Hesthia, Ainda Há Esperança escrita por Luiza Rabelo


Capítulo 25
Devorado pelo amor


Notas iniciais do capítulo

Acham que Sebastian e Selene devem continuar? (Sebene, okay, isso tá uma bosta, mas bora lá, finjam que ficou ótimo! hahahhh)



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  -Antonella nos fez de reféns. –Afirmei.

  -Ela não morreu? –Adella questionou confusa.

  -Não. –Sebastian disse sério, com frieza.

  -Idiotas não morrem cedo... –Wrath disse.

  -Quem é Antonella? –Shiva perguntou.

  -Você apenas precisa saber que esta substituindo o lugar dela. –Adella disse.

  -Por quê? –Insistiu.

  -Digamos que o passado dela não é bom com nós... –Wrath tentou esclarecer.

  -Então tá, mas mudando de assunto, viram meu cavalo?

  -Nenhum sinal... –Respondi.

  -Pensando melhor agora, acho que entendi onde seu cavalo se meteu... –Sebastian disse pensativo. –Antonella não tem só o poder de controlar mentes humanas, como de animais, então, eu acho que ela controlou a mente de seu cavalo, para que algum de nós fossemos procura-lo e nos fazermos de reféns até a morte... –Concluiu.

  -Então é provável que ele esteja morto? –Shiva temeu a reposta.

  -Provavelmente, sim. –Sebastian respondeu frio e foi para sua cabana.

  -Eu peço desculpas por ele... Não está muito bem... –Eu disse achando errado o que ele fez.

 Fui sentar aonde sempre sentava, e antes que Adella fosse falar comigo, percebi como Shiva estava mal com aquilo, e Wrath não sabia o que fazer com a situação.

  -Posso sentar aqui? –Adella perguntou.

  -Claro. –Eu disse chegando pro lado para que ela possa sentar.

  -O que foi aquilo?

  -O que?

  -Sebastian, o que aconteceu com ele?

  -Ele não ficou bem depois que aconteceu algo constrangedor comigo... –Eu disse desviando meu olhar para o chão.

  -O que aconteceu? –Adella voltou seu olhar para mim preocupada.

  -Digamos que Antonella, nos sequestrou, e com ela, havia dois capachos, e depois de um tempo aprisionados numa Igreja velha, suja, acabada, eles nos levaram para uma casa nas mesmas condições e começaram a tirar minha roupa, e quererem me beijar. Depois de uma luta cansativa contra os dois, sem poderes, eu desisti e não vi como afastá-los de outro jeito. Foi quando Sebastian retirou forças de algum lugar obscuro de seu peito e conseguiu escapar das algemas que eles o prenderam. E, amedrontando os capachos, foi a deixa para nós fugirmos, já que Antonella não estava na hora. –Resumi e logo me lembrei de uma questão importante. –Ah, Antonella está na liga de Foghus, Emporium.

  -Emporium? A Antonella é duas caras... –Adella disse indignando-se.

  -Acho que duas é pouco para ela... –Sarcasmo.

  -Por quê Emporium? É o nosso arqui-inimigo.

  -Talvez porque ela queira me matar dolorosamente e fazer com que todos vocês vejam minha morte lenta... –Eu a olhei.

  -Não deixaremos ela fazer isso...

  -Quem garante?

  -Eu garanto. Sebastian e tenho certeza de que sim, Wrath também, e Shiva, tenho minhas dúvidas, mas ela consequentemente garantirá. Aqui é um por todos e todos por um. Nós mais do que uma liga comum, somos basicamente uma família sem laços genéticos. –Eu sorri e olhei para cima, onde havia uma faixa de luz do Sol entrando e passando pelas copas das árvores.

  -Quanto a Sebastian, acho que acabou. E acho que assim é melhor, já era para ele ter me largado a muito tempo, sempre fui uma idiota para ele, e, ele me devolvia com amor e compreensão. E, nesse meio tempo, eu não tive nem senso de retribuir ou dizer que o amava.

  -E porque não diz?

  -Porque eu tenho medo do que vou receber em troca, se será apenas um sorriso forçado, ou um eu te amo falso, sinceramente, acho que depois de tudo o que fiz com ele, não temos mais chances...

  -Selene, o medo se alimenta das almas que não conseguem controla-lo. –O que me fez olhar para Adella imediatamente. Por mais que uma garotinha de poucos anos de idade não consiga dar conselhos concretos e que fazem sentindo. Este fez. Adella é uma garotinha que possui pensamentos de um adulto, a frase que ela havia acabado de dizer, me fez repensar em meu medo da resposta. Aquilo realmente me fez refletir sobre algo que passava longe de minha mente. –E é o que ele está fazendo com você agora. –Completou.

  -Você tem razão. No meu aniversário, que será daqui a cinco dias, eu direi que o amo. –Determinei-me. Adella sorriu.

  -Mas vocês chegaram a terminar, ou ainda continuam juntos?

  -Na verdade, nunca começamos. Mas eu disse para darmos um tempo para eu colocar tudo em minha mente organizado.

  -Como ele reagiu?

  -Normal e calmo. Aceitou e disse que mesmo assim irá me proteger como sempre protegeu.

  -Ele realmente te ama. –Adella afirmou rindo, e ri junto a ela.

  -Mas, não mudando muito de assunto, quando iremos até Austin? –Permaneci sorrindo.

  -Não sei, não temos muito tempo para isso... –Adella se lamentou e olhou para baixo.

  -Que tal hoje?

  -Hoje? –Surpreendeu-se.

  -Sim, não irei fazer nada mesmo... Sebastian e Wrath conseguem tomar conta do acampamento.

  -E Shiva?

  -Ela já é bem grandinha para tomar suas próprias decisões. Creio que irá ficar tudo bem. Mas o que acha?

  -Tudo bem. –Ela disse retornando o olhar para mim.

  -Vamos comer e ir até lá, pode ser?

  -Sim.

 Nos levantamos, e pegamos a última remessa de peixe que havia no “estoque”.

  -Wrath, pode acender o fogo? –Fui educada.

  -Não tenho como fazer isso mais... –Respondeu.

  -Mas por quê? –Perguntei confusa.

  -Aquela flecha com fogo, só é ativada quando estamos no Verão, e, agora, é a vez da flecha do Outono.

  -E o que ela faz?

  -Atinge o alvo com o poder de uma ventania.

  -Parece ser doloroso... –Falei.

  -Dependendo do lugar que eu queira, sim, é.

  -Mudando de assunto... Onde está Shiva?

  -Em sua cabana. –Sebastian disse acendendo o fogo e saindo de perto não só de mim, como de todos.

 Estranhei sua ação, mas achei que ele estava perturbado um pouco com o que acontecera naquela noite. Coloquei os peixes a cima da fogueira e esperei ficar pronto.

  -Shiva, o peixe está pronto. –Adella foi até a cabana da mesma e a avisou.

  -Já estou indo.

 Adella se afastou da cabana de Shiva e foi pegar seu peixe. Peguei o meu, e outro para Sebastian, que estava sentado em um lugar isolado coberto pela sombra das árvores.

  -Tome. –Parei na frente dele e estiquei meu braço com o seu respectivo peixe o entregando.

  -Obrigado... –Pegou o peixe e evitou o máximo olhar para mim. Na verdade, ele não olhou para mim. Sentei-me ao seu lado e disse.

  -O que tem de errado?

  -Eu.

  -Você? Por quê?

  -Olha... Não querendo ser rude, mas eu não estou afim de falar. –Disse calmo.

  -Tudo bem. –Compreendi, me levantei e fui em direção a Adella para conversar com ela quanto comíamos o peixe.

 Do lugar que estávamos, dava para ter uma clara visão de Sebastian sentado, e ele parecia estar se lamentando fazendo gestos de negatividade com a cabeça e com uma das mãos apoiando a mesma. Eu queria poder ajuda-lo, mas não sabia o que fazer. Achei melhor não ir lá de novo e deixa-lo um pouco isolado para pensar e descansar.

 Ao acabar o peixe, eu e Adella nos levantamos, e avisamos que iríamos até a liga Chronos, mas sem dizer o por quê, para evitar comentários desnecessários. Alertei Wrath e Shiva para não perturbarem Sebastian e deixa-lo descansar um pouco da noite passada; eles concordaram e fomos a caminho da liga.

 O dia estava realmente lindo, apesar do Sol que estava sendo escondido pelas folhas das árvores, havia faixas de luz que iluminavam partes da floresta e a deixava mais interessante e atraente. Vimos coelhos, esquilos, macacos entre outros seres que sempre ficam vagando a floresta a fora de dia. Mas, sempre tem algo para atrapalhar o “lindo dia de Selene”. De repente, escutamos uma voz masculina gemendo, mas de dor. Fomos com cautela e passos apressados ver o que era. Nos escondemos atrás de duas árvores com seu tronco largo, e olhas cuidadosamente para ver o que era. Foi má ideia ter visto, e péssima para Adella. Uma ninfa estava devorando um homem, ou seja, sua presa. Ela estava completamente nua, e havia sua, “suspeita” amiga para ajuda-la com a presa. O homem parecia querer sair, mas estava preso aos poderes da ninfa que arrancava sua pele com os dentes. Sinceramente, aquilo me deu um pouco de medo, e achei melhor sairmos logo daquele lugar. Quando ouvimos do homem.

  -Por favor, parem. –Ele disse não aguentando. E nos viramos para ver o que estava acontecendo.

  -Shh, não irá doer nada meu amor... –A ninfa disse, aparentemente, sarcástica e arrancou seu coração.


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Notas finais do capítulo

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