Brincadeiras À Parte. escrita por Carrie Collins


Capítulo 2
02




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/318866/chapter/2

– Você é abestalhado é, porra? – Disse o malvado caminhando emburrado ao lado de Kinho, colocando as coisas na caminhonete. – Quem já se viu papel ganhar alguma merda?

– Mas ela ia botar pedra! Não valeu... – Kinho disse cabisbaixo.

– Por culpa da brilhante ideia do Kinho em colocar papel, vamos ficar na rua! – O da boca bonita falou ironicamente.

– Ei, a culpa não foi toda minha! Foi o Pedro que escolheu a casa. – Apontou para o amigo enquanto entrava no carro.

O rapaz, que agora se vestia, fuzilava seu amigo com o olhar. Seus olhos castanhos brilhavam no sol e sua boca carnuda bem delineada chamava atenção em seu rosto, Pedro era extremamente bonito. Fazia o estilo bad boy, na verdade, a maioria deles fazia. Tinha várias tatuagens, que agora eram cobertas com sua camisa.

– Vai tomar no cu todo mundo! – Eduardo explodiu entrando no carro, no banco de motorista.

Edu era o mais esquentadinho da turma, depois vinha Pedro. Era alto e um corpo bem distribuído, como todos os outros, era viciado em exercícios físicos. E foi jogando bola que se conheceram, na verdade. Destacava-se na turma por ser o mais branco. Tinha uma barba malfeita e um cabelo bagunçado propositalmente.

Todos os garotos entraram no carro, bravos e pararam na porta da casa, foram para a praia com uma grade de cerveja e se sentaram na areia, para pensar no que fazer.

Enquanto isso as garotas exploravam a casa, todos os quatro quartos arrumados e com várias camas para acomodá-las. E então arrumaram as coisas.

– Cara, eles estão lá fora. – Disse Sara da varanda da casa para Suy que colocava o biquíni para se jogar na piscina.

– Fodam-se eles. – Murmurou ela enquanto se olhava no espelho.

– Aí tu vai me dizer que tu não gostou da clavícula do loirinho? – Mesquita riu jogada na cama.

– E dos ombros largos dele? – Let disse com um sorriso malicioso. – Aquele branquelo é uma delícia viu?

– Bem tua cara ele. – Sara concordou.

– Vocês tão doida para pegar os caras, vei. – Jenny riu mexendo em sua mala.

– Tudo puara! – Clara resmungou ao comer seu chocolate.

– Mas gente, temos tantos quartos, que mal vamos usar... – Let mordeu o lábio. – Coitado dos caras...

– E eu tenho certeza, que se Clara tivesse perdido o jogo, eles não nos deixariam na rua! – Disse Gabi.

– Quem quer dividir a casa com os gostosos levanta a mão! – Sara levantou os dois braços, depois sentou-se na cama e levantou as pernas, depois gargalhou.

Todas levantaram a mão, menos Clara.

– Ô vei, eu fiquei braba por nada foi? – Disse aborrecida. – Fiz os caras irem embora para vocês os colocarem aqui de novo? E se eles forem estupradores?

– Aí tu jura que eu num vou deixar um gato daquele me estuprar? – Let riu.

– Quem vai lá falar com os caras? – Mesquita perguntou, mas logo olhou para Suy com um olhar maligno. – Fala quem começou tudo isso, como o malvadinho disse.

– Bora, Suy! – Sara e Jenny arrastaram Suy até a porta, enquanto as outras seguiam, menos Clara, que estava emburrada no quarto.

– Porra, me deixe colocar pelo o menos uma roupa! – Tentava se soltar.

– Tem tempo pra isso não! – Let falou rindo.

Botaram a Suy para a fora da casa à pulso.

– E você só volta com eles, ok? – Sara riu.

– Filhas da puta! – Gritou Suy quando fecharam a porta.

– Cara, ela vai matar todas nós quando voltar. – Comentou Let ao voltar andando para dentro de casa com todas as garotas.

Suy respirou fundo e atravessou a rua, pulando um pouco por causa do paralelepípedo quente.

– E aí, caras! – Acenou timidamente quando estava próximo dos garotos, que tomavam cerveja descontraidamente.

O olhar de todos queimou no corpo esbelto dela e Suy desejou mil vezes sair daquela situação. Só Kinho que não dava muita atenção, ainda ressentido com os acontecimentos.

– Então... – Pigarreou. – V-vocês falaram com o proprietário?

– Até agora nada... – Disse o barbudo dos olhos azuis, estava com um celular na mão, parecia ser o único que tentava resolver o problema.

– Eu e as garotas... Estávamos pensando, se vocês não gostariam de dividir a casa, sabe? – Coçou a nuca. – Até falar com o proprietário... Se vocês não se importam... Nós não nos importamos... Só dividirm...

E todos estavam em pé, comemorando, que ela mal conseguia falar. E depois deram um abraço em grupo com Suy no meio, que ficou toda vermelha e sem graça.

Logo todos estavam pegando suas coisas e Kinho buzinava loucamente ao portão, onde todas as garotas estavam aglomeradas espionando. Buzinava para que abrissem e também de felicidade.

– Obrigado, meninas! – Pedro saiu do carro com um sorriso enorme, encarava cada uma delas, que nesse momento estavam babando, analisando todos os garotos saírem do carro. – Sabe, vamos logo resolver este problema... Ou podemos todos nos divertir, claro, se quiserem.

– Somos meninos de bem... – Matheus, um dos mais altos do grupo, apareceu tirando as malas do carro.

Matheus fazia o estilo bad boy, como os outros. Era alto e tinha uma cara de malvado, com sobrancelhas grossas e arqueadas, olhos bem azuis. E um sorriso galanteador. Seu porte físico não saía por baixo dos outros... Todos pareciam ter saído da capa de revista da Calvin Klein, na verdade. As meninas tinham que admitir, apesar de tudo, estavam em um mar de sorte...

– Não vamos fazer nada com vocês, prometemos. – Matheus tinha um sorriso malicioso brotado em seus lábios, poderia ser só o seu sorriso típico, porém, perigosíssimo...

– Entendo... Como vocês se chamam? – Mesquita sorriu divertida.

– Sou Matheus. – Ele piscou para Gabi em seguida entrou em casa com as malas, Let a deu uma cotovelada indiscreta.

– Seja mais discreta. – Gabi corou.

– Sou Bernardo! – O barbudo deu um alvo sorriso ao tirar seu óculos escuro, lhes mostrando seus olhos cor de chocolate. – E eu não consegui falar com o proprietário.

Bernardo não era tão alto, nem muito forte. Mas tinha uma barba bem arrumada e cabelos castanhos claros bem arrumado, colocado para trás.

– Relaxe, tentamos mais tarde... – Jenny sorriu ao mexer no cabelo e as meninas pararam para lhe encarar por um momento.

– E eu sou o Kinho, mas isso vocês já sabem. – Disse simpaticamente, pegando uma grade de cerveja e entrando na casa.

– É. – Bufou Suy.

– Ah, não, vocês precisam fazer as pazes! – Pedro sorriu, botou a outra grade de cerveja no chão e foi atrás de Kinho.

– Ele disse o nome dele? – Sara perguntou.

– Não, mulher, ta interessada é? – Mesquita riu.

– O nome dele é Pedro, e eu sou o Leo. – O rapaz loiro disse, com algumas sacolas na mão, enquanto tirava da mala, com o outro rapaz.

Leo tinha um cabelo grande, uma bagunça só, olhos cor de mel e uma boca carnuda. Não era tão alto, uma estatura normal. Mexeu no cabelo, o bagunçando mais, porém, este era o seu charme, quanto mais bagunçado, mais bonito ficaria.

– E eu sou o Edu. – O tal do “branquelo barbudo” acenou com uma de suas mãos vazias, em seguida pegou as sacolas de compras.

Eduardo era alto, barbudo e muito branco. Parecia ser estrangeiro, a não ser por seu corpo bem distribuído, um pouco cheio, porém forte. Olhos verdes chamativos e o cabelo bem arrumado em um topete.

– Bem, acho que vocês não compraram comida, mas temos o suficiente para todos. – Edu sorriu. – Também, é um modo de dividirmos, a próxima feira fica por conta de vocês, tudo bem?

– Pode ser! – Let retribuiu o sorriso.

E então todos entraram em casa para arrumar a bagunça, que agora estava, e dividir os quartos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!