Lua Crescente e Estrelas No Céu escrita por msanaa


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii! Como prometido, aqui está o capítulo 6 :)



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Capítulo 06 – Rodrigo

            “Vamos à um médico”, decidiu meu pai. “Temos que ver esse ferimento na perna”.

            Como havia sido na coxa, não pude vê-lo melhor, pois para isso teria que tirar as calças em público. Assim, entrei no carro com meus pais, Daniel e Pri, e fomos todos para o hospital. Ao entrarmos na sala de exames, o médico constatou que não havia sido um ferimento grave, que a bala praticamente não havia encostado em mim.

            “Tire a camisa, vamos ver se aconteceu algo em virtude do soco que você levou”, pediu o médico.

            Tirei minha camiseta suada e fedida, e minha mãe ficou horrorizada com as duas marcas roxas que havia ali.

            “Vamos só passar um remédio e cobrir com um curativo, assim como vamos fazer com os cortes nos braços”.

            Ele fez curativos, e depois me mandou para casa, recomendando que eu descansasse bastante. Eu só queria saber de ficar com a minha família e com a Pri.

            Mas não podia me esquecer de um detalhe.

            “O que foi, filho?”

            “Só um minuto mãe, vou ligar pro Leo. É rápido”.

            Fui até perto da parede, esperando o Leo atender ao telefone.

            “Oi Rodrigo! Como foi no hospital?”

            “Vou ficar bem, só fiz alguns curativos. Escuta, preciso de um favor seu.”

            Passei-lhe as instruções do plano e desliguei, voltando a me juntar a todos.

            Já eram quase oito horas da noite, então fomos todos jantar na minha casa. Pedimos comida no delivery, é claro, pois minha mãe estava abalada demais para cozinhar.

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Quatro dias depois, era o nosso aniversário de namoro. Acordei bem cedinho e fui pra casa da Pri, com um buquê de rosas cor-de-rosa e a caixinha com o presente dela.

            “Bom dia, a Pri já acordou?”, perguntei à mãe dela, na porta do apartamento.

            “Ainda não, Rodrigo”, respondeu ela.

            “Perfeito. Posso entrar?”

            “Claro. Ah, e, parabéns para vocês dois”.

            “Obrigado!”

            Fui até o quarto dela e sentei-me na beirada da cama. Como estava escuro, antes de achar o lugar certo, dei uma topada com a cabeça na barra que apoia o dossel.

            “Bom dia, minha princesa”, sussurrei. Ela bocejou, espreguiçou-se e me deu um beijo.

            “Bom dia, meu príncipe. A minha mãe deixou você entrar?”

            “Não, eu escalei as trepadeiras ali fora”, ironizei.

            “Bobo”, respondeu ela, ainda um pouco sonolenta, sentando-se. “Feliz aniversário pra nós!”

            Eu dei-lhe as flores, o que fez com que ela ficasse emocionada, e, roubando a ideia do Leo, dei-lhe o CD que havia gravado. O meu, no entanto, tinha capinha vermelha e todas as músicas eram as aberturas dos seriados favoritos dela.

            “Que gracinha, Rodrigo! Obrigada!”

            “O quê, você não achou mesmo que eu ia dar só isso, né? Isso é só uma lembrancinha”. Dei para ela a caixinha que havia trazido, marrom com um laço vermelho.

            Ela me olhou com expectativa, e abriu a caixinha.

            “Meu Deus, Rodrigo!!”, ela deu um gritinho e tirou de lá um colar com um pingente de rubi em formato de coração. “Que lindo! Era isso o que você queria comprar naquele dia?”

            “É, sim”.

            Com os olhos marejados, abraçou-me com toda a força.

            “Rodrigo, você é o melhor namorado que alguém poderia querer! Mas eu também tenho um presente pra você”.

            Ela abriu a gaveta do criado-mudo, de onde tirou uma caixa azul-marinho, e me entregou.

            Abri-a ansiosamente, sem nenhuma expectativa do que poderia haver lá dentro.

            “Pri! Que demais!”, soltei, espantado. Tirei de dentro da caixa e tirei de lá um par de baquetas novinhas, de uma marca muito cara, importadas da Inglaterra. Além do logotipo da marca, em cada uma havia também uma inscrição. Em uma havia: “ele tem estrelas nos olhos”, e na outra, “e a lua crescente no sorriso”. Meus olhos ficaram um pouco úmidos, mas me contive.

            “Obrigado!”, agradeci, dando na Pri um beijo apaixonado, que durou muito mais do que eu havia imaginado.

            Alguns minutos depois, alguém bateu na porta e rapidamente me levantei da beirada da cama da Pri, me oferecendo para abrir a porta.

            “Não, melhor eu abrir”, ela disse, e se levantou. Vi que estava usando uma blusa de manga curta tamanho GG com o logotipo do FRIENDS. Por baixo, um shortinho preto.

            “Bom dia, dona Priscila”, disse a mãe dela. Percebi que ela deu uma boa olhada na filha, em mim e no estado – super arrumado – dos lençóis, e sua carranca se tornou um meio-sorriso. “Espero que você esteja ciente que esta foi uma exceção que abri, e que não vou permitir visitas masculinas antes do meio-dia na minha casa, muito menos visitas sem aviso prévio”.

            Eu e a Pri morremos de vergonha, e corri para me levantar, com a caixa do presente debaixo do braço.

            “Eu já vou sair, não se preocupe”.

            A mãe da Pri descruzou os braços e abriu um sorriso.

            “Mas já que é um dia especial, hoje acho que não tem problema você almoçar aqui sem avisar, senhor Rodrigo”.

            Inicialmente, havia planejado levar a Pri para almoçar em algum lugar, mas já que a mãe dela havia me “convidado”, resolvi não falar nada em contrário.

            “Muito obrigado”, agradeci.


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Notas finais do capítulo

Gente... essa história está chegando ao final. O próximo capítulo será o último e ele é bem curto.
beijos,
Ana :)



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