Jasper entrou em seu quarto depois de um relaxante banho o qual Rosálie havia lhe preparado. Sua doía demais e ele agora se sentia mais desamparado do que nunca. A tristeza infinita em seu peito parecia não ter mais fim.

- Jazz, esta melhor? – Rosálie entrou no quarto, assim que Jasper havia colocado um short. Ele não respondeu a pergunta de sua irmã e apenas deitou na cama. Rosálie ficou sentada em seu lado, acariciando os cabelos cacheados do irmão, olhou no relógio da mesinha de cabeceira, logo Emmet iria chegar e assim tudo ficaria mais fácil.

- Rose, por que você ainda esta aqui? – a voz de Jasper estava baixa, um mínimo sussurro.

- Eu tenho que cuidar de você. – respondeu calmamente.

- Cuidar, como se eu precisasse, eu não quero que cuide de mim Rose, quero ficar sozinho para sempre.

-  Jazz, esse não é você falando, se anime, sei o que acon...

- Não sabe o que eu estou sentindo. – cortou.

- Mais, olha, papai disse, você não ficar assim, você apenas vai piorar a situação em que se encontra, você é medico, sabe o que pode acontecer.

- Eu não me importo mais com nada.

- Nem com a sua própria vida?

- Mais nada me importa. – aquelas palavras por mais secas que Jasper queria que saíssem, Rosálie não se abateu, pelo contrario, aquelas palavras fizeram ela querer ajudar muito mais o irmão.  – Rose, me deixa sozinho, por favor.

- Jazz...

- Por favor...

- Jazz, eu não quero te... – a voz de Rose fora cortada pelo som da campainha. – Cinco minutos. – disse e saiu do quarto.

Jasper nem ao menos ouviu a irmã, ficou olhando para o teto mais sem vê-lo. Não se importava realmente com mais nada, nem com sua vida. A dor em seu coração era grande e parecia não ter fim, tristeza era o único sentimento que poderia sentir.

Olhou para o lado, onde a irmã tinha sentando, Maria costumava deitar ali, ao seu lado, fazia a mesma coisa que Rose, acariciava seus cabelos, isso o fazia se sentir bem. Mais não mais. Nada mais, nem palavras vai fazer Jasper se sentir bem outra vez.

Com Rosálie...

A Irma de Jasper havia descido correndo a escada e já abrira a porta para o marido que entrou como um furacão dentro da casa, abraçando Rose.

- Emm, que bom que veio. – disse Rose, desfazendo o abraço e olhando para os olhos do marido.

- Rose, o que aconteceu? Fiquei preocupado quando me ligou... – se sentou no sofá e olhou para a esposa que se sentou ao seu lado.

- É o Jazz, papai disse que ele entrou em depressão.

- Como? O que aconteceu para deixar Jasper assim?

- Maria... Jasper a pegou com outro... – respondeu, tinha raiva e ódio na voz de Rosalie agora ao dizer tais palavras.

- Onde ele esta?

- No quarto dele, depois de ter tido um surto, rasgado todas as roupas da Maria e ter desmaiado... Finalmente esta descansando.

Mais Jasper estava longe disso, no quarto, ele se torturava. Pensava no que tinha feito de errado para tal ato de Maria. Não sabia o que fazer, não sabia se dava outra chance à ela e a perdoava ou se separava dela... Queria se livrar de toda aquela dor e tristeza, mais não podia recorrer à morte, seria um fraco se fizesse isso e era o que menos queria.

Mais por outro lado, a morte parecia ser a melhor escolha, e o que importasse se as pessoas achassem que ele se matou? Nunca se importou com o que os outros pensavam, e por que se importaria agora?

A cabeça de Jasper estava uma loucura, parecia uma batalha, entre a morte e a vida e quem será que sairia vencedor? Quem iria transformar Jasper?

Um lado dizia que a morte era o único jeito de Jasper acabar com aquela dor, angústia, era como uma vozinho maligna e irritante que dizia “você não ira conseguir viver por muito tempo” “venha para nós” “você não ira sentir nenhuma dor”.

Já o outro lado dizia coisas animadoras para Jasper, mais esta torcida estava ficando fraca, Jasper estava quase indo para o lado escuro, apenas o que o segurava na ponta do penhasco era sua irmã Rosálie, não queria que ela ficasse triste. Mais estava pensando em seriamente pular.