Sem Esperanças escrita por Quel


Capítulo 7
Rua Deserta.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Alice era uma jovem garota, recém formada da faculdade de moda e já com o trabalho de sucesso nas mãos. Estilista talentosa, Alice gosta de tudo quanto é cores, principalmente rosa de todos os tons. Animada, sincera e generosa, Alice gostava de ajudar as outras pessoas, era meiga com todos que conhecia.

Mora na pequena cidade de Forks, mas seu trabalho era na verdade em Seattle, mas não se importava com a distância de sua casa para o trabalho. Sua chefe, a dona Simone, já disse varias vezes que tinha muitos apartamentos perto do prédio que trabalhava, mas Alice não queria se mudar da pequena cidade nascera e crescera.

- Entre. – disse Alice, ainda concentrada em seu caderno de desenhos, onde desenhava uma nova roupa.

- Alice. – Simone entrara no escritório. – Ainda trabalhando?

- Não posso ir embora agora, estou quase terminando este desenho. – respondeu Alice, ainda desenhando.

- Mas já esta tarde, sabe como me preocupo com você, andando sozinha por estas ruas escuras até chegar em sua casa. – exclamou Simone.

- Simone, sabe que eu sei me cuidar, não precisa ficar preocupada.

- Mas fico, já lhe disse que tem muitos apartamentos ótimos por esta região.

- E eu já lhe disse que não quero me mudar de Forks... E pronto, acabei. – Alice disse sorrindo e olhou para sua chefe. – Agora já estou indo.

- Antes de ir, vim lhe dizer que estou lhe dando férias. – disse Simone, sorrindo. – Você trabalha demais desde que entrou aqui e nunca tirou férias.

- O que vou fazer com férias? – perguntou Alice.

- Passear, se divertir. – respondeu Simone.

- Gosto de trabalhar Simone... Não vou ter nada pra fazer se tiver de férias... Por favor, não me de férias. – suplicou Alice.

- Não quero te ver aqui amanha... Saia visite seus amigos.

- Tudo bem, mas em duas semanas eu volto. – disse Alice, saindo da sala junto com Simone.

- Três meses. – sugeriu Simone.

- Um mês.

- Dois meses e ponto final.

- Ta, tudo bem... – já estavam no saguão do prédio. Simone deu um abraço em Alice.

- Se cuida... E divirta-se.

- Tchau Si.

Alice saiu do prédio e foi para o estacionamento, chegando rapidamente onde seu carro estava e entrando neste. 

Marie Alice Brandom

As ruas realmente estavam escuras e quase desertas. Não acredito que eu estou de férias, logo eu. Não tenho nada pra fazer em casa, absolutamente nada. O que posso fazer?

Visitar uns amigos? Até pode ser, mas quem?

Rosalie!

É mesmo, tanto tempo que não vejo minha amiga, vai ser ótimo vê-la novamente. Pisei fundo no acelerador, agora eu to com vontade de chegar rápido em casa.

Minha casa não é lá grande coisa. Têm dois quartos, um que é meu e um de hospede, três banheiros, uma sala grande, uma cozinha de tamanho médio e um quintal atrás da casa. Eu moro sozinha aqui desde os meus 18 anos. Meus pais não queriam isso, diziam que eu tinha que morar perto deles, mas eu não quis. Sou independente, não preciso de ninguém pra nada e tenho uma ótima vida aqui em Forks.

Não sou de me assustar quando volto do serviço pra casa, mas hoje era diferente. As ruas escuras e desertas estavam me dando medo e eu ainda tinha muito chão até chegar em casa. Resolvi ligar o som para descontrair um pouco e fazer um pouco de barulho. Ficou tocando alguma coisa que eu nem prestei atenção, olhei pela janela para ver se tinha alguém na rua e foi a pior coisa que eu fiz.

Quatro ou cinco homens estavam a poucos metros na minha frente, no meio da rua ainda. Eles estavam juntos, próximos um do outro e olhava em minha direção. Minha mão começou a tremer no volante e parecia que minha respiração estava ficando pesada.

Eu deveria ter ouvido a Simone, por que eu não sai mais cedo hoje?

Eu já estava bem próxima deles... três metros... dois metros... um metro... eles estavam na minha frente.

Um dos homens deu a volta no carro e parou do lado do motorista, sorte minha que o vidro do carro era escuro e estava fechado, talvez eles não tivessem visto quem estava dirigindo. Ele bateu no vidro e fez sinal para que eu abaixasse. Não fiz isso. Ele continuou insistindo.

Olhei de relance para as mãos dele, uma estava atrás das costas, um brilho prateado. Uma arma? Uma faca?

- Abra logo. – ele gritou, me assustando.

Tirei minhas mãos tremendo do volante e abaixei o vidro, olhando para o homem que me olhava. Ele era alto, cabelos loiros e olhos azuis. Era bonito, sim. Mas, eu não estava com um bom pressentimento.

- Olá, gracinha. – ele disse, numa voz que me fez estremecer até o último fio de cabelos. – O que esta fazendo sozinha há esta hora? – ele perguntou. Fiquei em silencio, olhando para os quatro homens que me impediam de pisar no acelerador. – Não vai responder? – ele começou a tirar a mão de trás das costas. Atrevi-me a olhar para o que ele segurava. Era uma arma.

- Acabe logo com ela James e vamos embora daqui. – gritou um dos homens na frente do meu carro.

O tal de James ainda me encarava, como se eu fosse uma presa que ele estava prestes a matar.

- Vamos querida, saia do carro e tudo ficará bem. – ele apontava a arma para minha cabeça. O que eu tinha feito para merecer isso?... Meus olhos ficaram molhados e senti as lagrimas quentes caírem por meu rosto.

- Se afaste dela.


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Notas finais do capítulo

* Gente, me perdoem pela demora.
* Boa noticia, vou postar com mais frequência nesse mês.
* Mandam reviews.
Beijos