Eu nunca tive um bom momento em minha vida. Todos tentavam me dar. Mas nunca como ela poderia me dar.
Minha mãe morreu quando eu tinha 13 anos, ela foi a única que realmente me entendeu. Todo mundo disse que me entendia, mas a verdade é que não, que nunca o fizeram. Até agora eu não sabia a verdadeira razão pela qual ela morreu, quando criança perguntava o motivo,mas todos dizia alguma coisa diferente. Eu nunca entendi isso. E eu nunca vou entender.
Uma semana antes do Natal, o dia que eu brincava com meu cachorro Sam no jardim de minha casa, quando eu vi que levavam uma pessoa em uma maca coberta com um grande lençol branco.Acompanhei e vi colocado-a em uma ambulância. Subi para ver minha mãe, mas em seu lugar estava meu pai chorando. Foi quando eu entendi, a pessoa que eles levavam na maca era ela. Minha mãe, a pessoa que me deu a vida. A única pessoa em quem podia confiar sem ter medo dela contar para alguém.Minha confidente. A minha melhor amiga. Minha mãe.
Meu pai me viu e quis me abraçar, mas sai correndo pelas escadas e vi a ambulância que transportava o corpo de minha mãe indo embora. Persegui a ambulância ao máximo, as minhas pernas começaram a enfraquecer e cai em uma poça dágua no meio da pista. Começou a chover, meu cabelo ondulado ficou liso e a pouca maquiagem que eu tinha ficou molhada e começou a manchar o meu rosto.
Eu me levantei e caminhei de volta para minha casa.Minhas roupas estavam molhadas e minha maquiagem esta espalhada pelo meu rosto. Pessoas que passavam ao meu lado me olhavam com cara de: Esta menina esta loca?
E era verdade. Sou a única pessoa que caminhava na chuva sem guarda-chuva, a única cujo rosto estava manchado e roupas molhadas, a única que tinha tristeza em seu coração.
Cheguei em casa e vi que Sam estava em frente da porta esperando por mim. Meu único amigo. Eu cheguei perto e ele começou a saltar de um lado para outro e me mostrou a sua bola para jogar com ele, mas não. Não estava com disposição. Fui para meu quarto, e ele atrás de mim e eu vi uma nota na minha cama, era do meu pai.
Isabella, Filha
Não tenho palavras que possam expressar a dor que você sente por ter perdido sua mãe.
Desculpe
Mas eu não posso estar com você neste momento.
Nesta casa a memória de sua mãe está em toda parte, e eu não vou esquecê-la se eu continuar ai.
Eu gostaria de te trazer comigo, começar uma nova vida juntos, mas não. Eu não posso.
Sei que um dia você vai entender, talvez quando ficar mais velha.
Eu te amo e sempre se lembre disso.
Seu pai.
Amassei a carta e enxuguei as minhas lágrimas.
Ele tinha me deixado. Sozinha e abandonada.

Classificação: 13+
Categorias: Histórias originais
Personagens: Indisponível
Gêneros: Romance
Avisos: Linguagem Imprópria

Capítulos: 32 (18.009 palavras) | Terminada: Sim
Publicada: 13/01/2013 às 14:46 | Atualizada: 23/01/2013 às 12:33