me esquecendo.

–Então, á muito tempo atrás, existia um clã de heróis, cinco super poderosos que davam conta de tudo, como eu e você. Eles combatiam pragas, monstros inimagináveis, cada um pior do que o outro. Os cinco poderosos eram todos irmãos: Foghus Joyner, Ulisses Joyner, Freddie Joyner, Erah Joyner, e Oliver Joyner. Todos eram muito unidos, não escondiam nada um do outro, nunca brigavam, apenas discutiam, mas sempre com calma, sem levantar a voz, tudo era tranquilo. –Antonella deu ênfase na palavra “era”, e continuou. –Até que em um dia, Foghus comentou com todos que estava saindo com a mulher de seus sonhos, e que por mera coincidência, Oliver também disse a mesma coisa para todos. Erah teve a ideia de fazer um baquete em comemoração aos novos casais, e decidiu chamar as novas mulheres para o mesmo, o que Erah estranhou foi que as duas possuíam a mesma voz, mas ela achou que aquilo não passava de outra coincidência. Chegando no dia do banquete, todos estavam prontos para recebê-las com toda a atenção e carinho possível, o banquete já estava pronto e arrumado com todos os detalhes; e depois de um pequeno tempo, a campainha tocou, e quando Foghus e Oliver abriram a porta, só havia uma mulher, e os dois disseram juntos: “Amor!”. Neste momento, um choque se criou no aposento, até Ulisses gritar: “Ela é uma ninfa!”. A mulher saiu correndo, enquanto Foghus e Oliver trocavam olhares furiosos, não tinha muito que fazer; se corressem atrás da ninfa, ficariam perdidos e presos na Floresta da Perdição, que é onde as ninfas moram e são invulneráveis a tal lugar. Aquele choque causou tanto impacto na vida dos dois heróis que foi a ponto de acabar com todo o clã. Revoltados com tudo isso, cada um dos heróis fundaram seus próprios clãs, Erah, a mais boazinha do grupo, fundou Hesthia, que é o que nós estamos, Ulisses fundou Chronos, Freddie fundou Koppa, Foghus fundou Emporium e Oliver fundou Hyrule. E até hoje, todos os anos, há a Guerra da Lua Púrpura, que é onde muitos morrem, e poucos sobrevivem; e nosso grupo está quase extinto, por que ninguém quer se recrutar, e sem um conosco, o clã todo desaba. E você é perfeita, você controla a água, é o que faltava para o nosso clã, sendo destino ou não, algo te trouxe até nós, e acredito que não foi por acaso. –Antonella terminou com um olhar esperançoso para mim.

–Wow, que história! Mas acho que não foi o destino que me trouxe aqui, e sim minha teimosia de ter pernas, foram elas que me guiaram. –Eu disse rindo, e ela completou me fazendo rir mais.

–Obrigado pernas! –Ela disse rindo também. –Mas agora é hora de sua decisão. Lembre-se de que se você topar, lutará pelo nosso clã até a morte, terá de prometer ser fiel a todos, participar, e aprimorar seus poderes, e precisa jurar que nunca se envolverá com ninfas, elas são mais perigosas do que você possa imaginar. E então, Selene, aceita nossa proposta? –Antonella finalizou.

Eu não tinha muita certeza do que eu iria dizer, eu fugi de uma obrigação que eu tinha no mar, só para aceitar outra obrigação? Pensei. Mas meu coração batia mais forte quando eu pensava em aceitar, então, respirei fundo, sorri, e disse.

–Aceito.


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Notas finais do capítulo

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