Hesthia, Ainda Há Esperança escrita por Luiza Rabelo


Capítulo 18
A chegada


Notas iniciais do capítulo

O que estão achando? Tell me, please!



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Sei que pode parecer impossível, mas as tragédias que aconteciam comigo sessaram-se. Passaram-se dias, horas, minutos, segundos, e nada de mal acontecia; não que eu não gostava, mas achava aquilo tudo muito estranho.

Nesses dias que se passaram, a maior parte se ocupou com treinamento, e a busca para um novo integrante. Revezávamos diariamente quem ficava no acampamento e quem iria procurar pelo novo elemento. Em um desses dias, foi a vez de Sebastian e Adella buscarem por alguém, e eu e Wrath ficaríamos no acampamento. Nós conversamos sobre bastante coisas, e percebi que Wrath não era tão frio quanto demonstrava ao longo do tempo que passava com ele. E, por incrível que pareça, ele pediu desculpas pela idiotice e grosseria que fizera comigo quando estávamos no lago indo pegar peixe; ele me explicou o porquê, nada demais do que eu já sabia, mas também disse que ainda estava sentido pela perda de sua esposa. Eu, claro, compreendi e resolvi deixar isso no passado porque agora eu estava com Sebastian. Rimos bastante naquele dia, era como Wrath se soltasse e deixasse tudo de ruim que lhe aconteceu, no passado. Senti que depois daquele dia, estávamos mais próximos.

Mais dias se passaram e a busca incansável por um novo integrante já estava se tornando desagradável. Estávamos cansados de todos os dias procurar por algo que nunca acharíamos. Em um momento, pensamos até em desistir, mas deixamos está hipótese de lado. Continuamos a seguir em frente com a busca e o treinamento.

Passaram-se, aproximadamente, dois dias, e o outono havia chegado, e estávamos torcendo para que não chegasse. Logo após o outono, é a chegada do inverno, e justamente, no inverno, acontece a Guerra da Lua Púrpura, e sem um integrante na Hesthia, todos nós morreríamos. Procurávamos, agora, desesperadamente por um novo elemento, mas nada. Nada acontecia.

Os dias no acampamento se tornaram tediosos porque era sempre a mesma coisa todos os dias. Comíamos, treinávamos, conversávamos; apenas isso, sem nenhuma novidade. O que me fazia ter forças para continuar procurando eram Sebastian, Adella e Wrath.

Mais dias se passaram, já estávamos por um fio para desistir de tudo. Quando no sexto dia de outono, foi a vez de eu e Adella procurarmos pelo novo integrante. Saímos do acampamento cedo, começamos a andar na direção do norte, enquanto andávamos, conversávamos sobre várias coisas, incluindo Austin, dava, realmente, para ver que Adella gostava dele. Andávamos como se fosse repetir tudo o que já havíamos passado, ou seja, não encontraríamos ninguém; mas algo nos chamou a atenção. Havia uma trilha que dava para algum lugar. Sabemos que era uma trilha porque estava na cara. Começamos a seguir o caminho que ia nos guiando. Até que nos levou à um vão, como o de nosso acampamento, mas de acordo com Adella, em vez de cabanas haviam um certo tipo de oca indígena que podiam habitá-las mais de uma pessoa. Adella chegou a conclusão que havia uma tribo de índios naquela região.

-Quem sabe nosso novo integrante não está aqui? –Adella disse animada.

-Tomara que sim. –Disse igualmente animada.

Andamos mais para ver se havia alguém.

-Tem alguém aqui? –Adella gritou esperando uma resposta. –Não iremos machuca-los. –Afirmou.

No mesmo momento em que Adella finalizou a frase, uma índia saltou de uma árvore em direção ao chão. Ela era branca, loira, alta, seus olhos eram castanhos escuros e carregava uma espécie de cajado consigo, o qual apontava para nós.

-O querem aqui? –A índia perguntou em um tom ameaçador.

-Estamos procurando por alguém forte, inteligente e que possua poderes. –Adella respondeu sem explicar o por quê.

-Para quê querem isso? –Perguntou ainda apontando o cajado para nós.

-Nossa liga, Hesthia, precisa de um novo integrante, e achamos que aqui encontraríamos alguém capacitado para tal coisa. –Respondi tentando resumir.

-Como nos encontraram? –Perguntou novamente.

-A trilha apontou para esta direção, e é claro, estava meio óbvio que havia algo por essa região. –Adella disse.

-O que seria uma liga? –Ela perguntou.

-Está de brincadeira!? Nunca ouviu falar na Guerra da Lua Púrpura? –Adella disse indignada.

-Não. –Respondeu.

Com isso, Adella lhe explicou tudo, com cada detalhe. Desde quando se formou as ligas até a Guerra anual que acontece. Por incrível que pareça a índia pareceu estar interessada, o que me deu um certo alívio, mas não totalmente porque nada estava confirmado.

-Posso saber seu nome? –Perguntei a índia.

-Meu nome é Shiva. Completo, Shiva Hamash. –Respondeu. –E os seus nomes? –Disse “pegando” confiança em nós e abaixando seu cajado.

-O meu é Selene Treese. –Respondi.

-E o meu é Adella Ihims. –Adella respondeu igualmente.

-Se eu estiver interessada, como faço para entrar na liga? –O meu coração acelerou de felicidade. A esperança não havia morrido.

-Teremos de ver uma demonstração de seus poderes. –Adella mal acabou de falar e Shiva começou a fazer feitiços, todos, relacionados com a terra.

Era fascinante seus movimentos, e os mesmo eram completamente fortes. Por mim e por Adella, Shiva já estava na Hesthia.

-Se quiser, já pode vir conosco para o acampamento. –Adella disse sorrindo.

-Preciso de mais um dia para avisar minha mãe e o chefe da tribo que estarei de partida. –Shiva disse.

-Tudo bem. –Eu disse.

-Então, podemos vir até aqui amanhã de manhã? –Adella perguntou.

-Sim. –Ela disse.

-Então, foi um prazer lhe conhecer. –Eu disse sorrindo.

-Igualmente. –Retribuiu o sorriso.

-Vamos Selene? –Adella disse.

-Vamos.

-Tchau Shiva. –Adella acenou, e acenei igualmente. E Shiva, nos retribuiu.

Começamos a andar de volta para o acampamento com passos alegremente felizes. No fundo, bem no fundo mesmo, achei que não teríamos mais esperança. Mas ainda bem que tudo deu certo.

Em meio do caminho, conversávamos sobre várias coisas animadamente com a chegada de Shiva na nossa liga. E um dos assuntos envolveu Wrath, ele podia muito bem se apaixonar, afinal, Shiva era linda, loira, igual a ele, alta, forte, controlava bem suas emoções, corajosa, e, o mais importante, ou não, ela era uma índia. Não sabíamos qual seria a reação de Wrath em relação a isso, poderia sentir uma atração, ou poderia se sentir horrível, pois ela faria pensar em sua falecida noiva. Mas não estávamos totalmente preocupadas com isso.

Depois de um tempo, chegamos no acampamento, e Sebastian já chegou dizendo.

-Voltaram cedo... Acharam alguém? –Questionou desanimado.

-Sim. –Adella disse sorrindo.

-Eu já sabia... –Disse ainda desanimado, e logo depois entendo o que realmente Adella havia falado. –Sim? Quem? Onde está? –Perguntou sorrindo.

-Iremos busca-la amanhã de manhã. –Eu disse sorrindo.

-É uma mulher? –Wrath perguntou curioso, mas controlando para não demonstrar nada exagerado.

-Sim. –Adella o respondeu.

Sebastian fez uma cara totalmente insinuadora de safadeza. E eu logo o metralhei com meu olhar. Ele logo de recompôs.

-Qual o nome dela? –Wrath perguntou.

-Shiva Hamash. –Respondi.

-É uma índia? –Wrath questionou totalmente me surpreendendo.

-Sim... –Respondi desconfiada. –Como sabe?

-A cultura indígena dessa região preza a Deusa Shiva, a Rainha do Solo. –Wrath disse.

-Impressionante... Agora sim, está explicado o nome ligado aos poderes... –Falei.

-Os poderes dela são relacionados com a terra? –Sebastian perguntou.

-Sim. –Adella respondeu.

-Ela deve ser bem forte... –Sebastian disse a imaginando.

-Sim ela é. –O metralhei com os olhos novamente.

-Tem alguém com ciúmes aqui? –Sebastian jogou uma indireta, que, sinceramente, me pareceu mais com uma direta.

Eu apenas cruzei o braço e o olhei séria.

-Ciumenta, nervosinha, azarada. –Sebastian disse indo em minha direção, e me beijando para ver se algo se sessava pelo o que eu estava sentindo por ele. Que, no caso, era ódio. Não mexi, fiquei apenas parada de braços cruzados o metralhando com o olhar.

-Huhm, huhm. –Adella pigarreou. –O mais importante aqui, é que Hesthia ainda tem esperança! –Finalizou.


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Notas finais do capítulo

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