A Busca do ídolo de Ouro escrita por Fizban
Esta estória é fruto de um texto que escrevi na década de 90, claro que esta é a versão atualizada e ampliada. Muitas idéias fluíram à medida que eu ia reescrevendo. De fato até alguns comentários me deram novas idéias. Voltar a essa estória foi algo realmente marcante. Tenho, no campo das idéias muitas estórias que, como esta, estão escritas a lápis em um velho caderno. Escolhi esta por se tratar de certa forma um fanfic e ao mesmo tempo uma estória original, achei bacana trabalhar com isso.
A escolha de uma mulher como personagem principal foi para desafiar a mim mesmo. Há muitos elementos nessa estória que vêm de outros lugares, como Indy e o Desafio dos Bandeirantes, isso facilitou demais, assim coloquei algo que me desafiasse. Escrever algo com uma heroína muda totalmente a perspectiva do contexto, já que eu não sou uma mulher e não possuo uma visão feminina das coisas. O fato de Eleanor ser francesa foi para brincar com o filme Caçadores da Arca Perdida. Nesse filme o Indy é um estadunidense e o arqueólogo “vilão” da estória é um francês, eu inverti as nacionalidades tornando a heroína francesa e o vilão, Mike, estadunidense. Como Beloq, o Mike é o exemplo de um péssimo arqueólogo que não trabalha pela paixão à História, mas por ganância e sem ética. Escolhi que a estória se passasse no Brasil porque sempre achei que as lendas daqui dão ótimas estórias, pois são muito ricas e infelizmente desconhecidas pela maioria das pessoas, pensei inicialmente em colocar o próprio Indy no Vale, mas o desconhecimento que ele provavelmente tem das lendas complicaria ainda mais em explicá-las ao leitor. A inspiração mais perceptível talvez seja o filme de George Lucas e Steven Spielberg chamado Caçadores da Arca Perdida, lançado em 1981. Muitas crianças na época brincavam de lutar com espadas de luz ou voar pelos prédios, eu brincava de desenterrar tesouros e enfrentar nazistas!
A mais franca homenagem seja ao primeiro jogo de R.P.G. genuinamente brasileiro chamado O Desafio dos Bandeirantes, criado por Carlos K. Pereira, Flávio Andrade e Luiz Eduardo Rincon; pioneiros nesse ramo no Brasil, se essa estória é realmente uma homenagem a alguém, ela é para vocês.
Essa estória também é dedicada aos que me apoiaram e me incentivaram a colocar um conto tão simples e singelo nessas páginas, pessoas que em tão pouco tempo se tornaram ótimos amigos e grandes companheiros!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Nota do Autor: Eu, particularmente, uso os termos estória, história e História. Estória significa uma obra de ficção, um romance. Essa palavra foi criada em 1962 por Guimarães Rosa em seu livro "Primeiras Estórias". Difere de história, pois este termo é usado para os acontecimentos ocorridos ao longo do tempo, assim tem o compromisso com a verdade, o que os historiadores chamam de verossimilhança. No entanto, há ainda outra diferenciação. Quando a palavra história está escrita com h maiúsculo, ou seja, História, quer dizer a disciplina, a ciência que estuda esses acontecimentos e não os acontecimentos propriamente ditos.