A Busca do ídolo de Ouro escrita por Fizban


Capítulo 8
Duelo de Amazonas




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Eleanor apontava a arma para o que já era um vulto. Apenas uma das pistolas estava fora do coldre. Um reflexo de auto-preservação ao qual estava tão acostumada a seguir a fazia agir por instinto, pois, cansada como estava, ela não mais raciocinava direito. Olhou firmemente para o vulto e gritou:

-     Quem está aí, apareça ou eu atiro!

-     Hihihi, eu saber você, Eleanor! – respondeu o vulto.

Sem que soubesse, outra pessoa vinha por trás dela. Rapidamente foi agarrada, a arma que estava em sua mão arrancada e Eleanor jogada no chão. Por um tempo ficou caída e de costas para o homem que estava por cima dela, tentando imobilizá-la; porém, conseguiu virar-se com velocidade, assustando seu agressor e retirando sua outra 5.7 do coldre.

-            Enough! – disse uma voz que ela reconheceu. – Não quero que vocês a machuca!

Ela quase não acreditava, então era verdade, era realmente verdade! Alex Michael Carter realmente estava ali. Eleanor não o via desde Paris e na realidade não queria vê-lo de novo, mas não podia negar como aquilo era oportuno.  Agora tinha que descobrir uma forma de tirar o Ídolo dele e dar um jeito para que ninguém mais incomodasse aquele lugar.

Sim! Tinha uma tarefa quase impossível.

Enquanto pensava, mais homens saíam da mata, eram sete fora Alex! Homens da expedição dele. Alguns machucados e todos já apresentando cansaço pela demanda. Muito armados, pareciam mais jagunços do que arqueólogos, apenas o estadunidense estava com boa aparência, como sempre.

Eleanor o encarou, enquanto se levantava. Tinha esquecido de como ele era bonito. Um alto homem loiro, de olhos verdes. Tinha o corpo de um atleta e realmente era, já que acreditava que isso facilitaria seu trabalho. Era um homem extremamente sedutor quando queria. O sonho das moças da faculdade, quando eram jovens. Tinha um sorriso cativante, e foi com o mesmo que ele começou a falar.

-         My Pretty! How you doin?

-         Como eu estou? Vá pro inferno, Mike!

-         Português? Achei iria poderia falar em minha...

-         Chega de papo inútil, cadê o Ídolo?

-         Uirapuru? Não comigo!

-         Não? – por isso Eleanor não esperava, Mike já estava ali há um bom tempo, como podia não ter encontrado o Ídolo ainda? Será que era uma mentira? Se fosse, por que não fora embora ainda? Teria sido ele quem atacou a aldeia? Eram muitas perguntas para responder, elas precisavam de respostas, e achou melhor começar pela mais simples. – Por que você ainda não está com o Ídolo?

-         Easy question, eu ainda não acho o Templo!

-         Ainda não, absurdo! Entregue-me o Ídolo!

-         Listen, Pretty, muitas armadilhas, eu perder trackers aqui!

Perdeu os rastreadores? – repetiu ela. Estava confusa e repetia o que Michael falava; aquilo a estava incomodando. Lembrou-se do que Beto a dissera naquele boteco em Minas Gerais. Você adquiriu a incrível habilidade de perceber o óbvio! Tentou afastar esse pensamento e perguntou mais para si mesma que para o estadunidense – Como vamos fazer para achar então?

Falando isso, ela guardou as pistolas. Todos da expedição se acalmaram com esse gesto. Eleanor era pequena, mas bem ameaçadora quando queria. Mike se aproximou dela, olhando bem em seus olhos, tentando perturbá-la. Ao ver que não conseguira, começou a falar:

-         Sabe, eu não saber o Templo aqui, seria grande ajuda!

-         Sei, seria mesmo? Não tem o templo no mapa do diário?

Eleanor sabia que ele estava tentando agradá-la. Mas Mike não sabia como ela conhecia o mapa do diário de Luiz Gaspar de Lemos e Correia, do séc XVII. Sim, é claro, só podia ter falado com o Fernando! Mike o tinha encontrado, mas isso de nada adiantou. Claro, era isso!

-         Você esteve com Teacher Vilela?

-         Isso importa? Sei que tem um mapa, Mike!

-         É um mapa sem... well, words!

-         Sem palavras? Deixe-me ver!

Mike mostrou o mapa para ela, e realmente a falta de palavras dificultava muito, pois nenhuma localização no mapa tinha nome, mas a visão acurada de Eleanor lhe mostrara onde o Templo estava logo quando saiu da entrada da caverna. Aquilo era um bom palpite.

-         Onde estamos agora?

-         Here – respondeu Mike apontando no mapa.

-         Ótimo, devemos seguir por ali então!

Assim eles partiram, seguindo pelo caminho indicado por Eleanor. Era um longo trajeto, pois os nove iam lentamente, por causa do cansaço e por medo que os índios os achassem. A mata era muito escura, cheia de sons estranhos e exóticos; ambos, Mike e Eleanor, não tinham estado em uma floresta brasileira antes, tudo era novo para eles.

Não demorou muito e um dos membros da expedição foi acertado por uma flecha, inicialmente todos pensavam estar sob um ataque dos acritós, mas como outras não vieram, julgaram ser uma armadilha. De fato, mais dois membros da expedição caíram em outras armadilhas até anoitecer.

Pararam para finalmente descansar; todos estavam exaustos, pelos mortos, e por mais que estivessem sendo guiados pelo mapa, sentiam sempre que estavam perdidos.

Acharam uma clareira que julgaram ser boa para dormir. Comeram a pouca comida que tinham em suas mochilas. Ninguém se arriscava a procurar por frutas em um lugar com tantas armadilhas e ainda havia os indígenas; todos sempre tinham a sensação de estarem sendo seguidos.

Um esquema de turnos foi criado para que todos pudessem dormir, e estes, um por vez, vigiavam enquanto os outros dormiam. Esse esquema funcionou muito bem, não houve problema até que, bem de madrugada, todos foram acordados por um grito desesperado daquele que estava vigiando naquele momento.

Eleanor acordou e rapidamente sacou as pistolas, seus reflexos não estavam totalmente recuperados, a cabeça ainda doía e desde a briga com a Emanuaçu ela escutava um zumbido agudo. Mas já de pé, viu o homem que estava de vigia sendo arrastado, morto por alguma coisa, ela se aproximou e Mike ligou a lanterna sobre o companheiro.

Aquilo era quase lindo de se ver, quase. O que tinha atacado o homem era uma enorme onça pintada que arrastava o desgraçado e se movimentava silenciosamente, até parar, com a luz sobre ela. Era o animal mais lindo que a francesa já tinha visto, mas sua aparência ficou quase demoníaca quando a luz refletida em seus olhos brilhava em vermelho.

Quase hipnotizada, Eleanor se lembrou da lenda do anhangá, um espírito maligno que se incorpora em animais selvagens deixando seus olhos vermelhos como naquele momento. Sim, toda lenda tinha um porquê e toda lenda possuía uma dose de verdade, ela agora entendia porque os indígenas imaginaram essa mitologia. Apenas luz refletida em seus olhos.

Firmemente, enquanto os outros ainda estavam maravilhados, Eleanor atirou na onça pintada, que embora houvesse levado o tiro, não recuou. Ficou firme encarando ameaçadoramente a arqueóloga. Assim ela efetuou mais três disparos certeiros antes que o animal pudesse sequer reagir e a matou finalmente.

Então disse:

-         Vamos enterrar a onça também!

Todos olharam com grande estranhamento para ela, mas a moça sem se importar continuou falando:

-         Já vi muitas coisas estranhas nesse Vale! Enterrem o animal.

Depois disso ninguém conseguiu dormir mais. Logo que os primeiros raios de luz surgiram no leste, todos começaram a arrumar suas coisas em silêncio, se preparando para partir. Mike se aproximou de Eleanor, e passando a mão em seu cabelo disse:

-         Sabe, é bom você estar aqui, now!

-         Se você encostar de novo em mim Mike, vai se arrepender!

-         Take it easy, Pretty!

-         Eu lembro muito bem o que você fez a Fabienne!

Ela deu as costas a ele, e rapidamente começou a caminhar novamente, o Templo, segundo ela, não estava longe e antes do sol atingir o topo eles chegariam lá. Sim, Eleanor pensou, mas ainda não sabia como iria tirar o Ídolo deles, eram cinco ao todo agora, e estavam muito mais cautelosos.

Os perigos da mata iriam além dos criados pelos acritós aquela noite, todos sabiam disso, agora era como se a floresta estivesse reagindo a eles, como se quisesse impedir que eles encontrassem o Templo. Aquele pensamento os perturbava e ainda havia aquela sensação de estarem sendo seguidos.

Mas todos os temores se foram quando eles viram finalmente o Templo. Era uma estranha construção que já estava parcialmente coberta pela floresta. A felicidade alcançou a todos eles, estavam ali, depois de tudo pelo que passaram, estavam finalmente ali. Apenas Eleanor estava séria, sabia que um Templo como aquele deveria ser difícil de dobrar; câmaras, armadilhas e vários riscos eram escondidos por aquela indefinível arquitetura.

O Templo era feito de pedra e devia ter pouco mais de dez metros de altura, tinha um grande rosto esculpido no alto que as deformidades provocadas pelo tempo e as trepadeiras dificultavam sua visão. Havia duas entradas, uma do lado da outra, de três metros e meio de altura. Ao se aproximarem da entrada da direita, uma espécie de urro bestial foi ouvido vindo de lá de dentro e gelou a espinha de todos.

Mike, rapidamente, pegou o diário e mostrou para Eleanor a única passagem em que Lemos e Correia falava sobre o Templo no diário:

 

“Foi quando vimos uma estranha construção. Nos aproximamos e vimos que era um templo antigo. Ali! Ali deve estar o tesouro perdido que nos trouxe a este maldito lugar! Porém, quando íamos nos aproximar mais, surgiu um acritó que bradou para que voltássemos, afirmando ser aquele templo tabu, um lugar de morte guardado por um ser terrível. Resolvemos voltar para não termos problemas, mas eu e Maria estamos determinados a voltar lá essa noite”.

 

Era muito difícil para ambos os arqueólogos traduzirem o diário, pois além da letra existia o problema com a língua. Claro que sabiam falar português, mas o idioma mudou muito do período seicentista até os dias de hoje. Pouca coisa conseguiam decifrar dos escritos e ela se lembrou de Beto mais uma vez. Claro que seu amado professor faria esse trabalho facilmente, mas ele não estava lá. Teria que fazer sozinha e na verdade imaginou que estava fazendo um ótimo trabalho considerando as circunstâncias. Assim, continuou decifrando:

 

“Louvado seja o Senhor por nos poupar de nossas tolices! Nós vimos a (...) Ela nos viu, quando nos aproximávamos sorrateiramente do Templo durante a noite. (...) e emitiu um urro rouco que me gelou até a medula. Maria e eu corremos sem parar até cairmos de exaustão. Quase desmaiado, entreguei minha alma a Nosso Senhor, mas a criatura não nos seguiu. Louvado seja o Senhor!”

 

Quando Eleanor ainda analisava o diário, quase não percebeu uma flecha atingindo um membro da expedição. Ninguém mais percebeu enquanto ela tirava suas pistolas e o corpo já morto do homem caía. Pensou em berrar, mas mais flechas vinham, mais homens caíam mortos antes que eles percebessem o que lhes ocorrera. Como sempre, pensou, o ataque dos acritós era perfeito.

Novamente se embrenhou no mato, procurando cobertura até que um dos indígenas apareceu na sua frente. Não, dessa vez ela pensou e atirou nele. Porém ele não parou, ela se lembrou daquela onça e viu a determinação dela no índio, então recuou e começou a disparar suas pistolas contra o acritó, até conseguir matá-lo.

Mais índios foram se aproximando dela, e Eleanor foi descarregando os pentes de suas pistolas neles, derrubando-os até que suas balas acabaram. Tentando recarregar rápido suas armas, escutou um grito, não de dor, mas de ordem. Os acritós se afastaram e ela viu Emanuaçu se aproximar.

As duas se olharam, nenhuma mostrou medo à outra. Elas ficaram andando em círculo, estudando uma à outra com tanta intensidade que ambas ficaram alheias ao que estava acontecendo em sua volta. As duas guerreiras eram admiradas pelos demais acritós, que sequer ousavam intervir.

Emanuaçu jogou o arco e sua aljava no chão, de forma bem declarada, para mostrar que queria enfrentar sua oponente desarmada. Eleanor, embora soubesse que tinha mais chances com suas pistolas, também colocou suas armas no chão, sentiu que devia fazer isso, por honra talvez. Mas na verdade também queria derrotar a acritó no jogo dela!

-         Você quer me pegar, não é? – disse Eleanor. – Não vai ser tão fácil dessa vez, posso te garantir isso!

Emanuaçu sorriu, entendeu que fora desafiada e cumprimentou honradamente a oponente. Eleanor retribuiu, criando coragem para si mesma, ela estava com medo, mas lembrou-se de uma vez que Fernando tinha lhe dito que coragem não é simplesmente não ter medo, isso é inconseqüência. Coragem é ter medo e enfrentá-lo, e munida dessa coragem ela atacou a indígena.

Em um golpe de extrema rapidez, que surpreendeu a todos os que estavam assistindo, Eleanor socou firme o rosto de Emanuaçu, que pela velocidade não conseguiu se esquivar. O golpe a pegou em cheio quase a derrubando, obrigando-a a se afastar rapidamente da francesa, para não ser golpeada novamente.

No entanto, Eleanor não avançou, ficou igualmente surpresa com aquilo, ela era treinada em várias lutas, sabia manejar as pistolas e algumas outras armas, mas nunca tinha posto tanto aquilo em prática até aquele maldito Vale. Ela nunca havia sequer atirado em alguém, quanto mais ter que brigar com as próprias mãos contra alguém que certamente era especialista nisso. Alguém que a fazia parecer ainda menor e frágil, mas como um Davi bíblico tinha quase derrubado o seu algoz, seu Golias.

Agora a índia estava mais esperta, não iria voltar a subestimar sua oponente, andava em volta de Eleanor estudando-a calmamente, e esta se admirava por ver Emanuaçu caminhando como uma onça pronta para dar o bote, lenta, mas de passos firmes e decididos. E realmente foi como em um bote que rapidamente a acritó se aproximou, a atacando finalmente.

Emanuaçu agarrou as pernas da arqueóloga, abaixando-se para isso, e com um impulso ela golpeou a sua barriga com os ombros tentando desequilibrá-la. Mas Eleanor agarrou a índia pelas costas e não se deixou cair, pelo contrário! Quase desequilibrou a acritó, que foi forçada a se ajoelhar com uma das pernas para não cair e, aproveitando o pequeno tamanho da francesa, a guerreira indígena passou uma das mãos por entre as pernas dela, erguendo-a e a jogando contra o chão.

Entretanto, Eleanor percebeu o movimento e tentou aparar sua queda como pôde; não teve muito sucesso, mas evitou que caísse de cabeça no chão! Agora as duas estavam engalfinhadas, uma tentando obter uma posição mais favorável que a de sua oponente, tentando dominá-la.

Os acritós que assistiam ao duelo estavam adorando, nunca tinham visto um combate tão difícil para um deles. Cobiçavam Eleanor por isso, já que como acreditavam fielmente na vitória de sua guerreira, sabiam que absorveriam as habilidades da derrotada no ritual antropofágico. Mas receavam que ela seria disputada por toda a tribo!

Ao perceber como era difícil dominar aquela pequena e ágil mulher, Emanuaçu soltou um urro tão aterrorizador que até os pássaros fugiram de medo, e foi ouvido por todos que ali estavam. Se tinha algum índio que ainda não acompanhava o combate, sua atenção foi despertada agora. Elas lutavam como dois felinos, uma onça e uma jaguatirica, imaginaram os acritós.

Eleanor entendera aquilo como um momento de distração e desespero e velozmente puxou um dos braços da acritó fazendo-a cair de costas para o chão e colocando a si mesma em cima de sua oponente, sentando-se em sua barriga e prendendo seus braços no chão.

Ao ver que Emanuaçu era muito forte e logo se soltaria, ela largou os braços da índia e começou a golpear seu rosto, de cima para baixo, dando uma força tremenda aos seus punhos. No início a acritó não sabia como reagir, tentando aparar os golpes, mas como era uma lutadora mais experiente logo viu que deveria esquecer os golpes de sua oponente ignorando a dor e atacá-la.

Assim, a guerreira índia golpeou as costelas da francesa com os dois braços, de modo que ambos pressionassem seu corpo. A dor foi muito forte, fazendo Eleanor se inclinar para trás o suficiente para Emanuaçu sair de baixo dela, porém, ainda no chão, ela passou as pernas por um dos braços da arqueóloga e com as mãos, fazendo um movimento de alavanca, começou a torcê-lo.

A dor era tão forte que Eleanor começara a ter vertigem, sua cabeça estava latejando de dor, sua visão se turvou, tirando seus sentidos aos poucos. Mas o efeito foi diferente do esperado pela índia. Acometida de um instinto selvagem de sobrevivência, a francesa mordeu a perna de Emanuaçu, fazendo com que ela a soltasse rapidamente, mas não teve tempo de se proteger, estava exausta.

A acritó montou em cima dela, imobilizando seu corpo, primeiramente para descansar, pois também estava exaurida e sua perna doía muito. Entretanto, para não dar o mesmo refresco a sua oponente, Emanuaçu inclinou seu corpo por cima do rosto de Eleanor de forma que a francesa não pudesse respirar direito, cuidando para desmaiar sua oponente, pois não queria matá-la, já que esta deveria participar do ritual.

Ela era sem dúvida uma adversária de valor.

Desesperada, Eleanor começou a se debater em vão, a força da acritó era muita. A dor na sua cabeça começou a aumentar à medida que ia sendo sufocada, sua visão foi ficando preta, perdendo gradualmente todos os seus sentidos; mas quando achava que não teria mais como suportar, Emanuaçu se levantou sem aviso. Eleanor já quase inconsciente olhou em volta, como uma criança pedindo socorro.

Olhou e podia avistar o vulto de um homem grande; só conseguiu perceber que usava uma jaqueta e chapéu. Ele estava enrolando uma corda ou talvez um chicote. De repente ela o reconheceu, não, não podia ser real, mas ele estava ali à frente, todavia, antes de entender o que acabara de acontecer, ela desmaiou.


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Notas finais do capítulo

Nota do Autor: O título desse capítulo foi brilhantemente criado pelo Goldfield e declara o ponto forte do capítulo e uma das passagens mais marcantes de minha estória, de fato esse é o único combate que eu realmente gostei de escrever e acredito que tenha ficado bom. Talvez pra quem nunca tenha feito uma luta com agarramentos, esse duelo tenha sido meio confuso, mas de qualquer forma isso é natural, acredito que se vocês estivessem lá ao vivo, também achariam tudo muito confuso!
Aqui finalmente podemos conhecer um pouco melhor o personagem Mike, muito inspirado em um estadunidense que eu conheço, no seu jeito de falar, mas seu questionável caráter é fruto de minha mente apenas e claro do personagem Beloq dos Caçadores da Arca Perdida.
Um diário com um mapa sem palavras é uma clara homenagem ao Diário do Graal de Dr. Henry Jones no filme Indiana Jones e a Última Cruzada.
A onça pintada devia ser enterrada como no costume indígena, pois se isso não for feito, se um animal morrer de forma tão desrespeitosa, os seres da floresta podem se enraivecer e um Caipora pode cobrar o insulto.
Lenda indígena que tem várias formas e nomes diferentes em inúmeras regiões da América do Sul, o Caipora protege os animais e não deixa que os homens o matem em caçadas sem sentido.



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