Hesthia, Ainda Há Esperança escrita por Luiza Rabelo

Hesthia, Ainda Há Esperança

" Eu estava meio tonta, sem rumo, e agora, com pernas. Não fazia ideia de como me levantar e andar. Pensava: Em que enrascada eu fui me meter?. Já estava escurecendo, ainda na areia tentando aprender como controlar os meus novos membros, eu decidi que se eu pedi por pernas, eu teria de me virar para conseguir controlá-las; com força de vontade, arrumei meu cabelo que estava caído sobre meu rosto, respirei fundo, e disse para mim mesma: "Eu vou ficar de pé!". Com esforço, e algumas quedas, lá estava eu, de pé, tentando me equilibrar; fui caminhando com dificuldade para dentro de uma floresta com longas árvores cheias de folhas, pedras espalhadas por todos os cantos de tamanhos diversos, gramas, flores das mais diversas cores; fiquei encantada com tudo, afinal, era a minha primeira vez na terra, aquilo era um sonho que eu estava vivendo.

Ao longo do caminho, fui notando que já não estava claro, e sim, a noite já havia chegado, ainda com tropeços desengonçados, fui andando mais rápido, o desespero havia chegado; ouvi barulhos nunca ouvidos antes, o meu medo já estava tomando conta de mim. Comecei a correr, ameaçava tropeçar e cair, mas conseguia me equilibrar, apesar do medo e desespero, eu estava conseguindo controlar as minhas pernas; comecei a ouvir um barulho de água, não como a do mar, que eu sempre escutava, mas tendo água, eu já me sentia segura, afinal, é o meu ponto de força. Fui sendo guiada pelo meu instinto não tão confiável, mas era a única coisa que eu tinha que eu poderia confiar, e por mais que seja difícil de acreditar, ele me guiou certo. Era uma espécie de riacho, pouca água, não era o que eu esperava, mas era o que tinha, havia água o bastante para me proteger de qualquer coisa que tentasse me machucar; fiquei sentada nas pequenas pedras que rodeavam o riacho e esperei que o pior acontecesse, afinal, era uma floresta, havia criaturas jamais vistas ou ouvidas por mim, era tudo novo e perigoso para mim.

Já haviam se passado algumas horas, eu pensava como meu pai reagiria com a notícia, todas as minha hipóteses não eram nada boas. Nada acontecia, estranhei. Até que comecei a escutar passos corridos, quebrando pequenos galhos que se encontravam no chão da floresta, fiquei atenta, qualquer coisa poderia aparecer daquela escuridão que a floresta guardava. Quando eu menos esperava ouvi uma voz de criança gritando com determinação e sem medo, o que era ao contrário do que eu estava sentindo.

-Quem é você e o que está fazendo aqui? -A criança gritou.

-Meu nome é Selene, e estou perdida! -Respondi gritando sem saber para quem.

-Eu vou me aproximar, e se você tentar me atacar, eu acabo com você! -Ela gritou. O que me fez desesperar, fiquei calma e criei coragem para dizer.

-Eu não irei te atacar, eu juro.

Neste momento, a dona da voz surgiu na minha frente, era uma menininha adorável, mas que não parecia tão simpática quanto a sua aparência.

-Permaneça paradinha ai no chão, e me diga, você tem poderes? -A menininha perguntou se aproximando de mim com cautela, segurando firme um relógio na mão.

-T-tenho. Mas por que quer saber isso? -Perguntei gaguejando tentando sorrir para parecer simpática, mas não funcionou muito bem.

-Quem faz as perguntas aqui sou eu. Me mostre do que você é capaz, senão... -A menininha disse em um tom sério, e mostrava cada vez mais que aquilo não era uma brincadeira.

Achei melhor mostrar, me levantei sem dizer nenhuma palavra sequer, e permaneci com o olhar no riacho. Olhei muito rápido nos olhos da garotinha, ela estava me olhando, ainda segurando aquele relógio, não fiquei muito tempo a encarando e comecei a mostrar. Olhei para a água do riacho, respirei fundo, e ergui meus dois braços lentamente, e a água se levantou junto com o movimento deles, decidi não mostrar os meus poderes de verdade, apenas um dom que eu tenho. Comecei a controlar a água movimentando meus braços lentamente, retornei o olhar na menininha e o olhar dela era outro, apenas o olhar, porque ela não sorria, não fazia nada que mudasse sua expressão, apenas seus olhos começaram a brilhar e disse.

-Você é perfeita."


Classificação: 16+
Categorias: Histórias originais
Personagens: Indisponível
Gêneros: Ação, Aventura, Fantasia, Romance, Darkfic, Ecchi, Furry, Amizade
Avisos: Violência

Capítulos: 39 (56.925 palavras) | Terminada: Sim
Publicada: 15/01/2013 às 13:35 | Atualizada: 15/07/2013 às 19:38



Capítulos

1. Onde tudo começou
1.251 palavras
2. A proposta
1.659 palavras
4. Sebastian, o lobo esquecido
975 palavras
5. Algo Inexplicável
3.597 palavras
8. A fuga
1.011 palavras
9. Por pouco morta
1.168 palavras
10. Adella não é o que parece
1.990 palavras
12. Expulsa
958 palavras
13. Eu não confiava mais nele
1.007 palavras
14. Quando não sabemos escutar
1.364 palavras
15. O pântano proibido
1.140 palavras
17. Algum descanso
679 palavras
18. A chegada
1.283 palavras
20. Algo mais forte que Wrath
738 palavras
21. Quando os olhos brilham
904 palavras
22. Uma explicação
1.451 palavras
23. A minha sorte passou
1.045 palavras
24. Força Interior
1.958 palavras
25. Devorado pelo amor
1.398 palavras
26. O presente prometido
3.110 palavras
28. Para tudo tem sua primeira vez
1.165 palavras
29. Presentes
2.322 palavras
30. Algo paranormal
1.229 palavras
31. Meu eu em outro
1.217 palavras
32. Mudança Inesperada
1.150 palavras
34. Uma visão sombria
1.338 palavras
35. A última visita
1.259 palavras
37. É chegada a hora
1.875 palavras
38. Golpe de Misericórdia
2.129 palavras
39. Final?
652 palavras